terça-feira, 23 de abril de 2024

TESTA ALTA E VIVA LANHELAS

 Hoje 23 de Abril de de 2024 é um aniversário "redondo" de uma outra data, 23 de Abril de 1644 dia em que os de Lanhelas (e as de Lanhelas) rechaçaram um invasão, mais Galega que outra coisa!

Houve alguém que "retratou" o acontecimento. Como a fotografia veio muito mais tarde, pintou.

E o quadro é o chamado e pouco divulgado "Quadro de Lanhelas". Que aqui vai!













Irei contar a história, curiosamente deixada para a posteridade por um ilustre conterrâneo meu!

Agora apenas com uma curiosidade.

TESTA ALTA E VIVA LANHELAS, é o "grito de guerra" dos de Lanhelas. 

Muito ao estilo do de Riba de Mouro 

- PÁ FRENTE QUE RIBA DE MOURO É MACHO!

Mas também ouvi em Lanhelas uma versão bem mais malandra...

Testa alta e viva Lanhelas                                          moças bonitas, cama com elas



quinta-feira, 18 de abril de 2024

O meu encontro com G. K. Chesterton na Quinta da Cancela de Areosa

O meu encontro com G. K. Chesterton na Quinta da Cancela de Areosa

(Parte II) - Publicada na edição da A AURORA DO LIMA de 18 de Abril de 2024.

(A primeira parte foi publicada na edição de A AURORA DO LIMA de 4 de Abril de 2024)

Onde expliquei que, não publicando nos CADERNOS VIANENSES, nem na Revista do CER, nem no FALAR DE VIANA e assumindo que nem tão pouco poderia ombrear com a qualidade dos textos e seus autores, tenho publicado  regularmente - há mais de 40 anos - na A AURORA DO LIMA, refúgio dos humildes. O que não queria dizer que não lesse essas edições referenciadas .

E porque as leio, isso dá-me ensejo a tecer os meus comentários que precisamente têm sido publicados na A AURORA DO LIMA. Alguns referenciados na Parte I deste texto.

E o titulo de agora acontece por mais recentemente ter lido no FALAR DE VIANA de 2022 em que Cruz Lopes volta a contar a história do Campo d’Agonia (pg. 95 e seguintes), repisando aquela da “Antiga Quinta de Monserrate.”

Mas vai mais longe referindo-se a uma tal alameda de choupos fronteira ao casario piscatório poente da Ribeira desde o cais de pesca (do Castelo) até à tal quinta ao longo o arruamento antigo de Nossa Senhora de Monserrate de continuidade com a estrada Real de Viana a Caminha, arruamento de entrada/saída de Viana para norte. Remetendo para a Planta urbana de 1867 em que essa tal alameda arborizada é aí evidente e bem representada. (Figura 3 constante na pag. 91 )

Acontece que a legenda dessa mesma figura 3 se presta a diversas confusões. A essa tal planta urbana ( a que afinal é um excerto da Planta Porto e Barra de Viana do Castelo de 1867 atribuída a Vasconcelos &; Ferreira) que serve de base dessa figura, foi posteriormente completada com as obras projectadas em 1905 conforme publicação de Adolfo Loureiro. Como curiosidade mostra o ramal de CF para a doca mas que afinal não foi assim realizado.

Mas essa infografia não testemunha qualquer arruamento no trajecto referido por Cruz Lopes, mas sim EN nº 4 (duas vezes). Mais; já ou ainda em 1868/1969, na Carta Cadastral da cidade de Vianna do Castelo, não consta, aí, qualquer arruamento mas sim Estrada de Caminha. Isto desde o largo Infante D. Henrique até à Cancela de Areosa passando pelo Campo d’Agonia.

E o curioso é que o próprio Cruz Lopes sabe que muito mais antiga que “o arruamento antigo de Nossa Senhora de Monserrate” era a “Estrada de Caminha a Vianna” pois a isso se refere no FALAR DE VIANA de 2013 (pg. 76) remetendo aí para a cartografia  hidrográfica do século XIX – (1864).

