domingo, 21 de julho de 2024

Susanna Roope Dockery

 Já agora e para os estudiosos dessa coisa dos trajes dos lenços das autenticidades e também das invenções, aqui vão duas imagens fixadas por Susanna Roope Dockery que e não por acaso, morou em Afife:

Ó Rosinha                                                               Rosinha do meio                             vem comigo malhar o centeio










O centeio o centeio a cevada      Ó rosinha és boa com'ó milho

Há que malhá-lo também.



sábado, 20 de julho de 2024

Premonição

 Ontem, pela hora do café, depois do almoço, sentei-me no Moodz.

A televisão estava num telejornal qualquer.

Nisto apareceu uma legenda avisando que a ligação ia ser cortada.

A facilidade com que agora se tiram fotografias deu nisto:




sexta-feira, 19 de julho de 2024

Kevin Costner

 É das minhas simpatias. 

Principalmente depois de DANÇAS COM LOBOS.

No JN de 17 de Julho saiu esta entrevista.


Mas acontece que, pelo texto sublinhado, dá a sensação de querer atirar para cima dos colonos Europeus, que chegavam desde há cerca de 400 anos e que começaram a perceber que havia na América uma promessa, que poderiam ter o que não tinham na Europa, a "culpa" do extermínio dos índios.

Que eu saiba e segundo o que a história e seus propagandistas historiadores me contam é que foram os colonos que fundaram os EUA. Não foram os índios.

E também consta que foi durante e principalmente no, o século dezanove que se dá a razia definitiva dos índios. ( os que restaram foram confinados em reservas para turista ver a dança da chuva).

Ou seja durante a vigência, já, da mais avançada constituição do Mundo. 
( aos índios de pouco lhes serviu.)

E acontece que a luta não se limitou ao confronto entre os círculos das caravanas dos  sacrificados colonos e o carrossel dos malvados dos índios.

Que eu saiba nem o Sétimo de Cavalaria  era pago por mim ou eu que  tivesse feito as leis de confinamento. Nem eu era o tal General Americano que dizia que o índio bom era o índio morto!

Leiam a história de Little Big Horn ou de Wounded Knee.

Leiam Tocqueville que, embasbacado com a democracia americana,  sempre foi relatando o que o Governo fazia aos índios!

Outra coisa só para terminar.

Os grandes masoquistas que quase nos obrigam a imolar pelo fogo na expiação da nosso pecaminoso colonialismo, que me mostrem onde estão os brancos do Governo Angolano, que eu lhes mostro onde estão os índios do Governo Americano!


terça-feira, 16 de julho de 2024

O Pinheiro de São João

 Não que não fosse uso em outras terras mas pelo São João, o Baptista, em Areosa e em Carreço, por esses dias do Santo, saía o cortejo do Pinheiro de São João que percorria as "avenidas" da paróquia sempre acompanhado pelo pessoal, sempre festeiro e vestido conforme a circunstância.

O "carro das vacas" que transportava o dito pinheiro afinal era dos bois. Que no caso de Areosa me parecem piscos e no caso de Carreço se o fossem seriam galegos. 

E digo isto perante a muito conhecida imagem que segue, um tesouro na memória de Areosa, onde sempre foi identificado o Senhor Duarte do Arranha. Pena que não estejam identificadas as suas companheiras.



Mais recentemente foi recriada essa tradição com a realização do São João da Ponte Nova, iniciativa do GEA.

Quanto a  Carreço encontra-se a imagem que se segue no livro de Ernesto Veiga de Oliveira FESTIVIDADES CICLICAS EM PORTUGAL

com a legenda 

Fig. 12 – Viana do Castelo, Montedor. Cortejo do pinheiro de S. João.



 Mas o que mais me intriga é quem seriam não só a môça da sôga mas principalmente o môço de lavoura que ladeava o gado.

Rais me parta se pelo sorriso rasgado não diria que era o Benjamim da Bouroua. Mas há um outro sinal.

