sexta-feira, 8 de agosto de 2025

AFIFE POR SER AFIFE (II)

 


AFIFE POR SER AFIFE - II

Já em tempos publiquei aqui na A AURORA DO LIMA, 01 de Agosto de 1984, um texto com este título AFIFE POR SER AFIFE. Tendo por motivo a falta de um critério que respeitasse Afife no que tocava à ocupação urbanística. Mais em particular na berma Nascente da EN13

Volto a fazê-lo, invocando a paixão que tenho por Afife, "doença" contraída em Setembro de 1963 quando, pela primeira vez, vi Afife. 

Cheguei (de bicicleta) no sábado da festa de Nossa Senhora da Lapa.

E desde então para cá muito tenho aprendido com os de Afife. 

Falaram-me do Raul, sapateiro que batia na mulher até consola. Falaram-me da Ofélia das Cachenas, que afinal acabei por conhecer pessoalmente. 

Falaram-me dos Serões da Catúa muito anteriores à minha chegada. Mostraram-me o Cútro. E ouvi o da Garrida, o Lua, o Camões e o Rabú, a tocar concertina. E muito mais!

Acabei por fazer uma casa em Afife. No entanto ainda não sou afifense em pleno. 

Paraquedista sou-o de certeza!

Tenho o “brevet” passado pelo Batalhão de Caçadores ali em Tancos no ano de 1969. Mas para não ser paraquedista, em Afife, ainda tenho que aprender muito.

E é por isso que escrevo estas linhas pois muito gostaria que me esclarecessem, os de Afife e/ou qualquer outra entidade envolvida, as seguintes questões;

Li na A AURORA DE LIMA de 17 de Julho de 2025 que era intenção da Junta de Freguesia de Afife vender um terreno sito na Fonte Gatenha, Artigo inscrito na Matriz Predial Rústica nº 2556. Acontece que da descrição apenas consta a sua área. Não constam os confrontantes nem a sua natureza. Ora o certo é que na Matriciação de 1939 esse terreno está assumido como sendo Baldio. E o que é do meu conhecimento, porque os de Afife é que me informaram, é que foi precisamente essa qualidade de Baldio a invocada. para impedir que tivesse sido vendido um terreno situado nesses mesmos lados. Tendo alguns afifenses sido chamados a tribunal por causa disso. 

Isso foi o que me constou.

-Ora como os Baldios não podem ser vendidos como é que agora este pode???

Muito tenho ainda que aprender com os de Afife. Talvez em cima desses conhecimentos, Areosa, consiga vender os seus!

Um outro caso é ter havido na terça-feira 15 de Julho de 2025 na uma reunião, em Afife com os proprietários na veiga, promovida pela Câmara de Viana do Castelo com a finalidade de informar que era intenção da Câmara continuar com a ECOVIA nos terrenos agrícolas integrantes no Projecto de Emparcelamento, no seu limite a Poente, em cima dos topos das propriedades de cada um. Propondo a aquisição ou expropriação das parcelas necessárias.

Aqui pergunto agora uma coisa muito simples.

Dado que o Senado da Câmara de Viana do Castelo, aforou, aos MORADORES DE AFIFE, os terrenos do Rossio entre o muro da veiga (e de outas propriedades) e o mar numa largura média de sessenta e quatro metros e entre o limite com Carreço e Âncora… isto em 17 de Janeiro de 1863 !

- Por que é que a Ecovia não passa nesses terrenos e se evita de chatear os proprietários de terrenos agrícolas para passar uma estrutura que pode muito bem passar pelos terrenos comunitários?

E esses terrenos são de fácil identificação. Pelo lado do Norte e desdelimite com Âncora, são mil e seiscentos e vinte e tês metros para Sul e de largo, ,quarenta e quatro metros medidos desde o topo Poente das leiras da Veiga até à borda do mar. E pelo lado do Sul e desde o limite com Carreço, são novecentos e sessenta e tês metros para Norte com uma largura pelo Norte, sessenta e dois metros e pelo sul oitenta e oito metros medidos desde o topo poente das leiras da veiga até à borda do mar.

Faço esta pergunta pois a resposta muito me ajudará a acrescentar os meus conhecimentos sobre Afife de que tanto gosto!


Afife 22 de Julho de 2025

António Alves Barros Lopes

NOTA

Texto Publicado na A AURORA DO LIMA em 7 de Agosto de 2025

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

4º Crescente!

 PORQUE 

                "O sangue tem razões                                                     que fazem inchar as veias"                                            (atahualpa yupanqui)


A Lua julga que é o Sol 

 em noites de noites cheias 

 Noites do Sonho acordado 

 levam a palma às sereias 

 no seu canto encantado 

 noites que pegam fogo 

 incendiando as ideias

 pois se com elas eu morro 

                                 Elas são minhas                                                                                                                                                                   Eu sei-as

                   

lopesdareosa

                                                      

sábado, 2 de agosto de 2025

Miguel de Oliveira Martins

 O raio da mania de ler tudo o que vem à mão, dá nisto.

Li o último O DIABO que afinal num é o último diabo.


Afinal o texto generosamente comovente ou comoventemente generoso a favor da descentralização ( estou consigo Sr. Oliveira Martins) tem um dito tanto surpreendente quanto hilariante!

Imaginemos o impossível (começou MOM), que Portugal tinha desaparecido!

E depois 

Começaríamos, talvez, por uma pergunta desconcertante:

- Fundaríamos o País a partir de Lisboa, outra vez?

- Outra vez???

O País, que eu saiba e garantido por todos os historiadores que me infiaram na cabeça desde a escola primária, foi fundado a partir de Guimarães.

E nessa caminhada o gajo da infografia (?) conquistou Lisboa.           (Ás tantas já se arrependeu disso!)

Depois é que Lisboa se tornou em DDT.

Eu até tenho uma solução para as consequências.

Devolver Lisboa aos mouros já que foi tomada à força. ( esta solução seria apoiada pelo nosso PR pois é a favor da devolução das obras de arte aos povos oprimidos e espoliados por Portugal)

Dar a independência a Lisboa e arredores, incluindo o Alentejo e o Algarbe.  Algarbe este que já dos tempos de D. Manuel num era Portugal. Nem hoje!

Ou, que seja a própria Lisboa a declarar a independência, decisão que seria e muito naturalmente apoiada por MOM.

A minha desgraça é que ninguém me ouve.

Mas espero que leiam!

Lopesdareosa