Mas o crisma não se queda por aqui! Na pg. 97, Cruz Lopes apresenta uma planta do Castelo da Barra da Vila de Vianna (1794) de Aufdiener, onde nas costas de S. Roque e da Senhora d’Agonia aparece o "Caminho da Arioza." As inovações de Rua de Nossa   Senhora da Conceição e Rua Amélia de Morais, vierem depois! 

Mas esse tal caminho não mereceu qualquer referência a Cruz Lopes Coisa surpreendente tendo em conta o seu acerto  quando cita G.K. Chesterton (1874-1936), escritor…

“o mundo moderno tem como principal objectivo simplificar o que quer que seja destruindo quase tudo.”

Exactamente o que acontece. A destruição, pouco a pouco, da memória contribuindo assim para que a narrativa histórica seja substituída por uma mais moderna.

Coisa surpreendente para o que mais à frente Cruz Lopes escreve:

"Para que a nossa memória humana perdure e não se apague releve-se a função remota e militar do supracitado morro…" 

...quando se refere ao Morro da Forca perto do Local da Senhora d’Agonia. Assim e por reflexo, vou dar uma dica a Cruz Lopes.

- Para que a nossa memória humana perdure e não se apague definitivamente, releve-se a função remota… e rural do Campo d’Agonia, não só recordando as vacas do Freixo, do Lopes e do Sousa mas também as do Zé do Reguinho, lavrador de Areosa, que ía, ele e os filhos que ainda estão vivos, pastar as vacas, pelas década de 70/80, tanto ao Campo d’Agonia como no Campo do Castelo!

Invoca Cruz Lopes, no fim do seu texto, a sua condição de morador nas redondezas para justificar os seus conhecimento sobre as mesmas.

Ainda bem que isso acontece pois permitiu-lhe no FALAR DE VIANA de 2015 pag. 67 seculo XIX, localizar “O «Chamado Campo de Nª Srª d’Ágonia na cartografia hidrográfica do século XIX era aberto ao mar sem casario…” precisando assim o local do limite da Villa de Viana testemunhado pela Câmara de Vianna segundo acta da Reunião da Câmara de Vianna de 14 de Abril de 1846.

Da mesma forma que lhe permitirá precisar o extremo da Villa de Viana pois segundo a Acta da reunião de 19 de Maio de 1832 a Câmara de Vianna se propunha localizar aí, um novo matadouro …entre a Fonte do Castelo, o muro da tapada dos herdeiros de   Gonçalo de Barros Lima e o cais do Rapelho…

Ficará decerto para uma próxima oportunidade!

Areosa, 5 de Abril de 2024

António Alves Barros Lopes

Imagem 1

A Estrada de Caminha n’A Planta Cadastral de Vianna do Castello. Século dezanove


Imagem 2

Caminho d’Arioza n’A Tal Planta de Aufdiener


Imagem 3

EN -14 no Extrato da tal Planta em 1905 conforme publicação de Adolfo Loureiro.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Poesia minimalista!

 Ou então animalista, pois os gatos também entram!


Aquela voz que me guia

Aquela Luz que me alumia

E o Eco...mia...mia...mia...mia...mia...mia

Poesia

Sereia

- Seria???

Fui ver

Era um gato!


( Foi o que saiu, num dia de Abril em que me lembrei daquela em que fui ver e a neve caía!)



sexta-feira, 5 de abril de 2024

O meu encontro com G. K. Chesterton na Quinta da Cancela de Areosa (Parte I)

O meu encontro com G. K. Chesterton na Quinta da Cancela de Areosa (Parte I) 

(Este texto foi publicado na A Aurora do Lima em 04 de Abril de 2024)

Não publico nos CADERNOS VIANENSES. Não publico na Revista do CER. Não publico no FALAR DE VIANA. Tão pouco poderia ombrear com a qualidade dos textos e seus autores. Refúgio dos humildes, publico há mais de 40 anos na A AURORA DO LIMA.

Mas porque e apesar de não publicar nessas edições, não quer dizer que não as leia. E porque as leio, encontrei recentemente nos CADERNOS VIANENSES, Tomo 57 de 2023,  uma informação de Maranhão Peixoto acerca da "Parochia de Nossa Senhora de Monte Cerrado, a que o vulgo chama Monserrates," segundo documentos existentes no Arquivo Municipal de Viana do Castelo. Paróquia essa cuja criação se justificava já em 1541 “por ter crescido o Povo e não caber na Matriz”. (pags. 372 e 373). O que me permitiu publicar na A AURORA DO LIMA em 29 de Fevereiro de 2024, o texto O Monte Cerrado é em Carreço (Mais precisamente em Paçô.)

E também por ler o FALAR DE VIANA me deu azo a ter publicado na a AURORA DO LIMA de 28 de Novembro de 2019, um texto sobre a Cancela de Areosa, texto intitulado: Quinta da Cancela de Areosa. Onde dei de caras com um tal VoltaireIsso na sequência de que, ao ler o FALAR DE VIANA de 2018 (pg. 63), tomei conhecimento de uma ideia de um tal VOLTAIRE (1694-1778) de que “aos vivos deve-se a consideração e aos mortos a verdade” na oportuna citação aí  feita por José da Cruz Lopes. Acontece que este  mesmo  autor, José da Cruz Lopes, se refere num outro seu texto em a FALAR DE VIANA de 2015(pg. 68) a: “ …uma mata de pinheiros, vinculada à antiga Quinta de Monserrate, sita na então denominada Cancela de Areosa (1864).”

E precisei que, nessa data, 1864, conotada com o dono, essa quinta era tida pela Quinta de Figueiredo da Guerra. O nome original, referido à toponímia do local, foi reconhecido pelos próprios proprietários ainda e quando, em 4 de Agosto de 1887, foi celebrada uma escritura pública no tabelião Júlio Sem Pavor Carneiro Geraldes – em que estes se  “…obrigam e hipotecam a sua quinta denominada da Cancela d’Areosa”  a favor do Banco Mercantil de Vianna. Esta escritura deu origem à descrição 18 833 a Fls 67 do libro B – 48 na Conservatória de Vianna  onde continua a constar “…Quinta denominada da Cancela de Areosa…”. ssim afinal a tal quinta de Monserrate não seria assim tão antiga como isso! Aliás foi já em 1922que, talvez por vergonha e face a uma apresentação, após a aquisição da Quinta pela GNR, na Conservatória, foi crismada a dita Quinta, como sendo a Quinta de Monserrate – quando até ali nunca o tinha sido.

Este pormenor levou-me a assumir que eu seria mais universal que o tal Voltaire, chegando á conclusão de que: “Devemos  toda  a consideração e toda a verdade tanto aos vivos como aos mortos.”

Acontece que mais recentemente – FALAR DE VIANA 2022 – Cruz Lopes volta a contar a história do Campo d’Agonia (pg. 95 e seguintes), repisando aquela ideia da “Antiga Quinta” de Monserrate. Mas citando, desta vez, G.K. Chesterton (1874-1936), escritor…

“o mundo moderno tem como principal objectivo simplificar o que quer que seja destruindo quase tudo.”

O que me permitirá agora e na Quinta da Cancela de Areosa, encontrar G. K. Chesterton.

O relato será objecto de uma segunda parte deste texto.


Afife, 20 de Março de 2024

António Alves Barros Lopes



sábado, 30 de março de 2024

Cuidei que era uma rosa...e era um cavalo.

 É por estas e por outras que idolatro Pedro Homem de Mello.

Leio e releio! 

E descubro sempre coisas novas.

Coisas inimagináveis

Invasões do nosso (pelo menos do meu) rudimentar atrevimento.

Improbabilidades n'um "conservador"! Imagens de um temerário perigoso para a mediocridade da paisagem.


In BODAS VERMELHAS 1947






sexta-feira, 29 de março de 2024

Valença em frente a Tuy. Galegos do Sul Galegos do Norte

 VALENÇA

Valença. debruçando o longo olhar,                                                      Comtempla Tuy. ( Um cântico de Espanha                                            Chega na asa da brisa, a revelar                                                             Suspiros da montanha!)

Lá em baixo o Minho, a modos que entrelaça                                          Serra e céu, campo longo que esvoaça...

Ai! a várzea, ali a várzea ao sol acesa,                                                      Cortada eternamente pelo rio!

E a velha fortaleza                                                                                               De Valença                                                                                                 Envolta em véu granítico, sombrio,                                                                  Imóvel, pensa...

Pedro Homem de Mello em ESTRELA MORTA


Isto em tempos da Senhora da Cabeça e em tempos de Cristelo de Covo.  

Aproveitar o tempo de Páscoa para assistir ao lanço do senhor Prior.

E, já então, participar na irmandade dos Galegos e seu encontro no meio do Rio!



quinta-feira, 28 de março de 2024

JÁ LÁ VAI HÁ TANTOS ANOS.

 JÁ LÁ VAI HÁ TANTOS ANOS.


o que celebro este dia mesmo sitio mesma hora sem a sua companhia

Sem o brilho e o encanto que no seu olhar havia

quando decifrava o morse                                                                                                      que o meu coração batia

E agora sentado à mesa

 (tampo de pedra tão fria)

a garrafa e duas taças

uma cheia outra vazia maldigo o sabor do vinho

que certa dor alivia
Tantos anos tantos anos

meu Deus do Céu quem diria


A rosa para ser rosa

tem de ser de Alexandria                                                                                                                                               a mulher pra ser mulher

tem de chamar-se Maria


E não era uma qualquer                                                                                                                                               que como ela seria

Já lá vai há tantos anos

e ainda celebro o dia

mas aquilo com que sonhamos

acordados e de dia

não tendo barro nem cal                                                                                                                                                não passa de fantasia

ou então

é inútil poesia


ou

é mera filosofia


ou ainda

desperdício de energia


(O Tone do Moleiro Novo à espera da Páscoa e da mão de vaca na casa do Artilheiro!)

domingo, 17 de março de 2024

O SENHOR DOS PASSOS

 ESTOU A PENSAR NO SENHOR DOS PASSOS!

Com direito a capela na igreja de Santa Maria de Vinha de Areosa.

A impressionante figura dobrada ao peso da Cruz.

Pelos vistos Cristo não sofreu o suficiente para nos salvar.

Talvez pretendamos que, para tal, tenha que aparecer por cá mais vezes!

Já me referi à sua impressionante e roxa Paixão em:

Mas as ruas por onde a amargura do Salvador hoje é representada vai ser engalanada com um desfile de mordomas acompanhado de banda de música e tudo!

Sugiro que o repertório seja à base da Lacrimosa de Mozart.

O "dó" da sinfonia será dado pelo respectivo traje das "lavradeiras" que vestirão violeta para o acontecimento.

GOD SAVE THE KING - Dizem os britânicos!
DEUS NO SALVE A TODOS NÓS - Diz o do Moleiro Novo!

sexta-feira, 15 de março de 2024

MONTEDOR

 O meu amigo Ernesto Paço enviou-me este lembrete.












Lembrete de Raul Brandão e também da paisagem.

Antes era assim desde Montedor. (Cortesia de Ernesto Paço)



"...verde para sul até Viana"

Mas os tempos já num são os de Raul Brandão.        
E hoje em dia já não é só verde!

Vai ficando mais branco (ou cinzento)





Numa área de alto valor paisagístico.

A história está aqui!


Ou aqui!


É só fazer as contas como dizia o outro!

lopesdareosa




O mar enrola na areia

 Posso colocá-la numa das canções da minha vida!

Era do Rancho Poveiro.

https://www.youtube.com/watch?v=IzkBi4Rr9k0



Está aqui a prova da palermice estalinista da tendência de reescrever a história.

Reparem na quadra:

O mar também é casado
o mar também tem mulher
é casado com a areia
bate nela quando quer

E se procurarem na NET a coisa foi alterada pois pareceria mal andar a cantar a violência doméstica.

E a versão mais moderna da coisa è:

O mar também é casado 
 o mar também tem mulher 
é casado com a areia                                                                             pode vê-la quando quer

Com excepção da TONICHA que a canta no original!
Ver

lopesdareosa



domingo, 10 de março de 2024

Festival da Canção de 1974

Foi a 7 de Março!

Fico phodido com uma mania, muito antiga, que sempre houve, de tentar reescrever a história.

E então,  com as saudades estalinistas que um dia farão aparecer nos manuais que afinal Napoleão ganhou Waterloo!

Isto por causa do que encontro descrito sobre o que foi o Festival da Canção de 1974

Sem qualquer desprimor para a canção "E depois do Adeus" que muito a a propósito foi escolhida para senha do 25 de Abril, 

                este festival foi uma farsa!

E quem duvidar que fale com o nosso amigo JOSÉ ENES que foi o representante de Viana do Castelo no júri nacional presente nesse festival. E quem disto duvidar que vá ao sitio.

 https://arquivos.rtp.pt/conteudos/xi-grande-premio-da-cancao-1974/

e reveja as imagens.























E o que sucedeu nesse festival está parcialmente descrito em 

https://festivaiscancao.wordpress.com/2014/11/24/parabens-festival-da-cancao-hoje-revisitamos-o-ano-de-1974/


“Também as canções foram comparadas, de forma depreciativa, com as do ano anterior o que, de alguma forma, alegrou Ary dos Santos, que se encontrava na plateia e que, nesse ano, não tinha concorrido por ter sido apelidado de papa-concursos/prémios pela crítica. Até a canção E Depois do Adeus foi comparada negativamente às três participações anteriores de Paulo de Carvalho (70, 71 e 73), chegando a ser mencionado que o intérprete ganhou o festival com a melodia e o poema mais fracos de todos.

Também não foi muito prezada a votação realizada pelo júri de seleção que escolheu dez das canções submetidas à sua apreciação e, na noite final, ignorou praticamente todas as canções excepto a vencedora. Apenas um dos nove elementos, António Andrade, distribuiu os seus votos por três temas. Esta situação levou a que Paulo de Carvalho considerasse a votação deste júri muitíssimo exagerada (in Diário de Notícias, 8 de Abril de 1974).

Apesar de se utilizar um quadro electrónico para a votação, este deixou de funcionar após a atribuição da pontuação do júri de Vila Real, o que fez com que se voltasse ao tradicional quadro de ardósia, giz e apagador das primeiras edições do concurso. Coube a árdua tarefa a Glória de Matos que teve de subir a um tamborete, sempre que eram atribuídos votos às primeiras canções, uma vez que a respectiva casa do quadro não estava ao seu alcance.

No fim da votação, era patente a grande decepção de José Cid, que terá comentado “Aconteceu o que eu previ: dei uma oportunidade ao júri para colocar na Eurovisão uma canção que, com uma boa promoção, sem dúvida, poderia conseguir a melhor classificação de sempre para Portugal. Assim, vai uma canção com menos força, com menos ritmo que as minhas, características que hoje considero fundamentais” (in Diário de Lisboa, 8 de Abril de 1974).

À saída do Teatro Maria Matos, houve alguns desacatos, tendo sido chamada a autoridade para acalmar os ânimos, entre a grande claque de José Cid e dos Green Windows, que levaram estes artistas em ombros, enquanto faziam sinal de vitória e apupavam o júri de seleção.

 Posteriormente, veio a confirmar-se o grande favoritismo dos temas No dia em que o rei fez anos, Imagens e A rosa que te dei, que se tornaram grandes sucessos comerciais, tendo vendido muito mais cópias que a canção vencedora, situação inédita até àquela edição do certame."

 Ou seja, num encontro em lado nenhum a vergonha dos elementos do Júri de Selecção que emerdando a posição do Júri Nacional que votou maciçamente "no dia em que o Rei fez anos" de José Cid,  deram todos eles a votação máxima na canção de Paulo de Carvalho com a excepção de António Andrade 

"Apenas um dos nove elementos, António Andrade, distribuiu os seus votos por três temas."