Aquela canga!

Se for da Casa da Bouroua estará assim identificada. E então de uma coisa eu tenho a certeza. Esta imagem foi oferecida pelo Benjamim a Ernesto Veiga de Oliveira.

Talvez a minha prima Linda (ou o Vicente da Góta) tenha(m) a chave do segredo.

Ou então sou eu que ando para aqui a especular e haja ainda em Montedor quem não esteja com especulações!


sábado, 13 de julho de 2024

A HISTÓRIA DOS ÁAs. No Monte de Areosa.

 

Recentemente, tenho-me visto envolvido num processo de questionável resultado que é a necessidade de efectuar em sede de BUPI aquilo que chamam de Registo Simplificado que por tão simplificado… vai sair asneira.                                                                                E principalmente com as propriedades naquilo a que chamamos “monte”

Primeiro porque o sistema não leva em conta que muitas propriedades já se encontram registadas na Conservatória e o BUPI não consegue discernir onde elas se situam O que quer dizer que o despreocupado proprietário que já tem em seu poder o REGISTO (complicado -digo eu-) não faz qualquer ideia que um outro qualquer vá, por má fé ou desconhecimento marcar uma outra propriedade em cima da sua!  Pior ainda para quem tem a propriedade apenas inscrita nas Finanças.

Em segundo lugar porque permite que um qualquer proprietário indique na “pantalha” os contornos da sua “Bouça”, “Sorte” ou “Leira de mato e pinheiros”, sem que exista um levantamento das coordenadas dos limites dessa propriedade.

E porque estou envolvido e empenhado em preservar os Limites do Baldio de Areosa, sou pessoalmente contactado por muitos proprietários, que por não saberem onde são as propriedades que lhes pertencem, vêm ter comigo na esperança de que os ajude nessa localização. Percepção errada pois que eu não conheço todo o monte nem a localização de todos os artigos. O que tenho é a noção de como o monte foi dividido. E isso permite-me observar que salvo raras excepções tudo o que está marcado no BUPI, está errado.

Ou porque a configuração está errada.

Ou porque os limites estão errados.

Ou porque a localização está errada

Ou porque a orientação está errada.

                           Devido a

                           Desvios angulares

                           Desvios radiais

                           Desvios axiais

(Talvez consiga elaborar um relatório exaustivo de todas as situações que conheço)

Isto porque para identificar um terreno este teria que ser limpo. E colocados a descoberto os seus marcos tirar as suas coordenadas e só depois “lançar” no sistema. E mesmo assim seria necessário confirmar com os confrontantes se a propriedade era a correcta.

Ora dentro todas as partilhas do Monte há uma que por pouco conhecida e pelo disparate que lhe deu origem, vai causar sérios problemas a quem vier atrás. Pois quando pretender fechar a porta da sua propriedade nem os tranqueiros vai encontrar.

É a partilha dos ÁAs.

Consequência da intromissão dos Serviços Florestais na gestão do Baldio de Areosa, quando estes no início dos anos 40 foram sujeitos ao Regime Florestal.

Sujeição compulsiva e abusiva pois que não satisfeitos com o Baldio…baldio também os SF tomaram conta das Sortes de Vinte anos que já se encontravam no património disponível das famílias num processo iniciado em 1922 e já cadastrado em  1939.

Durou dez anos a luta por esses terrenos. Até que em 1953 se dá, com pompa e circunstância e alguma (grande) aldrabice, a devolução desses terrenos. A isso diz respeito a placa, dessa data, existente na Sede da JF.

Ora nesse processo de devolução  foi elaborado um auto de troca de uma área das Sortes de Vinte envolvente à Carreira de Tiro por uma outra área do Baldio igual na Chã das Feiticeiras ou Campo Alvêlo.

Assim a tal área envolvente da Carreira de Tiro era constituída pelos Topos Nascente de todas e cada uma das Sortes de Vinte abrangidas por essa mesma área. Sendo esses topos, assim, transferidos para a nova localização.

