quinta-feira, 31 de outubro de 2024

José Rodrigues

 O Homem do Convento de Sampaio.

Vila Nova de Cerveira

Nasceu em Luanda e morreu cá, onde se fez Escultor

Pelo meio participou em 1973 na Bienal de  São Paulo

Aqui vai do catálogo









terça-feira, 29 de outubro de 2024

A Torre da Barbela.

 Aconselho vivamente a leitura deste livro de Ruben A.



















E já agora leiam o próximo Nobel da literatura neo realista!

(Pós moderno - diria eu!)




TITULO

NATIONAL  ANTHEM

Tradução

Antena Nacional

(isto de saber alemão tem que se lhe diga)


Heróis da paisagem

Reis da cofragem

E do meio ambiente

Nobre era o povo

Era outra gente

outrora valente

Hoje cachorro

Hoje mortal

Levantai mais mamarrachos

Fazei das veredas capachos

Neste antigo  Portugal

Mandem ás malvas a história

Dos nossos egrégios avós

Ó gente sente-se a voz

Do imperador patacão

Que compra qualquer memória

Vendida em qualquer leilão

 

já mámanos já mamas

nos ubres desse pomar

já mamámos e já mamas

 latadas por vindimar


Reis da paisagem

Heróis da cofragem

a vilanagem

fartar fartar

As mulheres da minha aldeia!

 Vem isto a propósito da recente iniciativa do PÚBLICO em editar, em 15 fascículos,  a obra de Maria Lamas "As mulheres do meu país"

Publicada também em fascículos entre 1948 e 1950, consultando uma segunda edição (2002 da editora CAMINHO) desta mesma obra, que aqui não vou salientar o valor por demais já elogiado, encontrei na página 47 um alusão a Areosa, não falando de Areosa. 











A fotografia atribuída a Aureliano Carneiro apresente duas mulheres a lavrar numa veiga que eu diria ser já a de S. Sebastião. Essas mulheres que, pelo sorriso da que segura a soga, eu identifico  como sendo da Casa  d'Andrel  (alguém que me corrija) corresponde ou deu origem a um postal colorido posto então em circulação.



Mas não pondo em causa o valor da obra, este tipo de publicações enferma de uma falha estrutural:

Não identifica as pessoas retratadas. Pecha dos entendidos que se servem de gente que é gente como meros objectos em cima dos quais nos arremessam  a sua sapiência,

Outro sim a própria sapiência que informa neste caso tratar-se de:              

" Camponesas minhotas da beira-mar lavrando uma veiga em Carreço. Ao fundo a serra de Agrichousa", 

(segundo a legenda!)

Em primeiro lugar as camponesas minhotas poderiam ser de muitos sítios à beira mar mas no caso são de Areosa. Aliás a edição do Postal diz isso mesmo.

Em segundo lugar a veiga não é em Carreço; é em Areosa e é isso que diz o tal postal.

Em terceiro lugar ao fundo não está a serra de Agrichousa!

Porque Agrichousa é em Afife, não se avista do local. Não existe como serra, quanto muito terá o monte à volta com seu nome. 

Lá ao fundo o que se vê é o encontro (ou divisão) do Monte da Paradela com o da Penedeira, "frecha" aberta pelo Rio do Pégo:

E lá por cima, mais longe, o alto da Porqueira já em Carreço.

E se dúvidas houvesse lá está a frente da Sociedade de Instrução e Recreio Areosense, em construção.

No entanto, para a posteridade, vai ficar o que está escrito na obra de Maria Lamas e não estas minhas observações. 

