Cavaco Silva, sabe-se lá porquê, desenfreou a falar da Agricultura, do Despovoamento da Interioridade.
Já em 10 de Junho de 2011, em Castelo Branco, se lembrou de falar aos:
"Portugueses,
Ao escolher Castelo Branco para palco destas celebrações do dia 10 de Junho, pretendo trazer o interior do País para o centro da agenda nacional, alertando para a questão das desigualdades territoriais do desenvolvimento e para os problemas da interioridade, do envelhecimento e do despovoamento de uma vasta parcela do nosso território. Trata-se, como é sabido, de uma tendência estrutural, que não nasceu, sequer, nas últimas décadas."
Como era sabido Cavaco tinha sido 10 anos primeiro ministro (1985-1994) e o que é que nessa década fez para atenuar essa sabida tendência que já se verificava então?
Por essas alturas mais precisamente em 15 de Junho de 1987, em Santarém, na cerimónia de lançamento da Campanha Europeia para o mundo Rural, Mário Soares, então Presidente da Republica, alertou para tudo o que viria a seguir, despovoamento desaproveitamento do território, degradação dos solos, envelhecimento da população rural, etc, etc, Nessa mesma cerimónia um tal Valente de Oliveira comunicou frito e cozido. Que era preciso fazer isto mais aquilo. Que se iria fazer aquilo mais isto. Aí, de Cavaco, nem fumo.
O que se sabe é que já em 1991 e face aos resultados dos Censos já o mesmo Valente de Oliveira, (o tal especialista em desenborbimento regional) reconhecia o fracasso lamentando a tendência do despovoamento do interior e do pessoal se deslocar para o litoral e desabafava que o melhor seria acontecer o contrário!
Iste depois de Jaques Delors, em 1988, ter afiançado que não faltariam fundos para o desenvolvimento do interior do país “Não faltará apoio para desenvolver as regiões” (sic).
Esse senhor veio a Portugal em Outubro de 1988 dar um recado exigindo equilíbrio entre o mundo rural e o Urbano. – Sabem a quem? Precisamente ao primeiro ministro Cavaco Silva.
-Já este ano em Elvas, 10 de Junho de 2013, voltou à carga naquilo que Constança Cunha e Sá crismou de discurso da OBIBEJA.
Iste depois de Jaques Delors, em 1988, ter afiançado que não faltariam fundos para o desenvolvimento do interior do país “Não faltará apoio para desenvolver as regiões” (sic).
Esse senhor veio a Portugal em Outubro de 1988 dar um recado exigindo equilíbrio entre o mundo rural e o Urbano. – Sabem a quem? Precisamente ao primeiro ministro Cavaco Silva.
-Já este ano em Elvas, 10 de Junho de 2013, voltou à carga naquilo que Constança Cunha e Sá crismou de discurso da OBIBEJA.
Propor-me-ia analisar parágrafo a parágrafo esse discurso. Mas tornaria um texto da minha página demasiado fastidioso. Vou fazê-lo pouco a pouco, por temas, para não chatear muito aqueles, poucos, que têm a pachorra de me visitar.
Subordinado ao tema de hoje, saíu, em Elvas, esta pedra preciosa!
Qual será a realidade de Cavaco Silva?
- Onde estava Cavaco Silva em 8 de Maio de 1994 aquando do Congresso "Portugal: Que Futuro" na FIL onde foram discutidas estes e outros temas?
- No Pulo do Lobo!
E foi pena não ter ficado por lá. Ajudaria a combater a interioridade e o despovoamento do Portugal Profundo!
Dias antes em, 4 de Maio de 1994, tinha colocado um ponta de lança, na Assembleia da Républica que, sabe-se lá porquê, citicou o Presidente Soares por estar presente nesse Congresso.
E depois teve a lata de dizer no CCB, "Temos de ajudar Mário Soares a acabar o mandato com dignidade"
Espantoso desarrincanço para quem um ano depois, abandonou os seus, para se candidatar àquele lugar que Soares deixou com toda a dignidade não a Cavaco, que saíu pela porta baixa, mas a Sampaio.
- Por onde andava Cavaco Silva em 13 de Junho de 1997, por alturas das jornadas
Perspectivas de Desenvolvimento do Interior fundação promovido pelo Presidente da República em Idanha-a-Nova, onde João Ferrão, Geógrafo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Universidade Atlântica que entre outras coisas e quanto ao Interior: da marginalidade geográfica à marginalidade sócio-económica disse;
"A sequência dos vários factores referidos no parágrafo anterior é bem conhecida. A marginalidade geográfica das regiões do Interior, acompanhada por um visível desinteresse por parte do poder central por estas áreas, levou a uma persistente sangria de gente, nomeadamente daqueles que, pelo seu capital escolar, cultural ou mesmo económico, mais necessários seriam para combater a situação deficitária existente. Este despovoamento, agravado por uma crise profunda do sector agrícola, estimulou o abandono dos campos e a concentração das populações em algumas cidades de média dimensão, contribuindo, lenta mas inexoravelmente, para romper equilíbrios ambientais, sócio-demográficos e económicos historicamente sedimentados. Gera-se, assim, um círculo vicioso marginalidade (geográfica)/despovoamento/abandono dos campos/marginalidade (social e económica) que conduz ao agravamento das situações de subdesenvolvimento, sobretudo em termos relativos mas mesmo, nalguns casos, em termos absolutos.
Ver o resto em:
- Ibernava á espera que Sampaio lhe desse a vez!
Voltemos ao nosso tempo. Cavaco ilude-se e tenta iludir!
Por onde andava por alturas do programa da RTPI, Prós e Contras, em Bragança em 11 de Abril de 2012 sob o tema PORTUGAL HOJE- RETRATO DA INTERIORIDADE.
Aqui vai o link para o vídeo.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2VKBh3UiMlw
Onde se pode ouver:
Fátima Campos Ferreira
- A crise parece estar a agudizar as assimetrias. O interior que sempre foi interior já estava a desertificar à muito tempo, está neste momento em pior situação. Sr. Adriano Moreira; - Está em causa a coesão Nacional? a identidade do país?
e depois Adriano Moreira
-Bom. Ele há aqui vários aspectos e naturalmente não vamos puder abordá-los a todos.
-Bom. Ele há aqui vários aspectos e naturalmente não vamos puder abordá-los a todos.
Eu acho que o problema da interioridade é um problema que é histórico em relação a trás-os-montes mudou de sentido porque o primeiro conceito de interioridade que eu vivi, era a baixa qualidade de vida e a pobreza que era geral as dificuldades de acessos isso era o primeiro sentido da interioridade. Neste momento o problema principal da interioridade em portugal, acho eu, é o despovoamento do interior e esse despovoamento do interior em grande parte é resultado, a meu ver, da Politica Agricola Comum da União Europeia que verdadeiramente destruiu a Agricultura Portuguesa.
Resumindo: chegámos ao descalabro. Mas a política para cá chegar foi um êxito!!!
Isto só se for na cabeça de Cavaco e do bando de iluminados que o apoiam.
Tone do Moleiro Novo
Resumindo: chegámos ao descalabro. Mas a política para cá chegar foi um êxito!!!
Isto só se for na cabeça de Cavaco e do bando de iluminados que o apoiam.