O Benjamim da Bouroua e a Eulália do Morgado
Cerca de 1956
Nos dias de Hoje
Agradecimentos a esta gente de Montedor!
O Benjamim da Bouroua e a Eulália do Morgado
Cerca de 1956
Hoje 23 de Abril de de 2024 é um aniversário "redondo" de uma outra data, 23 de Abril de 1644 dia em que os de Lanhelas (e as de Lanhelas) rechaçaram um invasão, mais Galega que outra coisa!
Houve alguém que "retratou" o acontecimento. Como a fotografia veio muito mais tarde, pintou.
E o quadro é o chamado e pouco divulgado "Quadro de Lanhelas". Que aqui vai!
Irei contar a história, curiosamente deixada para a posteridade por um ilustre conterrâneo meu!
Agora apenas com uma curiosidade.
TESTA ALTA E VIVA LANHELAS, é o "grito de guerra" dos de Lanhelas.
Muito ao estilo do de Riba de Mouro
- PÁ FRENTE QUE RIBA DE MOURO É MACHO!
Mas também ouvi em Lanhelas uma versão bem mais malandra...
Testa alta e viva Lanhelas moças bonitas, cama com elas
O meu encontro com G. K. Chesterton na Quinta da Cancela de Areosa
(Parte II) - Publicada na edição da A AURORA DO LIMA de 18 de Abril de 2024.
(A primeira parte foi publicada na edição de A AURORA DO LIMA de 4 de Abril de 2024)
Onde expliquei que, não publicando nos CADERNOS VIANENSES, nem na Revista do CER, nem no FALAR DE VIANA e assumindo que nem tão pouco poderia ombrear com a qualidade dos textos e seus autores, tenho publicado regularmente - há mais de 40 anos - na A AURORA DO LIMA, refúgio dos humildes. O que não queria dizer que não lesse essas edições referenciadas .
E porque as leio, isso dá-me ensejo a tecer os meus comentários que precisamente têm sido publicados na A AURORA DO LIMA. Alguns referenciados na Parte I deste texto.
E o titulo de agora acontece por mais recentemente ter lido no FALAR DE VIANA de 2022 em que Cruz Lopes volta a contar a história do Campo d’Agonia (pg. 95 e seguintes), repisando aquela da “Antiga Quinta de Monserrate.”
Mas vai mais longe referindo-se a uma tal alameda de choupos fronteira ao casario piscatório poente da Ribeira desde o cais de pesca (do Castelo) até à tal quinta ao longo o arruamento antigo de Nossa Senhora de Monserrate de continuidade com a estrada Real de Viana a Caminha, arruamento de entrada/saída de Viana para norte. Remetendo para a Planta urbana de 1867 em que essa tal alameda arborizada é aí evidente e bem representada. (Figura 3 constante na pag. 91 )
Acontece que a legenda dessa mesma figura 3 se presta a diversas confusões. A essa tal planta urbana ( a que afinal é um excerto da Planta Porto e Barra de Viana do Castelo de 1867 atribuída a Vasconcelos &; Ferreira) que serve de base dessa figura, foi posteriormente completada com as obras projectadas em 1905 conforme publicação de Adolfo Loureiro. Como curiosidade mostra o ramal de CF para a doca mas que afinal não foi assim realizado.
Mas essa infografia não testemunha qualquer arruamento no trajecto referido por Cruz Lopes, mas sim EN nº 4 (duas vezes). Mais; já ou ainda em 1868/1969, na Carta Cadastral da cidade de Vianna do Castelo, não consta, aí, qualquer arruamento mas sim Estrada de Caminha. Isto desde o largo Infante D. Henrique até à Cancela de Areosa passando pelo Campo d’Agonia.
E o curioso é que o próprio Cruz Lopes sabe que muito mais antiga que “o arruamento antigo de Nossa Senhora de Monserrate” era a “Estrada de Caminha a Vianna” pois a isso se refere no FALAR DE VIANA de 2013 (pg. 76) remetendo aí para a cartografia hidrográfica do século XIX – (1864).
