O “COUTO” DE
VINEA E SEUS VINHEDOS
No
seguimento de
https://www.facebook.com/antonio.alvesbarroslopes/posts/6091469184256602
e de
https://lopesdareosa.blogspot.com/2021/09/prosapias-areosenses-ou-talvez-nao.html
Ena! Ena!
A prosa está
a subir de nível
Encontrado
em https://www.facebook.com/ruimmesquita
em publicação de 14 de Setembro de 2020 ás 08H57
Citação
“Vamos debater o futuro de Areosa, com ideias e projetos
viáveis e realistas, tendo como ponto de partida não o trabalho desenvolvido
pela minha equipa há oito anos mas desde o Couto de Vinea. Cada um de nós é uma
pequeníssima parte deste grande vinhedo que remonta a esse Couto e a grande
riqueza do nosso património (histórico, etnográfico, hídrico, natural,
edificado…) é a soma dessas pequeníssimas heranças que se construíram ao longo
dos séculos, e que herdámos: a Areosa. Porque a herdámos e ou adotamos, temos o
dever de melhor a entregar às gerações vindouras.” Fim de
citação
- Então a equipa do nosso conhecido Rui Mesquita não só desenvolveu trabalho, (em Areosa) desde há oito anos como também desde o tal “COUTO” de Vinea??!
– É obra!
Mas já que há muita preocupação em entregar o nosso
património que herdamos (histórico, etnográfico, hídrico, natural, edificado…)
ás gerações vindouras,
seria bom recuar um pouco mais na história e remeter antes do tal “Couto” de
Vinea ao PAGUS OVÍNEA.
E já que a história é para ser contada ás criancinhas da EB1
sugiro então que se comece a contar desde o tal PAGUS OVINEA
Que tem mais a ver com ovelhas que com as latadas do Couto de
Paredes, na Meadela. Que as deveria ter dentro da sua tapada!
Remeteria para Almeida Fernandes para o Padre Lourenço Alves
ou mesmo para França Amaral que identificam essa Paróquia Suéva com a povoação
que existiu no nosso monte.
Ouçamos Almeida Fernandes:
Ovínia
. Vinha (f. Areosa, c. Viana do Castelo).
Numa freguesia ondenão há, nem nunca houve, a «vinha» (prova de que o
topónimo Ovinia nadatem com este nome), é Vinha a antiga designação
paroquial da atual Areosa, paróquia residual de Ovinia; e conserva-se ainda tal
nome no título da igreja (Santa Maria de Vinha, designação da freguesia ainda
muito depois do séc.XIV), bem como numa pequena obra do mar, em face da
igreja.
Não pode haver a mínima dúvida na
correspondência.
Corrobora-se esta na divisão eclesiástica
(arcediagado) Terra de Vinha, cuja correspondência civil estava na Terra de São
Martinho, outro eco da Suévia paroecitana.
A civitas Ovinia deve, pois, ter sido a famosa Cividade ou Cidade Morta de Santa Luzia, no afamado monte que cobre o local e Viana.
Fim de citação
Ou seja a Citânia de Santa Luzia. Localizada dentro do Monte de Areosa, aforado em 1825 aos moradores de Areosa por D. João VI e em cima da qual existiu a Bouça de Santa Luzia, localizada em Areosa e pertença de diversos Proprietários de Areosa.
Conforme testemunho de Abel Viana, terreno comum ( Baldio) desse espaço que era dividido em sortes e rematado o seu roço anual pela Junta de Freguesia de Areosa, como era costume.
Hoje o espaço foi usurpado por uma
entidade estranha a Areosa. Areosa que o deixou de tutelar.
Mas continua em Areosa.
E essa seria a tal história a ser defendida e ensinada ás criancinhas da EB!
Mas não foi isso a que assisti quando vi e ouvi no tal Processo dos Limites. Aí ouvi o historiador Antunes de Abreu declarar que a Citânia de Santa Luzia nunca foi de Areosa. E isto sem que os nossos advogados reagissem a essa enormidade. (Tal como a outras)
E mais espantado fiquei com a decisão do TAFB que caucionou todas as fantasias das testemunhas Antunes de Abreu e Cruz Lopes, quando eu próprio enviei, em abril de 2018, á Autarquia Areosense e ao nosso Advogado, um documento ( 50 páginas) com tudo que eu entendia que deveria constar nas Alegações Finais onde “tapava” essas e outras invençõs das testemunha do outro lado!
Acontece que desde a
data do conhecimento da decisão do TAFB -15 de Julho de 2021- já publiquei a minha posição e também a posição
da Autarquia que me chegou a informar que iria ser realizada uma reunião de
Assembleia de Freguesia para discutir o assunto.
