Dedicatória a Lúcio Amorim de Afife.
- O Pirilau -
- O Pirilau -
Um Extraterrestre no meio do triste quotidiano
A Tua via sacra é o meu
exemplo
Mas perdoa-me se entro no Teu templo
E não me ajoelho
Doem-me as rótulas do meu entendimento
Para acreditar já me sinto velho
- E a idade? - Senhor, a
idade
São toneladas em cima dos ossos
E aquele corvo negro não é fatalidade
Grandes, grandes são os pecados. Os nossos!
E os Teus? – Porquê tanto sofrimento?
Tanta mentira Senhor – e em Teu nome!!!
Perdoa-me se entro no Teu templo
Onde o peso das
pedras é enorme
Mas não acredito no
que ouço
(E não há esmolas para oferecer dentro do meu bolso)
Os sinos deveriam dobrar só por ti. Não por mim!
Que eu não mereço
No que acredito está nas palavras que não esqueço
Só tenho medo de não morrer ( já dizia o Lúcio Amorim)
Ser condenado a vaguear como Caím
Contar até ao fim do tempo as contas do meu terço
Mas a Tua via sacra não tem preço
Percorres os caminhos da misericórdia
Mesmo assim
Sem direito a soldo ou piedade
Acompanhar-te-hão os homens de boa vontade
e outros tantos como o Lúcio Amorim.
- Afinal quem se salva nesta selva de enganos?
- Os humanos não! E é isso que somos; apenas humanos.
Legenda
Salvador Dali, Jim Caviesel, e São João da Cruz
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