Este processo deu origem a uma lista chamada da dos ÁAS apensa a cada uma das sortes, numa lista existente da Junta de Freguesia de Areosa, assim mutiladas, cuja parte “faltante” terá que existir na nessa nova área. Mas com uma agravante, é que nessa lista não consta a área individual, de cada topo de sorte transferido.

As sortes a que correspondem os ÁAs e às quais foram cortadas os topos começam já no sítio da Pena, 304, 305, 306 e 307. Depois continuam por Barros Longos, desde a sorte 308 até à sorte 362. Depois continua já na partilha de Santa Luzia desde a sorte 363 até à Sorte 389.

Desde a sorte 390 até à sorte 398 não há compensações em ÁAs

Torna a haver compensações desde a sorte 399 até à sorte 408.

Com a particularidade de as sortes desde a 404 até à 408 os titulares não as terem inscrito nas Finanças ( o que me leva a concluir que pertencem à JF dado ter sido  a entidade que dividiu o Monte)

 

Esta situação conduz a que hoje em dia se verifique que:

1 – Todos os levantamentos das sortes desde a 304 não vão encontrar as áreas originais. Como nos artigos que lhes correspondem não lhes foram desanexadas essas tais áreas, estas continuam nos papel com as áreas referidas a 1939.

2 – Todas as sortes desde a esquina Poente Sul das Bouças das Borralhadas (Artº 4449) até à sorte 304 e cujos artigos “batiam” a Nascente com Monte da Freguesia, deixaram de ter essa descrição pois que essa linha que antes era Monte da Freguesia passou a ser o lado Poente da área dos ÁAs. Ver linha A-B verde do extrato em anexo.

O que quer dizer que pode alguém argumentar, erradamente, que os topos dessas sortes batem no Baldio  (Linha vermelha) ultrapassando a linha verde.        O que seria errado.

 

2-a) – É de reparar no detalhe que na carta topográfica em que se baseou o meu esboço em anexo (quadricula 40-1 do PDM escala1/10000) consta uma sorte cujo Nascente não ultrapassa a linha por mim definida como sendo o limite dos ÁAs a Poente.                      Esta sorte, que imediatamente não identifico, deve ter sido limpa de tal forma que ficou referenciada no levantamento fotogramétrico em cima do qual a cartografia foi elaborada.

3 – De notar que na lista dos ÁAs não existem áreas. O que quer dizer que os que forem à frente marcar, marcarão sem qualquer critério. Quem vier depois arrisca-se a ficar com…nada!

( Ressalvo aqui aquelas propriedades que então foram marcadas imediatamente após o auto de troca).

3-a) – Que é o que vai suceder, neste caso como nos outros, na sofreguidão que está a acontecer na sofreguião do BUPI

Uns verão o seu património aumentado num moderno milagre da multiplicação dos Peixes

OS QUE NÃO SE PRECATAREM NEM TERÃO TEMPO DE VER A FAZENDA ESFUMAR-SE

DEPOIS DIGAM QUE NÃO AVISEI!





lopesdareosa

quarta-feira, 26 de junho de 2024

ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA

 Em 1978 Adriano Correia de Oliveira lançou um LP chamado Cantigas Portuguesas













Desta gravação destaco dois temas

O Vira Velho




 
E a 

ROSINHA




Os arranjos foram do Fausto. 
E se não me engano teve também dedo de José Mário Branco

E a voz espantosa de Adriano emprestou aquele lirismo já suspeitado na voz da Conceição Alves que gravara exactamente os mesmos temas na Ronda Típica da Mealela. 






Aliás Adriano pediu o disco à Ronda Tipica da Meadela. 

Quem Sabe da história é a nossa amiga Laura Figueiras.

E para a história fica aquele...

- Se ainda te bato os olhos...

