Tudo por causa do tal acórdão do Tribunal da Relação do Porto que invocava a Lei de Moisés para desculpar aquele ou aqueles que zumparam numa desgraçada que teve o azar de, na vida, ter sido amante ( que ama ou amou) dos dois energúmenos que a espancaram.
O tal acórdão, pelos vistos, sustenta que uma mulher adúltera atenta por isso contra a dignidade do homem e que já nos tempos bíblicos era delapidada até à morte. Logo os coitados (é assim que se chamam aos cabrões cá na minha terra) teriam todo o direito de se vingarem da e na mulher!
D. Torgal lamentou que ao citar a bíblia o tal acórdão tivesse passado ao lado do Novo Testamento naquela parte em que Cristo, presenciando uma cena das tais em que uma adúltera estava na iminência de ser apedrejada, interveio:
- Aquele que nunca errou que atire a primeira pedra.
Todos se encolheram e Cristo perdoou à mulher.
Esta passagem abriu-me a memória de um outro facto histórico que demonstra quanto os portugueses se espalharam por este mundo e desde tempos imemoriais.
A Novo Testamento não relata o acontecimento tal qual como o realmente sucedido nessa altura. Escavações e estudos arqueológicos recentes permitiram fazer a reconstituição do que, na verdade, aconteceu. Da mesma forma que ajudou a demonstrar que, há dois mil anos, os portugueses, já tinham chegado à Palestina.
Assim tudo se tinha passado conforme os livros sagrados até à altura da iminência do apedrejamento.
Cristo que andava por perto apercebeu-se da situação e interveio.
- Párem lá com isso!
- Aquele que nunca errou que atire a primeira pedra! Disse.
Então, do meio da multidão, destacou-se um tal português que por ali andava, de seu nome Silva, que amarrou num calhau e o arremessou em direcção à mulher acertando-lhe em cheio na cabeça!
Surpreendido Cristo exclamou!
- Então tu nunca erraste, irmão???
- Mestre! A esta distância, nunca! Respondeu o Silva
tone do moleiro novo I - autoproclamado O Chato
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