sábado, 6 de junho de 2020

Estrume Galego

Tudo começou porque existe uma página no face
ORGULHO GALEGO

https://www.facebook.com/orgullosergalego

que em

https://www.facebook.com/photo?fbid=1487626251398637&set=a.576941739133764

Apresenta uma notícida da TVG com esta foto

Com a seguinte explicação


"Resulta que uns da cidade van a súa segunda residencia en Chancelas (Poio) e protestan porque cheira a esterco. 
Esta xente de onde pensa que sae o que compran no supermercado? 
Queren convertir o rural nun parque temático?"




Esta hilariante noticia mereceu-me os seguintes comentários

"Isto na Galiza Norte! (Lá como cá)
- Pois aqui, na Galiza Sul, é a mesma coisa.
Eu sou pela liberdade, pela igualdade e pela reciprocidade. E pergunto:
- Posso protestar se algum urbanóide me cheirar a perfume???
Mas se a localidade se chama POIO, a que é que os urbanóides galegos esperariam que o estrume cheirasse???"

Mas inspirado deu-me para publicar o seguinte:

"Ainda estou a pensar na noticia anterior.
E para que os urbanóides fiquem mais esclarecidos
(e defendidos) quanto ao cheiro da merda, não se cheguem a mim.
Ainda devo estar impregnado do cheiro à quemua depois de ter ajudado um meu vizinho a estrumar a leira onde depois plantou batatas.
Já agora vou explicar.
O Caixão de madeira contém merda.
O instrumento que tenho na mão chama-se CABAÇO e serve para retirar a merda do caixão e espalhá-la na leira.
É aquilo que estou a fazer para a fotografia. É evidente que é tudo pose. Mas a merda é real, o caixão é real, o cabaço é real o tractor é real e o dono também.
O lopesdareosa é que não é muito aconselhável.
- Há que evitá-lo.
Nasceu (literalmente) em cima de um eido. Ou seja, por cima das vacas. Dormiu com as Galegas e depois com as Holandesas. Cortou mato no monte. Fez a cama ao gado. Arrancou estrume com as unhas. Espalhou jorda nas veigas.
Já na reforma ainda cheira mal.
O curioso é que o lavrador do tractor plantou as batatas.
As batatas cresceram e reproduziram-se.
E o lavrador vai comê-las!!!
Mas os urbanoides não comem destas batatas.
As dos supermercados é que são boas!
Isto também pode ajudar aqueles intelectuais que escrevem sobre as tradições do litoral mas que se esquecem da merda. Mas como as tradições são para ser mostradas por alturas das paradas das Festas d'Agonia, talvez num ano próximo apareça o quadro do caixão da merda, com um voluntário a espalhar água pela multidão acalorada.
E digo água dado que tudo não passa de um faz de conta.
Pode substituir a jorda que a ser utilizada ninguém viria ás festas!
Uma ideia para o GEA."

Está na minha página do face com fotografias e tudo







Mas o meu amigo Luis Carvalhido entendeu comentar desta maneira:

"Meu amigo. Uma vez entraste nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e trazias palha no cabelo. Disseram logo alguns bem estrumados, digo engenheiros asseados: o Lopes esta noite dormiu com as vacas. Sempre duvidei de tal e acreditei que tinhas pernoitado num celeiro com uma das tais galegas, ou seria Holandesa? Um grande abraço."

Ao que lhe respondi:

"Oportuno testemunho que eu não pedi.
É verdade Carvalhido, dormi com as vacas!                                                  Em todos os sentidos da expressão!
No eido dormi com elas e com a minha madrinha Maria que era a única pessoa que percebia mais de vacas do que eu!                           E aqui é que phôdo os burgueses porque não sabem das circunstâncias em que tal acontecia.
Era quando as vacas estavam para parir e se a coisa se metesse pela noite dentro havia que as vigiar todo o tempo.
Então fazia-se um monte de palha numa esquina do eido e era lá que se passava a noite.
Umas vezes acordava com a vaca já com a cria ao lado.
Outras vezes era preciso ajudar a vaca pois nos acordava com a sua aflição.
Então usava uma corda com um laço para retirar a cria.
Ainda me lembro como é. - Posso ensinar!"

Passei isto para o meu blogue pois acho a situação de antologia!

lopesdareosa




2 comentários: