segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Oh! Cristo, anda cá abaixo ver isto!

Oh! Cristo, anda cá abaixo ver isto!

Este é o grito que toda a gente conhece.

E aplica-se nas mais variadas circunstâncias. Esta será uma delas!

29º domingo do tempo comum, 22 de Outubro de 2017. Enquanto cuido da minha Nai, ouço a missa. Às vezes também vejo pois o mui laico Canal 1 transmite regularmente pelas 10H30. Depois segue uma outra já na TVI que originalmente era da Igreja e passou a Independente. Uma forma sub-reptícia de conseguir mais um canal privado! E ninguém se pronunciou!

Ouço a mesma liturgia de sempre:

EVANGELHO segundo Mateus  22, 15-21 –                                                                                    (também dizem que é do Marcos!  Só que mudou os  números !)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, os fariseus reuniram-se para deliberar sobre a maneira de surpreender Jesus no que dissesse. Enviaram-Lhe alguns dos seus discípulos, juntamente com os herodianos, e disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és sincero e que ensinas, segundo a verdade, o caminho de Deus, sem te deixares influenciar por ninguém, pois não fazes acepção de pessoas. Diz-nos o teu parecer: É lícito ou não pagar tributo a César?». Jesus, conhecendo a sua malícia, respondeu: «Porque Me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo». Eles apresentaram-Lhe um denário e Jesus perguntou: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Eles responderam: «De César». Disse-Lhes Jesus: «Então, dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».
Palavra da salvação.
Amém Orbacém – Diria o meu amigo França!


«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus»

Esta separação perfeitamente estabelecida por Cristo foi mal interpretada.
Por maus ouvidos e pior pregação, o pessoal convenceu-se que a religião era dentro das igrejas e que, cá fora, o reino dos césares seria escampado para todas as patifarias. E que para alivio das consciências bastava ir à missa para lavar toda a porcaria praticada no dia a dia.

A minha admiração por Cristo está no mesmo alinhamento daquela que tenho por quem me ensinou alguma coisa. Desengane-se quem esteja à espera de se encontrar nesse meu saco.

São raros; O Professor Mário Viana, os meus familiares, o Esganarelo e poucos mais. Já o assumi há muito tempo. Esse tal Cristo está lá dentro.

Segundo os relatos,  enfrentou um fariseu esperto que o quis entalar. Se Cristo dissesse que era licito pagar a César, cair-lhe-iam  todos os Judeus em cima.  Se dissesse que era ilícito, ter-se-ia que haver com os Romanos.

Mas Cristo que era magro, mas inteligente ( Jo Soares) deu-lhes a volta:
 – Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

No que me toca não precisei de tirar um curso de teologia para chegar a Cristo.

Prégava Deus, anunciava não um mundo novo mas um mundo transcendente. Anunciava a imortalidade e não a mesquinhice terrena. E o que Cristo disse pode ser dito de uma outra maneira.

Não se paga a Deus com o tributo que devemos a  César nem se paga a César com o tributo que devemos a Deus!

Tão  simples quanto isso!

Muito embora e ainda nos dias de hoje, muitos daqueles que invocam Deus e a religião – até os políticos! -  não desdenharem receber qualquer coisinha por fora, naquela mesma moeda com que se pagam os impostos!

Em tempos, a actual Roma chegou a ser mais directa. Trocava indultos pela moeda de César!

Os da minha terra ( e não só) acharam uma forma expedita de libertar as consciências! No fim da festa a mordomia reunia à volta da colecta conseguida no peditório e nas arrematações.

Atiravam o dinheiro ao ar. O que o Santo apanhava era para ele (o Santo) O que caia ao chão era repartido irmãmente (valha-nos isso) pelos confrades!

Em boa verdade nem Deus nem o orago  necessitavam das moedas de César para nada!

E assim  o conhecimento que a confraria tinha da lei da gravidade, evitava a Deus, aos Santos aos Anjos e aos Arcanjos o embaraço de receberem bens terrenos!

Palavra do senhor!

( Ou seja palavra de mim, já que é assim que me tratam no tasco e só aí… Senhor Lopes)


Tone do Moleiro Novo I – auto proclamado O Chato

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