Mas o crisma não se queda por aqui! Na pg. 97, Cruz Lopes apresenta uma planta do Castelo da Barra da Vila de Vianna (1794) de Aufdiener, onde nas costas de S. Roque e da Senhora d’Agonia aparece o "Caminho da Arioza." As inovações de Rua de Nossa Senhora da Conceição e Rua Amélia de Morais, vierem depois!
Mas esse tal caminho não mereceu qualquer referência a Cruz Lopes Coisa surpreendente tendo em conta o seu acerto quando cita G.K. Chesterton (1874-1936), escritor…
“o mundo moderno tem como principal objectivo simplificar o que quer que seja destruindo quase tudo.”
Exactamente o que acontece. A destruição, pouco a pouco, da memória contribuindo assim para que a narrativa histórica seja substituída por uma mais moderna.
Coisa surpreendente para o que mais à frente Cruz Lopes escreve:
"Para que a nossa memória humana perdure e não se apague releve-se a função remota e militar do supracitado morro…"
...quando se refere ao Morro da Forca perto do Local da Senhora d’Agonia. Assim e por reflexo, vou dar uma dica a Cruz Lopes.
- Para que a nossa memória humana perdure e não se apague definitivamente, releve-se a função remota… e rural do Campo d’Agonia, não só recordando as vacas do Freixo, do Lopes e do Sousa mas também as do Zé do Reguinho, lavrador de Areosa, que ía, ele e os filhos que ainda estão vivos, pastar as vacas, pelas década de 70/80, tanto ao Campo d’Agonia como no Campo do Castelo!
Invoca Cruz Lopes, no fim do seu texto, a sua condição de morador nas redondezas para justificar os seus conhecimento sobre as mesmas.
Ainda bem que isso acontece pois permitiu-lhe no FALAR DE VIANA de 2015 pag. 67 seculo XIX, localizar “O «Chamado Campo de Nª Srª d’Ágonia na cartografia hidrográfica do século XIX era aberto ao mar sem casario…” precisando assim o local do limite da Villa de Viana testemunhado pela Câmara de Vianna segundo acta da Reunião da Câmara de Vianna de 14 de Abril de 1846.
Da mesma forma que lhe permitirá precisar o extremo da Villa de Viana pois segundo a Acta da reunião de 19 de Maio de 1832 a Câmara de Vianna se propunha localizar aí, um novo matadouro …entre a Fonte do Castelo, o muro da tapada dos herdeiros de Gonçalo de Barros Lima e o cais do Rapelho…
Ficará decerto para uma próxima oportunidade!
Areosa, 5 de Abril de 2024
António Alves Barros Lopes
Imagem 1
A Estrada de Caminha n’A Planta Cadastral de Vianna do Castello. Século dezanove
Imagem 2
Caminho d’Arioza n’A Tal Planta de Aufdiener
Imagem 3
EN -14 no Extrato da tal Planta em 1905 conforme publicação de Adolfo Loureiro.
Ou então animalista, pois os gatos também entram!
Aquela voz que me guia
Aquela Luz que me alumia
E o Eco...mia...mia...mia...mia...mia...mia
Poesia
Sereia
- Seria???
Fui ver
Era um gato!
( Foi o que saiu, num dia de Abril em que me lembrei daquela em que fui ver e a neve caía!)
O meu encontro com G. K. Chesterton na Quinta da Cancela de Areosa (Parte I)
(Este texto foi publicado na A Aurora do Lima em 04 de Abril de 2024)
Não publico nos CADERNOS VIANENSES. Não publico na Revista do CER. Não publico no FALAR DE VIANA. Tão pouco poderia ombrear com a qualidade dos textos e seus autores. Refúgio dos humildes, publico há mais de 40 anos na A AURORA DO LIMA.
