sábado, 28 de outubro de 2023

Entender a Palestina

 No DM do dia 23 de Outubro de 2023

Mal mesmo mal. Fiquei a entender menos a Palestina!




















E fiquei baralhado!

"A Palestina não é o resultado da colonização ocidental mas da descolonização otomana"

Em primeiro lugar nunca houve uma 

"descolonização otomana" 

Nem os Otomanos tiveram tempo disso. Foram derrotados em Dezembro de 1917 quando as tropas Britânicas comandadas pelo Marshal de Campo  Edmund  Allenby, conquistaram Beersheba, Jafa e Jerusalém, ocupando Damasco no ano seguinte

Depois, não houve qualquer "colonização ocidental" mas sim uma ocupação Britânica, assente não só na conquista do território (expulsando os otomanos) mas também, "legitimada" pelo Mandato da Liga das Nações (1922)


Este mandato fala de um Território conhecido por TRANS-JORDANO e foi atribuído ao Reino Unido que obteve o consentimento para dividir esse mandato em duas áreas;                      - a Palestina e a Transjordânia. 



A partir daí o destino do tal território e de quem lá vivia, ficou traçado. Consequência não da "da descolonização otomana" nem "da colonização ocidental" (que nunca houve) mas sim da ocupação Britânica que desembocou na Resolução 181 da ONU, em 1947, origem imediata do imbróglio que ainda persiste.

Aliás, se os Britânicos não expulsassem os Otomanos daquela região (para não dizer Palestina) duvido que alguma vez o Estado de Israel viesse a existir. Às tantas, os judeus,  teriam o mesmo destino dos Arménios com os turcos a argumentar que nada se tinha passado!

"Sem mandato da Palestina os árabes que lá habitavam seriam libaneses seriam sírios jordanos ou egípcios.

Esta é de cabo de esquadra!

Afinal não havia lá muçulmanos (árabes) que  fossem de lá desde o domínio do Império Otomano ou desde a altura (ou antes) que o Godofredo conquistou (1098) Jerusalém aos muçulmanos!!! - Seriam todos libaneses sírios, jordanos ou egípcios.

Afinal não havia lá muçulmanos (árabes)  desde a altura (ou antes) que o Saladino conquistou  1187 )  Jerusalém à cristandade!!! - Seriam todos libaneses sírios, jordanos ou egípcios.

Afinal não havia lá muçulmanos (árabes)  desde a altura (ou antes) que o Império Otomano tomou conta da Palestina, nos tempos do Sultão Selim I (1517)  - Seriam todos libaneses sírios, jordanos ou egípcios.


Desde essas alturas até imediatamente antes do Mandato Britânico, não haveria lá muçulmanos (árabes) seriam libaneses, sírios jordanos ou egípcios

Nacionalidades que, nas datas, nem existiam à excepção do Egipto.


Mas talvez queira dizer que, como nas imediações do Mandato Britânico,  o tal território era ocupado por cerca de 80% de árabes, afinal a tal resolução 181 da ONU deveria ter repartido 80% do território, pelo Líbano, pela Síria pela Jordânia e pelo Egipto.

Efectivamente eu sempre me cheirou que a culpa toda foi da tal resolução 181.

