domingo, 21 de julho de 2024

Susanna Roope Dockery

 Já agora e para os estudiosos dessa coisa dos trajes dos lenços das autenticidades e também das invenções, aqui vão duas imagens fixadas por Susanna Roope Dockery que e não por acaso, morou em Afife:

Ó Rosinha                                                               Rosinha do meio                             vem comigo malhar o centeio










O centeio o centeio a cevada      Ó rosinha és boa com'ó milho

Há que malhá-lo também.



sábado, 20 de julho de 2024

Premonição

 Ontem, pela hora do café, depois do almoço, sentei-me no Moodz.

A televisão estava num telejornal qualquer.

Nisto apareceu uma legenda avisando que a ligação ia ser cortada.

A facilidade com que agora se tiram fotografias deu nisto:




sexta-feira, 19 de julho de 2024

Kevin Costner

 É das minhas simpatias. 

Principalmente depois de DANÇAS COM LOBOS.

No JN de 17 de Julho saiu esta entrevista.


Mas acontece que, pelo texto sublinhado, dá a sensação de querer atirar para cima dos colonos Europeus, que chegavam desde há cerca de 400 anos e que começaram a perceber que havia na América uma promessa, que poderiam ter o que não tinham na Europa, a "culpa" do extermínio dos índios.

Que eu saiba e segundo o que a história e seus propagandistas historiadores me contam é que foram os colonos que fundaram os EUA. Não foram os índios.

E também consta que foi durante e principalmente no, o século dezanove que se dá a razia definitiva dos índios. ( os que restaram foram confinados em reservas para turista ver a dança da chuva).

Ou seja durante a vigência, já, da mais avançada constituição do Mundo. 
( aos índios de pouco lhes serviu.)

E acontece que a luta não se limitou ao confronto entre os círculos das caravanas dos  sacrificados colonos e o carrossel dos malvados dos índios.

Que eu saiba nem o Sétimo de Cavalaria  era pago por mim ou eu que  tivesse feito as leis de confinamento. Nem eu era o tal General Americano que dizia que o índio bom era o índio morto!

Leiam a história de Little Big Horn ou de Wounded Knee.

Leiam Tocqueville que, embasbacado com a democracia americana,  sempre foi relatando o que o Governo fazia aos índios!

Outra coisa só para terminar.

Os grandes masoquistas que quase nos obrigam a imolar pelo fogo na expiação da nosso pecaminoso colonialismo, que me mostrem onde estão os brancos do Governo Angolano, que eu lhes mostro onde estão os índios do Governo Americano!


terça-feira, 16 de julho de 2024

O Pinheiro de São João

 Não que não fosse uso em outras terras mas pelo São João, o Baptista, em Areosa e em Carreço, por esses dias do Santo, saía o cortejo do Pinheiro de São João que percorria as "avenidas" da paróquia sempre acompanhado pelo pessoal, sempre festeiro e vestido conforme a circunstância.

O "carro das vacas" que transportava o dito pinheiro afinal era dos bois. Que no caso de Areosa me parecem piscos e no caso de Carreço se o fossem seriam galegos. 

E digo isto perante a muito conhecida imagem que segue, um tesouro na memória de Areosa, onde sempre foi identificado o Senhor Duarte do Arranha. Pena que não estejam identificadas as suas companheiras.



Mais recentemente foi recriada essa tradição com a realização do São João da Ponte Nova, iniciativa do GEA.

Quanto a  Carreço encontra-se a imagem que se segue no livro de Ernesto Veiga de Oliveira FESTIVIDADES CICLICAS EM PORTUGAL

com a legenda 

Fig. 12 – Viana do Castelo, Montedor. Cortejo do pinheiro de S. João.



 Mas o que mais me intriga é quem seriam não só a môça da sôga mas principalmente o môço de lavoura que ladeava o gado.

Rais me parta se pelo sorriso rasgado não diria que era o Benjamim da Bouroua. Mas há um outro sinal.

Aquela canga!

Se for da Casa da Bouroua estará assim identificada. E então de uma coisa eu tenho a certeza. Esta imagem foi oferecida pelo Benjamim a Ernesto Veiga de Oliveira.

Talvez a minha prima Linda (ou o Vicente da Góta) tenha(m) a chave do segredo.

Ou então sou eu que ando para aqui a especular e haja ainda em Montedor quem não esteja com especulações!


sábado, 13 de julho de 2024

A HISTÓRIA DOS ÁAs. No Monte de Areosa.

 

Recentemente, tenho-me visto envolvido num processo de questionável resultado que é a necessidade de efectuar em sede de BUPI aquilo que chamam de Registo Simplificado que por tão simplificado… vai sair asneira.                                                                                E principalmente com as propriedades naquilo a que chamamos “monte”

Primeiro porque o sistema não leva em conta que muitas propriedades já se encontram registadas na Conservatória e o BUPI não consegue discernir onde elas se situam O que quer dizer que o despreocupado proprietário que já tem em seu poder o REGISTO (complicado -digo eu-) não faz qualquer ideia que um outro qualquer vá, por má fé ou desconhecimento marcar uma outra propriedade em cima da sua!  Pior ainda para quem tem a propriedade apenas inscrita nas Finanças.

Em segundo lugar porque permite que um qualquer proprietário indique na “pantalha” os contornos da sua “Bouça”, “Sorte” ou “Leira de mato e pinheiros”, sem que exista um levantamento das coordenadas dos limites dessa propriedade.

E porque estou envolvido e empenhado em preservar os Limites do Baldio de Areosa, sou pessoalmente contactado por muitos proprietários, que por não saberem onde são as propriedades que lhes pertencem, vêm ter comigo na esperança de que os ajude nessa localização. Percepção errada pois que eu não conheço todo o monte nem a localização de todos os artigos. O que tenho é a noção de como o monte foi dividido. E isso permite-me observar que salvo raras excepções tudo o que está marcado no BUPI, está errado.

Ou porque a configuração está errada.

Ou porque os limites estão errados.

Ou porque a localização está errada

Ou porque a orientação está errada.

                           Devido a

                           Desvios angulares

                           Desvios radiais

                           Desvios axiais

(Talvez consiga elaborar um relatório exaustivo de todas as situações que conheço)

Isto porque para identificar um terreno este teria que ser limpo. E colocados a descoberto os seus marcos tirar as suas coordenadas e só depois “lançar” no sistema. E mesmo assim seria necessário confirmar com os confrontantes se a propriedade era a correcta.

Ora dentro todas as partilhas do Monte há uma que por pouco conhecida e pelo disparate que lhe deu origem, vai causar sérios problemas a quem vier atrás. Pois quando pretender fechar a porta da sua propriedade nem os tranqueiros vai encontrar.

É a partilha dos ÁAs.

Consequência da intromissão dos Serviços Florestais na gestão do Baldio de Areosa, quando estes no início dos anos 40 foram sujeitos ao Regime Florestal.

Sujeição compulsiva e abusiva pois que não satisfeitos com o Baldio…baldio também os SF tomaram conta das Sortes de Vinte anos que já se encontravam no património disponível das famílias num processo iniciado em 1922 e já cadastrado em  1939.

Durou dez anos a luta por esses terrenos. Até que em 1953 se dá, com pompa e circunstância e alguma (grande) aldrabice, a devolução desses terrenos. A isso diz respeito a placa, dessa data, existente na Sede da JF.

Ora nesse processo de devolução  foi elaborado um auto de troca de uma área das Sortes de Vinte envolvente à Carreira de Tiro por uma outra área do Baldio igual na Chã das Feiticeiras ou Campo Alvêlo.

Assim a tal área envolvente da Carreira de Tiro era constituída pelos Topos Nascente de todas e cada uma das Sortes de Vinte abrangidas por essa mesma área. Sendo esses topos, assim, transferidos para a nova localização.

Este processo deu origem a uma lista chamada da dos ÁAS apensa a cada uma das sortes, numa lista existente da Junta de Freguesia de Areosa, assim mutiladas, cuja parte “faltante” terá que existir na nessa nova área. Mas com uma agravante, é que nessa lista não consta a área individual, de cada topo de sorte transferido.

As sortes a que correspondem os ÁAs e às quais foram cortadas os topos começam já no sítio da Pena, 304, 305, 306 e 307. Depois continuam por Barros Longos, desde a sorte 308 até à sorte 362. Depois continua já na partilha de Santa Luzia desde a sorte 363 até à Sorte 389.

Desde a sorte 390 até à sorte 398 não há compensações em ÁAs

Torna a haver compensações desde a sorte 399 até à sorte 408.

Com a particularidade de as sortes desde a 404 até à 408 os titulares não as terem inscrito nas Finanças ( o que me leva a concluir que pertencem à JF dado ter sido  a entidade que dividiu o Monte)

 

Esta situação conduz a que hoje em dia se verifique que:

1 – Todos os levantamentos das sortes desde a 304 não vão encontrar as áreas originais. Como nos artigos que lhes correspondem não lhes foram desanexadas essas tais áreas, estas continuam nos papel com as áreas referidas a 1939.

2 – Todas as sortes desde a esquina Poente Sul das Bouças das Borralhadas (Artº 4449) até à sorte 304 e cujos artigos “batiam” a Nascente com Monte da Freguesia, deixaram de ter essa descrição pois que essa linha que antes era Monte da Freguesia passou a ser o lado Poente da área dos ÁAs. Ver linha A-B verde do extrato em anexo.

O que quer dizer que pode alguém argumentar, erradamente, que os topos dessas sortes batem no Baldio  (Linha vermelha) ultrapassando a linha verde.        O que seria errado.

 

2-a) – É de reparar no detalhe que na carta topográfica em que se baseou o meu esboço em anexo (quadricula 40-1 do PDM escala1/10000) consta uma sorte cujo Nascente não ultrapassa a linha por mim definida como sendo o limite dos ÁAs a Poente.                      Esta sorte, que imediatamente não identifico, deve ter sido limpa de tal forma que ficou referenciada no levantamento fotogramétrico em cima do qual a cartografia foi elaborada.

