quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ministério da Agricultura, Ambiente, Mar e Ordenamento do Território

Não sei se é novidade. Mas lógico é!
Por uma deficiência congénita nunca entendi, nem nunca entenderei, Ambiente e Ordenamento fora da Agricultura ( eu prefiro chamar-lhe lavoura) ou esta fora daqueles. Nem o mar fora disto tudo.
Nasci, cresci, sempre vivi e ás tantas vou morrer lá, numa aldeia em que todos este elementos se conjugavam, se complementavam e sempre com o elemento humano na coordenação - Os lavradores.
E assim, estes, desde tempos imemoriais se adaptaram à sua circunstância e construíram um sistema em que todas essas vertentes eram respeitadas na sua interligação. Ordenaram o espaço. As veigas e outros terrenos aráveis, que a natureza tinha consolidado ou por deposição de aluviões ou por sedimentação, eram preservadas intocáveis pois se destinavam a produzir pão. Os montes eram utilizados para a retirada de matos que serviam para compostar os estrumes necessários  aos terrenos de cultivo. Com esta acção minimizavam-se os incêndios aproveitando, ao mesmo tempo, a energia desse material. Também serviam para a pastorícia e produção de lenha e madeira. Mas como era necessário habitar numa qualquer área, esta, a área habitacional, não era uma área qualquer. A área "urbana" da aldeia situava-se precisamente nos terrenos de cota superior entre os terrenos aráveis e a meia encosta. Todas as infraestruturas da lavoura e de outras actividades, se construíam nessa área. Solução imanente da própria natureza pois a ninguém lhe passaria pela cabeça construir em terrenos de cultivo e, por outro lado, subir para lá da meia encosta seria penoso, tanto na construção como no dia a dia.

AREOSA. O MAR, A VEIGA, O CASARIO, O MONTE. (E ali a rotundinha em Camboelas. A malandra!)

E era a lavoura, com esse ordenamento, que cuidava daquilo a que chamamos o meio ambiente. Os montes, os rios, as levadas, os sistemas de rega, as limpezas e manutenção de caminhos, dos valados e regos foreiros, eram garantidas pela lavoura. Havia até um guarda campestre. Fiscalização estranha à aldeia era o Guarda Rios e o Cabo do Mar e o Guarda Floestal. Até o Mar dependia da lavoura ou esta do mar. De lá se retirava o argaço para meter nos campos e para dar de comer aos porcos.
Havia leis consuetudinárias Os de Carrêço não frequentavam o Mar de Areosa e vice versa. Pescadores eram os próprios lavradores. Havia pesca no Porto de Vinha. Havia pesca no Lumiar. Os de Carreço içavam uma bandeira na chegada da sardinha e até os de Areosa iam lá comprá-la. Redes e trancadas nas cambôas era para a gente da aldeia que mantinham, contra tudo e contra todos, as paredes daquelas.
Daí que para mim. lavoura, ambiente e ordenamento é tudo (ou quase tudo) a mesma coisa.
Ora esse equilíbrio que observava na minha aldeia, que afinal era o mesmo das aldeia vizinhas que conhecia, sempre o idealizava para no resto de Portugal. Entendia até que essa "ordem natural" fosse intocável e definitiva.
No entanto o progresso, o tal desenborbimento como diz o meu amigo Morada, se encarregou de alterar toda essa estrutura e o idílico boculismo da minha ingénua imaginação. E a minha aldeia tornou-se o microcosmo daquilo que sucedeu em Portugal. Ou, dito de outra forma, em Portugal sucederam, de uma forma ampliada, todos os males que atacaram a minha Aldeia .
Por todo o Portugal se destruíram terrenos aráveis com construções e cimento armado?
- Na minha aldeia também.
Na minha aldeia o montes foram abandonados?
-Em Portugal também.
Em Portugal deram cabo das pescas??
-Na minha aldeia também.
Na minha aldeia a agricultura foi abandonada?
- Em Portugal também.
Em Portugal semearam-se pinheiros em terrenos de cultivo?
- Na minha aldeia também.
Na minha aldeia há mamarrachos por todo o lado?
-Em Portugal também!
Em Portugal a ruralidade foi atirada para um canto??
- Na minha aldeia também.
Em Portugal constrói-se em cima das linhas de água?
- Na minha aldeia também.
Na minha aldeia os montes ardem?
- Em Portugal também.
Em Portugal há a mania de que não somos um país rural?
- Na minha aldeia essa mania foi materializada por via administrativa fazendo de mim um citadino à força.
Na minha aldeia consporcaram as linhas de água?
- Em Portugal ribeiras e rios!
Portugal é a terra das rodovias e rotundas?
-A minha aldeia vai sendo!
Ora, para mim,  tem toda a lógica ampliar para o país inteiro o tal equilíbrio entre agricultura, ordenamento e ambiente (mar incluído) que eu sempre admirei na minha aldeia (antes do descalabro).
Mas não sei se a esta ministerial fusão orgânica corresponde, da parte dos responsáveis, um sentido filosófico do que tudo isso significa.
A Ministra Assunção Cristas? Uma jurista?? Vivência urbana???
- Num sei!

