Também poderia ser sobre a problemática do nó cego existencial decorrente do ser pensante perder tempo com estas modernices da informática
Liguei o
computador
Mas não me
fala de ti
Foi então
que percorri
Os carreirinhos
da dor
É que o
tempo não tem cor
Nem lá vai
com anilinas
Nem mesmo
com estas rimas
Ou frases
com muitas prosas
Esta rimava
com rosas
Se o poeta
fosse pimba
Se o poeta fosse
brega
Mas a verve
lá não chega
Não é famoso
ainda
Não tem
curso ou diploma
Não percebe
nada disto
Se anda
parece cristo
Se pára logo
entra em coma
E se há
alguém que o coma
Fraco gosto
tem então
Apenas fica
a ilusão
Que lhe
sobra algum talento
Não ganha
nenhum alento
Quem liga o
computador.
Quem é o
interlocutor?
Que valor
tem a conversa??
Quem anda
mais que a pressa
Engana-se no
atalho
Liguei o
computador
Só por isso?
– Nada valho!!
( Esta é mais do Tone do Moleiro Novo que do lopesdareosa. Por causa de um escrito recente um amigo meu perguntou-me quem era o Tone do Moleiro Novo. Qualquer dia ganho ao Pessoa em heterónimos.)
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