3 – De notar que na lista dos ÁAs não existem áreas. O que quer dizer que os que forem à frente marcar, marcarão sem qualquer critério. Quem vier depois arrisca-se a ficar com…nada!

( Ressalvo aqui aquelas propriedades que então foram marcadas imediatamente após o auto de troca).

3-a) – Que é o que vai suceder, neste caso como nos outros, na sofreguidão que está a acontecer na sofreguião do BUPI

Uns verão o seu património aumentado num moderno milagre da multiplicação dos Peixes

OS QUE NÃO SE PRECATAREM NEM TERÃO TEMPO DE VER A FAZENDA ESFUMAR-SE

DEPOIS DIGAM QUE NÃO AVISEI!





lopesdareosa

quarta-feira, 26 de junho de 2024

ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA

 Em 1978 Adriano Correia de Oliveira lançou um LP chamado Cantigas Portuguesas













Desta gravação destaco dois temas

O Vira Velho




 
E a 

ROSINHA




Os arranjos foram do Fausto. 
E se não me engano teve também dedo de José Mário Branco

E a voz espantosa de Adriano emprestou aquele lirismo já suspeitado na voz da Conceição Alves que gravara exactamente os mesmos temas na Ronda Típica da Mealela. 






Aliás Adriano pediu o disco à Ronda Tipica da Meadela. 

Quem Sabe da história é a nossa amiga Laura Figueiras.

E para a história fica aquele...

- Se ainda te bato os olhos...

Mas esta foi do Adriano!



sexta-feira, 21 de junho de 2024

Alento Danças Ocultas

 






















É o título de um livro da Assírio & Alvim de 2003 e tem tudo a ver com os DANÇAS OCULTAS, aqueles quatro voluntários de Águeda onde segundo o Artur Fernandes existe um micro clima cultural.               De facto!

Também se poderia dizer que se trata de DANÇAS OCULTAS pois de facto fui um dia ter com eles a uma aldeia do Caramulo onde assisti a um baile que poderia descrever como o Baile das Argas lá do sítio.

E manifestei-me sobre a felicidade da escolha para nome de um "conjunto" dedicado a tocar concertina! Caso único, nessa altura, em Portugal. Mas não por acaso aparecido em Águeda. Tudo no rasto do Cancioneiro do Tio Armindo, da terra das filarmónicas e parceiros do Hernâni Castanheira.

De facto na nossa tradição e desde que fizemos da concertina coisa nossa, esta raramente saiu das danças para apenas sublinhar uma cantiga ou mesmo uma singela música.

Quando uma concertina toca é porque lá por detrás está uma dança.

Explico! Quando o tio Benigno de Gondarém tocava a Gôta, a Francesa ou a Peseta estas coisas eram danças. Quando o Nelson de Covas ou o Artur de Dem tocavam a Góta ou o Velho e a Velha, estas coisas eram danças. Quando as concertinas abrem e fecham no Trasladário nos Arcos, na Roda do Urca na Barca, na Peneda... decerto que haverá, por lá,  uma Cana Verde.

Ou seja há sempre uma dança oculta quando se dá aos foles.                Daí a verdade do nome escolhido.

Para reforçar a ideia as concertinas do Grupo sopram uma Dança Ideal.

Ver 

https://lopesdareosa.blogspot.com/2014/12/os-crimes-do-acordeao.html

E o meu amigo Artur Fernandes, para meu encanto decidiu meter na posteridade esse nosso encontro no Caramulo e essa minha observação. Foi em Fevereiro de 2003. e deixou no Alento estas paginas


E neste livro perpassam os alentos, o bafo,o bafejo o hálito  o fõlego o sopro que aquele irresponsável grego chamado Éólo encerrou nos foles da concertina. Qual odre de ventos  libertados por festas e Romarias.

Daí que chamem a estes instrumentos aerofones pois se "alimentam" de AR. Para realçar essa característica 

Um dia numa apresentação em àgueda o Victor Fernandes, irmão do Artur desafiou a assistência perguntando se na Lua se podia tocar concertina.

Todos disseram que não. Todos menos um - O Lopesdareosa

Pode-se tocar concertina na Lua. Sim Senhor!

- Pois é por lá que andam todos os Tocadores de Concertina.

Acontece que por um golpe de sorte daqueles que não se explicam, encontrei na Galiza mais precisamente em Tuy este livro


que três anos antes fazia as mesmas considerações em relação à Gaita Galega. Num Alento, que faz andar as gaitas, comum às concertinas e às Galegas. Estas também NOSSAS pois é a história que nos conta. Desembarcaram no Brasil com o também nosso Álvares Cabral. As outras, as diatónicas, tendo vindo de Viena foram adoptadas pelos Galegos do Sul.

O texto Galego distingue-se por ser mais prático e menos poético, que também o é, que o texto o dos de Àgueda!

Publicação em Construção