Pensará como toda a classe média, urbana, que aquilo que se come vem do supermercado e não da terra?
Pensará como os privilegiados que as refeições brotam das respectivas cozinhas e depois  jorram nas mesas dos gambrinos do reino?
Saberá que não há lavoura se não houver terreno de cultivo?
Achará que tanto dá ocupar um metro quadrado de terreno de pedras, mato e alguns pinheiros ( se os houver) como destruir um metro quadrado de terreno arável?
Terá a ideia que o terreno arável é o mais valioso que nos foi doado por milhões de anos de trabalho geológico, que pode ser destruído por um caterpilar qualquer, em minutos?
Terá reparado que esses mesmos terrenos nos chegaram fôfos e macios pelo trabalho de gerações?
Pensará que o betão e cimento armado dará origem ás hortas urbanas depois de ter impermeabilizado terrenos de cultivo?
Saberá que veiga é veiga e monte é monte?
Saberá que uma árvore, que leva quarenta anos a crescer se corta em cinco minutos?
Terá a ideia que por cada árvore cortada se deveriam plantar duas?
Saberá que no tempo dos afonsinhos, quando o poder não estava em Lisboa mas nos municípios, era isso mesmo que o Senado impunha ás aldeias?
Saberá que o gado medra com o olhar do dono?
Saberá que a bosta das vacas era tão limpa que dava até para fechar a porta do forno onde se cozia o pão?
Saberá que o Povo do Dr. Pedro só não continua a lavar no rio porque lhe destruíram o lavadouro, lhe roubaram o caudal ou porque lhe poluíram as águas ?
Saberá que ser lavrador não é uma profissão mas uma filosofia de vida. Que a lavoura não serve apenas para colocar couves no mercado a preços competitivos com os produtos importados?
Saberá que a própria PAC - Politica Agrícola Comum - "...reconhece que o agricultor para além de produtor de fibras e alimentos, tem outras funções como sejam as de agente fundamental do desenvolvimento e do ordenamento do território  e da protecção do ambiente: e que, desse modo, o agricultor Europeu, é erigido à categoria de guardião do espaço rural."?
Terá reparado que ser pescador não é uma profissão mas uma temeridade? Que passa o dia ( pra bem dizer, a noite) a trabalhar em cima da sepultura!
Terá reparado que a agricultura é a única actividade que funciona (auto) alimentando o seu próprio processo? Que é capaz de produzir sem recorrer ao exterior de sí própria?

(É que eu até desconfio de todos os labregos, ratinhos, saloios, chaparros, serrenhos, que vão para  Lisboa. Uma vez lá esquecem-se de onde vieram. Calistos Elois da era moderna a quem lhes dão a beber da água de Santo António exactamente da mesma forma que os da minha aldeia bebem água de S. Mamede. Com os mesmos resultados. Depois, quando lhes convém impressionar, invocam as suas origens provincianas.)

Se fosse uma  Luísa Schmidt eu não vacilaria!

No entanto haja esperança. Temos o Campelo na Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, que pode ser que consiga fazer vingar na Mouraria e neste Portugal fisicamente Rural, mas gerido por iluminados de mentalidade urbana, os mesmos conceitos que defendeu na nossa Ponte de Lima que não sendo propriamente uma aldeia, recusou ser, porque desnecessário, cidade. Ficou-se por Vila e ainda bem!

Barros Lopes
Afife, Julho 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O S. JOÃO DAS CEREJAS

EU FUI AO S. JOÃO DAS CEREJAS

Na Serra D'Arga no mesmo local em que no 28 de Agosto se homenageia o decapitado, no dia 24 de Junho também aí se celebra o S. João do carneirinho.  Porque a fruta é da época. Chamam-lhe o das Cerejas.



Lá no fundo, S. João. (B)












Passamos a Casa Florestal
(ou o que resta dela) (B)









À entrada, a vendedeira das roscas (B)











Os quarteis à espera do 28 de Agosto (B)










O Altar de S. João (B)

O Andor de S. João (B)

O cruzeiro de S. João (B)


A PROCISSÃO (E)
Os romeiros, esfomeados, não ligaram ao fotógrafo. (B)


O Advogado (B)













Transmontano Brasileiro. Vindo expressamente de S. Paulo (B)
                                   

Também lá foi um páraquedista remador. Ou então um remador paraquedista.  (Em ambos, na reserva) (B)














                Mais um agricultor ainda no activo! (B)

