Já te tenho cantado porque cantas
já te tenho sonhado porque sonhas
e as palavras nas cantigas que tu ponhas
Para mim são imagens, Tantas tantas...
Já te tenho amado porque amas
da natureza o canto dos pardais
das fogueiras o calor e as próprias chamas
que incendeiam noites de enxovais.
Já te tenho sentido porque sentes
o que mais ninguém sente nos caminhos
os regatos mansos do sentido ausentes
descobres trigo onde só há maninhos
porque passas leve já te tenho olhado
olhei a beleza dos momentos certos
asinha no espaço assim perfumado
sonhos noturnos mas de olhos abertos
já te tenho desejado e nesse desejo
tocam os sinos na minha cabeça
harpa desapiedada, carrasco harpejo
vou pedindo aos deuses que um dia adormeça.
Gontinhães em frente ao mar
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