Também não vejo em lado nenhum as imagens do gesto, figurativo da roubalheira, que José Cid ia fazendo durante a votação do Júri de Selecção.

Valha a noticia citada que lá vai testemunhando as cenas de "pancadaria" que houve no exterior do "Maria de Matos"

Pois é meus amigos. 

A memória é PHODIDA!

lopesdareosa

 


quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Monte Cerrado é em Carreço

 ( Este texto foi publicado na A AURORA DO LIMA em 29 de Fevereiro de 2024)

Monte Cerrado é em Carreço                                                  

Mais precisamente em Paçô.

Isto porque ao ler os CADERNOS VIANENSES, Tomo 57 de 2023,  encontrei uma informação de Maranhão Peixoto acerca da Parochia de Nossa Senhora de Monte Cerrado, a que o vulgo chama Monserrates, segundo documentos existentes no Arquivo Municipal de Viana do Castelo. Paróquia essa cuja criação se justificava já em 1541 “por ter crescido o Povo e não caber na Matriz”. (pags. 372 e 373).

Desde logo terei de me desfazer da ideia  que tinha de que  o culto de Monserrate teria vindo da Catalunha, mais precisamente de Barcelona

Acontece que sei onde fica o Monte Cerado se da tal Senhora se d’umas Alminhas. Sei da Portela do Monte Cerrado na passagem de  Paçô para Gateira onde existe um nicho encimado por uma cruz e com um pequeno altar virado a Sul. Local de culto decerto.


E o certo é que o da Percina me confirmou que no século dezanove por lá passava a Procissão do Cerco e que o penedo era conhecido pelo Penedo da Rasa, que se encontrava numa bouça da Casa do Cigano!

 

 

 

                                     

Há uns tempos passei por lá. Vindo de Afife a Carreço pelo monte. Esse caminho era exactamente aquele que eu, na minha adolescência percorrera, desde Carreço a Afife, chegando assim à conclusão que esse caminho podia ser percorrido nos dois sentidos!!! Neste caminho os de Afife  colocaram uma placa toponímica CAMINHO DOS BURROS.


Como na tal minha adolescência nunca vi lá placa nenhuma, cheguei à conclusão que os de Afife colocaram lá a placa depois de eu lá ter passado!!!

O certo é que, por aquela zona da transição entre Paçô e Gateira, existe um grande penedo onde se encontra o nicho do tal culto . Mas por essa tal altura de que falo, não dei pela existência de qualquer cruz.

Ora acontece que, mais recentemente, ao passar por lá verifiquei que existe agora uma cruz a encimar o cabeço! Cruz essa que me pareceu moderna. Enfim ainda resta qualquer coisa. Mais que não seja o nicho o altar e a quadra da Cruz. Das Alminhas do Cadinho, junto à EN13, é que nem sequer uma réplica existe.

 

Afife, 12 de Fevereiro de 2024

António Alves Barros Lopes







sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Agricultura do Norte ou no Norte

 AGRI - doces e amargos


Já me indaguei se sobrará gente para plantar batatas tantos são os objectivos!

tone do Moleiro Novo


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Os novos descentralizadores

Também poderia ser intitulado

EU ADÓÓÓRO ANDAR DE COMBÓIO


Em 6 de Novembro de 2017 foi noticiado que:

"O “Movimento pelo Interior”, liderado pelo Presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, que é também presidente dos Autarcas Social Democratas, foi recebido no passado sábado, dia 4 de novembro, no Palácio de Belém, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O grupo foi solicitar, «em nome da coesão», o alto patrocínio da Presidência."

"Para além do Presidente da Câmara da Guarda, este grupo integra ainda o Presidente da Câmara Municipal de Vila Real e Presidente dos Autarcas Socialistas, Rui Santos, o Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Fontaínhas Fernandes, o Presidente do Instituto Politécnico Leiria e Presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Nuno Mangas e o Presidente do Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e ex-Presidente do Conselho Económico e Social, José Silva Peneda."

