terça-feira, 28 de outubro de 2025

Areosenses, Areosanos, Areoseses…Ovinienses, Ovinianos, Ovinieses.

 Areosenses, Areosanos, Areoseses…Ovinienses, Ovinianos, Ovinieses.

António Martins da Costa Viana antes de nos deixar de véspera, deixou-nos esta preciosidade.

“- E serão tais histórias do interesse de quem?

- Dos Areosenses?

 Mas os Areosenses, tenho-o dito e acho que já o escrevi, são uma espécie em vias de extinção. O que há cada vez mais é residentes em Areosa, aos quais nada disto interessará.”

 (António Martins da Costa Viana, Areosa, 8 de Outubro de 2011 no GEA)

 E já que estamos em matéria de citações e porque

  quem não cita frequentemente                                                                                             num é filho de boa gente,

 aqui vai uma de João de Melo. ( do JN)        

 "Agora parece-me que todo o tempo é de passagem. Que de muitas coisas nós somos mais ou menos póstumos. Que de certa forma, apesar de viver, somos ou passamos a ser os primeiros e únicos antepassados nossos"

Ora para muita e boa gente a história começa no dia de hoje como se não houvesse passado tentando esquecê-lo, sem reparar que o nosso futuro será o passado de alguém que depois de nós virá e que seremos escrutinados por isso e responsabilizados pelas consequências das nossas atitudes.

Outros hão que pensam que o mundo começou no preciso momento em que nasceram. E que o Criador neles derramou toda a sabedoria. Num Buraco Negro, achicadouro de todo o conhecimento passado presente e futuro

 Esquecer o passado pode não causar mossa se de coisa irrelevante se tratar.

Mas também se corre o risco de perpectuar a asneira.

Os nossos valores podem não prevalecer. O pragmatismo e a acomodação levar-nos-ia a alinhar com os vencedores. Facílima opção! O triunfo, por si só, é sempre fascinante. O problema é quando o triunfo é o da asneira.

- Mas haverá vanglória nessa circunstância??

 Aqui chegado mais uma citação. E de um brasileiro...vejam lá!

 - Darcy Ribeiro

"Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.

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Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."

Mas pior que esquecer o passado é tentar obliterá-lo! E já o Estaline, por exemplo, tentava apagar o passado com uma safa. Pelo menos lá tentar...tentou! E quando se fala em Estaline logo se pensa em comunismo. Mas não consta que Marx, filósofo, desdenhasse do passado, aliás em cima do qual construiu as suas lucubrações.

 - E os desenraizados caminham em cima de que calçada???

 Se não houvesse passado,  Areosa não existiria nem teríamos uma Igreja de Santa Maria de Vinha construída. Nela se celebram baptizados e despedidas. E casamentos também. No entanto, muitos noivos, nela, a única coisa que abraçaram ( e abraçam?) de Areosa foi (é?)...a noiva!

Na parte que me toca abracei uma alfacinha e não foi na Igreja.

Foi na conservatória. E, apesar dos falhanços da nossa administração pública, a coisa ainda se conserva.

Bem conservada numa lata daquelas em que se guarda o bocarte.

Diga-se em abono da verdade que a minha ressalada foi a única parte da capital do império que abracei. Mas  por esta não morri de amores, nem morro. Mas isso não me levaria a não ir em seu socorro se esta Luminosa Fonte fosse atacada por sarracenos ou castelhanos!

 Não iria dar de barato aquilo que tanto custou ao Franco-Leonês que, apesar de filho da estranja, muito lutou para nos deixar um legado que tantas vezes não merecemos.

 Quanto às memórias fico a pensar:

 - Quem não sabe ou se esquece de onde vem, calceta os seus caminhos em cima de que valores, em cima de que referências?

 "Não faz sentido"...dizem os avançados cérebros dos desenraizados!

 Para mim também nada faz sentido...sem o FIRME! (1)

 Aprendi isso na Tropa!

António Alves Barros Lopes

(1) – Por isso defendo Olivença!


















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