sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Professor Alexandre Rodrigues

 

Ao Professor Alexandre Rodrigues.


Que não foi meu professor. Ensinava matemática no Liceu mas os seus alunos, meus amigos, falavam nele. O Necas Pedra o França Amaral e outros. No entanto conhecia-o. Pontificava na praça da Republica. Mais precisamente no Café Bar. Nos anos sessenta e no tempo em que o meu tio avô José Alves do Couto era comproprietário, aí, jogava xadrez com qualquer oponente de ocasião. Entre eles o saudoso Tenente Ribeiro de Afife.

De Alexandre Rodrigues e da sua Cerveira aqui vai um excerto daquilo que ele viu por alturas da Romaria de São Sebastião e São Roque.

De uma  obra mais vasta «Cântico do Vinho Verde» que O Professor dedicou à Sua Vila Nova.

Apenas com um reparo. As cores os adereços…os oiros das moças que O Professor viu… isso foi por terras de Cerveira! Onde cada qual usava o que tinha.

Se fosse aqui por Viana, Santa Marta, Meadela, Areosa, Carreço, Afife…a coisa não seria dessa maneira.

Assim

…a filigrana, parecendo ter surgido pela primeira vez na Póvoa do Lanhosofoi depois integrada, por acção dos folcloristas da propaganda, (do Estado Novo entenda-se) no traje tradicional das mulheres do Minho.”

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“Forjam-se ( Pelo António Ferro?) em vez disso, tradições como a ostentação de ouro nas minhotas da Senhora da Agonia…  sinais exteriores de uma riqueza inexistente.”

 

António Ferro que recorreu

… ao talento e à criatividade de Bernardo Marques para inventar o novo estilo, e é assim que surge a exuberância de cores do Rancho de Santa Marta”

Bem. O itálico a vermelho encontra-se num livro intitulado  «ANTÓNIO FERRO O INVENTOR DO SALAZARISMO» de ORLANDO RAIMUNDO.

Agora só espero que não venha um Alexandre Rodrigues cá do sítio contrariar o Senhor Orlando Raimundo. Há que ter em conta que Alexandre Rodrigues era céguêta. Ainda por cima daltónico!

Nota.

Esta devo-a ao meu amigo Tino Vale Costa. O Homem sem o qual num haveria equinócios nem solstícios.

 

Areosa, 30 de Julho de 2024

António Alves Barros Lopes

 











































ESTE texto foi publicado na A AURORA DO LIMA na edição de 15 de Agosto de 2024.

3 comentários:

  1. https://www.cm-viana-castelo.pt/wp-content/uploads/2022/12/trajar_memorias_no_tempo_ebook.pdf
    Aqui vemos algum oirinho nos fins séc.XIX e início do XX.
    Cumprimentos
    Valdemar Queiroz

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  2. Sr. Valdemar Silva, está tudo em... https://lopesdareosa.blogspot.com/2016/11/orlando-raimundo.html

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  3. Sr. Professor, então, no séc. XIX, guardado para dias de festa, já havia ouro ao pescoço, não se tratando de "...sinais exteriores de uma riqueza inexistente.”
    Cumprimentos
    Valdemar Queiroz

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