sábado, 24 de dezembro de 2022

Menos mal que nos queda a GALIZA!

 «Boa noite, Espanha. Vigo é uma nação, viva Portugal.             O bom, o feio e o mal, menos mal que nos queda Portugal.        

Eles são “Siniestro Total”.                                                            

 Assim falou António Reixa na apresentação dos do Olivo “Siniestro Total”


































    Menos mal que nos queda a Galiza diria eu!                                        Mais que num fosse pelas zamborinhas!

Menos mal que nos queda a Galiza, aqui ao lado quando a gente dela precisa.

E pelo menos para garantir o léxico quando dele temos vergonha. Exemplos num faltam. 

A matanza do porcoA matanza do porco.A berra e un conxunto de berros dun porco cando o van matar.San Martiño oficial de Monforte ó Nepal, 
o magosto para agosto, 
safaris do porco,Filloas de sangue, 
Galicia embutida:¡Fai un sol de carallo!, 
¡Galicia caníbal!

Basta ouvir ainda OS RESENTIDOS - "Fai un sol de carallo"


























E comove-me a adoração dos galegos por Portugal, pois consideram que fomos os únicos a conseguir a não dependência de Madrid.          
Nós saltamos da frigideira e substituímos Madrid por Lisboa.

Deveríamos ter aproveitado o 25 de Abril e o 25 de Novembro para conceder a independência a Lisboa. 
E eles que se entendessem com os Mouros!
Aliás seria um acto de Justiça devolver aos berberes aquilo que tomamos pela força!

Estas notas começam quando um daqueles sulistas iluminados deu em explicar que a incidência do COVID era maior aqui pelos Nortes dada a iliteracia do pessoal. (Mais ou menos assim)
                                                                                                                                                                       Logo alguém cá do sítio deu a resposta conveniente. E tratava-se de uma Senhora de Lavradas chamada Sílvia Manuela Torres!

"Ser do Norte…
Ser do norte é do caralho!
É falar alto e bom som e não ser nenhum paspalho!
É ter um país inteiro aos seus pés
e respeitá-lo de lés a lés!
Ser do Norte é ter educação,
gostar e preservar uma boa tradição!
É ter o coração na boca, a saudade na alma
e pouca ou nenhuma calma!
É ter vaidade ou chieira,
é gostar de romarias e de ir a uma boa feira!
Ser do Norte é ser fodido!
É falar pelos cotovelos e ser bem compreendido!
É ter um bom coração,
ser fiel ao seu país, e dizer um palavrão!
É ser alegre e bondoso
e respeitar todo o idoso!
É gostar de folclore, saber bem bater o pé
e gostar de ver balé!
Ah… ser do norte que orgulho, que imensa satisfação!
Porque somos tão honestos,
muito pouco “chico espertos”
e temos bom coração!
Ah ser do Norte que riqueza,
que privilégio sem fim…
É ter imensa beleza
e saber dançar assim!!

Quem te dera ser do Minho, quem te dera ser do Norte,
mas na vida não se tem tudo e tu tiveste pouca SORTE!!!"

Teve a minha réplica!
Dedicada a 
Sílvia Manuela Torres 

"ah! Esta palavra Carallo!!!
Sempre apontando o Norte
Dizê-la mandacarallo
essa palavra tão forte
sustentada em dois ladrões
sempre prontos a ajudar
em todas as ocasiões
seja no tempo ou no sítio
ou em qualquer outro lugar
onde tenha que lutar.  
E já combatendo o lítio
o tempo agora é de virus
por isso andam aos tiros
de cimitarras na mão
elitistas e sulistas
liberais e outros artistas
falando de educação.

E se um dia nós conquistámos
aos invasores muçulmanos 
as Muralhas de Lisboa
eu tenho uma ideia boa
P'ra resolver a questão.
O Castelo era dos mouros.
passou pró mundo cristão
Que fique Viseu c'os louros
Ou Guimarães, também dá
Desde que fique por cá.
A capital do Condado.
deixemos a madragoa
c'o as guitarras e o fado
e devolvamos Lisboa
avenidas, logradouros
À mouraria e aos mouros!"

