domingo, 24 de novembro de 2024

O Meu 25 de Novembro

 Este texto foi publicado a 21 de Novembro de 2019 mas vou repetir!

"O meu 25 de Novembro"
 

Também tive e continuo a ter. Um todos os anos! 

- E o de 1975???

Esse foi o da oportunidade perdida! Mas não o que pensam!

Passo a explicar.

Em primeiro lugar tenho que reconhecer o mérito de um tal Menezes, mui, mas nem por isso, social democrata de Gaia, que chamou aos Sulistas, Elitistas e Liberais isso mesmo...

Sulistas Elitistas e Liberais (doravante SEL). 

Depois desatou a chorar! Nunca percebi porquê. Tinha dito das poucas coisas acertadas que se podem aproveitar da sua vida pública. ( Estou a citar de ouvido a opinião de um Gaiense e a ler o pensamento do Rui Douro)!

E eu aproveito-a ( a etiqueta) pois aplica-se lapidarmente a todos aqueles lá do sítio e a todos os outros que, não sendo lá do sítio, passam a ser logo que bebam água de S. Vicente.       

A de Santo António também serve!                            

Qualquer coisa parecida ao que acontecia aos de Areosa logo que bebessem água de S. Mamede. (Tempos idos). 

Para quem quiser perceber a piada leiam A QUEDA DE UM ANJO do Camilo.


Por esse tempo andavam esses tais SEL à rasca com os comunistas. 

Não tanto com os do PC pois esses andavam por sua vez atarantados com as ultrapassagens dos grupos ditos de extrema esquerda que se multiplicavam, que nem cogumelos, a atrapalhar a organização. 

Estes discutiam entre si quem era mais revolucionário, se os LM se os maoistas. Também havia os Trotskistas que eram mais pró intelectual pois sabiam até que o desgraçado tinha morrido de susto ao ouvir uma ranchera mexicana!

Aí vai a lista dos ultra revolucionários por ordem alfabética

FECMLFERFSPFUPLCILSTMRPPMESOCMLPPC(R)PRTPRPPSRPSTPTUEDSUDPSUV

Nessa altura, se bem me lembro, o nosso Cunhal, bem que
tentava lembrar às hostes aquele livro, de um tal Lenine, 
intitulado:  Esquerdismo a Doença Infantil do Comunismo 

O livro poderia não ter qualquer mérito tanto nos fundamentos como nos efeitos. Mas o certo é que assentava que nem uma luva, no MRPP e noutros quejandos, dos quais  saiu e sobressaiu um tal burroso que andava tão à frente da revolução socialista que chegou à CEE passando por cima do PPD e deixando a piolheira para o Sampaio e  Santana se entreterem.

Aconteceu então que o embaralhamento era de tal ordem que ainda hoje, passados 45 anos, não há uma explicação para o que sucedeu. Ninguém de fóra entendeu nada e durante este tempo todo, os mais diversos intervenientes também não se entenderam. Cada um tem a sua versão. Nem é agora meu interesse petar esse caminho.

O que me traz aqui é verificar que nós - o NORTE - ou seja o Entre Minho e Douro - Vá lá entre o Minho e o Mondego - perdemos uma linda oportunidade de nos livrarmos de Lisboa.

De notar que foram uns pândegos SELs que resolveram proclamar que havia uma fronteira em Rio Maior. E o curioso é que esses Sulistas (encabrestados por um tal Casqueiro e um tal Fernandes) assumiram que o verdadeiro Portugal - na circunstância - afinal era o NORTE

E vai daí os SELs fogem de armas e bagagens para o PORTO.          

E assentam arraiais ali no Monte da Virgem de onde a RTP passou a emitir. 

-Tudo porquê? 

Porque os comunistas se preparavam para tomar Lisboa como tinham tomado as herdades alentejanas. 

Os SELs com o auxilio da CAP puseram o minifúndio numa guerra com a qual nada tinham (os do minifúndio) a ver. 

Ora os tais SELs fugiram para o NORTE e abandonaram Lisboa à sua sorte, deixando-a entregue aos esforçados Eanes e Neves que depois de algum suor, muitas lágrimas e infelizmente algum sangue, lá resolveram a situação. 

