Este foi o de 2020
Desde os telhados da Guarda.
Este carallo fez-me chorar!
Pelo carinho que esta gente tem por nós!
O lembrar-se da minha pessoa foi uma surpresa.
E um orgulho já agora!
Este foi o de 2020
Desde os telhados da Guarda.
Este carallo fez-me chorar!
Pelo carinho que esta gente tem por nós!
O lembrar-se da minha pessoa foi uma surpresa.
E um orgulho já agora!
Com Su Permisso, Don Pedro Homem de Mello!
"DE ESPANHA NEM BOM VENTO NEM BOM CASAMENTO"
Diz o Povo e eu acredito nas razões do Povo para tal dizer!
Nuestros Hermanos é uma expressão tão verdadeira no seu cerne mais íntimo quanto o é quando também nos referimos aos amigos de Peniche.
E eu poderia tentar demonstrar, noutros escritos do Poeta, que PHM não morria de amores pela Espanha. Pelo menos da Castelhana. A única que sei da sua adoração era a Deolinda de Espantar em São Lourenço da Montaria.
Deixo esse trabalho por conta dos palestrantes que passam a vida a bisbilhotar sobre esses detalhes.
No entanto quedo-me (bem metida esta do quedar!) no texto
ESPANHA
que surge na página 122 da "Descida aos infernos" PHM 1972
"A Espanha são as raízes dos lobos e das serpentes
As cobras largam peçonha Os lobos mostram os dentes"
Utilizando este texto como fermento aqui vai a minha brôa
Com Su Permisso, Don Pedro Homem de Mello!
"A Espanha são as raízes dos lobos e das serpentes
E naqueles
imprevidentes
Que
desdenham dos algozes
e
se armam em audazes
nessa
ameaça medonha
As cobras largam peçonha Os lobos mostram os dentes"
Mas num há perigo!
Hoje prevalece essa dos "Nuestros Hermanos"
Vão longe os tempos em que o Franco tinha um plano para invadir Portugal.
Estacionaram em Olivença mas se fosse em Viana estavam phodidos. Tinham que pagar ao Paínhas!
Hoje é tempo de atravessar o Minho por alturas da Senhora da Cabeça em Cristelo de Covo ajudando Cristo a alancar com a Cruz e repartir a lampreia com os do outro lado.
Vão lá que a coisa é bonita de se ver!
Esta Vinha é num deserto oásis um dos mais belos Só é pena ser tão perto de Vi Ana dos Castelos
Este “mapa” é muito interessante!Está datado de 1875 e foi publicado no “O LITORAL E A CIDADE matizações cartográficas” da Autoria de António Maranhão Peixoto. Edição do Arquivo Municipal de Viana do Castelo em 2007 e com Abertura de Defensor de Moura. E com o pomposo subtítulo "A Cidade o litoral e a história."
Trata-se da Planta da Barra de Viana e o rio até á Ponte de
Madeira, 1875 existente do Instituto Portuário do Porto.
É só por si a prova da desonestidade intelectual dos
entendidos de Viana e em Viana.
Estão lá os muros da Tapada de Gonçalo de Barros. Está lá o
Cais do Rapelho. Está lá a Fonte do
Castelo. Está lá o Campo d’Agonia e onde este encontra o mar. Está lá a Estrada de
Caminha que ladeava Viana pelo Sul e Pelo Poente.
Ou seja todos os elementos ( e mais alguns) para localizar o
testemunho, dado pela própria Câmara de Viana segundo as Reuniões de 1832 e
1846, de qual era o limite da Vila por essa altura.
Acontece que, como nenhum historiador encartado ou qualquer
outro sucedâneo, consegue explicar com é que os limites de Viana foram
alterados ( o que eu muito gostaria que explicassem) resta-lhes o último e
utilitário argumento de que…
- O LOPES é parvo!
Depois há que del rei que o de Areosa é um chato do carallo!
Então num seria mais curial que quem se entretém a gastar o nosso dinheiro em placas interpretativas tivesse mais cuidado???
Ninguém reparou que escrever que o Forte de Paçô, tendo sido construído nos finais do século XVII e princípio do século XVIII, nunca poderia tê-lo sido sob a liderança do monarca D. Pedro I ???
Estas fotografias foram obtidas e publicadas pelo meu amigo Abílio Azevedo em 2019
O Senhor sei quem é. Chama-se Manuel é de Cabreiro e está em França. Soube disso pelos amigos do Senhor Gomes, na roda no Trasladário nos Arcos. Já falei com este senhor pelo telefone.