E a solução também a tinha. 
Foi pena não ter sido aproveitada.
Publiquei-a em 21 de Novembro de 2019. 
E rezava assim!

"O meu 25 de Novembro 

Também tive e continuo a ter. Um todos os anos! 

- E o de 1975???

Esse foi o da oportunidade perdida! Mas não o que pensam!

Passo a explicar.

Em primeiro lugar tenho que reconhecer o mérito de um tal Menezes, mui, mas nem por isso, social democrata de Gaia, que chamou aos Sulistas, Elitistas e Liberais isso mesmo...
Sulistas Elitistas e Liberais (doravante SEL). 

Depois desatou a chorar! Nunca percebi porquê. Tinha dito das poucas coisas acertadas que se podem aproveitar da sua vida pública. ( Estou a citar de ouvido a opinião de um Gaiense e a ler o pensamento do Rui Douro)!

E eu aproveito-a ( a etiqueta) pois aplica-se lapidarmente a todos aqueles lá do sítio e a todos os outros que, não sendo lá do sítio, passam a ser logo que bebam água de S. Vicente.       

A de Santo António também serve!                            

Qualquer coisa parecida ao que acontecia aos de Areosa logo que bebessem água de S. Mamede. (Tempos idos). 

Para quem quiser perceber a piada leiam A QUEDA DE UM ANJO do Camilo.

Por esse tempo andavam esses tais SEL à rasca com os comunistas. Não tanto com os do PC pois esses andavam por sua vez atarantados com as ultrapassagens dos grupos ditos de extrema esquerda que se multiplicavam, que nem cogumelos, a atrapalhar a organização. 

Estes discutiam entre si quem era mais revolucionário, se os LM se os maoistas. Também havia os Trotskistas que eram mais pró intelectual pois sabiam até que o desgraçado tinha morrido de susto ao ouvir uma ranchera mexicana!

Aí vai a lista dos ultra revolucionários por ordem alfabética FECMLFERFSPFUPLCILSTMRPPMESOCMLPPC(R)PRTPRPPSRPSTPTUEDSUDPSUV

Nessa altura, se bem me lembro, o nosso Cunhal, bem que
tentava lembrar às hostes aquele livro, de um tal Lenine, 
intitulado:  Esquerdismo a Doença Infantil do Comunismo 

O livro poderia não ter qualquer mérito tanto nos fundamentos como nos efeitos. Mas o certo é que assentava que nem uma luva, no MRPP e noutros quejandos, dos quais  saiu e sobressaiu um tal burroso que andava tão à frente da revolução socialista que chegou à CEE passando por cima do PPD e deixando a piolheira para o Sampaio e  Santana se entreterem.

Aconteceu então que o embaralhamento era de tal ordem que ainda hoje, passados 45 anos, não há uma explicação para o que sucedeu. Ninguém de fóra entendeu nada e durante este tempo todo, os mais diversos intervenientes também não se entenderam. Cada um tem a sua versão. Nem é agora meu interesse petar esse caminho.

O que me traz aqui é verificar que nós - o NORTE - ou seja o Entre Minho e Douro - Vá lá entre o Minho e o Mondego - perdemos uma linda oportunidade de nos livrarmos de Lisboa.

De notar que foram uns pândegos SELs que resolveram proclamar que havia uma fronteira em Rio Maior. E o curioso é que esses Sulistas (encabrestados por um tal Casqueiro e um tal Fernandes) assumiram que o verdadeiro Portugal - na circunstância - afinal era o NORTE

E vai daí os SELs fogem de armas e bagagens para o PORTO.          

E assentam arraiais ali no Monte da Virgem de onde a RTP passou a emitir. 

-Tudo porquê? 

Porque os comunistas se preparavam para tomar Lisboa como tinham tomado as herdades alentejanas. 

