Por estes dias voltei a entrar no cemitério de Afife.
Como ir à missa, voltei à campa de Ilda Gomes.
Já contei a história em
https://lopesdareosa.blogspot.com/2020/06/cemiterio-de-afife.html
Mas vou repetir neste dia 3 de Novembro de 2022
Tempo em que mesmo a Dinora já cá não está.
Mas tempo também de celebrar a vida!
A Mariana Homem de Mello faz anos hoje.
Tempo de lembrar o texto que seu Avô dedicou à Ilda Gomes, gravado numa placa de humilde mármore e que voltei a ler.
SAUDADE
À memória da querida Ilda Gomes
Viver
É ver morrer os outros?
Triste
Corro o jardim sem cor e sem perfume
E tudo em redor, hoje, ainda persiste
Em vir o mar nos ecos de um queixume
Só as hortenses hoje são humanas
E nada mais nos fala. Nada mais
Havia sol nos bosques de Cabanas
Horas felizes de ontem, onde estais?
Pétalas claras que ela amava tanto
nunca outra flor pudera ser tão bela
Ao vê-las lembro o céu por tras do pranto
Azuis eram também os olhos dela.
P.H.M. 19/9/1962
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