segunda-feira, 23 de julho de 2018

Miguel Conde Coutinho

Querem saber mais vão a...

https://lopesdareosa.blogspot.com/2018/07/a-evidencia-das-citacoes-ou-as-citacoes.html

lopesdareosa

A evidência das citações ou as citações da evidência.

Não sou muito de citações!


No entanto dou valor a todos os que manifestam um particular poder de síntese ao condensarem numa frase aquilo que, se fosse eu a explicar, necessitaria de preencher um A4.


Logo um dos "aforismos" mais notáveis que encontrei

" Era um fulano tão pequeno, tão pequeno .... que não lhe cabia a menor dúvida"

O curioso é que nem sei a origem de tal. No entanto há diversas personagens a quem esta vestimenta lhes assentaria que nem uma luva. Destaco uma em quem isto se verifica com a particularidade de ela própria, a personagem, ter reconhecido isso mesmo. Dispenso-me de a explicitar dado que não utilizo esta prateleira para guardar lixo.

Mas há outras

"Mesmo que a realidade resplandeça sempre se baterão os homens na ténue fronteira das interpretações"

Ou aquela.

"Tristes os nossos dias em que a própria evidência tem de ser demonstrada."

Assim ou mais ou menos no dizer daqueles autores que julgo serem Espanhóis.

Tudo isto também porque nestes dias li Rentes de Carvalho no EXPRESSO  ( quinta feira dia 19 de Julho )

"Infelizes... aqueles .... que inutilmente se esforçam por lutar contra a poderosa corrente da parvoíce, pois dominante como já é na sociedade, bem se dispensava vê-la também abençoada pelos que governam, e levanta sérias dúvida sobre o desenvolvimento cerebral e as capacidades intelectuais dos mesmos"

que termina citando Schiller (1759-1805) nos avisou, de que 

“Contra a ignorância até os deuses lutam em vão”.

Até Lug acrescentaria eu!

Acontece que neste sábado 21 de Julho, no JN,   li Miguel Conde Coutinho sobre a  a Verdade citando Hannah Arendt




Que pode ser lido na íntegra e em Inglês em:

https://idanlandau.files.wordpress.com/2014/12/arendt-truth-and-politics.pdf


"The chances of factual truth surviving the onslaught of power are very slim indeed; it is always in danger of being maneuvered out of the world not only for a time but, potentially, forever.
 Facts and events are infinitely more fragile things than axioms, discoveries, theories – even the most wildly speculative ones – produced by the human mind; they occur in the field of the ever-changing affairs of men, in whose flux there is nothing more permanent than the admittedly relative permanence of the human mind’s structure. Once they are lost, no rational effort will ever bring them back. Perhaps the chances that Euclidean mathematics or Einstein’s theory of relativity – let alone Plato’s philosophy – would have been reproduced in time if their authors had been prevented from handing them down to posterity are not very good either, yet they are infinitely better than the chances that a fact of importance, forgotten or, more likely, lied away, will one day be rediscovered."

Mas Miguel Conde Coutinho vai mais longe e ele próprio dita uma "sentença" que não fica atrás de todas as outras citadas.

"A verdade, ou a verdade que sobra depois de todas as outras, é realmente assunto do Homem e é assunto sério, tão sério quanto a História - que quase sempre é mais um conjunto de verdades circunstanciais do que a circunstância registada como verdade. Mudar a narrativa a seu favor é um objectivo inscrito no código genético do poder..." etc...etc...etc 

(A seguir, nesta prateleira, virá qualquer coisa em que tudo será mais compreensível)

lopesdareosa