terça-feira, 24 de outubro de 2017

REFERENDUM

Na Catalunha! Claro!                                                
Este texto vem no seguimento ao anterior dedicado a D. Alfonso Dastis.

Isto porque se discute a legalidade do referendo (refrendo em castelhano). Assunto a que D. Afonso não se refere no seu "Totalitarismo com a Catalunha: a parte pelo todo."
Poderá ter acontecido noutros textos mas neste, datado de setembro, D. Afonso não argumenta que o referendo a realizar no dia 1 de Outubro, seria ilegal!


Em primeiro lugar gostaria que os legalistas me explicassem como é que  a lei (aprovada pelo Parlamento Catalão) do referendo de 1 de outubro já estava suspensa desde 7 de setembro, mas só em 17 de Outubro é que o Tribunal Constitucional a declarou inconstitucional, quando a constituição espanhola é omissa em relação a refrendos nestas circunstâncias!

Já disse noutros sítios que eu de leis só sei do português em que estão escritas. Neste caso castelhano. Não é necessário ir a Salamanca para saber que refrendo é referendo em castelhano!

Ilegal poderá ser o objectivo do referendo. O referendo em si não me parece!
 ( eu também dou pareceres).

Ilegal, violenta e antidemocrática foi a carga da Guarda Civil que levou tudo à frente, invadiu espaços pacíficos, destruiu propriedade e agrediu cidadãos.

Mas tenha sido  o referendo legal ou ilegal, uma coisa é certa - poderia ter sido pacífico poderia ter sido uma votação normal como qualquer outra. Mas não o foi! Rajoy mandou boicotá-lo com a força que tinha à sua disposição. Vamos ver porquê.

Façamos agora uma visita ao que Miguel Sousa Tavares falou no telejornal da SIC ontem dia 23 de Outubro. Ver 
http://sicnoticias.sapo.pt/opiniao/2017-10-23-Nao-havendo-margem-para-dialogo-era-dificil-Madrid-ir-por-outro-caminho

Em dada altura falando sobre a Catalunha a pivot fez notar a MST que:

Pivot - O objectivo é convocar eleições no prazo máximo de seis meses mas a verdade é que nas últimas sondagens indicam que o desejo de independentista voltaria a conquistar mais lugares no parlamento e corremos o risco de não sairmos daqui.


MST – Há aí um contrasenso. Os independentistas têm de facto a maioria no parlamento mas não têm a maioria dos votos ou seja não têm a maioria simples não chegaram aos 51% ficaram com 47% e presume-se para já que daqui a seis meses o resultado fosse igual. Isso mostra até que ponto Rajoy foi imponderado para não dizer irracional quando resolveu dar a importância ao referendo convocado pelo governo regional por Puigdemont deu-lhe a importância que ele poderia não ter tido porque a maioria dos catalães não teriam ido votar e o referendo naquelas circunstâncias não era reconhecido juridicamente em parte alguma do mundo,. Nem em tribunal algum no mundo nem politicamente. Ao dar-lhe essa importância ele (Rajoy) extremou as posições do lado de Madrid.

Aqui MST cai em duas omissões.

Efectivamente Rajoy poderia ter esperado tranquilamente pelo resultado do referendo!

Se os unionistas ganhassem teria o seu problema resolvido.

Se os independentistas ganhassem poderia sempre e a qualquer momento declarar o resultado do referendo, ilegal com os mesmos argumentos de agora!

Declarava a ilegalidade do resultado do referendo e ameaçava prender os independentistas. Tal e qual está fazendo agora!

Mas MST esqueceu um pormenor. Nestas circunstâncias teria havido uma consulta pacífica cujo resultado seria insuportável para Rajoy e para Madrid. Não teriam um qualquer outro argumento contra a vontade dos catalães, senão o da ilegalidade!

Levariam com um pano enxarcado nas bentas e não poderiam argumentar que a independência não era a escolha maioritária dos Catalães.

Dessa forma Rajoy foi muito racional, jogou pelo seguro! Boicotou o referendo

Assim sempre poderá argumentar, ele e seus argumentistas, que o referendo foi um fiasco!

Poderá ter sido: Mas só e apenas porque a Guarda Cilvil impediu violentamente que o mesmo fosse realizado em pleno!

tone do moleiro novo I - autoproclamado O Chato!

Sem comentários:

Enviar um comentário