Das Rancheras, dos Corridos, das intermináveis mañanitas, das canciones que cantabam sempre um qualquer desprendido voluntário para matar ou morrer, por uma causa, por uma revolução, por uma traição, por uma discusão de cantina no meio de parrandas e borracheras.
Mataram Zapata. Mataram Villa. Fuzilaram Argumedo. Domesticaram a revolução. Já se foram ao Campo Santo os que a cantavam. Negrete, Infante, Aguilar, Mejia e outros.
Ficou o perfume das cavalgadas.
E ficou o cheiro a pólvora. Não só o da balacera em dias de celebração da independência!
Para que não se olvidassem os bons velhos tempos da revolução, dos charros, das cananas atravessadas na cintura ou no peito, os nossos irmãos mexicanos arranjaram outro motivo para continuar a saga das guitarras que choram à meia noite, dos violinos que choram igual, das trompetas que gritam e das caixas que imitam as ráfagas das metralletas.
Porque sempre choraram a cantar e cantam a chorar, tinham que arranjar um motivo. Continuam a matar-se uns aos outros, agora por causa do narcotráfico. Os sítios são os mesmos. Tijuana. Sinaloa, Chihuahua. Durango do Romance de Bob Dilan.
Pelo meio, metralhados, ficam os protagonistas. Criminosos perante a lei, heróis na lenda, cantados por outros tantos famosos por isso mesmo.
No descritivo da tragédia há uma certa semelhança com os nossos trovadores de feira que não há muito tempo cantavam por aí, ou pelas esquinas, as desgraças próprias ou alheias, distribuindo a troco de uma migalha o impresso da história contada.
Hoje o que se vende são CDs que com outras modernas tecnologias vão dando bom dinheiro a quem disso vive e à custa de situações que a outros, mais directamente afectados, só dão lágrimas e sofrimento.
No entanto fica sempre aquela facilidade singela e quase comovente que a alma mexicana tem em transmitir sentimentos.
Aqui neste corrido LA VIDA DE CHUY E MAURICIO, El Potro de Sinaloa segue e acaba a narrativa de uma forma exemplar e bem mexicana.
Si en vida fuimos alegres
brindemos por los recuerdos
Vai assim:
Estado de Sinaloa
fue en el rancho de El Chilar
nacieron Chuy y Mauricio
no imaginen es verdad
haya entre cerros y arroyos
sembraban pa cosechar.
Los invadia la pobreza
sufrimientos mas y mas
la luna en la madrugada
los miraban caminar
el sol llegaba y se iba
como los hacia sudar.
Para cerrar la jornada
la lluvia debia empapar
sombrero ropa y huaraches
se tenian que reventar
pisando lodo entre montes
y el frio se lucia mas.
Parecia manto de estrellas
el que la noche alumbraba
testigos de Chuy y Mauricio
que muy tristes se marchaban
despues los vi por Tijuana
y tambien por Ensenada.
El Chilar se encuentra triste
porque ya no regresaron
Ajoya y El Platanar
La Caña y todos los ranchos
y el puente de San Ignacio
ya jamas los ha mirado.
Llegaron a california
con Alvaro trabajaron
el destino y un traidor
sus ilusiones truncaran
hay un corrido que cuenta
el desenlace del drama.
Fue en un carro de la Chrysler
un automóvil 300.
Se subió Chuy y Mauricio
felices y muy contentos.
Cómo iban a imaginarse
que los bajarían ya muertos.
Fueron 400 libras
de mota que habían soltado,
qué jugada del destino
miren cómo les pagaron.
Le dieron raite al contrario
y les pagó con balazos.
En el asiento de atrás
ya la muerte iba planeando,
quedarse con el dinero
y decidió asesinarlos.
Chuy quedó al lado derecho
y Mauricio al otro lado.
Otra tumba en San Ignacio
y dos familias llorando.
Faltan dos admiradores
a Canelos de Durango.
En bromas y borracheras,
Alvaro los ha extrañado.
Rancho El Chilar, Sinaloa
ya no volverás a verlos.
Que toquen Vida Mafiosa
el grupo de Los Canelos
Si en vida fuimos alegres
brindemos por los recuerdos.
http://www.youtube.com/watch?v=a0ZibvwIHTU
http://www.youtube.com/watch?v=wOGU3rv4yNc
VIVA MÉXICO E O YOUTUBE TAMBÉM
Tone do Moleiro Novo
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