Ver em 

https://www.mun-guarda.pt/noticias/645-movimento-pelo-interior-lidera

Mais recentemente,  em 7 de setembro de 2022 já..

"O ex-ministro Miguel Cadilhe defendeu esta quarta-feira que Portugal “precisa muito” de um “Movimento pelo Interior II”, mas “com voz mais sonora” do que o primeiro, que considerou ter “encerrado para balanço” sem que as suas propostas fossem acolhidas."

VER

https://observador.pt/2022/09/07/cadilhe-defende-que-o-pais-precisa-muito-de-um-movimento-pelo-interior-ii/

No entretanto no PUBLICO e em 23 de Junho de 2019,  este mesmo Cadillhe tem um arrependimento fabuloso:

O texto, COMBOIOS, de um tal Carlos Cipriano, principia de uma  forma sucinta e eloquente:

"Miguel Cadillhe ex-ministro das finanças de Cavaco Silva reconhece que foi um erro o encerramento da linha do Douro, em 1988, entre o Pocinho e a Barca de Alva, e é o primeiro subscritor de uma petição para a sua reabertura."

Desde logo é surpreendente que Cadillhe fale apenas no Ministro das Obras Públicas de então que em conselho de ministros os teria "enganado a todos" (ver texto enquadrado a vermelho).

Mais surpreendente quanto à data o Primeiro Ministro era precisamente Cavaco Silva o tal que nunca se enganava e raramente tinha dúvidas. Ou que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava.

- Então qual era a autoridade de Cavaco Silva nessas reuniões de Conselho de Ministros???

É caso para perguntar pois o nosso inefável Cavaco sempre gostou de andar de comboio e até chegou a afirmar, por volta de 2012, que estava mortinho por fazer uma viagem até Barca d'Alva. Ver https://www.youtube.com/watch?v=ADWmxGhKagg


(Se isto num é gozar como pessoal, vou ali e venho já)

Isto porque...

No ano de 1988 são suprimidos os serviços de passageiros na Linha do Sabor parte da Linha do Vouga e da Linha do Douro 

Em 1989 , são encerradas a Linha do Sabor,  Linha do Dão , Linha entre Guimarães e Fafe e a Linha do Douro entre Pocinho e Barca d'Alva

Vejam

https://www.cp.pt/institucional/pt/cultura-ferroviaria/historia-cp/cronologia

 E vejam se se lembram de quem era Primeiro Ministro na altura!

Ao mesmo tempo lembrem-se do que naquele tempo fizeram Cavaco e as carpideiras de agora. Em 19 de Dezembro de 1994, Pedro Arroja Economista e director do ISLA analisando as estatísticas do INE relativas a 1993 demonstra por Á mais Bê que na saúde e na cultura Pelo menos, que as regiões mais ricas são privilegiadas em relação às mais pobres.

Ao mesmo tempo que o grosso dos investimentos ía para a estratégicamente criada Região de Lisboa e vale do tejo e para o Litoral. Ver

É desses tempos este cartoon saído no JN de 9-11-1994


Mas vem agora Alvaro Amaro em 18 de Fevereiro de 2023.


Com muita pena dos agricultores e do interior e do mundo rural
Num sei com que intenção mas o certo é que o SOL mandou, na edição, o Álvaro Amaro para o -  pag 43 - OBITUÁRIO












E o Miguel Cadilhe ajudou à missa no jn de 21 de Fevereiro de 2024





Queixando-se do hipercentralismo












Mas a missa tem sido das cantadas pois tem mais que um celebrante.

JN 20 de Fevereiro de 2024 e no lançamento de mias um livro sobre Sá Carneiro



Já em 13 de Dezembro de 2017, Cadillhe ataca...

https://www.dn.pt/lusa/interior/antigo-ministro-das-financas-miguel-cadilhe-pede-coragem-politica-para-mudar-o-interior-8982947.html


Quote

O antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe lamentou hoje que ainda não tenha havido   
coragem política para avançar com propostas que discriminem favoravelmente o
Interior do país, defendendo que agora se devem tomar medidas radicais.