No grupo estava um gajo ( de quem a história não rezará!) com uma camiseta côr de vinho. Tinha escrito em galaicoduriense: PA BEBER O BIÑO NUM FALTA XENTE. O CARALLO É PA BOTAR O SULFATO. Não se pode gabar da ideia. Viu uma quase igual na Festa do Vinho na Guarda, no ano passado. (B)
Ainda estava uma gentinha! (B)

 Aqui, no lado direito, o Sr. Farnel Merendeiro que não conheço. Com as minhas homenagens. (B)



Estava lá o neto do Vilarinho com um tasco. Sai à familia. O Vilarinho não estava mas tinha lá uma fotografia. (E)
















Também lá encontrei o Tio Evaristo da Gandra! (B)


E o Homem da CASA PEREIRA da Correlhã (B)


As fotografias assinaladas (B) pertencem ao José Maria Barroso o tal do BANHOMÁGICO.
As fotografias assinaladas (E) pertencem ao Ernesto do Panela que costuma servir de fotógrafo quando não há mais nada à mão!

LOPESDAREOSA

segunda-feira, 27 de junho de 2011

DE QUEM É A CULPA?

É o título de uma nota sobre a agricultura publicada no NS de sábado dia 25 de Junho de 2011, pag 21.
Destaca-se nessa esta precisosidade.

QUEM DEU CABO DA AGRICULTURA "FORAM OS PRÓPRIOS AGRICULTORES" DIZ ROSADO FERNANDES

E para entender o alcance é necessário ler o texto completo onde o Sr. Rosado defende que Cavaco ( que como se sabe com os seus avançados, Alvaro Barreto e Arlindo Cunha, negociou a entrada da PAC em Portugal, ou versa-vice) afinal " Em muitos aspectos tomou a actitude correcta, pelo menos não impediu que se fizessem coisas e pagou a tempo aos agricultores os dinheiros comunitários. De resto estava muito condicionado à PAC, queria manter boas relações com a CEE e necessitava de dinheiro".

Só esta deliciosa ingenuidade dava pano para mangas.

Mas vou tão somente realçar que afinal para o Senhor Rosado F. o ex-ministro da Agricultura de José Sócrates, Jaime Silva."Foi a maior peste da agricultura portuguesa, esforçou-se para que nada fosse feito e nada fosse pago"

E a peça continua com o entrevistador (presumo) a notar que:
" Antes de Jaime Silva, o mundo rural já padecia dos males que hoje sofre. Quem dera, então cabo da agricultura??"

E a resposta veio magistral de Rosado Fernandes

-Todos, incluindo os próprios agricultores, porque não foram capazes de continuar firmes contra a falta de democracia da PAC ( eu ainda fiz algumas manifestações.)"

Ora toma! De uma penada o Senhor R.F. reconhece que a PAC não era democrática ( possivelmente uma peste para a Agricultura Portuguesa- digo eu) mas quem nos meteu nela fica de fora nas responsabilidades. Estas serão também dos labregos que não se manifestaram com a veemência necessária. E nessa penada manda às malvas a democracia representativa, substituindo-a pela firmeza (ou falta dela) dos agricultores.
Como? - Chorando de raiva e batendo com os pés no chão?
- Fazendo arruadas e cortando estradas?
- Mas isso não são coisas dos comunistas???
- Por onde andava a CAP nesses tempos??? Não era a Confederação dos ditos cujos???
Não seria de sua iniciativa CONTINUAR FIRME CONTRA A TAL PAC?
Terá tomado parte em alguma daquelas algumas manifestações??

Dez anos andava por Rio Maior.
E, curiosamente, mais tarde, em 21 de Março de 2006, voltava à estrada. Vila Franca de Xira parou e  a Estrada Nacional 10 foi bloqueada. Ah! o ministro, desta vez, era a peste do Jaime Silva, o tal  que, mais tarde, em Junho de 2008, viria a dizer que alguns dirigentes da CAP faziam parte da direita mais conservadora, e que pensavam que os problemas se resolviam com mais subsídios!

Vejam lá agora que raio de ideia a de Jaime Silva e relacionem-na com a tal a falta de firmeza dos agricultores,  (decerto enquadrados pela CAP) contra a tal pouco democrática PAC de que agora se queixa Rosado F.
CURIOSO!
(Ás tantas essa tal PAC sempre terá servido para algo. Mesmo pouco democrática. Ou talvez por isso!
Não fossem PAC e CAP parapalindrômicas)

Já agora seria muito interessante saber qual a opinião da CNA acerca disto tudo.

Os pedaços de Júlio Sebastião  ainda se vão juntar face a este desarrincanço.
Em Julho de 1991, protestaram, bateram com os pés no chão, choraram de raiva, bloquearam estradas.

Foram a Lisboa falar com o SENHOR MINISTRO. Voltaram à DAGORDA de mãos a abanar.