Os SELs Com o auxilio da CAP puseram o minifúndio numa guerra com a qual nada tinham (os do minifúndio) a ver. 

Ora os tais SELs fugiram para o NORTE e abandonaram Lisboa à sua sorte, deixando-a entregue aos esforçados Eanes e Neves que depois de algum suor, muitas lágrimas e infelizmente algum sangue, lá resolveram a situação. 

Quando a coisa acalmou os nossos gloriosos, heróicos, corajosos e abnegados SELs regressaram a Lisboa. 

( Depois com a lei do barrete, feita à medida, lá resolveram a situação no Alentejo. De notar que esta lei, dedicada à agricultura, não adiantou um boi ao minifúndio!) 

Recentemente esse tal barrete deu uma entrevista a dizer que tinha devolvido a democracia ao Alentejo.

Assim aconteceu que o arraial Sulista instalado no NORTE convenceu um tal beloso que era VICE REI. Era o Alcaide do Forte da Lapa. 
E por aí se ficaram pois REI seria um titulo que não se lhe ajustava pois não tinha linhagem. 
Nem algodoagem! 
Não era sangue azul! 
Não era descendente do Henriques, nem directo nem abastardado, senão bem que poderia ser entronizado pela novel Monarquia do Norte a proclamar. 
Mas foi pena pois, em  vez, poderia ter sido promovido a Condestável e fazer de D. Duarte aquilo que o Nunálvares fez de D. João I. Desta vez sem lutas desnecessárias.

Assim proclamando o nosso Duarte a Rei da Segunda Dinastia Monarquica do Norte, pós interregno da segunda república e no seguimento da dinastia dos Bragança. 

Poderiam ter sido convocadas as Cortes em Coimbra ( ou inventá-las em Lamego) e decidido uma coisa muito simples...

Conceder a Independência a LISBOA que, com a instituição da Comuna, poderia colectivizar o Alentejo à vontade.

O que significaria uma grande e devida reparação histórica, pois devolveríamos Lisboa aos mouros depois de a termos conquistada há 828 anos!!!

A Monarquia do Norte ficaria com o território até ao Sul do Mondego. Haveria uma zona tampão do Rio Liz a Rio Maior 
(A tal fronteira já definida pelos SELque ficaria, protegida por Fátima e  ao cuidado da ONU (e defendida pela NATO) a fim de evitar infiltrações islamistas.

Desta forma teríamos resolvido de uma vez  o tal centralismo de que tanto nos queixamos. E de forma muito airosa e inédita. 
Aqui ao lado os de Barcelona querem a independência e os Castelhanos recusam. Nós teríamos dado a independência a LISBOA mesmo sem que os SELs a tivessem reivindicado.

De fora ficaria o Algarve que seria vendido aos ingleses e aos alemãs. Com a vantagem futura de nos livrarem do do Pôço de Boliqueime. 
O que sobrasse  poderia mais tarde ficar para chineses. Já que compraram a EDP...Mesmo assim deixariam uns restos para franceses e russos!

É evidente que iríamos trocar o centralismo de Lisboa pelo centralismo do Porto, com o do capachinho nos Aliados. 

Mas sempre ficaria mais perto!

Bem! 

Esta "distopia" daria um bom livro de ficção. 
Vou propor a coisa ao Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos."

Fim da transcrição com dois tortumelos de ocasião, a vermelho:

VIVA O NATAL ( e o madeiro das Neves!)

E VIVA A GALIZA, O POLVO À FEIRA, AS ZAMBORINHAS E AS FILHOAS DE SANGUE.

UM DESTES DIAS VOU À CASA DA COCA!

Tone do Moleiro Novo


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Se queres ser universal!

 Se queres ser universal: começa por pintar a tua aldeia.

Assim falou Leon Tolstoi

Ilya Repin assim fez. E pintou autor a lavrar!















Com duas curiosidades. Tolstoi utiliza cavalos na tracção, que davam para lavrar e gradar ao mesmo tempo.

