segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Os Moinhos do Fial

 São no Rio dos Ôlhos




E o Fial com o Salgueiral a Norte, eram pauis onde a erva crescia todo o ano sem necessidade de grandes trabalhos.

Constituíam os melhores terrenos da veiga.

Com o progresso veio o abandono da lavoura. E os terrenos ficaram a monte. Os salgueiros, naturalmente, tomaram conta do espaço.

Hoje estão a limpá-los. E ainda bem!

Deixam descoberto, nestas duas imagens, o Moinho do Mendes. Na verdade era da Casa do Rei. Este assim como um outro mais acima que era conhecido pelo Moinho do Rufo mas que o último a moer foi o Senhor Manel do Rufo da mesma forma que no outro fora o Senhor Manel do Mendes.

A água dos Ôlhos foi em primeiro lugar, conduzida para Viana. Depois mandaram-na para Afife.

(Tenho, num sei onde, um documento hilariante que garantia que a água seria devolvida a Areosa logo que não fosse necessária a Viana. Publicá-lo-ei quando o encontrar no meio da papelada!)

A Norte existe o Rio da Maganhão que ajudava o dos Ôlhos a encharcar a veiga até ao Moinho do Mar. 

Primeiro os trabalhos do emparcelamento destruíram a fonte e lavadouro da Maganhão. 

O Lavadouro dos Ôlhos desapareceu. Deve estar afundado na turfa:

Depois abriram um pôço entre os Ôlhos e a Maganhão. 

A água passou a correr toda para a estação elevatória. 

Estes ôlhos de água nunca secavam.

Com o tempo que vai, verão o que é que vai acontecer no Verão.

Tone do Moleiro Novo

Que passava o tempo na brincadeira, na levada, enquanto a Carminda estendia a roupa a corar nos paúis!


2 comentários:

  1. Bom dia amigo Barros Lopes, ontem passei por si junto ao Moinho do Fial (desconhecia a existência de moinhos de água na veiga, também não admira sou «estrangeiro»). Ia dar um passeio com a minha cadelita e estava um carro vermelho a arrancar do sítio dos tais moinhos onde o amigo vinha de pendura.
    Gosto muito dos seus artigos e memórias da sua terra. É um defensor acérrimo do património rural. Parabéns.
    Um abraço do Martins, ex-piloto da barra.

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  2. Amigo Martins, desculpe o atrazo deste meu comentário. Não se justifique com o seu "estranjeiro". Há muitos Areosenses assovelados e até de gema que não sabem (sabiam). Eu é que nunca teria desculpa. Nasci no Covelo - cerca de dezentos metros acima!

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