Na Carta das Nações
Unidas
2. Desenvolver relações de amizade entre as nações baseadas no respeito do princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal.
Dividimo-nos no
apoio ou desapoio à independência da Catalunha como se fosse isso que estava em
causa e como se fossemos parte interessada no assunto. É evidente que todos
temos direito de opinar. Mas o que não temos é o direito de pretender, com a
nossa opinião, que os outros não têm direitos. Ora aqui o que está em questão é o direito a
que os Catalães têm de manifestar a sua vontade seja ela pela independência ou
não.
Dito de outra forma:
Eu posso ser de opinião de que a Catalunha não deve ser independente. Mas o que não posso é negar aos Catalães o direito de decidirem!
E o que foi negado à Catalunha tanto, numa aliança curiosa, pelos opinativos como pelo Governo Espanhol, não foi o direito à independência mas sim o direito a manifestaram a sua vontade. – Que até poderia ser contrária a tal desígnio.
Ora tal não aconteceu com a Escócia. A questão é que nem a Escócia é a Catalunha, argumentam, nem tão pouco a Inglaterra é a Espanha - digo eu!
Para ser democrata a Inglaterra nem necessita de Constituição.
- Basta-lhe a Magna Carta.
Mas em Espanha atiram com a
constituição à cara dos “independentistas” como se fosse coisa divina que os humanos
não pudessem rever. A nossa, filha da
abrilada, já o foi meia dúzia de vezes!
Portugal reviu a sua para
reconhecer, à posteriori, o Brasil.Depois se as constituições fossem impeditivas de novas independências não haveria Brasil e caso curioso, ás tantas nenhum dos países latino americanos que estariam grudados à Espanha pela sua Constituição á data da sua independência!
Outro argumento contra a
independência da Catalunha é a de nunca ter sido um Estado independente.
Esta é de cabo de esquadra.
As coisas antes de o serem não o são!
As excepções são a pescada e o meu amigo Amado de Barroselas.
Portugal antes de ser
independente não o era!
- E os outros!
Depois essa de
não ter sido independente tem muito que
se lhe diga.
A quem isso argumenta que o vá dizer aos historiadores catalãs.
Ou
nem é necessário. Perguntem ao Nosso Matoso que relata o casamento do também
Nosso Sancho I com Dulce de Aragão que era filha do Conde de Barcelona, Ramon Berenguer IV e de Petronila de Aragão cujo enlace (1150) fez com que a partir daí o
Condado de Barcelona se unisse à Coroa de Aragão.
Depois vão saber
quem foi o Pai de Ramon
Berenguer IV – um tal Raimundo
Berengário III Conde de Barcelona, este filho de Raimundo Berengário II, também Conde de
Barcelona, que era filho de
Raimundo Berengário I - o Velho, Conde de
Barcelona, que era filho de Berengário Raimundo - o Curvo,
conde de Barcelona, filho
de Raimundo Borel I Conde de Barcelona, este filho de Borrell II Conde de Barcelona , que era filho de Suniário I Conde de Barcelona, filho de
Vifredo I de Barcelona, filho de Sunifredo de Narbona, Conde de Barcelona,
filho de Belo de Carcassone, que dizem que filho de Teodorico Maquir e este de
um tal Habibai Bem Natroni, sabe-se lá de onde...
E me informem a quem é que os Condes de Barcelona prestavam vassalagem antes da Catalunha se unir a Aragão e depois de se autonomizarem em relação ao poder carolíngio.
Quando souberem contactem!
Tone do Moleiro Novo I - O Chato.
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