terça-feira, 27 de setembro de 2022

O meu amigo Rufo

 A coisa começou no Semanário NASCER DO SOL em 18 de Junho de 2022 e depois foi um festival!

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e por aí fóra!






Acontece que a história contada por Felicia Cabrita, já eu a sabia de ginjeira com a excepção de um detalhe na narrativa.

O Rufo o conheço eu há mais de 50 anos! 
Filho da Zira do Pinotes da geração de minha Nai. 
Servia à mesa empregado do Sr. Amandio da pastelaria Paris. 
Tinha tirado um curso de hotelaria. Gerente do Hotel Parque.  Da estalagem da Caniçada por conta da EDP. 
Do exame Ad Oc à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Ao curso de Direito tirado á custa de noitadas a estudar para os exames.  
A subida a pulso como advogado recusando uma oferta do seu empregador anterior a EDP. 
O estabelecimento de uma sociedade de sucesso de Advogados em Braga. 
Das duas casas uma na favela dos ricos em Braga e outra na Povoença em Areosa.
Esse era o meu conhecimento como Areosense e também da narrativa que me era contada pelo Próprio Rufo, à mesa do café... D'um self made man 

Como é evidente e pelos vistos, o Rufo num me contou tudo e nessa parte, como amigo, deve-me uma explicação e eu lha pedirei.

Mas acontece que a minhas exigências quanto ao Rufo param aí mesmo. 
E não admito que a minha capacidade de raciocínio seja truncada por causa disso. 

Eu explico:

- E se eu fosse de Trancoso e não conhecesse o Rufo de lado Nenhum??

- E se eu fosse sulista elitista e liberal e não conhecesse o Rufo de lado nenhum??

- E seu pertencesse àquele leque de nove milhões e quinhentos mil portugueses que  não conhecem o Rufo de lado nenhum??

- Por onde andaram durante trinta anos as instituições que nos deveriam defender dos aldrabões que por aí sempre campearam???

- Então a Ordem dos Advogados nunca viu o Rufo?
- Então o Ministério Público nunca viu o Rufo?
- Então os Tribunais nunca viram o Rufo?

É que, pelos vistos, sem o canudo, o Rufo foi um advogado de sucesso na barra dos tribunais senão ele e a sua sociedade de advogados não teriam conseguido o prestígio que lhes era reconhecido.

Este pormenor leva-me a outra reflexão. 

- Se para tal nem é necessário ser advogado para que é que necessitamos de um advogado para ter acesso à justiça??

- O nosso conterrâneo Correia de Matos há anos que se debate com a mesma conjectura!

Acontece assim que se não tivesse êxito como causídico o Rufo não teria ganhado a fortuna que dizem ter ganho.

E aqui entro eu de novo. 

Até agora foi um ver se te avias. 
De repente acontece aquilo que me mete nojo. 
Melhor digo: que me mete muito nojo!
Quem comeu e bebeu à custa do Rufo, quem se utilizou da sua imagem, esses estão calados como pêtos.
Outros, pior ainda, quais Judas com Cristo, agem como se não o conhecessem de lado nenhum!

Mas da parte que me toca meus senhores uma coisa é aquilo que o Rufo tem p'ra me contar e que nunca me contou, outra coisa é a amizade em nome da qual ele me vai contar.

Demais

Eu próprio usufruí da saúde económica conseguida pelo Rufo no seu sucesso como advogado.( Se os conseguiu e em abundância é porque tinha algum mérito)

Pagou-me um bruto almoço, a mim e a um amigo nosso, no Maia, do Sameiro.

E não sou eu que vou julgar se os proventos do Rufo foram ou não legítimos foram ou não legais. 

- A única coisa que lhes posso garantir é que o bacalhau esteve divino!

Quanto ao resto e se a justiça me obrigar a regurgitar o bacalhau, já vem tarde!

- Já o caguei há muito tempo!

Tone do Moleiro Novo ( que é muito de ironias e pouco de hipocrisias)

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