Mas esta foi do Adriano!



sexta-feira, 21 de junho de 2024

Alento Danças Ocultas

 






















É o título de um livro da Assírio & Alvim de 2003 e tem tudo a ver com os DANÇAS OCULTAS, aqueles quatro voluntários de Águeda onde segundo o Artur Fernandes existe um micro clima cultural.               De facto!

Também se poderia dizer que se trata de DANÇAS OCULTAS pois de facto fui um dia ter com eles a uma aldeia do Caramulo onde assisti a um baile que poderia descrever como o Baile das Argas lá do sítio.

E manifestei-me sobre a felicidade da escolha para nome de um "conjunto" dedicado a tocar concertina! Caso único, nessa altura, em Portugal. Mas não por acaso aparecido em Águeda. Tudo no rasto do Cancioneiro do Tio Armindo, da terra das filarmónicas e parceiros do Hernâni Castanheira.

De facto na nossa tradição e desde que fizemos da concertina coisa nossa, esta raramente saiu das danças para apenas sublinhar uma cantiga ou mesmo uma singela música.

Quando uma concertina toca é porque lá por detrás está uma dança.

Explico! Quando o tio Benigno de Gondarém tocava a Gôta, a Francesa ou a Peseta estas coisas eram danças. Quando o Nelson de Covas ou o Artur de Dem tocavam a Góta ou o Velho e a Velha, estas coisas eram danças. Quando as concertinas abrem e fecham no Trasladário nos Arcos, na Roda do Urca na Barca, na Peneda... decerto que haverá, por lá,  uma Cana Verde.

Ou seja há sempre uma dança oculta quando se dá aos foles.                Daí a verdade do nome escolhido.

Para reforçar a ideia as concertinas do Grupo sopram uma Dança Ideal.

Ver 

https://lopesdareosa.blogspot.com/2014/12/os-crimes-do-acordeao.html

E o meu amigo Artur Fernandes, para meu encanto decidiu meter na posteridade esse nosso encontro no Caramulo e essa minha observação. Foi em Fevereiro de 2003. e deixou no Alento estas paginas


E neste livro perpassam os alentos, o bafo,o bafejo o hálito  o fõlego o sopro que aquele irresponsável grego chamado Éólo encerrou nos foles da concertina. Qual odre de ventos  libertados por festas e Romarias.

Daí que chamem a estes instrumentos aerofones pois se "alimentam" de AR. Para realçar essa característica 

Um dia numa apresentação em àgueda o Victor Fernandes, irmão do Artur desafiou a assistência perguntando se na Lua se podia tocar concertina.

Todos disseram que não. Todos menos um - O Lopesdareosa

Pode-se tocar concertina na Lua. Sim Senhor!

- Pois é por lá que andam todos os Tocadores de Concertina.

Acontece que por um golpe de sorte daqueles que não se explicam, encontrei na Galiza mais precisamente em Tuy este livro


que três anos antes fazia as mesmas considerações em relação à Gaita Galega. Num Alento, que faz andar as gaitas, comum às concertinas e às Galegas. Estas também NOSSAS pois é a história que nos conta. Desembarcaram no Brasil com o também nosso Álvares Cabral. As outras, as diatónicas, tendo vindo de Viena foram adoptadas pelos Galegos do Sul.

O texto Galego distingue-se por ser mais prático e menos poético, que também o é, que o texto o dos de Àgueda!

Publicação em Construção





quinta-feira, 20 de junho de 2024

MUSICA «POP»

 Ainda nos anos sessenta era semanalmente publicado no JN ( Ou seria no COMÉRCIO DO PORTO?) o TOP TEN dos "Hit parade" dos temas musicais mais vendidos nas principais praças do mundo.

Já vem dessa altura a minha mania dos recortes aliada ao facto de andar a par dos grandes êxitos que se iam sucedendo a um ritmo alucinante  da competição entre conjuntos e outros autores a ver quem apresentava o maior sucesso.

Desse tempo, 8 de Março de 1968, guardo este exemplar muito curioso.

