Num gosto de publicar fotografias de alguém sem uma satisfação.
Estas estão justificadas pela divulgação, que permitem, de uma romaria ímpar do Alto Minho.
As minhas homenagens a estes e a todos aqueles que continuam a mostrar que ainda há POVO!
Se não lesse num acreditava!
Revista MEALIBRA ( Revista de Cultura) nº 2 série 4 de 2024.
Texto de Álvaro Campelo UFP - CRIA - CCAM
Título
LITERATURA PARA A INFÂNCIA: DESAFIO À SOCIEDADE E AOS SEUS ATORES
A certa altura...
" Outros autores, como Pedro Homem de Mello, (1904-1984), um vianense de coração, escreveram literatura infantojuvenil, para além da poesia, autêntico património oral das gentes desta região, escreveu obra para crianças, o livro O RAPAZ DA CAMISOLA VERDE (1954)"
Meu Comentário
Pedro Homem de Mello dá para tudo!
Já foi um grande capitalista num livro de um ilustre historiador que o disse ter comprado a Quinta de Cabanas por volta de 1930.
Depois, seguindo alguma intelectualidade bem informada, ouvi da boca de um apresentador da TV, nosso conhecido, que PHM teria sido larilas porque tinha assumido que dormira, com eles na cama, com os aromas de urze e de lama (de São João d'Arga - já agora). Devido à sua elevação de Poeta o termo homossexual seria mais "fino".
Fiz notar ao nosso entendido que, quanto à minha pessoa, assumindo que também tinha dormido na cama com os mesmos aromas com os quais PHM tinha dormido antes de mim, ele o tal apresentador chegaria então à conclusão que eu (mais reles e rasteiro) seria paneleiro!
Acontece agora que afinal o livro O RAPAZ DA CAMISOLA VERDE é um livro para criancinhas!!!
Possivelmente sim. Eu que o diga que o li de uma ponta à outra!
(Ora bolas)
Em 1975 Fui à Páscoa a Lanhelas.
Domingo à tarde.
Fui com o Berto Enes que namorava a saudosa Clarinha do Tio Álvaro, fogueteiro.
Acabamos por entrar com o compasso na casa de um tal Anhas, padrinho da Clarinha e pelos vistos um tipo bastante conhecido para aquelas bandas.
De tal ordem que na chegada da Cruz parecia que Lanhelas inteira se combinara para se encontrar naquela sala.
Depois da cerimónia ninguém fez cerimónia. Atiraram-se ( nós também) à mesa como se naquele ano o Minho não tivesse dado lampreias. Mas havia solhas! Não muitas, mas boas!
E depois as garrafas iam ganhando ar até que o stock da mesa se esgotou.
Mas havia uma senhora azafamada que se encarregava de substituir as garrafas vazias à ordem de - TRAGA OUTRA!!!
E à medida que a sede parecia aumentar lá a dita senhora descia a uma cave e trazia uma garrafa de vinho branco!
E a cena foi-se repetindo. E o meu espirito observador tirou uma conclusão baseado na estatística.
Sempre que alguém comandava TRAGA OUTRA a senhora regressava com uma garrafa de vinho branco que eu cheguei à conclusão mais que lógica de que os de Lanhelas às garrafas de vinho branco chamavam...
OUTRA!
(Se calhar ainda chamam!)
O João Vilas ofereceu-me uma viagem à Poesia desde o SUBLIME até ao GROTESCO
Durante anos e anos fui trazendo de lá esta "pagela"
Ó meu rico S. João
O que te foram armar
Que tinhas um garrafão
Debaixo do teu altar.
A São João, de
romeiro
Num vás aquele de Braga
Há outro mais milagreiro
No alto da Serra d’Arga
Ó meu rico São João
No alto da Serra D’Arga
Meu amor partiu prá guerra
Peço ao Santo que mo traga.
Abaixa-te Serra d’Arga
Eu quero ver Areosa
Quero ver o meu amor
À sombra da Malva Rosa
Eu pintei um coração
Na Cancela de Areosa
Queria que fosse verde
Saiu-me de Cor-de-Rosa
Esta,
ou parecida, foi-me cantada pela Senhora Deolinda da Castelhana de Espantar (em
vez do coração era a cana verde)
Vou-vos dizer d’onde venho
Meus senhores sou d’Areosa
É terra de gente fina
E duma obelha ranhosa
Tone do Moleiro Novo