Pensar em ti é puro desperdício
é o esvair, em sangue, assaz inútil
devia ser prazer, mas é só vício
É tornar a firmeza em coisa dúctil
E aquela balança que pesa os grãos de areia
da ampulheta que o tempo vira
perde o equilíbrio no prato da mentira
daqueles lirios que eu meti na ideia
E o emaranhado de certa urdidura
muito mal montada no tear da vida
vai-se dando mal com a veloz lançadeira
e a fundição de má cozedura
qual porcelana já no chão partida
Monumento não é. - Apenas poeira.
Também António. Mas o do Moleiro Novo
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