Havia, pelos vistos, uma grande preocupação com a possível renascimento do «rock and roll». Isto porque os Beatles tinham lançado «Lady Madona» na esteira do Elvis no disco «Guitar Man» e face ao êxito internacional de «Judy in Disguise» do John Fred.

O interessante da ocasião era ver que afinal a "Madona" Beatles não constava nos Top Ten. E o John Fred estava em primeiro em Berlin e em quinto na Suécia com o tal tema da Judy disfarçada (Grande êxito em Vilar de Mouros nessa ano interpretada pelo Quinteto Académico com Earl Jordan como vocalista. Ver as Donas de Casa desse ano!)














Quanto ao Elvis, nem vê-lo nessas listas!

A "ironia"  maior era e menção ao enterro prematuro do "Rock and Roll". Quando estava por aparecer o Bruce Springsteen!

O resto dos temas é história.

Também feita de saudade!

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Vou fazer concorrência ao Quim Barreiros e ao Canário

 

Vou fazer concorrência ao Quim Barreiros e ao Canário!

Aproveitando um retrouso apanhado ao Armando Loureiro                              - O Lavanca - ( O mais completo atleta que conheci)                                Nos tempos em que a inventiva se misturava com as tijelas, pelas capelas do Condado Portucalense.

Debaixo da ponte                                                                                                                      anda a coisa má                                                                                                                        ela dá cucu                                                                                                                              ela  cucu dá    

Raparigas do meu tempo                                                                      rapazes da mesma idade                                                                  num caseis antes dos trinta                                                                   gozai bem a mocidade         

Raparigas do meu tempo                                                                      rapazes da mesma idade                                                                  dai de comer ao jumento                                                                  ou morrereis de saudade 

Retrouso

Os frangos da minha terra                                                                  Num são todos iguais                                                                          Uns já nasceram carecas                                                                      outros têm penas a mais

As moças com muito pêlo                                                                    já vão todas ao barbeiro                                                                      não vamos lá pelo cabelo                                                                  só vamos lá pelo cheiro     

Retrouso                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  Uma coisa me consome                                                                  que no mundo num vale a pena                                                zanga-se a mulher co home                                                               por ter a gaita pequena                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 Seja loira ou morena                                                                         preta ou branca sabe bem                                                                   tendes a gaita pequena                                                                       que culpa é caco na tem

Retrouso

Uma velha pra escaibrar                                                         arrimou-se a um gaiteiro                                                                por detrás entrou a ronca                                                                   e pela frente o ponteiro 

o gaijo caiu de queixos                                                                    fez o que sabe o gaiteiro                                                              daco  na gaita de beiços                                                                      e ducu fez um pandeiro

retrouso

Uma velha de Arcozelo                                                                  disse a outra de Estorãos                                                                  tu tens mais calos no pelo                                                             cum pedreiro tem nas mãos

Umaco na muito belha                                                                  disse a outra bem mais nova                                                           tufo de como uma obelha                                                             queu já estou cus pés prá cova


    Nota. A primeira quadra ouvi-a do Delfim dos Arcos. A segunda quadra de moi je.  A terceira quadra do Saudoso Marinho da Barca.  A quarta quadra do je.  A quinta quadra foi com o Canário. A sexta da Senhora Felicia galega de Pontevedra.  A sétima quadra da Senhora Felicia Galega de Pontevedra que fez furor na TVG .A oitava quadro do je. A nona quadra da Senhora Felicia Galega de Pontevedra que fez furor na TVG. A décima quadra do je.                                                                                                                                                         

Cantada  em primeira mão na feijoada do Baldio de Areosa no dia 16 de Junho na Sociedade de Areosa.


sábado, 8 de junho de 2024

Eu se não confirmasse num acreditava


Está em 

https://www.idboox.com/chroniques-livres/fashion-folklore-le-tres-beau-catalogue-de-lexpo-du-mucem/



Grande museu dando umas dicas de como é o traje regional em Viana do Castelo.