"Algumas das medidas têm de ser radicais, para que o Interior verdadeiramente beneficie,
senão estaremos a exercer uma espécie de hipocrisia política", arranjando apenas
 
"uns remendos para Interior, para que tudo fique na mesma", considerou.   

O antigo ministro admitiu que "não é propriamente fácil a discriminação fiscal a favor           do Interior", mas comprometeu-se a trabalhar para apresentar propostas de modo a que            quem tem o poder político as possa ponderar."
Unquote



E já em 25 de Fevereiro de 2018 Miguel Cadilhe volta a  atacar


No entanto em Setembro de 1989 realizou-se em Bragança um encontro de empresários do Nordeste. 

VER 

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/cavaco-silva-em-braganca/#sthash.7rYFLNW7.dpbs

Em que, se a memória não me engana, esteve presente um tal Miguel Cadilhe Ministro das Finanças, 
E lá, instado pelos empresários a promover juros mais baixos, precisamente para incentivar o                                                          investimento na região, respondeu que isso  seria discriminar o mundo empresarial do litoral. 
Como disse cito de memória ( não tenho evidências em arquivo) mas vou apelar à dos de Bragança                             que pode ser que a sua memória seja melhor  que a minha.
Em 13 de Dezembro de 2017

https://www.dn.pt/lusa/interior/antigo-ministro-das-financas-miguel-cadilhe-pede-coragem-politica-para-mudar-o-interior-8982947.html


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O antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe lamentou hoje que ainda não tenha havido
coragem política para avançar com propostas que discriminem favoravelmente o
Interior do país, defendendo que agora se devem tomar medidas radicais.
"Algumas das medidas têm de ser radicais, para que o Interior verdadeiramente beneficie,
senão estaremos a exercer uma espécie de hipocrisia política", arranjando apenas
"uns remendos para Interior, para que tudo fique na mesma", considerou. 
                                                                                             Unquote
 Agora no SOL DA GUARDA em 17 de dezembro de 2017

2 – Novo Executivo
“Jorge Coelho e Miguel Cadilhe no "executivo" de Álvaro Amaro para o combate à interioridade”
Está apresentada a equipa de peritos que vai coordenar o programa do Movimento pelo Interior.                            

Álvaro Amaro e os outros fundadores, reuniram ontem em Viseu com Jorge Coelho, 
Miguel Cadilhe e Pedro Lourtie, especialista em educação e qualificação 
Voltemos a Cadilhe e a Setembro de 2022
https://observador.pt/2022/09/07/cadilhe-defende-que-o-pais-precisa-muito-de-um-movimento-pelo-interior-ii/
Digo eu agora
Mãe do Céu! O que a idade faz às pessoas! - Abre-lhes o espírito.
Miguel Cadilhe Ministro das Finanças de um governo que conduziu o interior ao despovoamento! 
Álvaro Amaro Secretário de Estado da Agricultura
Cavaco Silva Primeiro Ministro
- Não que a coisa não viesse de trás! 

- Mas principalmente depois da entrada na CEE na altura que se 
propagandeava...

...não faltará apoio para desenvolver o interior... 
(SIC)
Ver https://lopesdareosa.blogspot.pt/2010/10/recandidaturas.html

Nota Final

Sabem qual é a coroa de Glória de Cadilhe. 

É que  o seu arrependimento foi recompensado precisamente pelos representantes daqueles que mais directamente prejudicou.

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28/03/2017 — Tal galardão foi atribuído a Miguel Cadilhe como reconhecimento pelo seu papel maior no engrandecimento do Douro, cabendo-lhe a ideia e ...

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E por fim ouçam o cara de pau dizer que gostaria muito de voltar a Barca de Alva.





Eu adóoooro andar de comboio. 
Sentir a pancada das rodas nos carris e olhar a paisagem.
Ajuda a esquecer as agruras da vida. Ou lembrar


tone do Moleiro Novo I - Autproclamado O Chato