JÚLIO SEBASTIÃO, na DAGORDA, em JULHO DE 1991
Com o jornalista Nuno Ferreira ao seu lado direito.


Mas Jaime Silva é a peste. E os agricultores mansinhos. Diz Rosado Fernandes.

E a memória é phodida!
Isto digo eu!

Tone do Moleiro Novo - O Sem Paciência

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CAVALOS NA GALIZA

RAPA  DAS  BESTAS
Ou, os curros, simplesmente.

Quem, vindo de Portugal sobe de Cabral para Vigo, depara-se com a Praça de Espanha a que nós custumamos chamar "a dos cavalos".



De facto está lá um monumento,  "Los Caballos", da autoria de Juan José Oliveira Viéitez. Foto da direita.
Em Tuy também há outro monumento aos cavalos, foto da esquerda,  não sei se do mesmo autor.

Mas não estão lá por acaso.
No caso de Vigo representa tal e qual a subida de uma ladeira. A outra a de uma correria em campo aberto.
E estas imagens podem ser vistas, ao vivo pelos montes da Galiza, desde Maio até Agosto, pelos turistas que não frequentem o resto do ano esses mesmos montes.
Galiza é  terra de cavalos e que, à imagem destes, é terra de gente livre.
Pelos montes da Galiza, os cavalos são livres, vivem livres, reproduzem-se livres.
Apenas uma vez por ano essa liberdade  é interrompida. É o tempo de os reunir para marcar a criação e tratar da higiene e da saúde de todos.
É A RAPA DAS BESTAS.
Quem tem a felicidade de estar presente assiste ao mais profundo manifesto da relação do homem com a natureza. Tudo se conjuga: os montes, os animais, O Homem. Chega a ser comovente o apego e o amor de toda aquela gente por tudo o que a rodeia. E não se sabe se os cavalos são pertença dos donos se são estes que pertencem aos cavalos.
E não falta o arraial. Tendas, churrasco, mirones. O eterno polvo à galega. E vinho, muito vinho.
Galiza Minha Galiza!
Desde a Guarda até Baiona, Desde o Rosal até Nigran. Desde Tominho a Gondomar. Chamam-le a Serra da Grova, do Galinheiro e outras tantas coisas.
O primeiro Curro é na Valga, depois Torronha, depois Mougás, depois Morgadanes, depois S. Cibrão.
No segundo domingo de Julho é no Galinheiro.
De um ano em Torronha estas fotografias

O Polvo sair do caldeirão










A Adelaide na máquina.
Na mesa, eu e o Ernesto do Artilheiro, o Pedro ao lado de um parceiro de ocasião, galego de Óia a despejar a garrafa. Na mesa o prato, de madeira(!!!), com o respectivo.
Duas curiosidades. Uma é de que a ASAE não anda por aquelas bandas, a outra é que o vinho era branco. Normalmente é aquela pomada tinta de Barrantes


 Primeiro estão dispersos






Outros andam perdidos











Normalmente os filhos acompanham as mães


Mas logo chega a hora de correr para os curros











E o pessoal abre alas.













E o curro enche.










E fica assim.











































Ou assim. Que isto mais parece um motivo daqueles tapetes que se dependuram nas paredes. Mas não é. É o manto castanho do dorso dos animais compactados no curro. Entre eles não cabe uma palheira

Das crias tresmalhadas é necessário descobrir as marcas naturais, daí concluir a progenitora para decidir quem é o dono.










A todos, um a um, se lhe cortam as crinas.




















 
Mas, para  apanhar um a um, é necessário suar. Tanto eles como elas!


E depois há destas imagens. Sem comentários

                                                                  
 
 Este ficou assim logo que soube que nos íamos embora.

Mas logo ficou mais bem disposto quando lhe dissemos que, no ano seguinte, voltaríamos.












Texto do TONE DO MOLEIRO NOVO num dia dedicado aos burros.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

PRECONCEITOS SOCIAIS

O Mundo é tão mauzinho! (Solnado)

Não querem saber que calcei (vesti?) uma meia de cada cor.
Perna cruzada à mesa do café. Calça arregaçada e logo o anacronismo cromático ficou á vista de todos!

- Tens uma meia de cada nação!

Mãe do Céu, Virgem Santíssima! Se por ali houvesse um buraco com volume para sete arrobas enfiáva-me lá.

No entanto, pensando melhor, havia que saber da opinião de duas entidades mais directa e intimamente interessadas no assunto.

Assim perguntei aos pés e às botas se viam algum inconveniente nisso.

O silêncio foi esclarecedor . Nada objectaram

Quem se lixa é o Mundo que tem de aguentar que eu ande com meias de duas cores.

Aqui a democracia não funcionou.

Quem ganhou foi a minoria.
Eu, os pés e as botas demos um pontapé no Mundo!