Mas porque e apesar de não publicar nessas edições, não quer dizer que não as leia. E porque as leio, encontrei recentemente nos CADERNOS VIANENSES, Tomo 57 de 2023, uma informação de Maranhão Peixoto acerca da "Parochia de Nossa Senhora de Monte Cerrado, a que o vulgo chama Monserrates," segundo documentos existentes no Arquivo Municipal de Viana do Castelo. Paróquia essa cuja criação se justificava já em 1541 “por ter crescido o Povo e não caber na Matriz”. (pags. 372 e 373). O que me permitiu publicar na A AURORA DO LIMA em 29 de Fevereiro de 2024, o texto O Monte Cerrado é em Carreço (Mais precisamente em Paçô.)
E também por ler o FALAR DE VIANA me deu azo a ter publicado na a AURORA DO LIMA de 28 de Novembro de 2019, um texto sobre a Cancela de Areosa, texto intitulado: Quinta da Cancela de Areosa. Onde dei de caras com um tal Voltaire. Isso na sequência de que, ao ler o FALAR DE VIANA de 2018 (pg. 63), tomei conhecimento de uma ideia de um tal VOLTAIRE (1694-1778) de que “aos vivos deve-se a consideração e aos mortos a verdade” na oportuna citação aí feita por José da Cruz Lopes. Acontece que este mesmo autor, José da Cruz Lopes, se refere num outro seu texto em a FALAR DE VIANA de 2015(pg. 68) a: “ …uma mata de pinheiros, vinculada à antiga Quinta de Monserrate, sita na então denominada Cancela de Areosa (1864).”
E precisei que, nessa data, 1864, conotada com o dono, essa quinta era tida pela Quinta de Figueiredo da Guerra. O nome original, referido à toponímia do local, foi reconhecido pelos próprios proprietários ainda e quando, em 4 de Agosto de 1887, foi celebrada uma escritura pública no tabelião Júlio Sem Pavor Carneiro Geraldes – em que estes se “…obrigam e hipotecam a sua quinta denominada da Cancela d’Areosa…” a favor do Banco Mercantil de Vianna. Esta escritura deu origem à descrição 18 833 a Fls 67 do libro B – 48 na Conservatória de Vianna onde continua a constar “…Quinta denominada da Cancela de Areosa…”. ssim afinal a tal quinta de Monserrate não seria assim tão antiga como isso! Aliás foi já em 1922que, talvez por vergonha e face a uma apresentação, após a aquisição da Quinta pela GNR, na Conservatória, foi crismada a dita Quinta, como sendo a Quinta de Monserrate – quando até ali nunca o tinha sido.
Este pormenor levou-me a assumir que eu seria mais universal que o tal Voltaire, chegando á conclusão de que: “Devemos toda a consideração e toda a verdade tanto aos vivos como aos mortos.”
Acontece que mais recentemente – FALAR DE VIANA 2022 – Cruz Lopes volta a contar a história do Campo d’Agonia (pg. 95 e seguintes), repisando aquela ideia da “Antiga Quinta” de Monserrate. Mas citando, desta vez, G.K. Chesterton (1874-1936), escritor…
“o mundo moderno tem como principal objectivo simplificar o que quer que seja destruindo quase tudo.”
O que me permitirá agora e na Quinta da Cancela de Areosa, encontrar G. K. Chesterton.
O relato será objecto de uma segunda parte deste texto.
Afife, 20 de Março de 2024
António Alves Barros Lopes
É por estas e por outras que idolatro Pedro Homem de Mello.
Leio e releio!
E descubro sempre coisas novas.
Coisas inimagináveis
Invasões do nosso (pelo menos do meu) rudimentar atrevimento.
Improbabilidades n'um "conservador"! Imagens de um temerário perigoso para a mediocridade da paisagem.
VALENÇA
Valença. debruçando o longo olhar, Comtempla Tuy. ( Um cântico de Espanha Chega na asa da brisa, a revelar Suspiros da montanha!)
Lá em baixo o Minho, a modos que entrelaça Serra e céu, campo longo que esvoaça...
Ai! a várzea, ali a várzea ao sol acesa, Cortada eternamente pelo rio!