E Já o Nosso Carolino Ramos seguiu o conselho do Mestre das letras e do arado, à risca! E pintou as de Areosa na mesma atitude que Tolstoi!










E lá em baixo a silhueta do Castelo Velho!

terça-feira, 29 de novembro de 2022

O ADEUS DE PEDRO HOMEM DE MELLO

 Vou principiar esta história pelo princípio.

E no princípio está Alberto Serpa - o Poeta do Leça - que em determinada altura escreveu que o Porto era comercial e triste!          

 Ao que Frederico Schmidt lhe teria replicado:

"Seu Serpa! Esse Porto não é comercial nem triste,"

Ao que Alberto Serpa lhe dirigiu o seguinte bilhete:

" Este Porto conhece-o bem quem lida

por estas ruas, mesmo de ar tranquilo...

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É o mesmo Porto                                                                                               que fez figas e mais gestos ao Camilo                                                   quando ele passou, morto....

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Hoje riem de mim e de Pedro Homem de Mello                                      Seja sempre cruel esta cidade.                                                                 Cantem poetas até à eternidade."

Pedro Homem de Mello não se ficou e enviou um abraço a Alberto Serpa:

"Aqui neste papel a minha carta

.............................................

Ambos nascemos junto ao mesmo rio

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Teu nome é Fonte...o meu Estrela Morta                                               ao pé de nós quanta ironia vã.                                                                        Os outros não nos vêem? - Não importa.                                              Riem? - Talvez que chorem amanhã"

E em 1952 Pedro Homem de Mello despediu-se da Poesia com o seu livro ADEUS.




















              E Alberto Serpa não lhe perdoou! E escreveu:

"Como podes dizer à poesia                                                                                um Adeus?

Que desespero te desvaria?

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De facto Pedro Homem de Mello aí se despede na página 93
















Mas quem é Domingos Enes Pereira?

É o Fandangueiro

















             Aqui e da autoria de Eduardo Malta, na capa do livro de Pedro Homem de Mello, apresentado no Bar da Praia ( Bar do Carvalho) em Afife em 19 de Dezembro de 1971.

Domingos Enes Pereira, pai de Helena Enes Pereira - recém conhecida - e que me fez o favor de me considerar seu amigo.

Não conheci este personagem. Conheci o seu Irmão Benjamim, de quem já dei notícia!

- Quem era a Ofélia das Cachenas? 

É aquela que segue

e a que está a meu lado na eira de sua casa alí em Gateira, Afife, acompanhada por seus irmãos - o Nono e o Mário!













Já agora, o cão que também ficou na fotografia. E uma referência especial para o Relógio de Sol encimando a Cabana da Eira.

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E quem era a Deolinda das Castelhana de Espantar - Terras da Montaria??

Faleceu este ano com 103 anos de idade. 

É esta senhora que está aqui comigo nesta imagem e com sua sua neta. Em 4 de Setembro de 1985

na estrada junto à sua casa e tendo lá em cima o monte de Lourido.

E a quem me referi já em diversas publicações.

Noutra publicação explicarei porque é que Pedro Homem de Mello invocou estas três personagens no seu ADEUS e porque é que esses nomes os  distinguiu como...

...altos representantes da dança portuguesa!

No entretanto as minhas homenagens aos Cachenos de Afife e a todos aqueles que dos antigos se lembram e aos outros que, não os tendo conhecido, os merecem.

As Minhas homenagem aos da Bouroua - Montedor, Carreço - na pessoa de Helena Enes Pereira.

E aos familiares da Deolinda da Castelhana, prometendo que publicarei as lembranças desse meu único encontro.

E também à Mariana Homem de Mello que (espero) me dê a honra de recolher este meu texto nas suas memórias de seu Avô.


lopesdareosa


segunda-feira, 28 de novembro de 2022

A queda de um anjo!

 Em primeiro lugar tenho que esclarecer o meu pensamento. 

Eça - o grande Eça!

Sem dúvida. 

Mas para mim CAMILO! O pequeno Camilo.

