( OLHOS AZUIS IGUAIS AOS MEUS)
Meu Deus, meu Deus!
Olhos azuis iguais aos meus
Tive um gesto
Demandou-me palavras
Meu Deus, meu Deus!
Olhos azuis iguais aos meus
Mas não vê as palavras
nos olhos azuis iguais aos seus?
Meu Deus, meu Deus!
Olhos azuis iguais aos meus
( E deixou-me ali, em sangue, esvaído)
Mas antes de morrer
ainda tive tempo de murmurar
Adeus, Adeus
Olhos azuis iguais aos meus.
Tone do Moleiro Novo
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
SRI LANKA
Ou Ceilão ou Taprobana.
Um dia aterrei em Colombo e o meu espanto misturou-se com a minha comoção.
Disse-lhes que era português, olharam para mim como se fosse um deus. Disse-lhes chamar-me António, olharam para mim como se fosse o Santo. Santo que tem direito a igreja e a nichos pelas paredes diante dos quais toda aquela gente se inclina e toca com as mãos.
Depois aquele olhar humilde em que a cabeça balouça, não sei se para nos ouvir ou se para nos encantar!
Silvas, Pereiras, Fernandos, Fonsecas, gente que parecia conhecer-me de há longo tempo.
Fiquei no Hotel Galadari, mesmo ao lado do palácio do governo.
Pela primeira vez vi e ouvi a música Baila que afinal foi levada para lá pelos portugueses. Pelo meio ficam os passeos e puyas colombianos, mapalé afro/colombiano, o funaná de Santiago ou a marrabenta moçambicana.
http://www.youtube.com/watch?v=6QrbJpIzQYM&feature=related
Aqui quem canta chama-se Fernando
Mas o artista agora é Desmond Silva
http://www.youtube.com/watch?v=JlLv6cDBgMc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=N7IvjkS8ZTM
E reparem bem nos traços dos Silvas que ele traz na cara!
Há mulheres e esta chama-se Corrine Almeida
http://www.youtube.com/watch?v=9nG4d67R8mY&feature=related
A música também é conhecida por Baila Kaffrinha.
Uma referência já que por cá nunca a ouvi nos circuitos da dita World Music.
Pode ser que um dia os meus amigos d'Orfeu de Águeda os tragam cá!
Lopesdareosa
Um dia aterrei em Colombo e o meu espanto misturou-se com a minha comoção.
Disse-lhes que era português, olharam para mim como se fosse um deus. Disse-lhes chamar-me António, olharam para mim como se fosse o Santo. Santo que tem direito a igreja e a nichos pelas paredes diante dos quais toda aquela gente se inclina e toca com as mãos.
Depois aquele olhar humilde em que a cabeça balouça, não sei se para nos ouvir ou se para nos encantar!
Silvas, Pereiras, Fernandos, Fonsecas, gente que parecia conhecer-me de há longo tempo.
Fiquei no Hotel Galadari, mesmo ao lado do palácio do governo.
Pela primeira vez vi e ouvi a música Baila que afinal foi levada para lá pelos portugueses. Pelo meio ficam os passeos e puyas colombianos, mapalé afro/colombiano, o funaná de Santiago ou a marrabenta moçambicana.
http://www.youtube.com/watch?v=6QrbJpIzQYM&feature=related
Aqui quem canta chama-se Fernando
Mas o artista agora é Desmond Silva
http://www.youtube.com/watch?v=JlLv6cDBgMc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=N7IvjkS8ZTM
E reparem bem nos traços dos Silvas que ele traz na cara!
Há mulheres e esta chama-se Corrine Almeida
http://www.youtube.com/watch?v=9nG4d67R8mY&feature=related
A música também é conhecida por Baila Kaffrinha.
Uma referência já que por cá nunca a ouvi nos circuitos da dita World Music.
Pode ser que um dia os meus amigos d'Orfeu de Águeda os tragam cá!
Lopesdareosa
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
ISABEL PESSÔA-LOPES PASSOU POR CÁ
Sabendo-me em Afife (Dupla dádiva divina, pois sou de Areosa e resido em Afife, sendo esta o meu coração a outra é o meu sangue), recebi de Isabel Pessôa-Lopes a seguinte mensagem:
Meus comentários:
"Reparei agora que se encontra em Afife e gostaria de consigo partilhar que também por aí passei aquando da minha "MEGA-Epopeia" (to say the least... ;- ) no dia 1 de Setembro !
Depois de ter saído do Farol de V. R. Sto António no dia 23 de Julho, completara nesse mesmíssimo dia a extensa Linha da Raia... e estava de volta ao Mar !