E a velha fortaleza De Valença Envolta em véu granítico, sombrio, Imóvel, pensa...
Pedro Homem de Mello em ESTRELA MORTA
Isto em tempos da Senhora da Cabeça e em tempos de Cristelo de Covo.
Aproveitar o tempo de Páscoa para assistir ao lanço do senhor Prior.
E, já então, participar na irmandade dos Galegos e seu encontro no meio do Rio!
JÁ LÁ VAI HÁ TANTOS ANOS.
o que celebro este dia mesmo sitio mesma hora sem a sua companhia
Sem o brilho e o encanto que no seu olhar havia
quando decifrava o morse que o meu coração batia
E agora sentado à mesa
(tampo de pedra tão fria)
a garrafa e duas taças
uma cheia outra vazia maldigo o sabor do vinho
que certa dor alivia
Tantos anos tantos anos
meu Deus do Céu quem diria
A rosa para ser rosa
tem de ser de Alexandria a mulher pra ser mulher
tem de chamar-se Maria
E não era uma qualquer que como ela seria
Já lá vai há tantos anos
e ainda celebro o dia
mas aquilo com que sonhamos
acordados e de dia
não tendo barro nem cal não passa de fantasia
ou então
é inútil poesia
ou
é mera filosofia
ou ainda
desperdício de energia
(O Tone do Moleiro Novo à espera da Páscoa e da mão de vaca na casa do Artilheiro!)
ESTOU A PENSAR NO SENHOR DOS PASSOS!
O meu amigo Ernesto Paço enviou-me este lembrete.
Lembrete de Raul Brandão e também da paisagem.
Antes era assim desde Montedor. (Cortesia de Ernesto Paço)
Posso colocá-la numa das canções da minha vida!
Era do Rancho Poveiro.
https://www.youtube.com/watch?v=IzkBi4Rr9k0
Foi a 7 de Março!
Fico phodido com uma mania, muito antiga, que sempre houve, de tentar reescrever a história.
E então, com as saudades estalinistas que um dia farão aparecer nos manuais que afinal Napoleão ganhou Waterloo!
Isto por causa do que encontro descrito sobre o que foi o Festival da Canção de 1974
Sem qualquer desprimor para a canção "E depois do Adeus" que muito a a propósito foi escolhida para senha do 25 de Abril,
este festival foi uma farsa!
E quem duvidar que fale com o nosso amigo JOSÉ ENES que foi o representante de Viana do Castelo no júri nacional presente nesse festival. E quem disto duvidar que vá ao sitio.
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/xi-grande-premio-da-cancao-1974/
e reveja as imagens.
E o que sucedeu nesse festival está parcialmente descrito em
“Também as canções foram comparadas, de forma depreciativa, com as do ano anterior o que, de alguma forma, alegrou Ary dos Santos, que se encontrava na plateia e que, nesse ano, não tinha concorrido por ter sido apelidado de papa-concursos/prémios pela crítica. Até a canção E Depois do Adeus foi comparada negativamente às três participações anteriores de Paulo de Carvalho (70, 71 e 73), chegando a ser mencionado que o intérprete ganhou o festival com a melodia e o poema mais fracos de todos.
Também não foi muito prezada a votação realizada pelo júri de seleção que escolheu dez das canções submetidas à sua apreciação e, na noite final, ignorou praticamente todas as canções excepto a vencedora. Apenas um dos nove elementos, António Andrade, distribuiu os seus votos por três temas. Esta situação levou a que Paulo de Carvalho considerasse a votação deste júri muitíssimo exagerada (in Diário de Notícias, 8 de Abril de 1974).
Apesar de se utilizar um quadro electrónico para a votação, este deixou de funcionar após a atribuição da pontuação do júri de Vila Real, o que fez com que se voltasse ao tradicional quadro de ardósia, giz e apagador das primeiras edições do concurso. Coube a árdua tarefa a Glória de Matos que teve de subir a um tamborete, sempre que eram atribuídos votos às primeiras canções, uma vez que a respectiva casa do quadro não estava ao seu alcance.