TONE DO MOLEIRO NOVO

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CAVACO, O AGRICULTOR

CAVACO I - O AGRICULTOR

Isto porque o de LAVRADOR já está ocupado por D.Dinis.
Depois ser agricultor não é ser lavrador.
Ver
http://lopesdareosa.blogspot.com/2011/03/ha-lavradores-e-ha-agricultores.html
http://lopesdareosa.blogspot.com/2010/09/ordenamento-da-floresta-quem-foi-que.html

No seu discurso em 10 de Junho, dia da Raça como toda a gente sabe, o nosso Presidente traça um certo retrato de chegada do nosso Portugal.

Aí reconhece
- A litoralização do País
- O envelhecimento e despovoamento do interior
- As desigualdades territoriais existentes
- Que As grandes cidades do litoral,cresceram de forma desmesurada e, mais ainda, desordenada.
- A existência de assimetrias regionais
- Que essas tendências estruturais, não nasceram, sequer, nas últimas décadas.
- O menosprezo dos poderes públicos pela realidade do interior.
(Pelo menos)

O que eu pergunto é se não deu por ela durante dez anos ( com duas maiorias absolutas) em que foi Primeiro Ministro.

É que já nos Censos de 91 já essas coisas ou todas elas, estavam  à vista conforme reconhecia então Valente de Oliveira.

Mais pergunto quem é que hipotecou o país á politica do  betão e cimento armado debaixo do qual estão agora, irremediàvelmente perdidos, terrenos de cultivo de valor insubstituível?

- Quem é que apostou na política da construção desordenada que acabou por descambar em centenas de milhares de fogos devolutos e  por vender e na falência das empresas, pela simples razão que temos casas a mais

- Quem é que comprometeu  a Nossa Agricultura nas negociações com a CEE?

- Quem é que  que apostou na Lisboa e no litoral para onde ocorreram todos aqueles que procuravam emprego?

- Para onde foi o dinheiro de apoio á agricultura e  para combater as assimetrias.
O que é interessante é que José Martino  defenda na edição de hoje do I que é tempo de mudar de paradigma invocando precisamente que o tenha dito Cavaco Silva sabendo este, geralmente, o que diz.

(Se invocasse Gonçalo Ribeiro Teles quereria dizer que nem necessitaria de esperar por Cavaco para chegar a essa conclusão de mudar o tal paradigma. Há quatenta anos que GRT vem fazendo o mesmo diagonóstico e antecipou o problema. Mas falou para as paredes!)

Mas tem alguma razão. Cavaco também sabe do que fala. Os problemas vêm do seu tempo, os quais, por omissão ou agravo, são principalmente da sua responsabilidade. Nunca ninguém em Portugal dispôs de tão favoráveis condições políticas, nem de tantos recursos financeiros. E em simultâneo!



É necessário recuperar o tempo perdido, mas olhando a quem o perdeu não acredito  que a doença possa ser curada pelo veneno que a causou.
E, agora, tarde e a más horas, o Presidente pretende que haja um percurso inverso e que os jovens agricultores se ocupem do interior (ver EXPRESSO de 10 de Junho)
Mas os rios correm para o mar. Percurso fácil.
Penoso é o caminho da água no seu retorno.

Ver mais em
http://lopesdareosa.blogspot.com/2011/06/ah-agricultura.html
http://lopesdareosa.blogspot.com/2011/05/fantastico-melga.html
http://lopesdareosa.blogspot.com/2010/10/ha-mar-e-ah-mar.html
http://lopesdareosa.blogspot.com/2010/10/recandidaturas.html
http://lopesdareosa.blogspot.com/2011/03/os-barretes.html

Lopesdareosa


sábado, 11 de junho de 2011

BARRY HATTON no DN

Segundo o DN do dia 10 de Junho, conforme a última página, este senhor, Inglês, em Portugal há 25 anos, escreveu um livro a que lhe chamou OS PORTUGUESES.

Na sua entrevista tece-nos uma série de elogios como o de nos unir-nos para apanhar touros à mão, assim como aquele jeito macio de sermos perguiçosos.
E dá até uma dica para saírmos da morrinha.
Mas, para tal, os portugueses têm que fazer uma escolha e, se querem ser ricos como os alemães e os suíços, têm de entrar às 08H00, trabalhar até às 18H00, jantar ás 19H00 e estar na cama ás 21H00/22H00. ( Mas espera e ainda bem! que não façamos isso!).
 Disse

Ora acontece que, simpatizando à primeira com o nosso amigo inglês, noto desde já que nem os tais 25 anos de Portugal deram para reparar em tudo.

É que eu poderia referenciar-lhe uma legião de portugueses que, bem contados, dariam não uma mas várias legiões em numeração romana, que se levantam às 06H00 da manhã, trabalham até ao meio dia, comem qualquer coisa e continuam, no Verão, até ao Sol pôr. Ceiam não sem que antes tenham tratado do vivo e deitam-se entre as 11H00 e a meia noite. E NÃO SAEM DA CEPA TORTA. Quanto mais serem ricos como os alemães!

