segunda-feira, 29 de junho de 2020

A CRUZ DAS ALMINHAS DO MONTE CERRADO

A CRUZ DAS ALMINHAS DO MONTE CERRADO

Resolvi, num destes dias, atravessar de Afife a Carreço pelo monte.

E percorri um caminho deveras curioso! Era exactamente o mesmo que eu há uns trinta anos tinha percorrido desde Carreço a Afife. 

Daí ter concluído que o caminho podia ser percorrido nos dois sentidos!!!

Acontece que por alturas do encolamento que o monte faz na transição entre Paçô e Gateira, existe um grande penedo onde se encontra o nicho das tais alminhas. Mas por essa tal altura de que falo, não dei pela existência de qualquer cruz.

Ora acontece que  ao passar por lá verifiquei que existe agora uma cruz a encimar o cabeço!

















Pela textura do granito da cruz é fácil concluir que se trata de uma cruz muito recente em relação à ancestralidade do penedo e do nicho. 

Disseram-me em Afife que foram os de Carreço que a colocaram lá!

Não comentei mas fiquei a pensar que, se uma vez que as alminhas estão viradas para Afife, não teriam sido afinal os de Afife que colocaram lá a cruz.

Eu que me dou muito bem tanto com os de Carreço como com os de Afife não quero acicatar nenhuma guerra por causa disso!

Até porque, fosse lá quem fosse, acho muito bem que tivessem colocado lá uma cruz dado que decerto existiu uma outra desde o aparecimento dessas alminhas!

Ou seja estas alminhas tiveram mais sorte que as do Cadinho  que na EN 13 levaram sumiço. 

Até hoje...nem uma réplica!

Tone do Moleiro Novo


domingo, 28 de junho de 2020

Distoleon Tetragrammicus.

Distoleon Tetragrammicus.

Quanto não vale o latinórum!
A Maria Augusta - aquela que fala para mim - fotografou aquilo que para mim seria mais uma libelinha.




















Mas como a net faz prodigios encontrou a verdadeira.


















Distoleon Tetragrammicus

que se encontra distrbuida em Portugal- ver

Ou seja:
A Maria Augusta deveria ser bióloga!

segunda-feira, 22 de junho de 2020

São João da Carvalha

Afinal não vou falar do São João de Campos. 

Vou falar no São João de Barcelona, que até era parecido com o de cá! Pelo menos nas fogueiras!


E por volta de 1970 Juan Manuel Serrat lançou um tema sobre o assunto.

Está tudo lá. A estrutura lírica encaixada com a musical. 

A festa desde o inicio, ao durante e ao amargo depois!

FIESTA Gloria a Dios en las alturas, recogieron las basuras de mi calle, ayer a oscuras y hoy sembrada de bombillas. Y colgaron de un cordel de esquina a esquina un cartel y banderas de papel verdes, rojas y amarillas. Y al darles el sol la espalda revolotean las faldas bajo un manto de guirnaldas para que el cielo no vea, En la noche de San Juan, cómo comparten su pan, su mujer y su gabán, gentes de cien mil raleas. Apurad que allí os espero si queréis venir pues cae la noche y ya se van nuestras miserias a dormir. Vamos subiendo la cuesta que arriba mi calle se vistió de fiesta. Y hoy el noble y el villano, el prohombre y el gusano bailan y se dan la mano sin importarles la facha. Juntos los encuentra el sol a la sombra de un farol empapados en alcohol abrazando (magreando) a una muchacha. Y con la resaca a cuestas vuelve el pobre a su pobreza, vuelve el rico a su riqueza y el señor cura a sus misas. Se despertó el bien y el mal la zorra pobre vuelve al portal, la zorra rica vuelve al rosal, y el avaro a las divisas. Se acabó, el sol nos dice que llegó el final, por una noche se olvidó que cada uno es cada cual. Vamos bajando la cuesta que arriba en mi calle se acabó la fiesta.
tone do Moleiro Novo

A um ser que quase ia sendo!

Pensar em ti é puro desperdício
é o esvair, em sangue, assaz inútil
devia ser prazer, mas é só vício
É tornar a firmeza em coisa dúctil

E aquela balança que pesa os grãos de areia
da ampulheta que o tempo vira
perde o equilíbrio no prato da mentira
daqueles lirios  que eu meti na ideia

E o emaranhado de certa urdidura
muito mal montada no tear da vida
vai-se dando mal com a veloz lançadeira

e a fundição de má cozedura
qual porcelana já no chão partida
Monumento não é. - Apenas poeira.

Também António. Mas o do Moleiro Novo

segunda-feira, 15 de junho de 2020

O Hino do Baldio de Areosa

Estou a pensar na febre dos caliptos e que vou apresentar em Reunião de Assembleia de Compartes do Baldio de Areosa a minha proposta para que seja aprovado o HINO DO BALDIO DE AREOSA.
Letra do je com música topada pelo Xico Vaz.
Ou seja VOU PLANTAR UNS EUCALIPTO
dos JADES e JADSON - Ver aqui no Toutube
LETRA DO HINO DO BALDIO DE AREOSA.

