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ANTES E DEPOIS de António Viana
Na sua página no Facebook o nosso amigo, conterrâneo, Areosense, publicava regularmente sobre o tema ANTES E DEPOIS, uns trabalhinhos sobre situações, lugares, prédios que sendo objecto de restauro ou modificação e dos quais possuía imagens anteriores, fazia a comparação entre o antes com o respectivo depois.
Lembro que em 23 de Outubro de 2017 publicava - O Que Vejo na Nossa Terra – sobre a CASA DO PRIOR DE MONSERRATE - Antes e Depois – fazendo uma pequena descrição enquadrante.
E já em 24 de maio de 2018 publicava– O Que Vejo na Nossa Terra – O Campo do Forno em fase final de DESCARAMURIZAÇÃO, sobre a mudança do Caramuru para a beira mar.
Ao que Ivone Jácome comentou: “Acho que qualquer dia é a vez do frei Bartolomeu se por a andar do Largo de S. DOMINGOS.” Ao que Vitor Calçada aproveitou para observar: “Se for, a culpa não é de Bartolomeu, mas sim de quem se lembrou de lhe por uma estátua daquelas dimensões, totalmente desproporcionada para aquele espaço.”
Nessa altura em seguimento ao Senhor Victor Calçada eu próprio comentei:
“De facto os esculpidos, Bartolomeu e o burro, o Caramuru e a
Índia, não têm culpa da mesma forma que nem o Coutinho.
A culpa é da saloiada que nunca interiorizou que Viana é uma Vila
pequena e o seu encanto é esse mesmo - ser pequena.
Já Jorge Leitão, na edição de A AURORA DO LIMA de 14 de
Setembro de 2012, tem um texto publicado com o título “Viana tem
complexos de pequenez…” .
Daí que para compensar constrói coisas inchadas.”
Já em 13 de Abril de 2019 António Viana publica “ O Que Vejo na Nossa Terra - MONUMENTO A QUÊ? - Ao Dinheiro Fácil? Ao Dinheiro dos Outros? Ao Dinheiro Desperdiçado? Que Pena! Que jeito daria à Notável Escola que lhe está ao lado! A quem se deve o Mérito de Viana ter tão NOTÁVEL MONUMENTO?”
Isto, sobre o destroço do pretenso Palácio de Congressos com a seguinte imagem;
Ao que comentei
“António Viana! - Quer que lhe mostre evidências de que
nos primórdios isso era para ser o "Palácio dos Congressos".? - Eu
volto a repetir as palavras de Severino Costa no COMÉRCIO DO PORTO em 16 de
Novembro de 1965. (Eis Viana dos castelos - digo eu!)”. Aqui vão.
" Centro irradiante de cultura, afinal poderia sê-lo se nos longos meses em que costumamos hibernar acendessem uma lâmpada e acordassem a gente que nasceu e quer viver nas sombras desse burgo a que José Caldas chamou de «fogo morto» como que - feito velho do Restelo - tivesse deixado com essa fatídica legenda uma maldição sobre a terra onde nasceu"
Acontece que no entretanto o monumento à arquitectura foi entaipado.
E tenho imensa pena
que o António Viana não esteja já entre nós para nos enviar a imagem do Depois.
Morreria de velhice,
decerto!
Areosa, 29 de Junho
de 2023
António Alves Barros
Lopes
Nota
Este texto foi publicado na A AURORA DO LIMA em 6 de Julho de 2023 - Pg. 18
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