lopesdareosa



terça-feira, 24 de outubro de 2023

Um Mapa

 Encontrei no Blog aterceiranoite

https://www.aterceiranoite.org/2023/10/11/o-tal-mapa-de-1947/

A seguinte publicação

O tal mapa de 1947

11 DE OUTUBRO DE 2023


















A propósito do mapa da Palestina que anda por aí a ser reproduzido, datado de 1947, um ano antes da fundação do Estado de Israel, destinado a «provar» que não existia ali nenhum território chamado Israel. Desde já, isto não é verdadeiro, pois a designação existe na região há pelo menos três mil e trezentos anos. O primeiro registo histórico do termo Israel surge na Estela de Merneptá, documento epigráfico que celebra as vitórias militares do faraó Merneptá, datado do final do século XIII a.C. Depois, os judeus nunca deixaram de habitar a região, apesar de terem recomeçado a afluir em maior quantidade sensivelmente a partir de 1850, e mais ainda após o Holocausto. Depois ainda, toda aquela região, no mapa genericamente designada Palestina – na origem «terra dos filisteus» -, é uma manta de retalhos cultural, política, linguística e religiosa, combinada com traços comuns a todos os povos, incluindo judeus e palestinianos. Israel é também plural, apesar dos esforços dos conservadores belicistas e da extrema-direita sionista para o impedir. Finalmente, e para não cansar: imediatamente antes da independência de Israel o território, que havia sido controlado durante séculos pelo Império Otomano, era-o pela Grã-Bretanha. Situação colonial que se vivia na data do tal mapa. Quando não sabemos ou não queremos saber, um direito que nos assiste, o melhor é não falarmos à toa.

[Originalmente no Facebook]

FIM DE CITAÇÃO

Acontece que, eu próprio, já tinha recebido esse mesmo mapa que andava por aí. E estranhei os comentários constantes nessa mesma publicação.

Porque:


Esse mapa não foi elaborado..."destinado a provar que não existia ali nenhum território chamado Israel."

O que esse mapa ( publicado pela National Geografic em 1947 imediatamente antes da Resolução 181 da ONU)  mostra é que o estado de Israel, á data, não existia.
De reparar na legenda desse mapa.









                            Nem a legenda fala em Israel mas sim em Jewish State.

Aliás nem a própria cartografia acompanhante da tal resolução 181 da ONU...

Que fala, aliás, na partição da Palestina.

Mas isso não que dizer que não tivessem existido...

"...toda aquela região, no mapa genericamente designada Palestina – na origem «terra dos filisteus» -, é uma manta de retalhos cultural, política, linguística e religiosa, combinada com traços comuns a todos os povos, incluindo judeus e palestinianos."

Segundo a própria descrição dessa tal publicação que, curiosamente, não se refere a algum "Israel" . Numa tal região (território)  que afinal seria, na origem «terra dos filisteus»!!!

Ser ignorante não é crime!
Até eu o sou até deixar de o ser!
Mas estou convencido que não se trata de  um caso simples de ignorância!

lopesdareosa



quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Guy Klucevsek

 É um acordeonista Estado-Unidense.

Descobri-o no youtube (como não podia deixar de ser)!

Num tema a que chamou  Ratatatatouille.

Está em https://www.youtube.com/watch?v=XZrixhm66UY


Não sei como descobri que este tema tinha sido inspirado pelo Kepa Junkera

Mas, milagre, (outra vez do youtube) descobri também o seu testemunho ( de  Guy Klucevsek)  de que assim fora! Consequência de um encontro em Santo António do Texas em 2009.



Já agora ouçam a sua versão do  Boeves Psalm do sueco Lars Hollmer



Já pedi ao nosso conhecido  Célio De Sousa Pinto que inclua estes dois temas no seu repertorio.


terça-feira, 10 de outubro de 2023

Eu e mais alguém, nas monografias cá da terra.

 Vamos ficar para a posteridade


As fotografias são do Boa Morte. Estão publicadas no trabalho de Matos Reis, PONTE DE LIMA NO TEMPO E NO ESPAÇO.    Edição da Câmara de Ponte de Lima no ano 2000.

Com a concertina do saudoso Zé Cachadinha, 

Acompanhando o Manso, de Vale. O  Zé  Cachadinha também ficou no retrato.

Ao lado, o de Barcelos, tão caxineiro como os das Caxinas, numa das Feiras Novas em Ponte. Pena que eu não saiba identificar o par a seu lado.

E o senhor Martinho de Barcelos tocava (toca?) o Vira de Oito tão bem quanto o Gatas de Balazar.

lopesdareosa