Sendo o Vermelho de Areosa, vou avisar o meu amigo Rego que anda toda a gente enganada lá no Etnográfico.

Pelo menos uma coisa está correcta

Como as algibeiras são muito parecidas com as Trompas de Falópio, esta está no sítio certo! Um pouco subida mas no eixo de simetria!


Esta fico-a a dever ao meu amigo Joaquim Coreia




A QUEDA DUM ANJO

 Desta forma, mesmo que Camilo não tenha sido propriamente  um "anjo", ele vai mesmo cair.

Se é que já não caiu!


Eu repito a pergunta


- Então o Camilo escreveu segundo as regras do         novo acordo ortográfico???

sábado, 1 de junho de 2024

Casa do Moleiro Novo há mais de cinquenta anos!

 


Casa do Moleiro Novo, talvez em 1968, junto ao espigueiro.


O Avô Jerónimo, a minha Tia e Madrinha Maria, a minha Avó Rosa a Minha Nai Carminda, a minha Irmã Carminda e o reforço de Afife... o Zé Brandão. Em baixo é fácil... eu que sempre tive dificuldade de respirar pelo nariz e ao meu lado, nem é necessário dizer. Também se chamava António.

- O meu filho há-de ser padre ou doutor, dizia a minha Mãe. 

E muito trabalhou aquela gente para que tal sucedesse. 

Falhei...dei mecânico. 

Mesmo assim com mais jeito prá música.

Da casa do Moleiro Novo. Sítio do Covelo, Lugar de Além do Rio. Santa Maria de Vinha.

Está em...

https://lopesdareosa.blogspot.com/2010/12/casa-do-moleiro-novo.html

Que vou repetir.


Casa dos avós. Casa dos Pais.
Lugar onde a gente se enterra antes de morrer.

Um dia ao jantar, na sala onde outrora fora a loja, onde se pousavam os feixes de erva para o gado e a jeito situada a meio do caminho entre a cozinha e o eido, pus-me a pensar neste, já com a porta de acesso tapada e nos degraus do outro lado. Lembrei-me daquele artifício do meu avô de colocar na ombreira dessa porta, uma tábua caiada para reflectir a claridade para dentro do eido em tempos de arrancar o estrume. (Isto muito antes da descoberta das fibras ópticas)

Tanto pensei nesse envolvimento que  saiu esta:

PURA LITERATURA 

Faço um poema idiota
que consiga abrir a porta
da gente que não se importa
com a Poesia.
Que não seja letra morta
quer de noite quer de dia!

Fui buscá-lo à esterqueira
ao lado que tão bem cheira
espero que saia à maneira
morena gorda sadia
P'ra perfumar a chieira
da Burguesia

Há disso também na corte
e a quem não faltar a sorte
caberá da boa e forte
( não há na mercearia)
se é muita reparta e corte
faça doce de aletria

No caminho vou à bosta
na porta do forno posta
na pedra que se encosta
dá melhor sabor ao pão.
Se é lareiro que se gosta
- Comer assim!? porque não!

Há de sobra na quemúa.
A gente que não amua
se da minha ou da tua
desfrutasse a demasia
decerto que não iria 
gritar no meio da rua 
que de fome padecia  

Se não chegar vou ao eido
onde a vaca deu um peido
e eu arranquei do
maior.
P'rámigos hei do
melhor
Um desses sei do
Leitor


( Ora essa! Não tem de quê! Sempre ao dispor! Escusa de agradecer! Mande sempre! Será sempre bem  vindo! Foi um prazer! Tem sempre a porta aberta! Sempre que necessite, já sabe! Temos que ser uns para os outros! Os amigos são para as ocasiões! Nem pense, até lhe levo a mal!)
Tone do Moleiro Novo












quarta-feira, 29 de maio de 2024

José Barrias

 POESIA!?

- O que é a Poesia???