Quando a coisa acalmou os nossos gloriosos, heróicos, corajosos e abnegados SELs regressaram a Lisboa. 

( Depois com a lei do barrete, feita à medida, lá resolveram a situação no Alentejo. De notar que esta lei, dedicada à agricultura, não adiantou um boi ao minifúndio!) 

Recentemente esse tal barrete deu uma entrevista a dizer que tinha devolvido a democracia ao Alentejo.

Assim aconteceu que o arraial Sulista instalado no NORTE convenceu um tal beloso que era VICE REI. Era o Alcaide do Forte da Lapa.
 
E por aí se ficaram pois REI seria um titulo que não se lhe ajustava pois não tinha linhagem. 

Nem algodoagem! 

Não era sangue azul! 

Não era descendente do Henriques, nem directo nem abastardado, senão bem que poderia ser entronizado pela novel Monarquia do Norte a proclamar. 

Mas foi pena pois, em  vez, poderia ter sido promovido a Condestável e fazer de D. Duarte aquilo que o Nunálvares fez de D. João I. Desta vez sem lutas desnecessárias.


Assim proclamando o nosso Duarte a Rei da Segunda Dinastia Monarquica do Norte, pós interregno da segunda república e no seguimento da dinastia dos Bragança. 

Poderiam ter sido convocadas as Cortes em Coimbra ( ou inventá-las em Lamego) e decidido uma coisa muito simples...

Conceder a Independência a LISBOA que, com a instituição da Comuna, poderia colectivizar o Alentejo à vontade.

O que significaria uma grande e devida reparação histórica, pois devolveríamos Lisboa aos mouros depois de a termos conquistada há 828 anos!!!

A Monarquia do Norte ficaria com o território até ao Sul do Mondego. Haveria uma zona tampão do Rio Liz a Rio Maior 

(A tal fronteira já definida pelos SELque ficaria, protegida por Fátima e  ao cuidado da ONU (e defendida pela NATO) a fim de evitar infiltrações islamistas.

Desta forma teríamos resolvido de uma vez  o tal centralismo de que tanto nos queixamos. E de forma muito airosa e inédita. 

Aqui ao lado os de Barcelona querem a independência e os Castelhanos recusam. Nós teríamos dado a independência a LISBOA mesmo sem que os SELs a tivessem reivindicado.

De fora ficaria o Algarve que seria vendido aos ingleses e aos alemãs. Com a vantagem futura de nos livrarem do do Pôço de Boliqueime. 

O que sobrasse  poderia mais tarde ficar para chineses. Já que compraram a EDP...Mesmo assim deixariam uns restos para franceses e russos!


É evidente que iríamos trocar o centralismo de Lisboa pelo centralismo do Porto, com o do capachinho nos Aliados. 

Mas sempre ficaria mais perto!

Bem! 

Esta "distopia" daria um bom livro de ficção. 
Vou propor a coisa ao Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos."

Fim da transcrição com dois tortumelos de ocasião, a vermelho:

Agora vem o melhor!

Deveríamos ter aproveitado o 25 de Abril e o 25 de Novembro para conceder a independência a Lisboa. 

E eles que se entendessem com os Mouros!

Aliás seria um acto de Justiça devolver aos berberes aquilo que tomamos pela força!

Estas notas começam quando, nos primeiros meses de 2020, um daqueles sulistas iluminados deu em explicar que a incidência do COVID era maior aqui pelos Nortes dada a iliteracia do pessoal. (Mais ou menos assim)
                                                                                                              Logo alguém cá do sítio deu a resposta conveniente. E tratava-se de uma Senhora de Lavradas chamada Sílvia Manuela Torres!

"Ser do Norte…
Ser do norte é do caralho!
É falar alto e bom som e não ser nenhum paspalho!
É ter um país inteiro aos seus pés
e respeitá-lo de lés a lés!
Ser do Norte é ter educação,
gostar e preservar uma boa tradição!
É ter o coração na boca, a saudade na alma
e pouca ou nenhuma calma!
É ter vaidade ou chieira,
é gostar de romarias e de ir a uma boa feira!
Ser do Norte é ser fodido!
É falar pelos cotovelos e ser bem compreendido!
É ter um bom coração,
ser fiel ao seu país, e dizer um palavrão!
É ser alegre e bondoso
e respeitar todo o idoso!
É gostar de folclore, saber bem bater o pé
e gostar de ver balé!
Ah… ser do norte que orgulho, que imensa satisfação!
Porque somos tão honestos,
muito pouco “chico espertos”
e temos bom coração!
Ah ser do Norte que riqueza,
que privilégio sem fim…
É ter imensa beleza
e saber dançar assim!!