Refrão que não é refrão
Vou prantar uns euclipto para ver se fico rico estão a bater no portão e esse credor primeiro é o Senhor Engenheiro do Plano de Gestão
Eu vou entrar prá tal associação que só gosta do que é bom deita fora o que não presta, vou aderir á zona de intervenção que lá vai deitando a mão a tudo aquilo que resta
Eu vou prantar um pinheiro pra pagar ao Engenheiro pra limpar a floresta que dá vontade de rir é que não sei distinguir o carvalho da giesta
Eu vou fazer um plano de gestão para a sorte do fincão que nem sequer tem mil metros e os garranos c'andam cheios de moscardos vão passar a ser multados só por causa dos insectos
Eu vou prantar um pinheiro pr’arranjar algum dinheiro pra pagar o que não devo pois há muito desgraçado que ganha a vida sentado são contas que não percebo
E o gabinete que em Viana não faz nada que só tem gente cansada de tanto subir ao monte e houve um dia que ao subir santa luzia o carro dos sapadores gripou na primeira fonte
Eu vou prantar um carvalho mostrar aquilo que valho Ao senhor do ambiente e a senhora ministra sendo muito ecologista ficará muito contente
O Rio do Pégo que nasce na châ de Outeiro bem perto de mezieiro Agora lhe chamam Pêgo Eu bou beber naquela fonte louçã onde anda coisa má Nem o rio tem sossego

Vou prantar uma azinheira Em silvares já na fronteira Vou ver se me não esqueço Como é perto do Lajão Vou avisar o João Que não toco em Carreço.

E o Baldio o nosso monte baldio que ao norte tem um rio e prós cavalos tem espaço e mais a sul Senhora Santa Luzia há lá uma confraria que nos levou um pedaço

Vou dizer ao presidente
qu'estou muito descontente
com esta situação
a parvónia está mingando
eu só queria saber quando.
É que lhe deitam a mão
o comparte Tone do Moleiro Novo

domingo, 14 de junho de 2020

El novio de la muerte

Não vou discutir aqui ideologias mais que duvidosas nem tão pouco conotações de fraco gosto.

Vou apenas pertubar-me com as imagens de um Cristo, meu ídolo,  e a sua empatia, digamos assim, com o soldado desconhecido  que mais associo ao Universal Soldier  de Buffy Sainte Marie do que com a balada dos Green Berets do John Wayne no Vietnam.

Trata-se de uma cerimonio militar que ocorre em Málaga por alturas da Semana Santa.

Os soldados levam ás costas o cruxificado.

E cantam um canção de opereta divulgada há muito tempo por Lola Montes.

E o que também me impressiona é o que cantam.

Conta a história ou a lenda, que, em combate no norte de África, morre um legionário. Mas os companheiros ainda o ouvem


Soy un hombre a quien la suerte
hirió con zarpa de fiera;
soy un novio de la muerte
que va a unirse en lazo fuerte
con tal leal compañera.
E o relato continua


Cuando, al fin le recogieron,
entre su pecho encontraron
una carta y un retrato
de una divina mujer.
Y aquella carta decía:
"...si algún día Dios te llama
para mi un puesto reclama
que buscarte pronto iré".
Y en el último beso que le enviaba
su postrer despedida le consagraba.
Por ir a tu lado a verte
mi más leal compañera,
me hice novio de la muerte,
la estreché con lazo fuerte
y su amor fue mi ¡Bandera!
Tivera a noticia que, na sua terra, alguém lhe tinha morrido!
O texto completo vai assim:
Nadie en el Tercio sabía
quien era aquel legionario
tan audaz y temerario
que a la Legión se alistó.

Nadie sabía su historia,
más la Legión suponía
que un gran dolor le mordía
como un lobo, el corazón.
Más si alguno quien era le preguntaba
con dolor y rudeza le contestaba:
Soy un hombre a quien la suerte
hirió con zarpa de fiera;
soy un novio de la muerte
que va a unirse en lazo fuerte
con tal leal compañera.
Cuando más rudo era el fuego
y la pelea más fiera
defendiendo su Bandera
el legionario avanzó.
Y sin temer al empuje
del enemigo exaltado,
supo morir como un bravo
y la enseña rescató.
Y al regar con su sangre la tierra ardiente,
murmuró el legionario con voz doliente:
Soy un hombre a quien la suerte
hirió con zarpa de fiera;
soy un novio de la muerte
que va a unirse en lazo fuerte
con tal leal compañera.
Cuando, al fin le recogieron,
entre su pecho encontraron
una carta y un retrato
de una divina mujer.
Y aquella carta decía:
"...si algún día Dios te llama
para mi un puesto reclama
que buscarte pronto iré".
Y en el último beso que le enviaba
su postrer despedida le consagraba.
Por ir a tu lado a verte
mi más leal compañera,
me hice novio de la muerte,
la estreché con lazo fuerte
y su amor fue mi ¡Bandera!

E as imagens do evento são impressionantes.                                         Pelo menos para mim.



Mas o melhor é ver o vídeo


lopesdareosa

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Nossa Senhora do Trega 2020

Para entender a coisa deverão ir a 

https://lopesdareosa.blogspot.com/2020/04/nossa-senhora-do-trega-2020.html

Mas aqui vai a minha versão dedicada não só ao do ARRUAZ mas a todos os Guardenses.


Nossa Senhora do Trega
também é da Carallada
Não há boinas na Capela
a que tem é emprestada.
levanta-me

Retrouso

Levanta-me maruxinha
não acorda quem se deita
bamos fuxir na noitinha
logo que acabe a desfeita

Se Santa Trega tem boina
se o Monte tem capelo
nesse dia num há faina
logo venta e xove cedo
levanta-me

Retrouso

Eu rezei-le a Santa Trega
Xá le pedin um milagro
pedin le que nos deixara
subir ó monte este ano.
Levantame

Retrouso

Bamos lembrar neste dia
aqueles que já se foram
lonxe da nossa alegria 
perto daqueles que choram.
Levantame

Retrouso

Sem a tua companhia
por muitas cuncas que eu conte
falta-me a luz neste dia.
vou encontrar-te no Monte.
Levantame

Retrouso

Porque choro d'alegria
pra enxutar a tristeza
esta estranha ironia
é do binho concerteza
levantame


Retrouso

Encontrar-nos-emos no segundo domingo de Agosto!

Lopesdareosa