Em Eça, tudo é elaborado, trabalhado, esmiuçado ! A fabulosa adjectivação parece um exercício matemático, geométrico! Todas as hipóteses do espólio português estão lá meticulosamente estudadas.

Em Camilo tudo é espontâneo. O jorro, a torrente descritiva lembra-me o Rio do Pégo a cair do Pôço Negro.

O fogo de Eça é o de um sniper em que cada tiro foi disparado depois de ter analisado ao pormenor todas as variantes em presença.

O fogo de Camilo é o de uma MG42 que nos atinge em rajadas de mil e duzentas por minuto!

Nestes dias tropecei com uma pequena amostra da A QUEDA DE UM ANJO                  Ver AQUI

( uma obra prima na história da nossa literatura)

E deparei com a feliz explicação de Fernando Vilas Boas, já dos tempos idos de 2011 e da responsabilidade da SIC.

E há momentos arrasantes como

...Isto é o progresso, nesse livro, mas os deputados estão em nome do progresso naquela assembleia também não têm uma ideia muito clara do que é que sejam...

... o anti-parlamentarismo decorrente de ...o retrato de uma cidade totalmente desligada do que se chama hoje o país real mesmo daqueles que eram representantes (desse país real)  - que ainda hoje está perfeitamente vivo"

Mas também há momentos hilariantes. Como aquele de colocar Paulo Portas a comentar uma obra, autêntica catilinária contra o que nos dias que correm seria tudo o que Paulo Portas hoje representa. Uma confraria sulista, liberal e elitista, que desde Lisboa, com mentalidade urbana,  não tem qualquer noção do que seja o país real.

Lisboa para onde se deslocam os Calistos da chamada província - desde os Algarves às Beiras - mas que uma vez lá chegados se esquecem das origens, corrompidos pelas águas de Santo António (ou São Vicente) exactamente da mesma forma que os de Areosa se inebriavam com as águas de São Mamede.

( Já publiquei sobre este tema. Perdi-lhe o rasto!)

lopesdareosa

sábado, 26 de novembro de 2022

Despovoamento. Censos 2021

 Do PÚBLICO de 24 de Novembro de 2021











Efectivamente!

- Não deveria, o país estar a discutir (e já agora a decidir sobre) o desequilíbrio demográfico, o envelhecimento geral e o particular do chamado interior???

-Não deveria, o país estar a discutir (e já agora a decidir sobre) a litoralização???

Mas os censos de 2021 não trazem qualquer novidade em relação aos censos de 2011, 2001, 1991, 1981...e já agora nenhuma novidade ao que José Correia da Cunha avisou ainda no tempo da outra senhora!

No entanto "os censos" é um documento que relata a situação em determinado momento. Não é documento que tome decisões consequentes dele próprio. Ou seja os censos não resolvem nada!

E o despovoamento do interior é uma tragédia nacional!

Continua-se a construir desalmadamente em território onde já há gente a mais!

Continua-se a reclamar mais habitações quando existem cerca de um milhão de casas devolutas ( nos próprios censos isso deve estar quantificado).

Continua o território a ser abandonado sem gente pra cuidar dele!

Continua-se - e em nome da descentralização (?!?!) - a extinguir serviços cuja disponibilidade seria essencial para fixar as populações. A recente extinção das Direcções Regionais de Agricultura são disso exemplo.

Não há nada estruturalmente planeado para atenuar e mesmo reverter essa tendência.

Nem mesmo o recente PRR vai resolver seja o que fôr.

O texto está da responsabilidade de Natália Faria.

Repito; Devia sim senhor. E ir mais longe...

-  Discutir e tomar atitudes!

lopesdareosa



sexta-feira, 25 de novembro de 2022

MARTÍRIOS

 








Cheguei

Chegaste

Num te poupaste

Nas palavras

Construtor de madrugadas

Mas nas estradas

Calcetadas

Com cúbicos remorsos

Caminho eu

Arrastando correntes de  arrependimento


Nota

Ouvir a Tupungatina de Cristino Tapia cantada por Carlos Gardel  

Conhecida por Martírios na América Latina!