Almoçara em Caminha... e também ficara encantada com Moledo...
Vinha da praia de Âncora e ao chegar a Afife atravessei a estrada principal para ir tomar 1 galão e uns donuts... na estação de serviço.
Falei com a menina da cx e depois fui ao micro-mercado (da D. Catarina?) ao lado do Restaurante. Abasteci-me de mantimentos para o improviso de jantar+peq. almoço (vendeu-me o último pão), atravessei a linha de comboio e de novo a estrada principal e continuei pelos caminhos de terra.
Vinha da praia de Âncora e ao chegar a Afife atravessei a estrada principal para ir tomar 1 galão e uns donuts... na estação de serviço.
Falei com a menina da cx e depois fui ao micro-mercado (da D. Catarina?) ao lado do Restaurante. Abasteci-me de mantimentos para o improviso de jantar+peq. almoço (vendeu-me o último pão), atravessei a linha de comboio e de novo a estrada principal e continuei pelos caminhos de terra.
Era dia de caça... e os caçadores+seus cães 'ladraram-me' para (com +segurança das balas) prosseguir... pelo milheiral (então mais alto do que eu - com uma mochila às costas...) pelo que, ao pôr-do-sol e "entre tanto mato", perdi várias vezes o meu destino de meu horizonte visual... mas assim que o Sol se pôs, acendeu-se a luz do Farol de Montedor - minha morada privilegiada para mais uma pernoita de fadiga :-)
Acredite, há dias cansativamente belos..."
Unquote
Passou por cá sem ser notada. De Nuno Ferreira tenho uma referência. O meu amigo Ernesto do Paço de Carrêço interceptou-o na sua passagem.
Em Afife a Isabel, quando atravessou a linha, foi ter ao mercadinho da MARIANA que tem o mesmo nome do Restaurante, da mesma gente afinal! O tal restaurante dos roteiros e do robalo nas algas!
Mas antes passou, tinha que passar, o Rio de Cabanas, aquele mesmo rio que passa pela magnólia e tantas vezes viu Pedro Homem de Mello, escrever na sua varanda e dançar e cantar nas suas margens.
Depois no caminho para o Farol de Montedor terá perdido visitar o Forte de Paçô, igual ao do Cão mas num recanto de praia menos agreste.
No caminho para Viana, ao passar em Areosa, passou o Rio do Pégo, mais importante para mim que o Amazonas, que não conheço e também porque foi lá que aprendi a nadar!
Por fim pode estar certa que acredito que há dias cansativamente belos. Tanto que nem penso nisso no meu dia a dia!
Por este pequeno pedaço de terra percorrida, escondem-se da nossa indiferença, fazendo cegos nossos olhos distraídos, lugares, auroras e poentes tão belos que, decerto condescendentemente, vão observando o nosso mesquinho alheamento.
E digo Santa Trega, monte galego que do seu alto é capaz de descrever passo a passo o caminho da Isabel desde a foz do Minho até Montedor. Aqui entre pedras e mato espreitam-se os poentes que fazem com que o mar da dor arda. Também há a veiga; Afife, Carrêço, Areosa e do Calvo, de onde tudo isto se avista, fico a pensar no esforço de gerações e gerações para que, aquilo que ainda não foi estragado, chegasse aos meus olhos. Para lá disto o Mar sempre o Mar. Tanto o da Senhora da Bonança como o da Senhora da Agonia. É o mesmo!
Nómadas?
- Apenas quem, sem destino ou com algum, que, vá lá saber-se porquê, resolveu percorrer o mundo a pé, sem fazer contas ao cansaço, passou à nossa porta.
Talvez à procura do belo que nós e outros não vemos ou nos recusamos a dar por ela!
Cumprimentos
Lopesdareosa
Por este pequeno pedaço de terra percorrida, escondem-se da nossa indiferença, fazendo cegos nossos olhos distraídos, lugares, auroras e poentes tão belos que, decerto condescendentemente, vão observando o nosso mesquinho alheamento.
E digo Santa Trega, monte galego que do seu alto é capaz de descrever passo a passo o caminho da Isabel desde a foz do Minho até Montedor. Aqui entre pedras e mato espreitam-se os poentes que fazem com que o mar da dor arda. Também há a veiga; Afife, Carrêço, Areosa e do Calvo, de onde tudo isto se avista, fico a pensar no esforço de gerações e gerações para que, aquilo que ainda não foi estragado, chegasse aos meus olhos. Para lá disto o Mar sempre o Mar. Tanto o da Senhora da Bonança como o da Senhora da Agonia. É o mesmo!