Quem te dera ser do Minho, quem te dera ser do Norte,
mas na vida não se tem tudo e tu tiveste pouca SORTE!!!"

Teve a minha réplica!

Dedicada a 

Sílvia Manuela Torres 

"ah! Esta palavra Carallo!!!
Sempre apontando o Norte
Dizê-la mandacarallo
essa palavra tão forte
sustentada em dois ladrões
sempre prontos a ajudar
em todas as ocasiões
seja no tempo ou no sítio
ou em qualquer outro lugar
onde tenha que lutar.  
E já combatendo o lítio
o tempo agora é de virus
por isso andam aos tiros
de cimitarras na mão
elitistas e sulistas
liberais e outros artistas
falando de educação.

E se um dia nós conquistámos
aos invasores muçulmanos 
as Muralhas de Lisboa
eu tenho uma ideia boa
P'ra resolver a questão.
O Castelo era dos mouros.
passou pró mundo cristão
Que fique Viseu c'os louros
Ou Guimarães, também dá
Desde que fique por cá.
A capital do Condado.
deixemos a madragoa
c'o as guitarras e o fado
e devolvamos Lisboa
avenidas, logradouros
À mouraria e aos mouros!"

E resolveríamos todos os problemas existenciais da humanidade!

- Os deles que ainda não chegaram a cordo sobre o que aconteceu!

- E os nossos, que deixaríamos de os aturar!

Ver 


sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Nem tanto à terra. Nem tanto ao mar!

 Nem tanto à terra. Nem tanto ao Mar

Noticiou o A AURORA DO LIMA, em 07 de Novembro passado, que se encontrava um petroleiro avariado, ao largo de Viana, (sem castelo). Tratava-se do navio Nissos Rhenia, com bandeira das ilhas Marshal, O navio, que transportava 150 mil litros de gasóleo e que estava a ser reparado ao largo de Viana, (com Castelo), era uma embarcação com 330 metros de comprimento e 60 metros de   boca ( largura)

O navio teria sofrido uma “avaria na sua máquina tendo ficado sem propulsão”Fora socorrido, acompanhado pelas autoridades, e a avaria estaria sendo reparada por uma equipa de técnicos, no entretanto embarcada, num intervenção “complexa” por decorrer “em um espelho de água em vez de uma doca”. O que, até, terá ajudado na reparação pois se o fosse feita em mar encapelado, os técnicos poderiam enjoar no trabalho.                                                                 ( No meu caso seria certo e sabido!)

O certo é que mais recentemente soubemos que a situação fora resolvida sem incidentes e tinha, o dito cujo navio, retomado viagem até Le Havre, em França.

Mas tudo isto afinal de contas sempre com o risco daquilo que poderia ter sido um desastre ambiental significativo para o ecossistema marinho e costeiro de Viana do Castelo e para as comunidades vizinhas. Pois um eventual derrame desses tais 150 mil litros de gasóleo poderia ter consequências devastadoras para a fauna e flora locais bem como para as actividades económicas dependentes do mar, como a pesca e o turismo.

( Observações retiradas da edição de A Aurora do Lima de 14 de Novembro)

Acontece que 150 mil litros de gasóleo correspondem ao volume de um tanque do duplo fundo, com 15 metros de comprimento ( um vinte avos do comprimento do navio) por 10 metros de largura (um quarto da boca do Petroleiro) e 1 (um metro) de altura. E que mesmo na hipótese, pouco provável, da avaria na máquina causar uma rotura que provocasse tal derrame, sempre este provocaria assinalável poluição se tal sucedesse.

