A coisa começou no Semanário NASCER DO SOL em 18 de Junho de 2022 e depois foi um festival!
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e por aí fóra!
Acontece que a história contada por Felicia Cabrita, já eu a sabia de ginjeira com a excepção de um detalhe na narrativa.
O Rufo o conheço eu há mais de 50 anos!
Filho da Zira do Pinotes da geração de minha Nai.
Servia à mesa empregado do Sr. Amandio da pastelaria Paris.
Tinha tirado um curso de hotelaria. Gerente do Hotel Parque. Da estalagem da Caniçada por conta da EDP.
Do exame Ad Oc à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Ao curso de Direito tirado á custa de noitadas a estudar para os exames.
A subida a pulso como advogado recusando uma oferta do seu empregador anterior a EDP.
O estabelecimento de uma sociedade de sucesso de Advogados em Braga.
Das duas casas uma na favela dos ricos em Braga e outra na Povoença em Areosa.
Esse era o meu conhecimento como Areosense e também da narrativa que me era contada pelo Próprio Rufo, à mesa do café... D'um self made man
Como é evidente e pelos vistos, o Rufo num me contou tudo e nessa parte, como amigo, deve-me uma explicação e eu lha pedirei.
Mas acontece que a minhas exigências quanto ao Rufo param aí mesmo.
E não admito que a minha capacidade de raciocínio seja truncada por causa disso.
Eu explico:
- E se eu fosse de Trancoso e não conhecesse o Rufo de lado Nenhum??
- E se eu fosse sulista elitista e liberal e não conhecesse o Rufo de lado nenhum??
- E seu pertencesse àquele leque de nove milhões e quinhentos mil portugueses que não conhecem o Rufo de lado nenhum??
- Por onde andaram durante trinta anos as instituições que nos deveriam defender dos aldrabões que por aí sempre campearam???
- Então a Ordem dos Advogados nunca viu o Rufo?
- Então o Ministério Público nunca viu o Rufo?
- Então os Tribunais nunca viram o Rufo?
É que, pelos vistos, sem o canudo, o Rufo foi um advogado de sucesso na barra dos tribunais senão ele e a sua sociedade de advogados não teriam conseguido o prestígio que lhes era reconhecido.
Este pormenor leva-me a outra reflexão.
- Se para tal nem é necessário ser advogado para que é que necessitamos de um advogado para ter acesso à justiça??
- O nosso conterrâneo Correia de Matos há anos que se debate com a mesma conjectura!
Acontece assim que se não tivesse êxito como causídico o Rufo não teria ganhado a fortuna que dizem ter ganho.
E aqui entro eu de novo.
Até agora foi um ver se te avias.
De repente acontece aquilo que me mete nojo.
Melhor digo: que me mete muito nojo!
Quem comeu e bebeu à custa do Rufo, quem se utilizou da sua imagem, esses estão calados como pêtos.
Outros, pior ainda, quais Judas com Cristo, agem como se não o conhecessem de lado nenhum!
Mas da parte que me toca meus senhores uma coisa é aquilo que o Rufo tem p'ra me contar e que nunca me contou, outra coisa é a amizade em nome da qual ele me vai contar.
Demais
Eu próprio usufruí da saúde económica conseguida pelo Rufo no seu sucesso como advogado.( Se os conseguiu e em abundância é porque tinha algum mérito)
Pagou-me um bruto almoço, a mim e a um amigo nosso, no Maia, do Sameiro.
E não sou eu que vou julgar se os proventos do Rufo foram ou não legítimos foram ou não legais.
- A única coisa que lhes posso garantir é que o bacalhau esteve divino!
Quanto ao resto e se a justiça me obrigar a regurgitar o bacalhau, já vem tarde!
- Já o caguei há muito tempo!
Tone do Moleiro Novo ( que é muito de ironias e pouco de hipocrisias)
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