segunda-feira, 27 de maio de 2019

Colômbia

Também poderia ser o fascínio da concertina.

Ou del acordeón!!! - Como lhe chamam na Colômbia

Há mais de trinta anos comprei um disco de Alejo Duran em Cartagena. Um castiço de lá vendia musica popular sul-americana disse-me que aquilo é que era! - Vallenato puro.

Daqueles grupos andinos que já apareciam pelas ruas de Viana, tinha ouvido a Gôta Fria sem que lhe desse importância.

Mais tarde apareceu Carlos Vives que não sendo acordeonero apareceu com uma versão " urbanizada" do tema.

Mas a história da Gota Fria foi contada pelos protagonistas Emiliano Zuleta e Lourenço Morales. 
Ver aqui https://www.youtube.com/watch?v=G4iJnAJTGgY





Quem definitivamente me abriu os olhos e os ouvidos foi o António Rivas. Com quem estabeleci uma amizade à primeira vista.

Um dia esteve em Sever do Vouga 
https://www.youtube.com/watch?v=UMAqewccOsQ


Quanto a Alejo Duran aqui vai
https://www.youtube.com/watch?v=UGFgk8f-wuA


Este pedazo de acordeon 
onde tengo a alma mia
es todo mi corazon
e toda a minha alegria

Depois e para finalizar, o espírito Colombiano.
https://www.youtube.com/watch?v=uZfCdjGYsfM
Aqui Moisés Angulo interpretando um tema de Alejo Duran cuja vida recordou num filme em homenagem a este.

(Milagres do Youtube. Também poderia ser o título desta Crónica!)

lopesdareosa

sábado, 18 de maio de 2019

Vanessa Fidalgo

Vanessa Fidalgo é a autora de um livro editado em 2017 cujo frontispício vai aqui.



E na página 103 conta a história da Inês Negra



E logo de início fala num enorme templo granítico e escurecido pelo tempo, silencioso e coberto de musgo, situado "No solitário caminho que vem de Melgaço e leva ao interior da Serra do Soajo"

Já no segundo período esse templo é identificado como sendo o Mosteiro de Fiães "...plantado no meio do verde generoso das terras do Gerês...".

De facto o Mosteiro de Fiães situa-se na Serra da Peneda quando ela já cai para o Rio Minho. E dali existem caminhos até ao Soajo que passam por Lamas de Mouro, pela Gavieira e por Adrão - sempre na Serra da Peneda!

Mas não se encontra esquecido nem isolado de tudo e de todos. Pelo menos daqueles que, nos dias onze de Julho de cada ano, celebram São Bento em animados merendeiros à sombra daquelas carvalheiras ( ou serão castanheiros?). Isto na mesma data em que ainda na Peneda, o São Bento tem outras devoções. O do Cando na Gavieira e o do Ermelo abaixo do Soajo.

Mas também por essa altura se celebra um outro São Bento, esse sim no Gerês, o São Bento da Porta Aberta ali nas Caldas já em Terras de Bouro.

Mas  que eu saiba Mosteiro de Fiães só há um!

E, ou está na Peneda ou no Gerês.

Nos dois sítios ao mesmo tempo é que não acredito!

(Nem mesmo o São Bento de Lérez faria tal milagre)

lopesdareosa

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Maria Xosé Silvar


Boto en falta unha ilusión, que me reconvirta en mim.

O melhor é escoitar.

Em primeiro gravação de estudio

Depois ao vivo.

( Galiza, minha Galiza!)

tone do moleiro novo

terça-feira, 14 de maio de 2019

Verde que te quero verde



Verde  que  te  quero  Verde



A humanidade  deu em parir uns seres que não resistem à                                                                                                                   tentação de distorcer a realidade !


- Uns, aldrabões, vão para a política.


-  Outros dedicam-se à poesia!


Estes, percorrem  vários caminhos. A  alguns  basta saber 

escrever,  para o que  ficam aptos logo na  primeira classe.

 (Às vezes nem esperam por  isso!) 


Para outros, que pintam, a coisa apresenta dois problemas; 

ou nascem dotados ou têm que aprender a técnica. 

No  entanto  convém que não sejam daltónicos. Já os que escrevem podem sê-lo  pois referindo-se a uma cor, ninguém sabe se acertam:

O João de Monção quis ser Verde.

Verdes são os de Gontinhães.


Garcia Lorca queria que  o verde  fosse mesmo verde.


O caminho de Carmelo Larrea Carricarte era verde.


Pedro Homem de Mello dizia que a sua canção  era verde .                                                                                                Olhou para um rapaz e  disse que a camisola 

dele era verde!



Temos um vinho dito verde que afinal, indo do lilás ao 

amarelado, não é verde!


Há o verde de Viana que é pedra mas não de castelos!



Mas Fernando Pessoa virou a percepção de patas para o 

ar. 


Eu explico. O nosso engano resulta, tantas  vezes,  de  

erros de percepção!



– E se os erros de percepção resultam afinal do nosso 

   engano???


- E se, mesmo errando  na percepção, não estamos                                                                                                              enganados?

       
O Poeta é um fingidor
Finge constantemente
Finge que o verde é a cor
Quando o  é  verdadeiramente


Daí  que fico baralhado.


- O Verde que eu vejo afinal não é  verde  mas  eu acho que é       

verde?


Ou


- O verde que eu vejo é verde mesmo!



Mas aqui eu não posso dizer que não é verde pois não  vejo outra 

cor.


Chego à conclusão que os teus olhos são mesmo

Olhos  Verdes





Tens olhos verdes

Sussurro matinal

Dourado  dos cabelos  derramados

Num sonho de  tempestades  celebradas

com  beijos quebrados

Nas  veredas  do teu corpo.

Olho para ti

Dádiva  divina

Lição que nenhum livro ensina

Serás Real?

Toco-te  a medo

de  te  acordar

num quero que tu saibas

do meu segredo

de  te  amar

Tens olhos verdes

Só eu sei que tens olhos verdes

Não sabes que tens olhos verdes

Nem sabes que tu me  perdes

 por te encontrar

Olho em ti

Tempestades de cabelos dourados

derramadas

no meu sonho matinal

não te quero despertar

só quero que o teu sono ouça

que a minha boca

tem o sabor húmido, macio  e quente

dos amantes  em  noites segredadas


( Se  te acordar não saberei mais palavras para  te  dizer . 

 - Olho para ti e  sei que tens olhos verdes)


tone do moleiro novo