No fim da votação, era patente a grande decepção de José Cid, que terá comentado “Aconteceu o que eu previ: dei uma oportunidade ao júri para colocar na Eurovisão uma canção que, com uma boa promoção, sem dúvida, poderia conseguir a melhor classificação de sempre para Portugal. Assim, vai uma canção com menos força, com menos ritmo que as minhas, características que hoje considero fundamentais” (in Diário de Lisboa, 8 de Abril de 1974).
À saída do Teatro Maria Matos, houve alguns desacatos, tendo
sido chamada a autoridade para acalmar os ânimos, entre a grande
claque de José Cid e dos Green Windows, que levaram estes
artistas em ombros, enquanto faziam sinal de vitória e apupavam o júri de
seleção.
"Apenas um dos nove elementos, António Andrade, distribuiu os seus votos por três temas."
Também não vejo em lado nenhum as imagens do gesto, figurativo da roubalheira, que José Cid ia fazendo durante a votação do Júri de Selecção.
Valha a noticia citada que lá vai testemunhando as cenas de "pancadaria" que houve no exterior do "Maria de Matos"
Pois é meus amigos.
A memória é PHODIDA!
lopesdareosa
( Este texto foi publicado na A AURORA DO LIMA em 29 de Fevereiro de 2024)
Monte Cerrado é em Carreço
Mais precisamente em Paçô.
Isto porque ao ler os CADERNOS
VIANENSES, Tomo 57 de 2023,
encontrei uma informação de Maranhão Peixoto acerca da
Parochia de Nossa Senhora de Monte Cerrado, a que o vulgo chama Monserrates, segundo
documentos existentes no Arquivo Municipal de Viana do Castelo. Paróquia essa
cuja criação se justificava já em 1541 “por ter crescido o Povo e não
caber na Matriz”. (pags. 372 e 373).
Desde logo terei de me desfazer
da ideia que tinha de que o culto de Monserrate teria vindo da
Catalunha, mais precisamente de Barcelona
Acontece que sei onde fica o
Monte Cerado se da tal Senhora se d’umas Alminhas. Sei da Portela do Monte
Cerrado na passagem de Paçô para Gateira
onde existe um nicho encimado por uma cruz e com um pequeno altar virado a Sul.
Local de culto decerto.
E o certo é que o da Percina me confirmou que no século dezanove por lá passava a Procissão do Cerco e que o penedo era conhecido pelo Penedo da Rasa, que se encontrava numa bouça da Casa do Cigano!
Há uns tempos passei por lá. Vindo
de Afife a Carreço pelo monte. Esse caminho era exactamente aquele que eu, na
minha adolescência percorrera, desde Carreço a Afife, chegando assim à
conclusão que esse caminho podia ser percorrido nos dois sentidos!!! Neste
caminho os de Afife colocaram uma placa
toponímica CAMINHO DOS BURROS.
Como na tal minha adolescência
nunca vi lá placa nenhuma, cheguei à conclusão que os de Afife colocaram lá a
placa depois de eu lá ter passado!!!
O certo é que, por aquela
zona da transição entre Paçô e Gateira, existe um grande penedo onde se
encontra o nicho do tal culto . Mas por essa tal altura de que falo, não dei
pela existência de qualquer cruz.
Ora acontece que, mais recentemente, ao passar por lá verifiquei que existe
agora uma cruz a encimar o cabeço! Cruz essa que me pareceu moderna. Enfim
ainda resta qualquer coisa. Mais que não seja o nicho o altar e a quadra da Cruz.
Das Alminhas do Cadinho, junto à EN13, é que nem sequer uma réplica existe.
