Amigo nestes espaços.
Orensano?
Galego?
Português??
Castelhano??
Num sei.
Fico confuso tal a maneira fácil de se expressar nessas três línguas!
A ele lhe devo este conhecimento
O TEMPO LEVARÁ O MEU POEMA
( para sempre…deixarei as outras almas livres !)
Quando a minha habitação deixar o tempo
Ficarei sozinho
Sem que alguém leia as minhas mãos
Ninguém recitará o meu poema
Ao trigo, ao milho.
E o ímpeto das ondas o assobiar do vento.
Encarquilhará o meu poema
No espaço
Desatento e abstracto
do céu escuro em noites sem estrelas
as suas ásperas palavras
(Ó breves tardes tristes e vazias)
Morrendo eu meu poema morrerá
Naquela praia onde as ondas morrem
E na fria tumba que a terra cobre
pesada manta que de mortalha serve
Ninguém virá junto de mim em pó desfeito Com o meu poema esquecido pelo tempo
A SOPHIA DE MELLO BREYNER – In memoriam
AABL
Sem comentários:
Enviar um comentário