Mas nunca com a gravidade do que aconteceu com o derrame do “Prestige”. Aqui na Galiza, tratou-se de um derrame de 63 mil toneladas de petróleo (crude) e cerca de três mil quilómetros das costas espanhola, portuguesa e francesa, ficaram poluídas. Na Galiza, o setor da pesca e marisco sofreu perdas de mais de 22 milhões de euros e os danos ambientais foram incalculáveis, com 115 mil aves marinhas mortas e 25 reservas protegidas afetadas. (fonte RTP – Noticias)

Por isso estabelecer um paralelo de uma coisa à outra, penso tratar-   -se de um razoável exagero!

Nem tanto à terra. Nem tanto ao mar!

Afife, Novembro de 2024

António Alves Barros Lopes

(publicado no A AURORA DO LIMA em 21/11/2024)

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

José Rodrigues

 O Homem do Convento de Sampaio.

Vila Nova de Cerveira

Nasceu em Luanda e morreu cá, onde se fez Escultor

Pelo meio participou em 1973 na Bienal de  São Paulo

Aqui vai do catálogo









terça-feira, 29 de outubro de 2024

A Torre da Barbela.

 Aconselho vivamente a leitura deste livro de Ruben A.



















E já agora leiam o próximo Nobel da literatura neo realista!

(Pós moderno - diria eu!)




TITULO

NATIONAL  ANTHEM

Tradução

Antena Nacional

(isto de saber alemão tem que se lhe diga)


Heróis da paisagem

Reis da cofragem

E do meio ambiente

Nobre era o povo

Era outra gente

outrora valente

Hoje cachorro

Hoje mortal

Levantai mais mamarrachos

Fazei das veredas capachos

Neste antigo  Portugal

Mandem ás malvas a história

Dos nossos egrégios avós

Ó gente sente-se a voz

Do imperador patacão

Que compra qualquer memória

Vendida em qualquer leilão

 

já mámanos já mamas

nos ubres desse pomar

já mamámos e já mamas

 latadas por vindimar


Reis da paisagem

Heróis da cofragem

a vilanagem

fartar fartar

As mulheres da minha aldeia!

 Vem isto a propósito da recente iniciativa do PÚBLICO em editar, em 15 fascículos,  a obra de Maria Lamas "As mulheres do meu país"

Publicada também em fascículos entre 1948 e 1950, consultando uma segunda edição (2002 da editora CAMINHO) desta mesma obra, que aqui não vou salientar o valor por demais já elogiado, encontrei na página 47 um alusão a Areosa, não falando de Areosa. 











A fotografia atribuída a Aureliano Carneiro apresente duas mulheres a lavrar numa veiga que eu diria ser já a de S. Sebastião. Essas mulheres que, pelo sorriso da que segura a soga, eu identifico  como sendo da Casa  d'Andrel  (alguém que me corrija) corresponde ou deu origem a um postal colorido posto então em circulação.



Mas não pondo em causa o valor da obra, este tipo de publicações enferma de uma falha estrutural:

Não identifica as pessoas retratadas. Pecha dos entendidos que se servem de gente que é gente como meros objectos em cima dos quais nos arremessam  a sua sapiência,

Outro sim a própria sapiência que informa neste caso tratar-se de:              

" Camponesas minhotas da beira-mar lavrando uma veiga em Carreço. Ao fundo a serra de Agrichousa", 

(segundo a legenda!)

Em primeiro lugar as camponesas minhotas poderiam ser de muitos sítios à beira mar mas no caso são de Areosa. Aliás a edição do Postal diz isso mesmo.

Em segundo lugar a veiga não é em Carreço; é em Areosa e é isso que diz o tal postal.

Em terceiro lugar ao fundo não está a serra de Agrichousa!

Porque Agrichousa é em Afife, não se avista do local. Não existe como serra, quanto muito terá o monte à volta com seu nome. 

Lá ao fundo o que se vê é o encontro (ou divisão) do Monte da Paradela com o da Penedeira, "frecha" aberta pelo Rio do Pégo:

E lá por cima, mais longe, o alto da Porqueira já em Carreço.

E se dúvidas houvesse lá está a frente da Sociedade de Instrução e Recreio Areosense, em construção.

No entanto, para a posteridade, vai ficar o que está escrito na obra de Maria Lamas e não estas minhas observações. 