Afife, 12 de Fevereiro
de 2024
António Alves Barros Lopes
CELEBREMOS JOSÉ AFONSO
Vira de José
Afonso
Dos Xornas
https://www.youtube.com/watch?v=9DzS2mpahWY
Com o
contributo do lopesdareosa
AGRI - doces e amargos
Também poderia ser intitulado
EU ADÓÓÓRO ANDAR DE COMBÓIO
Em 6 de Novembro de 2017 foi noticiado que:
"O “Movimento pelo Interior”, liderado pelo Presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, que é também presidente dos Autarcas Social Democratas, foi recebido no passado sábado, dia 4 de novembro, no Palácio de Belém, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O grupo foi solicitar, «em nome da coesão», o alto patrocínio da Presidência."
"Para além do Presidente da Câmara da Guarda, este grupo integra ainda o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real e Presidente dos Autarcas Socialistas, Rui Santos, o Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Fontaínhas Fernandes, o Presidente do Instituto Politécnico Leiria e Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Nuno Mangas e o Presidente do Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e ex-Presidente do Conselho Económico e Social, José Silva Peneda."
https://www.mun-guarda.pt/noticias/645-movimento-pelo-interior-lidera
Mais recentemente, em 7 de setembro de 2022 já..
"O ex-ministro Miguel Cadilhe defendeu esta quarta-feira que Portugal “precisa muito” de um “Movimento pelo Interior II”, mas “com voz mais sonora” do que o primeiro, que considerou ter “encerrado para balanço” sem que as suas propostas fossem acolhidas."
VER
No entretanto no PUBLICO e em 23 de Junho de 2019, este mesmo Cadillhe tem um arrependimento fabuloso:
"Miguel Cadillhe ex-ministro das finanças de Cavaco Silva reconhece que foi um erro o encerramento da linha do Douro, em 1988, entre o Pocinho e a Barca de Alva, e é o primeiro subscritor de uma petição para a sua reabertura."
Desde logo é surpreendente que Cadillhe fale apenas no Ministro das Obras Públicas de então que em conselho de ministros os teria "enganado a todos" (ver texto enquadrado a vermelho).
Mais surpreendente quanto à data o Primeiro Ministro era precisamente Cavaco Silva o tal que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas. Ou que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava.
- Então qual era a autoridade de Cavaco Silva nessas reuniões de Conselho de Ministros???
É caso para perguntar pois o nosso inefável Cavaco sempre gostou de andar de comboio e até chegou a afirmar, por volta de 2012, que estava mortinho por fazer uma viagem até Barca d'Alva. Ver https://www.youtube.com/watch?v=ADWmxGhKagg
Isto porque...
No ano de 1988 são suprimidos os serviços de passageiros na Linha do Sabor parte da Linha do Vouga e da Linha do Douro
Em 1989 , são encerradas a Linha do Sabor, Linha do Dão , Linha entre Guimarães e Fafe e a Linha do Douro entre Pocinho e Barca d'Alva
Vejam
https://www.cp.pt/institucional/pt/cultura-ferroviaria/historia-cp/cronologia
E vejam se se lembram de quem era Primeiro Ministro na altura!
Ao mesmo tempo lembrem-se do que naquele tempo fizeram Cavaco e as carpideiras de agora. Em 19 de Dezembro de 1994, Pedro Arroja Economista e director do ISLA analisando as estatísticas do INE relativas a 1993 demonstra por Á mais Bê que na saúde e na cultura Pelo menos, que as regiões mais ricas são privilegiadas em relação às mais pobres.
Ao mesmo tempo que o grosso dos investimentos ía para a estratégicamente criada Região de Lisboa e vale do tejo e para o Litoral. Ver
É desses tempos este cartoon saído no JN de 9-11-1994
E o Miguel Cadilhe ajudou à missa no jn de 21 de Fevereiro de 2024
Queixando-se do hipercentralismo
Mas a missa tem sido das cantadas pois tem mais que um celebrante.
JN 20 de Fevereiro de 2024 e no lançamento de mias um livro sobre Sá Carneiro
VER
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/cavaco-silva-em-braganca/#sthash.7rYFLNW7.dpbs
Nota Final
Sabem qual é a coroa de Glória de Cadilhe.
É que o seu arrependimento foi recompensado precisamente pelos representantes daqueles que mais directamente prejudicou.
Quote