- Que utilidade tem a Poesia???

Ninguém sabe descrever o que é a Poesia. 

No entanto sabemos (?) identificar a Poesia. 

Basta-nos a leitura de um texto que nos surpreenda na sua "inutilidade".

José Barrias surpreendeu-me 

 Passará o tempo                                                   Passa sempre o tempo                                         por nós e para nós                                                   habitantes do intervalo

E ficamos a pensar que poderíamos ter escrito isso mesmo.

No entanto alguém o fez antes de nós.

Mas podemos fazer nossas essas palavras.

(ah! Os Poetas! - Escrevem coisas que deixam de ser deles.)     

Passará o tempo                                                   Passa sempre o tempo                                         para ti e para mim                                                        para nós                                                  habitantes do seu fim




José Barrias em 
http://miec.cm-stirso.pt/portfolio/jose-barrias/


sexta-feira, 24 de maio de 2024

O meu ( re ) encontro com Kepa Junkera!

 Conheci o Kepa  nos anos noventa numa apresentação que ele fez na FNAC no Porto.

Aqui com o Senhor Nogueira e o Ruka. O Kepa com uma obra prima do Sr. Nogueira na mão! Em baixo o conjunto de ocasião.


Depois, em 2002, o Kepa esteve entre nós no Teatro Sá de Miranda num concerto promovido pelo Inatel. Tinha lançado um pouco antes o seu MAREN. 

Nessa altura escrevi no programa.

Mais tarde, 2005 encontrei o Kepa em Arsèguel, na Catalunha.


                                     Aqui a fotografar o artista com uma garrafa de Muralhas ao lado

Ainda em Arsèguel com as da Chàzinha de Gondarém.





Já em 2015 Kepa Junkera esteve em Ponte da Barca no Festival Intercéltico. No fim do concerto fui cumprimentá-lo. Esteve também nesse encontro a Adelaide de Campos!

Mas já em 2014 Kepa estivera em Cans, aqui bem perto, ao lado de Porrinho, numa actuação memorável com Pazos de Merexo, integrado no Festival de Cinema de Cans nesse ano, ver 

Com a particularidade de terem tocado dentro de um galinheiro.

Este ano os de Cans resolveram homenagear Kepa Junkera descerrando uma placa comemorativa fixada no muro que suporta o tal galinheiro que passou a chamar-se GALINHEIRO KEPA JUNKERA. - Ver


Acontece que eu e o Abilio Percina estivemos lá, em Cans. Foi na passada quarta feira 21 de Maio.

Aqui é necessário contar que em Dezembro de 2018 Kepa sofreu uma trombose. E desde então deixamos de ver e ouvir ao vivo um dos mais espantosos tocadores de diatónico mundialmente reconhecido como tal. Para recordar ver esta actuação com os Irlandeses Chieftain.


Ora Kepa manifestou que logo que tivesse recuperado a primeira visita seria à Galiza. E Assim foi. Esteve no descerramento da tal placa assim como na inauguração do Cão de Cans na rotunda de acesso à vila.

A Chegada de Kepa

Difícil foi conter-me! Ouvi nitidamente o Kepa dizer...                       - O PORTUGUÊS!

Recepção pelos acordeoneros de ocasião!


Descerramento da Placa no muro do galinheiro.



O que diz a placa


Final da Muinheira de Santo Amaro, a minha homenagem a Kepa.






O Cão de Cans na rotunda. Boina Basca. Lenço ao pescoço e acordeão dependurado.




















Neste festival há transportes públicos. São os Chimpins que equivalem às nossas Chibinhas 


Há paragens dos Chipimbuses


















Até as modestas   chibinhas são homenageadas em muro próprio. Esta aqui é Sr. Juan Maceira - Carpinteiro (que em 2015  ganhou o Chimpin de Prata)


E até existe uma Galiza com que muitos políticos enchem a boca mas poucos a conhecem!

AUPA KEPA  - EGURRE - INDARRA