Publicado em A AURORA DO LIMA em 17 de Agosto de 2023


sábado, 26 de outubro de 2024

Argaço em Portimão

 Já Publiquei acerca disto ver em

https://lopesdareosa.blogspot.com/2020/05/pelas-cortas-do-argaco.html

e

https://lopesdareosa.blogspot.com/2023/09/o-que-fazer-com-o-argaco.html

Ontem encontrei isto














Hoje encontrei as preocupações do Presidente da Câmara de Portimão - 

"Algas Criaram muro com um metro de Altura"

No entretanto encontrei este testemunho inenarrável!

https://www.publico.pt/2024/10/22/azul/noticia/algas-invadiram-praias-algarve-2108931

datado de 22 de Outubro de 2024

As algas invadiram algumas praias do Algarve

As algas invadiram algumas praias do Algarve

Praias de Portimão, Lagos, Armação de Pêra e Lagoa têm estado cobertas por algas que chegam a atingir um metro e meio de altura. Autarquias já estão a limpar os areais.















A remoção das algas da praia da Rocha teve início esta segunda-feira, 21 de Outubro, e prevê-se que os trabalhos durem uma semana Câmara Municipal de Portimão

No Algarve, uma corrente de algas de origem asiática pintou de castanho os areais da região: em algumas zonas, as algas chegam a atingir um metro e meio de altura, alterando a paisagem costeira. Este fenómeno pode ser indicador de um "desequilíbrio dos ecossistemas marinhos", indica a plataforma Algas na Praia, da Universidade do Algarve (UAlg).
                                                                                                                                                                      Este excesso de algas — que desta vez afectou Portimão, Lagos, Armação de Pêra e Lagoa — foi detectado pela primeira vez em 2021. Desde aí, explica o presidente da Câmara Municipal de Portimão, Álvaro Bila, tem sido um problema anual, ainda que sem um padrão verificado, já que acontece conforme as marés.

Álvaro Bila avança ao PÚBLICO que a limpeza dos areais tem custado à autarquia portimonense 50 mil euros por ano.

João Silva, colaborador do projecto Algas na Praia, explicou ao PÚBLICO que, por terem um carácter invasivo, estas algas começam a substituir as nativas. O investigador mostrou preocupação: “Quando se muda a composição de uma comunidade, a forma como esta funciona também se altera. Há um impacto directo (negativo) no abrigo e alimento que oferece às outras espécies marinhas.”

O investigador refere que não existe uma solução definitiva, mas pode haver um plano de gestão que ainda está a ser estudado pela equipa da UAlg. Para João Silva, o problema deveria ser tratado desde a origem, já que, além do empenho das autarquias, “nenhuma entidade pública fez alguma coisa” para o resolver. A solução, acredita, deveria passar pela organização de monitorizações periódicas dos habitats naturais marinhos — mas falta financiamento.

A remoção das algas da praia da Rocha teve início esta segunda-feira, 21 de Outubro, e prevê-se que os trabalhos durem uma semana. Álvaro Bila garante que os municípios estão a procurar resolver o problema em conjunto com a Universidade do Algarve, o Ministério do Ambiente e a Agência Portuguesa do Ambiente. “Neste momento estamos a depositá-las num terreno nosso. Devido ao teor de sal também não podem ir para a terra. Portanto, segundo normas europeias, ainda nem podem ser reutilizadas. Não há nenhum aproveitamento para este tipo de organismos”, esclarece o autarca.            FIM DE CITAÇÃO

Mas vou repisar os esclarecimentos de Álvaro Bila Presidente da Câmara de Portimão.

“Neste momento estamos a depositá-las num terreno nosso. Devido ao teor de sal também não podem ir para a terra. Portanto, segundo normas europeias, ainda nem podem ser reutilizadas. Não há nenhum aproveitamento para este tipo de organismos”

- Porquê???

Pergunto eu!

- Essas algas invasoras que começam a substituir as nativas trazem veneno com elas???

- Não serão constituídas pelo mesmo material orgânico similar aos das "nossas"???

- Desde quando é que se deixou de deitar para a terra as "nossas" algas devido ao seu teor de sal???