Publicado em A AURORA DO LIMA em 17 de Agosto de 2023


sábado, 26 de outubro de 2024

Argaço em Portimão

 Já Publiquei acerca disto ver em

https://lopesdareosa.blogspot.com/2020/05/pelas-cortas-do-argaco.html

e

https://lopesdareosa.blogspot.com/2023/09/o-que-fazer-com-o-argaco.html

Ontem encontrei isto














Hoje encontrei as preocupações do Presidente da Câmara de Portimão - 

"Algas Criaram muro com um metro de Altura"

No entretanto encontrei este testemunho inenarrável!

https://www.publico.pt/2024/10/22/azul/noticia/algas-invadiram-praias-algarve-2108931

datado de 22 de Outubro de 2024

As algas invadiram algumas praias do Algarve

As algas invadiram algumas praias do Algarve

Praias de Portimão, Lagos, Armação de Pêra e Lagoa têm estado cobertas por algas que chegam a atingir um metro e meio de altura. Autarquias já estão a limpar os areais.















A remoção das algas da praia da Rocha teve início esta segunda-feira, 21 de Outubro, e prevê-se que os trabalhos durem uma semana Câmara Municipal de Portimão

No Algarve, uma corrente de algas de origem asiática pintou de castanho os areais da região: em algumas zonas, as algas chegam a atingir um metro e meio de altura, alterando a paisagem costeira. Este fenómeno pode ser indicador de um "desequilíbrio dos ecossistemas marinhos", indica a plataforma Algas na Praia, da Universidade do Algarve (UAlg).
                                                                                                                                                                      Este excesso de algas — que desta vez afectou Portimão, Lagos, Armação de Pêra e Lagoa — foi detectado pela primeira vez em 2021. Desde aí, explica o presidente da Câmara Municipal de Portimão, Álvaro Bila, tem sido um problema anual, ainda que sem um padrão verificado, já que acontece conforme as marés.

Álvaro Bila avança ao PÚBLICO que a limpeza dos areais tem custado à autarquia portimonense 50 mil euros por ano.

João Silva, colaborador do projecto Algas na Praia, explicou ao PÚBLICO que, por terem um carácter invasivo, estas algas começam a substituir as nativas. O investigador mostrou preocupação: “Quando se muda a composição de uma comunidade, a forma como esta funciona também se altera. Há um impacto directo (negativo) no abrigo e alimento que oferece às outras espécies marinhas.”

O investigador refere que não existe uma solução definitiva, mas pode haver um plano de gestão que ainda está a ser estudado pela equipa da UAlg. Para João Silva, o problema deveria ser tratado desde a origem, já que, além do empenho das autarquias, “nenhuma entidade pública fez alguma coisa” para o resolver. A solução, acredita, deveria passar pela organização de monitorizações periódicas dos habitats naturais marinhos — mas falta financiamento.

A remoção das algas da praia da Rocha teve início esta segunda-feira, 21 de Outubro, e prevê-se que os trabalhos durem uma semana. Álvaro Bila garante que os municípios estão a procurar resolver o problema em conjunto com a Universidade do Algarve, o Ministério do Ambiente e a Agência Portuguesa do Ambiente. “Neste momento estamos a depositá-las num terreno nosso. Devido ao teor de sal também não podem ir para a terra. Portanto, segundo normas europeias, ainda nem podem ser reutilizadas. Não há nenhum aproveitamento para este tipo de organismos”, esclarece o autarca.            FIM DE CITAÇÃO

Mas vou repisar os esclarecimentos de Álvaro Bila Presidente da Câmara de Portimão.

“Neste momento estamos a depositá-las num terreno nosso. Devido ao teor de sal também não podem ir para a terra. Portanto, segundo normas europeias, ainda nem podem ser reutilizadas. Não há nenhum aproveitamento para este tipo de organismos”

- Porquê???

Pergunto eu!

- Essas algas invasoras que começam a substituir as nativas trazem veneno com elas???

- Não serão constituídas pelo mesmo material orgânico similar aos das "nossas"???

- Desde quando é que se deixou de deitar para a terra as "nossas" algas devido ao seu teor de sal???

Aquilo que se passava na Casa do Moleiro Novo é que o argaço misturado com o estrume dava um fertilizante tão rico que nunca tivemos escaravelhos nas batatas. A minha  "teoria" era de que isso se devia ao teor de Sal veiculado pelo argaço!