Nada aconteceu no entretanto até que reparei que no Programa eleitoral do PS nada constava sobre isso.
Chegado aqui e de espanto em espanto, ouço
no debate havido em 16 último na Rádio Afifense, o candidato Rui Mesquita
trazer o meu nome á baila. Isto referindo-se
a um contexto em que houve uma reunião, na Junta de Freguesia, em que estiveram
presentes várias pessoas além de mim. E não percebi a razão desse destaque!
É que a Autarquia Areosense já em mais que
uma circunstância se tinha marimbado para os meus contributos.
E não vou falar no famigerado caso do
Topónimo GRUFE em São Mamede.
Apenas pergunto que uso teria sido feito aos dado que enviei, minhas achegas para as tais Alegações Finais.
Referiu-se também, várias vezes, o candidato Rui Mesquita que a sua gestão autárquica teria “herdado” o processo (do tempo do Gama) e que o Advogado inicial tinha saltado fora. E que em cima do acontecimento houvera que recorrer “à prata da casa” referindo-se, desta elogiosa maneira, aos advogados que tomaram conta do processo, cuja competência se pode aquilatar pelos resultados!
Em primeiro lugar essa da herança (pesada pelos vistos) haveria que ter sido ponderada logo de início. Se a novel gestão Autárquica tivesse entendido que o Processo não valia a pena, deveria ter levado o Assunto à Assembleia de Freguesia e deliberado desistir do mesmo. Não houve essa coragem. Prosseguiram! Contratando novos advogados ( que decerto foram pagos) que em matéria de facto nem lhes passava pela cabeça do que as testemunhas do outro lado estavam a falar!
Isto porque houve de recorrer á tal “Prata da Casa”!
- E então nesta mesma casa não haveria ouro em vez de prata???
-
Não existe em Areosa um Advogado chamado Luis Rufo, bem mais traquejado nessas coisas do “ADMINISTRATIVO”???
Tenho
aqui que fazer uma inconfidência mas que poderá ser confirmada pelo Próprio Dr.
Luis Rufo.
- Ninguém falou comigo.
Foi o que Luis Rufo, em tempos, me disse!
A dado passo do debate, em que o enxovalho das testemunhas, que perpassa na decisão do TAFB, veio á baila, o candidato Rui Mesquita pergunta:
- Foram enxovalhadas???
– Não fui eu que foi de testemunha!
As testemunhas
foram arroladas pelo anterior executivo. (mais ou menos assim)
António Pires Barreiros,
Maria da Vinha Fernandes de Carvalho,
Maria Irene Azevedo Gonçalves,
Luis Enes Martins Ruas,
David Caravela Sá Barbosa
Carlos Branco Morais!
Limpem-se agora a mais um enxovalho!
Pois que se o candidato Rui Mesquita tivesse ido testemunhar a favor do Couto de Vínea, Areosa teria ganho o processo.
Mas desse tal debate ficou a garantia, dada pelo candidato Rui Mesquita que iria haver um recurso da tal decisão do TAFB.
(Se o PS ganhar as eleições. Apesar do assunto não constar no programa eleitoral.)
Do que duvido, dado os prazos em que
esses recursos têm que dar entrada. E
também pela complexidade e estratégia jurídica que é necessário estudar para
elaborar uma coisa com cabeça tronco e membros – e haja quem o faça!
Termino com um
desabafo.
- Pobre PAGUS OVÍNEA
- Pobre “COUTO” DE
VINEA
- Pobre IGREJA DE
VINHA
- Pobre SANTA MARIA DE
VINHA DE AREOSA.
- Nem a tua identidade
cultural é afirmada ou defendida.
Tão pouco o teu património histórico, material
ou imaterial.
E meus amigos.
Escrevo isto e não
estou a chorar!
Enchesse eu de
lágrimas o Rio do Pégo nas calmarias de Setembro nem essa água seria
aproveitada.
Correria da Louzã à Chã de Chaves, saltaria a Lacada, passaria por São Pedro, atravessaria Silvares e curvaria na Bouça do Lourenço, limava a Cova da Margarida, descansaria nas Cheiras para mergulhar do Pôço Negro ao do Cascudo.
Galgaria as pontes dessa gente.
Faria moer o Moinho do Fada, encheria o Poço da Arrinca, teria saudade das poldras da Ferreira.
Daria banho aos pricipiantes ali no Poço d'Anjo.
Escaparia por baixo da linha do comboio e dava água ao Pôço da Baeta.
Seguiria ao Rapido e dali
ao Gandaral.
E chegaria ao mar ali
a Sul dos Barrinhos.
E o mar engoliria tanta trabalheira.
( A minha, neste caso, tem o mesmo destino)
Areosa, 18 de Setembro de 2021
Tone do Moleiro Novo
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