Aquilo que se passava na Casa do Moleiro Novo é que o argaço misturado com o estrume dava um fertilizante tão rico que nunca tivemos escaravelhos nas batatas. A minha  "teoria" era de que isso se devia ao teor de Sal veiculado pelo argaço!

Mas agora o argaço vai para o lixo!

- Então no Alentejo não há território - solos mais concretamente - em riscos de desertificação ( leia-se de mineralização)???

- Então porquê tanto desperdício de material orgânico???

- Porque é que não é utilizado misturado com a biomassa produzida continuamente pelas nossa "Floresta" e que todos os anos arde para aquecer os tomates de São Pedro???

PERGUNTO EU!!!



quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Nem de propósito!

 

Nem de propósito.

Publicou a A AURORA DO LIMA, em 17 de Agosto de 2023, um texto meu intitulado AS MULHERES DA MINHA ALDEIA. E esse texto a propósito da então recente iniciativa do PÚBLICO em editar, em 15 fascículos,  a obra de Maria Lamas "As mulheres do meu país", publicada também em fascículos entre 1948 e 1950. 

Consultando eu uma segunda edição (2002 da editora CAMINHO) desta mesma, encontrei na página 57 uma alusão a Areosa, não falando de Areosa.

Ai encontrei uma  fotografia atribuída a Aureliano Carneiro apresentando duas mulheres a lavrar numa veiga que eu identifiquei como sendo  a de São Sebastião em Areosa. A imagem dessas mulheres que eu identifiquei como sendo da Casa d'Andrel   correspondia ou tinha dado  origem a um postal colorido posto então em circulação. Esta imagem tinha servido como pano de boca do palco da Sociedade de Instrução e Recreio Areosense.



Mas essa fotografia, no obra citada, vinha legendada da seguinte maneira

" Camponesas minhotas da beira-mar lavrando uma veiga em Carreço. Ao fundo a serra de Agrichousa", 



Erro incompreensível porque

Em primeiro lugar as camponesas minhotas poderiam ser de muitos sítios à beira mar mas no caso são de Areosa. Aliás a edição do Postal dizia isso mesmo. Em segundo lugar a veiga não era em Carreço; é em Areosa e é isso que dizia o tal postal. Em terceiro lugar ao fundo não estava a serra de Agrichousa! Porque Agrichousa é em Afife, não se avista do local. Não existe como serra, quanto muito terá o monte à volta com seu nome. E lá ao fundo o que se via era o encontro (ou divisão) do Monte da Paradela com o da Penedeira, "frecha" aberta pelo Rio do Pégo. E lá por cima, mais longe, o alto da Porqueira já em Carreço. E se dúvidas houvesse lá estava a empena Poente da Sociedade de Instrução e Recreio Areosense, em construção.

Terminava eu o meu artigo com um lamento

No entanto, para a posteridade, vai ficar o que está escrito na obra de Maria Lamas e não estas minhas observações. 

 Acontece que a A AURORA DO LIMA na edição de 22 de Agosto de 2024, noticia o lançamento da Obra “MEMÓRIAS DE UMPOVO” da autoria de Hermenegildo Viana e outros sobre a evolução do taje vianense registando o testemunho de 100 anciões do nosso concelho.

Coleccionador de informação, consumidor de cultura, cagaitas abelhudo – curioso – procurei a publicação e folheei-a. Quando deparei (pag. 202) com uma referência a essa tal publicação de Maria Lamas mantendo o mesmo erro por mim assinalado há um ano.  

Nem de propósito. Esta recente publicação confirma a minha premonição. A Maria de Lamas continuará a ser citada e quanto ao borra botas do do Moleiro Novo que se contente com a disponibilidade de o A AURORA DO LIMA  o aturar publicando as suas coisinhas.

Ficam para a posteridade. Pode acontecer que, no dia do meu funeral, apareçam, como de costume no dos outros, uns patuscos  daqueles  que nunca gabam nada, ninguém -  nem o falecido em vida -  e que gabam o falecido depois de morto.

Nota final

Com as minhas homenagens aos autores das “Memórias de um povo” com este reparo apenas.

Texto Publicado em A AURORA DO LIMA em 17 de Outubro de 2024