No passado 5 de julho de 2018, António Viana publicou esta oportuna observação na sua página
·
2018.07.05 - O Que Vejo na Nossa Terra - CARAMURÚ E PARAGUASSU.
"Fui ao almoço do CER
(Centro de Estudos Regionais) no Scala. Cheguei àquela rotunda faltava um
quarto para o meio-dia. Quem primeiro vi? As Controversas Figuras. Estavam
sobre uma camioneta estacionada. Resolveram fazer um passeio o que me permitiu
umas fotografias. Aqui vão, mazinhas mas informativas, documentais.
Controversas? Obviamente. O Homem, que teve o seu papel no Palco
da Vida, não era “Correia” nem nosso conterrâneo. Era “Diogo Álvares do Cabo”
e de Castela. Não obstante isto estar muito bem explicado desde 2010 continuam
a aparecer escritos que repisam os erros anteriores. Quem mais quiser saber
leia “SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DA PRESENÇA DE DIOGO ÁLVARES CARAMURÚ EM VIANA DA
FOZ DO LIMA”, de Manuel António Fernandes Moreira, in “Cadernos Vianenses”,
Tomo 44, p. 147-163, Viana do Castelo, 2010.
Para quem não tiver lido, quiser satisfazer de
imediato a curiosidade e não tiver à mão a publicação, aqui vai a transcrição
do início:
“Diogo Álvares Caramurú ou Diogo Álvares do Cabo,
como era conhecido em Viana quinhentista, constitui um das figuras mais notável
e, igualmente, enigmática da história vianense. Este paradoxo é real. Na
verdade têm sido muitos os investigadores, tanto brasileiros como nacionais,
que se têm empenhado, desde os começos do séc. XVIII até aos nossos dias, a
estudar a vida e a obra do Caramurú. Os resultados à vista ficam muito aquém do
desejado. São mais as reticências e as dúvidas do que as certezas e as
conclusões definitivas. Faltam os documentos. E, como sabemos, sem eles não é
possível construir a história. Constituem a ponte que liga o presente ao
passado.
(…) É o caso de Diogo Álvares do Cabo durante a sua
presença em Viana. Embarcou relativamente jovem para o Novo Mundo. Sabemos que
despachou panos na alfândega de Viana, descendia de uma família originária de
Castela. Mais nada. O restante é obtido por dedução ou por referências
indirectas. A partir de 1504 perde-se, em Viana, o seu rasto.
(…) A sua estadia em Viana deve ter sido muito curta
e nada significativa. Não passou de um simples mercador de panos, originário de
Castela, como Veremos.
(…) Diogo Álvares aparece a residir no começo de
quinhentos, juntamente com seu irmão João, no Cabo da rua de Santa Catarina,
isto é, na zona mais ocidental de Viana, perto da capela daquela invocação
sobre o Penedo da Foz. (…)”.
(...) Na mesma linha deve pôr-se de parte, no nome
de Diogo Álvares, o apelido Correia. Trata-se de um acréscimo do séc. XVIII,
tão rico em fantasias e burlas culturais. Com a descoberta e exploração das
minas de ouro em Belo Horizonte , as famílias enriquecidas , a todo o custo
tendiam para a nobilitação ou ligação sanguínea aos fundadores da pátria.
Acontecia que, quando de verdade não era possível obter, inventavam-se,
recorrendo à mentira, à falsificação, ao devaneio. Alguém me sugeriu que
Correia poderá tratar-se de corruptela tardia e pouco fiel de "Cabo".
Não acredito."
E mais não transcrevo.
Meu Avô paterno
Augusto Gonçalves Vianna nasceu na freguesia de Nossa Senhora da Conceição da
Praia de São Salvador da Bahia aos 21 de Outubro de 1865. Nunca fui ao Brasil.
Não conheço os seus cheiros. Será que o Cheiro à Maresia da Nova Morada de
Paraguassu lhe vai espevitar a Saudade do Recôncavo Baiano?"
Aqui em cima está o testemunho fotográfico do passeio do CARAMURU
Posteriormente António Viana comentou que alguém,
nesse passeio, se tinha encarregado de
mostrar os novos domínios ao nosso CARAMURU agora ali para os lados da Praia
das Barreiras agora crismada Praia Norte!
Em reacção a este texto de António Viana vejamos o que
Ivone Jácome comentou!
