quinta-feira, 24 de maio de 2018

As ZIF's e a agricultura tradicional.

No passado dia 21 de Maio, o JN publicou duas peças aparentemente independentes mas complementares.

Aqui vão

































                         E 





































Quanto à primeira, é a história do com a verdade me enganas ao revés. 
Nesta, com uma imprecisão se diz uma verdade!

Ardeu dentro ou fóra da ZIF???

P.E. Se no nosso monte de Santa Luzia deflagrar um incêndio, pode dizer-se que apenas uma área ZIF está a arder, dado que foi desenhado um perímetro ZIF que engloba todo o monte de Santa Luzia (e não só!).

No entanto dentro desse perímetro há propriedades não aderentes. 

- E estas deixariam de de arder mesmo que as outras aderentes ardam?

Não acredito. E um dia que as propriedades, lá da Casa do Moleiro Novo, não aderentes à ZIF mas dentro do seu perímetro, ardam, vou indagar de onde veio o incêndio e depois responsabilizar a ZIF envolvente pelo que nos suceder. 


Para chegar à conclusão que para a questão dos incêndios a ZIF nos livra de maleitas depois de morto! E é isso que a notícia nos diz. E seria muito útil saber em termos estatísticos do que é que ardeu nas áreas dentro dos tais perímetros ZIF e do que é que ardeu em áreas em que não há perímetros ZIF definidos.

Na certeza porém que se todo o território florestal fosse coberto de perímetros ZIF em caso de incêndios não os haveria noutro lado qualquer, para arder, fora das ZIF, pela simples razão que esses espaços não existiriam.

Há sim que analisar se as ZIF's nos livram de incêndios ou pelo menos que os minimizem.
E pelo que vejo não acredito que nos sirvam de muito. A noticia o confirma!


Porque a prevenção de incêndio assenta na limpeza sistemática que a lavoura tradicional garantia de uma forma racional e organizada tanto no tempo como no espaço. O Monte era mantido limpo. Os matos e o rapume, serviam de cama para o gado. E o processo resultava em estrume que adubava as terras que davam sustento a esse mesmo gado. Na Minha Terra tudo isso acabou com a entrada na CEE. Que segundo dizem foi um sucesso!!!

Mas no Barroso não! Pelos vistos! Segundo a segunda notícia.
Mas foi preciso virem cá as Nações Unidas reconhecer uma coisa de que os nossos governantes nunca quiseram saber. Da convivência e conivência, da lavoura com o território. 

E vai d'aí

PATRIMÓNIO AGRÍCOLA MUNDIAL!


E na noticia de que a Agricultura tradicional garante qualidade termina com um seteitemente deveras surpreendente.

"A FAO também valorizou a existência de baldios que são de todos e onde o gado pode pastar livremente, bem como a existência de Casas agrícolas tradicionais, que passam de geração em geração dentro da mesma família."

Gonçalo Ribeiro Telles sempre pregou a mesma coisa. Para os peixinhos!

Resta agora perguntar se os do Barroso ganham alguma coisa com isso. 

- Será que, por manterem os seus montes limpos, minimizando os incêndios, lhes chega algum aos bolsos???

NA MINHA TERRA TAMBÉM NÃO. 

Mas não admira. A agricultura que por cá se pratica não se enquadra nos parâmetros da tradicional. Não há aproveitamento da limpeza dos montes. O Montes não são limpos. Os poucos que o fazem não são apoiados por isso! 

Logo

O MONTE ARDE!

Mas depois não faltam os cartos para pagar o combate aos incêndios.

tone do moleiro novo I - Auto proclamado "O Chato"


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