Mas agora o argaço vai para o lixo!

- Então no Alentejo não há território - solos mais concretamente - em riscos de desertificação ( leia-se de mineralização)???

- Então porquê tanto desperdício de material orgânico???

- Porque é que não é utilizado misturado com a biomassa produzida continuamente pelas nossa "Floresta" e que todos os anos arde para aquecer os tomates de São Pedro???

PERGUNTO EU!!!



quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Nem de propósito!

 

Nem de propósito.

Publicou a A AURORA DO LIMA, em 17 de Agosto de 2023, um texto meu intitulado AS MULHERES DA MINHA ALDEIA. E esse texto a propósito da então recente iniciativa do PÚBLICO em editar, em 15 fascículos,  a obra de Maria Lamas "As mulheres do meu país", publicada também em fascículos entre 1948 e 1950. 

Consultando eu uma segunda edição (2002 da editora CAMINHO) desta mesma, encontrei na página 57 uma alusão a Areosa, não falando de Areosa.

Ai encontrei uma  fotografia atribuída a Aureliano Carneiro apresentando duas mulheres a lavrar numa veiga que eu identifiquei como sendo  a de São Sebastião em Areosa. A imagem dessas mulheres que eu identifiquei como sendo da Casa d'Andrel   correspondia ou tinha dado  origem a um postal colorido posto então em circulação. Esta imagem tinha servido como pano de boca do palco da Sociedade de Instrução e Recreio Areosense.



Mas essa fotografia, no obra citada, vinha legendada da seguinte maneira

" Camponesas minhotas da beira-mar lavrando uma veiga em Carreço. Ao fundo a serra de Agrichousa", 



Erro incompreensível porque

Em primeiro lugar as camponesas minhotas poderiam ser de muitos sítios à beira mar mas no caso são de Areosa. Aliás a edição do Postal dizia isso mesmo. Em segundo lugar a veiga não era em Carreço; é em Areosa e é isso que dizia o tal postal. Em terceiro lugar ao fundo não estava a serra de Agrichousa! Porque Agrichousa é em Afife, não se avista do local. Não existe como serra, quanto muito terá o monte à volta com seu nome. E lá ao fundo o que se via era o encontro (ou divisão) do Monte da Paradela com o da Penedeira, "frecha" aberta pelo Rio do Pégo. E lá por cima, mais longe, o alto da Porqueira já em Carreço. E se dúvidas houvesse lá estava a empena Poente da Sociedade de Instrução e Recreio Areosense, em construção.

Terminava eu o meu artigo com um lamento

No entanto, para a posteridade, vai ficar o que está escrito na obra de Maria Lamas e não estas minhas observações. 

 Acontece que a A AURORA DO LIMA na edição de 22 de Agosto de 2024, noticia o lançamento da Obra “MEMÓRIAS DE UMPOVO” da autoria de Hermenegildo Viana e outros sobre a evolução do taje vianense registando o testemunho de 100 anciões do nosso concelho.

Coleccionador de informação, consumidor de cultura, cagaitas abelhudo – curioso – procurei a publicação e folheei-a. Quando deparei (pag. 202) com uma referência a essa tal publicação de Maria Lamas mantendo o mesmo erro por mim assinalado há um ano.  

Nem de propósito. Esta recente publicação confirma a minha premonição. A Maria de Lamas continuará a ser citada e quanto ao borra botas do do Moleiro Novo que se contente com a disponibilidade de o A AURORA DO LIMA  o aturar publicando as suas coisinhas.

Ficam para a posteridade. Pode acontecer que, no dia do meu funeral, apareçam, como de costume no dos outros, uns patuscos  daqueles  que nunca gabam nada, ninguém -  nem o falecido em vida -  e que gabam o falecido depois de morto.

Nota final

Com as minhas homenagens aos autores das “Memórias de um povo” com este reparo apenas.