“Ivone Jácome “Relativamente ao passeio habitual das estátuas pela cidade, o que me diz ao Frei Bartolomeu dos Martírios ir também dar um passeio?
Tenho a sensação que as dimensões da dita cuja estão desproporcionais à área
envolvente.”
( Gostei muito dessa dos Martírios)
A
minha pessoa, quiçá desprezável, ou mesmo desprezível, comentou:
Antonio Alves
Barros Lopes Caro António Viana!
Caro lhe fico eu, pelos vistos, depois do MARQUÊS!
- Viana não presta
- Quem não presta é Viana!
- Não é "O Viana"!
- Vou lembrar apenas Severino Costa no COMÉRCIO DO
PORTO em 16 de Novembro de 1965.
"
Centro irradiante de cultura, afinal poderia sê-lo se nos longos meses em que
costumamos hibernar acendessem uma lâmpada e acordassem a gente que nasceu e
quer viver nas sombras desse burgo a que José Caldas chamou de «fogo morto»
como que - feito velho do Restelo - tivesse deixado com essa fatídica legenda
uma maldição sobre a terra onde nasceu"
Quanto ao acontecimento, feliz fotógrafo que tal
imagem captou! -
Caramuru andante!
- Que me deu uma ideia, qual ovo de Colombo, que proponho
à nevoeirenta elite cultural de Viana dita do Castelo (dos Castelos digo eu!)
- Quando projectarem estátuas, façam o que os da
Sansonite fizeram ás malas!
- Ponham-lhes rodas!!!!
Facilitariam trasladações futuras! E falo em
trasladações pois de mortos estou falando. O da Forca que os mata e o do
Bartolomeu que o martirizaram, mais uma vez, ali para o lado de S. Domingos! -
Assinado
( mas ainda não assassinado) Tone do Moleiro Novo!
(Isto em 8 de Julho de 2018)
No dia seguinte António Viana lá continuou na sua gesta memorial deixando à posteridade testemunho dos seus, também, passeios:
"2018.07.09 - O Que Vejo na Nossa Terra - AMADEU COSTA
- Do Convívio no Café Américo saíamos, meio da rua fora (o trânsito automóvel
permitia), ele muito perguntando e meu Pai (o Professor Mário Viana)
respondendo. Eram ambos bons Calígrafos. Chegados à Casa do Redondo,
despedidas: nós seguíamos para Areosa; ele retrocedia e ia para sua Casa na rua
de Altamira. Fotografei o seu busto no largo de Altamira, agora o Seu Largo,
após ter assistido às Encantadoras Marchas da Escola Maestro José Pedro."
Ora meu Caro António Viana. Fotografou o Amadeu Costa
no seu Largo o Largo de Altamira. E ainda bem! Daqui a uns dias terá a
oportunidade de publicar mais um seus daqueles “ANTES E DEPOIS”
Repare o
que eu descobri na AURORA de 21 de Março de 2019, que decerto não lhe terá
passado despercebido!
Bem! A coisa não é assim tão inédita. Basta ver as
deambulações do FAGUNDES e de todas as outras monumentalidades desde Viana até ao Mercúrio! E preparemo-nos então para as
do São Bartolomeu dos Martírios cujo alvitre da Ivone já vi secundado por mais alguém
na AURORA.
Quanto a mim não me matem por dizer que Viana não
presta!
Pelo menos ainda não aprendeu que deve colocar rodas
em todos os monumentos que faça ou venha a fazer.
Há uma excepção – o do Carreteiro da Abelheira na
rotunda do mesmo nome. Mas coisa curiosa! Todo ele movimento, tendo rodas à
nascença, não o conseguiram (ainda) mudar de local. Mas como Viana tinha que mudar
qualquer coisa, mudou o nome ao local!
Valha-nos aqui a evocação correcta duma tradição cuja a realidade consiste apenas na sua memória!
E já agora, que estou em tempos de correcções, vou acrescentar mais um palpite:
- Já que mudaram o nome de Cândido dos Reis para o Passeio das Mordomas da Romaria, arranjem uma outra artéria para PASSEIO DOS OBELISCOS DAS PARRANDAS!
E já agora, que estou em tempos de correcções, vou acrescentar mais um palpite:
- Já que mudaram o nome de Cândido dos Reis para o Passeio das Mordomas da Romaria, arranjem uma outra artéria para PASSEIO DOS OBELISCOS DAS PARRANDAS!
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