Ao que parece o nosso amigo inglês bem poderia ser o de Peniche e deve ter escrito o seu Livro OS PORTUGUESES antes do relatório de 4 de Junho de 2011, do Banco Francês Natixis da autoria do seu Chefe da Secção de Economia, Patrick Artus,  baseado em números da OCDE e da Eurostat no qual se conclui que "Os alemães trabalham muito menos ( por ano e durante a sua vida activa) que os europeus do sul. E também não trabalham de forma tão intensiva." 

E que a duração anual média de trabalho de um alemão (1390 horas) é muito inferior à de um português (1719 horas)

Quanto aos suíços, não viu decerto o emigrante portugês (na Suissa) que no dia anterior deu no telejornal da RTP que nem punha hipótese de voltar para Portugal.
- Para quê? Para ganhar 500 Euros por mês???
E mais informava que, na Suiça, os preços dos bens essenciais pouco diferiam dos preços em Portugal

Ora e esta pergunto eu,
- Se o custo dos bens essenciais é praticamente o mesmo qual a justificação para a discrepância dos     salários?
Dizendo isto de outra forma. Para (aqui) se ganhar bem menos, teriam que esses bens serem também bem mais baratos. Mas tal não acontece.

-Então onde pára o dinheiro??

Pois é. O que nenhum economista, de serviço aos comentários e  estratégicamente distraído, explica cá à malta é porque raio de fenómeno o peso, na Suiça, dos salários no PIB é de 60% e, em Portugal é de 40.

Meus caros economistas de um quarto de tigela. Vão buscar as razões da acumulação de capital a outras fontes que não as do trabalho. Este, para além de mitigar mal a fome, também serve para pagar  os impostos  mais a vossa inutilidade!

Meu britânico amigo BARRY  HATTON, sabe porque é que os nos países do Norte da Europa (dizem) se trabalha mais que nos países do Sul?
- Por causa do frio!!!
No Norte, o pessoal trabalha para aquecer e ainda por cima são pagos para tal.

Por cá, para aquecer, não necessitamos de trabalhar!

TEMOS O SOL!!!

( Esta dica foi o Fernando Viana que ma deu!)


Lopesdareosa

AS DA CHÃOZINHA DE GONDARÉM

As da Chãozinha de Gondarém
Vila Nova de Cerveira, Alto Minho, Portugal


Nos fins do século dezanove, início do século vinte, começaram a aparecer no Norte de Portugal os primeiros diatónicos imediatamente baptizados de  HARMÓNICOS.
O aparelho era um intruso no meio dos instrumentos tradicionais – as flautas, cordofones e gaitas. De fácil manejo o Harmónio foi pouco a pouco sendo adoptado por todas as comunidades rurais – da Serra, do Vale e do Litoral -  ao qual facilmente adaptaram as simples melodias das músicas tradicionais. Estas melodias assentavam principalmente no suporte musical das danças populares dos terreiros e das romarias –
Os Fandangos, os Viras, as Chulas, as Canas Verdes, as Gotas. Mas também o canto singelo como é exemplo o Ritmo da Cana Verde que serve de suporte às Cantigas ao Desafio.
( Versolaris).

O Tocador de Harmónio, mais tarde conhecido pelo Tocador de Concertina – e não se sabe porque é que a partir de meados do século vinte se passou a chamar  Concertina ao Acordeão Diatónico – passou assim uma figura incontornável nos bailes, nas festas e nas Romarias.

O Tocador da Concertina passou assim a ser o herói das parrandas. Não só tocava como cantava e dançava, muitas das vezes tudo ao mesmo tempo.

E se este fosse jovem e bem parecido logo à sua volta mais facilmente se juntavam ranchos de raparigas para com ele competirem nas danças e cantigas ao som da Concertina.

As da Chãozinha de Gondarém, não interpretam música popular Elas cantam da mesma maneira que sempre cantaram desde que nasceram. Cantam como sempre cantaram durante os duros trabalhos nas veigas e nos montes de Gondarém, junto ao Rio Minho, em frente à Galiza. São quatro de onze irmãs; a Adelaide, a Amabélia, a Fernanda e a Olímpia. O repertório é o da tradição de Gondarém. Não há ensaios de salão. Estes ainda hoje se fazem durante o ano pelas feiras e Romarias do Alto Minho. Santo António, S. João, S. Pedro, Santiago, S. Lourenço, S. João d’Arga, Peneda, Feiras Novas de Ponte de Lima.
dos outros.
Ouvir as da Chãozinha é ouvir os mais primitivos dos sons da nossa tradição oral.
Aqui em ARSÈGUEL em 2005
Dos Tocadores de Concertina, de fracos em relação ás cantadeiras, pouco há a dizer. Um é o João Barrigas,  também ele irmão das da Chaõzinha, único varão vivo da tal  geração de doze irmãos.
O outro é o Lopes d’Areosa. O das trancanhetas é o  Joaquim, casado com a Amabélia.

