Já falei nisso em
http://lopesdareosa.blogspot.pt/2011/06/leite-de-mae-e-filha.html
Também falei de MÁRIO CALDEIRA PEDRA em
https://lopesdareosa.blogspot.pt/2017/06/mario-pedra.html
E aqui faço menção ás raparigas de Areosa e à veiga desta!
Também o Mário Pedra se perdeu no meio dos amores tornados imperfeitos. Despediu-se de nós num recado deixado ao cuidado do seu irmão mensageiro Manuel. Para trás ficou um texto que, tenho as minhas dúvidas que "a dos Rios", "a das Veigas", a dos Fontanários", "a dos Montes", "a de Vinha" de hoje mereça. Mas fica para a posteridade.
AREOSA
Areosa, sítio ameno
onde eu ia à Espiguinha
quando era mais pequeno
Suas veigas são tapetes
Quando do monte se avistam
E as saias das raparigas,
encarnadas tão garridas
Fazem lembrar num instante
Gotas de sangue brilhante
que estão na erva caídas.
Quando chega a primavera
e as papoilas aparecem
As aves em chilreada
Pousam na veiga renovada
E todas juntas oferecem
Trinados maravilhosos
À eterna Mãe Natureza
Que te deu tanta beleza
Desde o Monte até ao Mar
Onde vão ter os regatos
em meandros sinuosos
lutando contra o momento
de terem que te deixar
Areosa, sítio ameno
Onde eu ia à espiguinha
quando era mais pequeno
Mário Pedra
Nota da redacção.
Mário Pedra, um romântico no tempo em que era verdade ver aquela relutância dos regatos lutando contra o momento de terem que acabar a retirada. Hoje o Rio do Pégo corre mais lesto em enxurradas. Depois séca, como que evitando de véspera prolongar o convívio. Lá terá as suas razões!
Sem comentários:
Enviar um comentário