Já tinha ouvido falar em cães assilvestrados que, numa situação caricata, alguém, entendido, entendeu que os pacóvios cá da terra não sabiam distinguir dos lobos. Um dia destes contarei a peripécia!
Também dos gatos mataranhos, nome pelo qual o meu avô identificava os gatos-bravos. Um desses morreu ao beber água envenedada depois de ter comido um naco de carne esmagado em sal. O félis felino em causa era de tal maneira esperto que identificava a carne envenenada e não a comia. Comia isso sim as galinhas lá da capoeira. Mas o meu avô Jerónimo era mais esperto que o gato e o gato morreu!
Mas bovinos assilvestrados é a primeira!
Isto depois de ter deparado com a notícia do NOTÍCIAS de 20 de Junho de 2012.
Nesta notícia ressaltaram-me várias interrogações.
- Os animais em estado selvagem não seriam de ninguém e que haveria pessoas que subindo a serra se apoderam dos melhores exemplares, dizendo que o gado lhes pertence?
Coisa incompreensivel pois a ninguém lhe passaria pela cabeça ter gado no monte para que o vizinho vá lá escolher as melhores reses!
Depois para ter gado no monte, tanto quanto é do meu conhecimento, é necessário ter a autorização da entidade tutelar dos terrenos que normalmente são as Freguesias representadas pela respectiva Junta ou pelas Comissões de Baldios.
Dessa autorização depende também a atribuição de subsídios por animal e o número de animais depende da área atribuida. Daí resulta que (1) é do interesse do ganadeiro ter todo o gado registado pois só assim terá maior beneficio económico.
Esse registo consiste em ter uma caderneta por cada animal a que corresponde o respectivo brinco assim chamado.
Aliás sem esses documentos não pode haver abate. E se não for para abater não sei que interesse haveria em criar gado dessa forma. (Exclusão evidente ao abate clandestino que julgo não ser o caso).
A outra alternativa é o ganadeiro (por absurdo ou estupidez) não ter o gado legalizado o que não quer dizer que não lhe pertença. Nessa circunstância e também no caso de haver prejuizos para terceiros, qualquer control passaria por recolher o gado e controlar caso a caso as cabeças de gado nas vertentes do registo e de sanidade. Nos casos em que isso fosse justificado por falta de legalização as reses sadias seguiriam para abate em matadouro certificado e a sua carne distribuida por instituições de caridade. Ou então colocada no mercado e o seu valor pagar os prejuizos causados sempre que o animal não apresentasse o dono!
O gado doente seria objecto do procedimento normal com gado doente!
- Agora abater a tiro reses saudáveis e enterrá-las???
- Isso é crime!
Nem na África fazem isso a coisas mais selvagens do que vacas no Alto Minho!
Aos elefantes, rinocereontes e outros bichos é-lhes atirado com tranquilizantes para os dominar!
Ver o lindo serviço em
De onde foram copiadas algumas imagens:
Nota (1)
Daí resulta que...
Homenagem ao Senhor Fragoso de Carreço, avô do Ernesto Passarinho, cuja erudição o levava a, no fim de qualquer argumentação, rematar com a citada o que lhe valeu ser conhecido pelo RESULTA!
Lopesdareosa
Sem comentários:
Enviar um comentário