quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Virgílio Hipólito Correia

Não conheço o Senhor.

Apenas que é (ou foi) Director do Museu Monográfico de Conimbriga com o curriculum que consegui na NET

http://www.ipt.pt/download/cph/forum_cph1/01_VHCorreia.pdf

Síntese Curricular
Virgílio Nuno Hipólito Correia
Director do Museu Monográfico de Conimbriga;
Professor Afiliado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Formação académica
• Licenciado em História, variante de Arqueologia, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1984)
• Mestre em Arqueologia, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1993).
• Doutor em História, especialidade de Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2011). ~

Percurso profissional
• Professor do ensino secundário (1984-1987)
• Técnico Superior do Serviço Regional de arqueologia da Zona Sul, dependente do Instituto Português do Património Cultural (1987-1990)
• Técnico superior do Museu Monográfico de Conimbriga (1990-1996)
• Assistente Convidado da Universidade Aberta (1996-1998)
• Técnico superior do Museu Monográfico de Conimbriga (1998-1999)

Actividade científica 
• Colaborador ou responsável de vários projectos de investigação e valorização patrimonial no Alentejo.
• Desde 1990 responsável pela condução da investigação arqueológica em Conimbriga, na sua qualidade de arqueólogo do Museu, em projectos de responsabilidade individual ou em colaboração com outras instituições.
• Co-autor dos volumes de Normas de Inventário de Arqueologia editadas pelo IMC.
• Responsável pela participação de Conimbriga em vários projectos europeus no âmbito dos programas Cultura 2000 e Leonardo da Vinci.
• Fundador da Associação Profissional de Arqueólogos, de que foi Presidente da Direcção, sócio de algumas sociedades científicas nacionais e membro do conselho científico ou redactorial de várias revistas portuguesas e espanholas.
• Autor de cerca de uma centena de trabalhos científicos sobre arqueologia e gestão de património, publicados como monografias e em revistas e actas de congressos nacionais e estrangeiros.

Também chegou ao meu conhecimento um escrito seu nos 


"Roteiros da Arqueologia Portuguesa"     

- COLA Circuito Arqueológico - CORREIA, Virgílio Hipólito. IPPAR - 2002.

“(…) Deve-se a Abel Viana a primeira escavação do Castro da Cola. Ao longo de muitos anos, e em condições 
que se sabe terem sido de uma extraordinária dificuldade e de grande sacrifício pessoal, este investigador, notável pela sua compreensão da realidade humana em que trabalhava – como bem revelam as suas incursões no domínio da etnografia - , escavou o castro e vários monumentos ao redor, que sucessivamente publicou, secundado por nomes que são hoje referência para todos os arqueólogos portugueses, como Hermanfrid Schubart ou Octávio da Veiga Ferreira. As publicações destacam-se pela precisão do inventário das peças, pecando, infelizmente, pelo rudimentar da sua análise. Abel Viana talvez não tenha escrito uma dúzia de páginas duradouras, mas é notável o seu papel na arqueologia do Sul de Portugal da época, que, sem ele, se não distinguiria de um deserto. Para além disso, deixou marca indelével nas populações locais e em todos os arqueólogos que com ele trabalharam. A sua memória é recordada por uma lápide junto ao castro. (…)” - p. 7.

E o meu realçado a vermelho não está aqui por acaso.

E não sei se o autor apenas se refere a uma constatação ou se se trata de um reparo sentido ás rudimentares análises de Abel Viana que não terá escrito uma dúzia de páginas duradouras. Baixo desdém não será.  O "pecando infelizmente pelo rudimentar da sua análise" empregue, nos dará algumas luzes nessas vertentes.

Mas o que parece não ter sido ainda notado por muita e boa gente é que Abel Viana nunca foi arqueólogo! Pelo menos dos encartados. Era Professor Primário! ( tão por baixo ele andou que não chegou a secundário...)

Mas o melhor é ler  Abel Viana para abarcar o seu próprio posicionamento!

Assim no ARQUIVO DE BEJA de 1958 na página 55 e sobre a ARQUEOLOGIA E OS ARQUEÓLOGOS deixou Abel Viana este escrito duradouro e não rudimentar!



E estas considerações finais são elucidativas. Do que a arqueologia nacional menos precisa é de teorias. Menos sábios e mais arqueologia.

E quanto a Abel Viana. "Ele limitou-se a descrever e a classificar sem jamais se permitir o luxo ou pirotecnia das interpretações pretenciosas - porque isso de teoria é o diabo!"

Esta faz-me lembrar uma, já corriqueira, sobre a guerra dos candidatos aos cometas de um fabricante de pneus.

Chefes há muitos. Cozinheiros há poucos!

Tone do Moleiro Novo

Pequena nota acrescentada em 10 de Dezembro de 2016.
Eu não poderia ter escrito este texto sem o alerta e alguma da imensa informação disponibilizada pelo meu amigo António Viana, que me cedeu também uma fotografia com seu tio Abel Viana precisamente no Castro da Cola em 1958.


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