Tone do Moleiro Novo 2006
 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

AUGUSTO MATEUS

Na última semana de Janeiro de 2007, as declarações do Ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmando na China que a mão-de-obra portuguesa é a mais barata da UE, foram recebidas com críticas generalizadas da oposição e dos parceiros sociais.

Sob o título

As gafes de Pinho

Escrevia Fátima Mariano em 2009-07-02

Ver http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1290250

"O episódio que primeiro marcou de forma negativa a sua actuação aconteceu fora de portas, mais precisamente na China, no início de Fevereiro de 2007, onde Manuel Pinho se encontrava em visita oficial. Discursando em Pequim perante uma plateia de 300 empresários chineses, Pinho incentivou-os a investir em Portugal argumentando que a mão-de-obra portuguesa é barata. “Somos um país competitivo em termos de custos, nomeadamente, os custos salariais são mais baixos do que a média da União Europeia”, propagandeava o ministro. Oposição e sindicatos não gostaram da imagem que estava a ser dada de Portugal além-fronteiras e pediram responsabilidades ao primeiro-ministro."

De facto em


foi publicado:

"Economia
PSD considera que Manuel Pinho fez afirmações "terceiro-mundistas"
Tiago Silva com Lusa  
31/01/07 19:10
O PSD considerou hoje "de uma infelicidade extrema e com carácter terceiro-mundista" as afirmações do ministro da Economia, Manuel Pinho, na China, invocando os baixos custos salariais em Portugal para apelar ao investimento no país. Manuel Pinho, que acompanha o primeiro-ministro em visita à China, apelou ao investimento chinês em Portugal alegando que os custos salariais são inferiores à média da União Europeia (UE) e têm uma menor pressão de aumento do que nos países do alargamento.
Essa foi uma de cinco razões apontadas por Manuel Pinho, perante uma plateia de empresários chineses, para o investimento em Portugal.
"Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais. Os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da UE e a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento", sustentou o ministro, no Fórum de Cooperação Empresarial Portugal China 2007.
"São declarações de uma infelicidade extrema e com carácter terceiro-mundista. Penso que só os países do terceiro mundo podem apresentar vantagens competitivas baseadas em baixos salários", criticou o deputado do PSD Miguel Frasquilho.
"Isto prova também a total desconfiança que o próprio ministro da Economia tem em relação à acção governativa, dá a ideia de que o Governo não tem nada para apresentar em áreas fundamentais para o investimento estrangeiro", argumentou o social-democrata.
Miguel Frasquilho mencionou "a qualificação de recursos, a desburocratização da Administração Pública, a lentidão da Justiça, a competitividade fiscal" como algumas dessas áreas em que, disse, "dá a ideia de que o Governo não tem nada para apresentar".
"A única razão pela qual o ministro da Economia entende que é vantajoso investir em Portugal é pelos baixos salários", defendeu.


Depois, Sócrates esclareceu tratar-se da mão de obra qualificada.
Ver negocios.pt: "Sócrates diz que Pinho se referia aos baixos salários da mão-de-obra qualificada" -
Está também tudo em
 http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?p=363553&sid=535935af8dec0f86cf0fc1aaafbf2a77&js_link=1


Acontece que no PÙBLICO de hoje, 6 de Junho de 2011, Augusto Mateus, diz exactamente a mesma coisa. Logo na primeira página e com desenvolvimento na 32 onde afirma:

"Onde Portugal é competitivo é na mão de obra qualificada" 

Considerando que:

"Em termos de salários, o país destaca-se pelos recursos humanos altamente qualificados com baixas remunerações"

Ver em
 http://economia.publico.pt/Noticia/augusto-mateus-onde-portugal-e-competitivo-e-na-maodeobra-qualificada_1497682

Entrevista

Augusto Mateus: "Onde Portugal é competitivo é na mão-de-obra qualificada"

06.06.2011 - 07:34 Por Cristina Ferreira
"O ex-ministro da Economia Augusto Mateus considera que, em termos de salários, o país destaca-se pelos recursos humanos altamente qualificados com baixas remunerações".


COMENTÁRIO

Só espero que aqueles que zurziram no Pinho não matem o Mateus!


Nota de rodapé
A memória é phodida e a vergonha devia ser um cultivo!

Lopesdareosa

quinta-feira, 2 de junho de 2011

LEITE DE MÃE E FILHA

QUINTA FEIRA DA ASCENSÃO, DIA DA ESPIGA

 

Era no dia da Ascensão. No dia da espiga

Começava a receita três dias antes, na Segunda, na Terça e na Quarta. De manhã.

