terça-feira, 1 de setembro de 2020

O RAPAZ DE VELUDO

 NO RAPAZ DE VELUDO

E fui lé ter graças ao
Ernesto Do Paço
que em qualquer circunstância tem o que é necessário e no tempo certo.
A circunstância é RUBEN A. e o tempo é o de hoje nos cem anos do seu nascimento.

Assim visitei o texto que data de 1950. E RUBEN A. A. A. A. relata o que ouviu, de viva voz, de um náufrago que lhe contou a sua experiência no seu silencioso sepulcro. Situação acontecida num qualquer bar mas apenas possível na cabeça do nosso aniversariante tal o insólito da situação.

A coisa foi tão mirabolante que, dizem, o próprio Salazar - uma mente aberta, como toda a gente sabe - ficou embaralhado!

Acontece que este texto antecede a morte de Francisco Enes Pereira no Mar dos Açores.

Coisa com traços de premonição.

Mas tantos rapazes e raparigas, homens e mulheres, que poderiam ter sido os de veludo vestidos por estes mares do nosso Atlântico.

Maria Manuela Couto Viana, em 1983, situou o naufrágio no Mar de Afife. O Monte Trega terá presenciado! Não duvido que ao referir-se ao Rapaz de Veludo de Ruben A., Maria MCV terá tido em mente o Francisco. Toda a envolvência, todos os personagens, todos os lugares são no final de contas do universo de Ruben A. e de Pedro Homem de Mello, vivências que Francisco Enes Pereira tão bem conhecia.


E por isso, eu próprio identifiquei o o tal malogrado Rapaz com Francisco Enes Pereira como tendo sido, de veludo de algas vestido, nos mares dos Açores.

A isso se referiu PHM no seu AMIGOS INFELIZES de 1953 que realmente deveria ter razão ao informar que ele nos trazia a maresia quando cantava.


A sua sobrinha Helena Enes Pereira me disponibilizou um testemunho silencioso disso mesmo!

Ver

Mais tarde e já em 1960, Ruben A. volta ao Rapaz de Veludo ao agradecer-lhe, a ele e a Neptuno, a graça de ter apanhado, no Mar de Nossa Senhora da Graça, um polvo!!!


lopesdareosa

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