Texto Publicado em A AURORA DO LIMA em 17 de Outubro de 2024

domingo, 6 de outubro de 2024

Olivença III

O Primeiro está em 

https://porquenaovotoemcavaco.blogspot.com/2024/04/olivenca-renascida.html

Depois em

https://lopesdareosa.blogspot.com/2024/09/olivenca.html

Depois em 

https://lopesdareosa.blogspot.com/2024/09/olivenca-ii.html


Agora neste!

Isto porque encontrei no Público de hoje isto da Senhora Carmem Garcia um texto simplesmente elucidativo. Notável aliás pela sua simplicidade.















Afinal num sou só eu a ficar espantado com os abespinhados             ( portugueses de gema) perante as declarações do também nosso Nuno de Melo, que apenas se referiu à posição que desde sempre tem sido a posição de Portugal sobre o assunto.

Mas Nuno de Melo levou porrada por ter dito aquilo, que um responsável do Governo e no Governo, tem que afirmar sempre que seja instado a pronunciar-se sobre o assunto

Mas logo se levantaram outros " portugueses" indignado com tal.

E esgrimindo, tergiversando diria eu, com  argumentos que decerto soam como blandícias nos ouvidos de nuestros hermanos.

Aqui para nós que ninguém me ouve penso até que os castelhanos ficam espantados com tanta candura e "ingenuidade", senão cobardia.

Em primeiro lugar não há uma questão de limites. Os limites estão definidos desde Alcanizes. E se hoje alguém considerar que já não são os mesmos será de perguntar quem os alterou! - Quando??

- Houve algum acordo entre as partes para que fosse alterado ( o tratado)?

Desafio todos os entendidos - TODOS OS ENTENDIDOS - a demonstrar-me que o tivesse sido!

Trata-se apenas de uma ocupação abusiva de um território que nos pertence.

E para não alongar demasiado este texto realço apenas as lindas declarações de um tal autarca de Olivença, D. Gonçalez Andrade ao defender que a relação de Portugal com Espanha e o caso de Olivença são um exemplo de diálogo e de mistura de culturas "que é preciso aproveitar de forma positiva" e não com discursos que dividem ou reavivam polémicas.

- Então se sim, as relações de Portugal com a Espanha e o caso de Olivença são um exemplo de diálogo e de mistura de culturas...porque é que os "nossos irmãos" não o seguem (ao exemplo) com a Inglaterra do caso de Gibraltar???

É que num perdem uma oportunidade de falar sobre o assunto!

E no nosso caso têm a lata, aliás secundados pelos nossos solícitos e cagarolas patrícios, de falar em prioridades...

E  o mais delirante destas noticias é o que D. Manuel Andrade

( Deve ser português pois se fosse espanhol seria Manoel!)

Alcalde de Olivença  disse estar...

" convencido de que o Ministro da defesa - Nuno de Melo - tem assuntos mais importantes para tratar neste momento."

Mais outro com a mania das prioridades!

Acontece que para os castelhanos nunca se põe essa coisa de prioridades quando falam de Gibraltar.

E quanto a nós, porreiros lusitanos, nem as prioridades ficam no fim do rol daquilo que é prioritário.

Pela simples razão que nunca está na agenda. Nem no princípio, nem a meio, nem no fim! 

- Heróis do mar nação valente..

Só agora reparei! Olivença tem mais a ver com o rio que com o mar!


sábado, 5 de outubro de 2024

CURUTELO








DECEPADO


Arrancaram-no, sim.

Arrancaram o nome da parede
Quando, sem mancha, o amor o tinha escrito.

E era uma fonte - água da minha sede!
E era uma voz - princípio do meu grito!

Arrancaram-no, sim.

Arrancaram-no, sim indiferentes,
Como se houvesse em nós soluços vãos.

Arrancaram-no, sim.

Mas se a bandeira me ficar nos dentes.
poderei rir de quem me corta as mãos!



PEDRO HOMEM DE MELLO