Nómadas?
- Apenas quem, sem destino ou com algum, que, vá lá saber-se porquê, resolveu percorrer o mundo a pé, sem fazer contas ao cansaço, passou à nossa porta.
Talvez à procura do belo que nós e outros não vemos ou nos recusamos a dar por ela!
Cumprimentos
Lopesdareosa
domingo, 4 de dezembro de 2011
AMÁLIA RODRIGUES E CUCO SANCHES
OU A CONTINUAÇÃO DO FADO COM MARIACHI.
Dos tempos de ouro da canção Mexicana os compositores de "corridos" faziam corridas a ver quem criava a melhor canção. Depois os "Charros", todos eles, a repetiam a ver quem a cantava mais bem.
Havia os autores que também cantavam. Desses José Alfredo Jimenez e Cuco Sanchez.
De Cuco Sanchez dois temas, um FALLASTE CORAZÓN -
http://www.youtube.com/watch?v=baPb_VspRAU
http://www.youtube.com/watch?v=baPb_VspRAU&feature=related
A mesma coisa por ELVIRA QUINTANA
http://www.youtube.com/watch?v=El2M9-W8MFU&feature=related
Comparem com a versão de Amália
http://www.youtube.com/watch?v=dENtcLFqlOk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=6I8EQtBAwP0&feature=related
e o outro
Grítenme Piedras del Campo - Cuco Sanches
http://www.youtube.com/watch?v=fSKFpj-zbRg&feature=related
A mesma coisa na voz de Amália!
http://www.youtube.com/watch?v=enlPLaY_tzs
Barros Lopes
Afife
Dos tempos de ouro da canção Mexicana os compositores de "corridos" faziam corridas a ver quem criava a melhor canção. Depois os "Charros", todos eles, a repetiam a ver quem a cantava mais bem.
Havia os autores que também cantavam. Desses José Alfredo Jimenez e Cuco Sanchez.
De Cuco Sanchez dois temas, um FALLASTE CORAZÓN -
http://www.youtube.com/watch?v=baPb_VspRAU
http://www.youtube.com/watch?v=baPb_VspRAU&feature=related
A mesma coisa por ELVIRA QUINTANA
http://www.youtube.com/watch?v=El2M9-W8MFU&feature=related
Comparem com a versão de Amália
http://www.youtube.com/watch?v=dENtcLFqlOk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=6I8EQtBAwP0&feature=related
e o outro
Grítenme Piedras del Campo - Cuco Sanches
http://www.youtube.com/watch?v=fSKFpj-zbRg&feature=related
A mesma coisa na voz de Amália!
http://www.youtube.com/watch?v=enlPLaY_tzs
Barros Lopes
Afife
sábado, 3 de dezembro de 2011
GORRIONCILLO PETCHO AMARILLO
Era minha intenção colar aqui dois vídeos.
Um da Amália a cantar Gorrioncillo Petcho Amarillo e outro de Miguel Aceves Mejia interpretando o mesmo tema. Isto para mostrar a tal ligação do Fado aos Mariachis.
http://www.youtube.com/watch?v=yJjw5Or4XUc&feature=related - Amália
http://www.youtube.com/watch?v=3P8ajObPQhg&feature=related - Miguel Aceves Mejia
Como o raio da maquineta não me deixa ficam os respectivos links para o Youtube.
É para realçar a espantosa capacidade que Amália tinha de cambiar de ambiente.
Já agora se forem a
http://www.youtube.com/watch?v=REBZ63xiorQ&feature=related - desta vez é a de António Aguilar
e digam lá se Amália não se batia com os melhores!
( Gorrioncillo Petcho Amarillo de Tomás Mendez Sosa)
Barros Lopes
Afife
Um da Amália a cantar Gorrioncillo Petcho Amarillo e outro de Miguel Aceves Mejia interpretando o mesmo tema. Isto para mostrar a tal ligação do Fado aos Mariachis.
http://www.youtube.com/watch?v=yJjw5Or4XUc&feature=related - Amália
http://www.youtube.com/watch?v=3P8ajObPQhg&feature=related - Miguel Aceves Mejia
Como o raio da maquineta não me deixa ficam os respectivos links para o Youtube.
É para realçar a espantosa capacidade que Amália tinha de cambiar de ambiente.
Já agora se forem a
http://www.youtube.com/watch?v=REBZ63xiorQ&feature=related - desta vez é a de António Aguilar
e digam lá se Amália não se batia com os melhores!
( Gorrioncillo Petcho Amarillo de Tomás Mendez Sosa)
Barros Lopes
Afife
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