No Dia da Ascensão. No Dia da HORA

Nada bulia. Nem os passarinhos tocavam nos ninhos.

Ia-se à Missa. Nas Mulheres, fatos vermelhos ( de Areosa). Não se ia em mangas. Ia-se com blusa. Quem não tinha fato, levava lenço.

             Levai meu Jesus da minh'alma

                Convosco ao Céu este meu coração

                    Bendito e louvado seja

                        O meu Jesus na sagrada ascensão.

Três rapazes desciam a Igreja atirando flores.

Nessa altura tocavam os sinos a repique.

E, nesse dia, davam-nos a beber leite de mãe e filha. Último dia da receita

Raro eram as casas em que essa coincidência se verificava. Assim, todos os anos, havia que procurar qual satisfazia essa condição. Depois, nesse dia, ao portal,  era uma romaria de crianças.

Diziam que era bom para a gôta. Lembro-me de ter ido à Casa do Artilheiro.  E pelos vistos deu resultado pois nunca sofri disso.

Vou defender a tese em Vilar de Perdizes. 

 

Tone do Moleiro Novo

quarta-feira, 1 de junho de 2011

AH! A AGRICULTURA!

Eleições

Passos Coelho defende aposta na pesca e na agricultura para diminuir desemprego e importações

Lusa
12:37 Quarta feira, 20 de Abr de 2011

Passos Coelho defende aposta na agricultura

O líder do PSD defendeu hoje que o futuro do país passa «indiscutivelmente» pela agricultura, sublinhando que «nem vale a pena» lançar dúvidas sobre o empenhamento dos sociais-democratas neste setor.
«Temos apresentado muitas iniciativas em matéria agrícola. O PSD está convencido que o futuro do país passa indiscutivelmente também pela agricultura, não vale a pena fazer de conta ou lançar dúvidas sobre o empenhamento que temos na aposta na agricultura», afirmou Pedro Passos Coelho, durante um almoço dedicado à agricultura, em Ponte de Lima. (30/05/2011)
Considerando que é necessário inverter a situação «errada» que se passou em Portugal, onde durante muitos anos se andou «a usar a política agrícola comum para financiar a não produção», o líder do PSD apontou dois grandes objetivos do partido: apoiar a produção e melhorar o rendimento dos agricultores.


Ora acontece que já em 8 de Maio, o DN publicitava os três reptos urgentes do Presidente (Cavaco) um dos quais:

"Portugal tem condições para ser auto-suficiente na fileira
agro -alimentar."

Comentário
Do que eles se lembraram!
Agora!

Bem em primeiro lugar é interessante verificar que a agricultura é considerada uma fileira.
De malucos deve ser. De um monte de tipos mais ou menos façanhudos que insistem em empobrecer alegremente. No Inverno é muito jeitoso. Dá para aquecer. De verão é uma chatice. É uma actividade que não se ajusta aos humanos. Se o fosse, um tipo não suava nem se cansava. 

Ora a agricultura, a lavoura como eu prefiro dizer, não é uma actividade mais, opcional, circunstancial. Nem nenhuma oprtunidade em tempo de crise.

A Agricultura ( a lavoura) é a actividade estrutural e estruturante de qualquer sociedade que queira ser livre e independente. Deveria ser a base da pirãmide do nosso estado social.
A agricultura ( a lavoura) é a única actividade que produz em circuito fechado.
Desde que tenhamos terra ela nos compensará se dela cuidarmos.

Mas o que é que fazemos nós portugueses àquilo que Deus nos concedeu?
É criminoso, até pecado, pois como se sabe e sempre que dá jeito, invocamoes a nossa condição de país católico, o que fizemos ao nosso mundo rural.

Portugal é um país fisicamente rural governado por uma oligarquia de mentalidades urbanas e burguesas que por vergonha ou susto ( Para o nosso Presidente Cavaco foi castigo) desmantelaram a pesada herança do santa comba.

Mas da mesma maneira que se esquecem de onde vem o que se come, também se esqueceram já quem foram os resposnsáveis pela

"situação «errada» que se passou em Portugal, onde durante muitos anos se andou «a usar a política agrícola comum para financiar a não produção, situação esta que é necessário inverter" como Passos Coelho reconhece.

Ora tudo isto conjugado com a tal capacidade de visão a longo prazo referida na intervenção do Presidente da República (Cavaco Silva) na Sessão Solene Comemorativa do 100º Aniversário do Instituto Superior de Economia e Gestão, no dia 23 de Maio de 2011 em Lisboa.

Chego à conclusão que de facto muitos dos que hoje por cá andam, então (há muitos anos) passaram de noite. Foram de facto marcianos que andaram a fazer asneiras e essa gente não deu por ela. Nem tiveram qualquer visão a longo prazo das consequentes consequências.

lopesdareosa