sexta-feira, 7 de abril de 2023

ChatGPT

 Nem fazia ideia no que quer que isso fosse.

Até que encontrei na página do Fernando Cerqueira Barros um texto, pelos vistos vindo dessa coisa e sobre a CANA VERDE. 

Pelo cheiro pressenti algo vindo do Brasil, estranhando a mistura da Gaita de Foles com o bambu. Talvez do tempo do Pêro Vaz de Caminha, que por não ter incluído a partitura na carta que escreveu ao Rei, ficou por saber-se se a musica que os colonialistas portugueses deram aos índios seria uma Cana Verde ou um Fandango.

Acontece assim que essa coisa do ChatGPT é tanto e muito mais perigosa que a Wikipédia dado que enquanto nesta a informação vem de mão humana, naquela virá de um algoritmo ou de um algoritmo de algoritmos. Inteligência artificial, chamam a essa nova ferramenta.

E o perigo não está na existência dessa palermice. Segundo Tiago Ramalho no PUBLICO de hoje e eu assino por baixo, o perigo está em que...

"Quando os humanos lêem a resposta do ChatGTP são influenciados por ele e tendem a ter a mesma opinião e argumentação"

Isto segundo um estudo dos americanos (americanos, mas inteligentes).

Ora acontece que tudo o que favorece a preguiça mental que nos leva ao cómodo acto de não pensar, conduz-nos à cretinice e à imbecilidade. Ou à simples situação de ignorância, facilmente ultrapassada pelos honestos.

No entanto achei particularmente interessante a questão que terá sido colocada ao tal GPT e dada como dilema clássico 

" - É correcto sacrificar uma pessoa para salvar outras cinco pessoas?"

Não digo que esse dilema colocado por Tiago Ramalho seja o dele. Nem acredito que o seja. Está no texto como exemplo.

Assentando num situação já por mim enfrentada sempre direi que a idade é um posto. Quando tinha vinte anos considerava os de cinquenta - velhos! - Velhos mas respeitados.

Hoje tenho setenta e quatro e fico espantado quando me cruzo com gente mais nova que pensa que o mundo começou no exato momento em que nasceram.

Já me aconteceu, duas vezes, ser "elogiado" por gente de quarenta anos, pelo facto de "saber" falar (bem) inglês. Como se isso fosse um espanto. Em ambas as ocasiões perguntei a idade ao meu interlocutor

- Quarenta anos! - À volta disso!

Pois é! Quando o senhor nasceu já o meu curso de inglês tinha quinze anos! - Foi o meu comentário (que ambos devem ter compreendido)

Isto para concluir que para conseguir uma resposta ao tal dilema...

" - É correcto sacrificar uma pessoa para salvar outras cinco pessoas?"

É uma perda de tempo recorrer ao tal GPT.

Basta estar atento à divisa dos Bombeiros Portugueses.



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