Arrastrando una cadena tan fuerte                                                                                  Hasta que mi triste vida se acabe                     ………………………………………………                                                                    Cuando no haya tierra ni agua ni cielo                                                                    Se acabarán mis tormentos cobardes



tone do moleiro novo

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Ironias do destino

 Ano de 2005

Estivemos com Kepa Junkera em Arseguel.


Aqui com as da Chãzinha de Gondarém e o irmão João Barrigas

Também estão connosco o Kepa Junkera e o Joaquim do Penedo.

Ironias do destino!



Nota 
O fotógrafo (como não podia deixar de o ser) foi o Passarinho!


segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Doña Soledad

Encontrei esta preciosidade no Youtube

https://www.youtube.com/watch?v=DOOqxOeJn7U

Quem me falou de Alfredo Zitarrosa foi o Enrique Telleria, como ele, Uruguaio de Montevideo. ( O mesmo Telleria casado com uma descendente de Gondarém!!!)

A conversa tinha começado em Tránsito Cocomorola, Mestre dos tocadores de Bandoneon, e em Atahualpa Yupanqui. Estes últimos, Argentinos!

De Yupanqui, Telleria passou a Zitarrosa.

Recentemente lembrei-me desse nome e procurei no Youtube.

Encontrei esta actuação num programa da TVE em 1977 (!!!)

Soberbo! Como soberba é a imagem da emoção de Vitarossa quando se referiu ao seu país na introdução de DONA SOLEDAD.

E soberba é a letra.

Mire doña soledad,                                                                                                     póngase un poco a pensar                                                                                          Doña soledad,                                                                                   cuántas personas habrá                                                               que la conozcan de verdad

Yo la ví en el almacén,                                                                                                  peleando por un veintén
Doña soledad,                                                                                                            y otros dicen haga el bien,                                                                                            háganlo sin mirar a quién.

Cuantos veintenes tendrá                                                                                            sin la generosidad
Doña soledad,                                                                                                            con los que pueda compar                                                                                          el pan y el vino nada más.

La carne y la sangre son                                                                                              de propiedad del patrón
Doña soledad,                                                                                                    cuando Cristo dijo no                                                                                                    usted sabe bien lo que pasó.

Mire doña soledad,                                                                                                   yo leconverso de más
Doña soledad,                                                                                                             y usted para conversar                                                                                                hubiera queridi estudiar.

Cierto que quiso querer,                                                                                              pero no pudo poder
Doña soledad,                                                                                                            porque antes de ser mujer                                                                                        ya tuvo que ir a trabajar.

Mire doña soledad,                                                                                              póngase un poco a pensar
Doña soledad,                                                                                                         que es lo que quieren decir                                                                                    con eso de la libertad.                                                     Usted se puede morir,                                                                                             eso es cuestión de salud                                                     Pero no quiera saber                                                                        lo que cuesta un ataud.

Doña soledad                                                                                                          hay que trabajar,                                                                                                      pero hay que pensar
No se vaya a morir,                                                                                                    la van a enterrar                                                                                                    doña soledad
Hay que trabajar,                                                                                                    pero hay que pensar,                                                                                             doña soledad.

E pensei na minha NAI que nascida em 1922, um dia me disse que tinha querido ir estudar mas não passou de lavradeira em Santa Maria de Vinha.                                          Fiquei espantado! 

- Como é que, em 1932, uma rapariga de Além-do-rio poderia ter sonhos de estudar!

E dei com esta DONA SOLEDAD e na capacidade conversadeira da minha Nai!

Minha Mãe!                                                                                                               

Eu falo demais sem saber                                                                                         e você pra conversar                                                                                         hubiera querido estudiar                                                                                     Cierto que quiso querer,                                                                                  pero no pudo poder                                                                                             

Minha Mãe!                                                                                                        porque antes de ser mujer                                                                                        ya tuvo que ir a trabajar.

lopesdareosa