quinta-feira, 29 de setembro de 2022

ESTOU DESOLADO!

Depois dos desaires Ovinianos no Tribunal Administrativo de Braga, há um ano e com as eleições em Setembro, logo em mim nasceu a esperança de ver Santa Maria de Vinha, de novo, no seu esplendor. 

E manifestei o meu regozijo! Em 1 de Setembro de 2021-  Ver https://www.facebook.com/antonio.alvesbarroslopes/posts/6019497441453777 - 

- Quereis ver que vamos voltar a ter água nos fontanários???












Finalmente e depois de dois mandatos, Rui Mesquita tomou a peito a Nossa Querida Areosa e resolveu dar-se ao trabalho de AFIRMAR AREOSA!

E as minhas esperanças eram perfeitamente fundamentadas

Pois os apoios eram de peso:

https://www.facebook.com/profile/100000003074067/search/?q=Afirmar%20Areosa


Luis Nobre e Luis Rufo
















Pi d'Areosa













Prof. Gaspar Cruz













José Maria Costa


José Bom Pastor

Rosa Freitas


Professor  António Campos

Professor Alberto Rego

Estes e outros tão bons quanto estes, eram a garantia que Rui Mesquita iria de facto e enfim, AFIRMAR AREOSA

A coisa prometia tanto mais que até a oposição ia trabalhar


Até o meu amigo Vitor Lemos entraria nas apostas.

AREOSA voltaria ao passado.


Além de muitas outras realizações
Por exemplo:

Conseguir água para os Fontanários
                                                                          Identificar e Afirmar AREOSA na EN13 na Veiga de Sua Vila

Recorrer e ganhar na questão dos limites que Areosa tinha perdido no TAB.

Pôr as criancinhas do ensino primário a estudar a história de Areosa. Mas com a preocupação de não ser a dos aldrabões de biana!

Colocar à porta da Sede da Junta de Freguesia de Areosa o brasão de Areosa.

Defender em quaisquer circunstâncias a dignidade de Santa Maria de Vinha.

E em 14 de Setembro de 2021 - Publiquei

Prosápias Areosenses ( ou talvez não!)

https://lopesdareosa.blogspot.com/2021/09/prosapias-areosenses-ou-talvez-nao.html

Mantendo essas esperanças ao ler o  PLANO DE AÇÃO do PS para a concorrer à Autarquia Areosense. 

Onde a 

A CULTURA COM IDENTIDADE” estava  assegurada.

 No tal Plano de Ação, no  tópico AFIRMAR EDUCAÇÃO; CULTURA E RELIGIÃO havia um ponto para mim comovedor.

 “Favorecer o estudo e conhecimento da nossa história tradições e património em contexto curricular pelas crianças da EB1”

E estava já mesmo a ver as criancinhas da EB1 a estudarem a obra do grande Catedrático António Alves Barros Lopes      ( mais conhecido pelo Tone do Moleiro Novo)

Contribuindo então com mais um texto sobre os Limites de Vinha. Manifestando no entanto algumas reservas a coisas omissas no tal PLANO como não ver aí qualquer consideração sobre a AREOSA RURAL.

Voltei em 18 de Setembro de 2021

Tendo encontrado na página do face de Rui Mesquita uma sua publicação do  anterior dia 14

 https://www.facebook.com/ruimmesquita

Publiquei 

https://lopesdareosa.blogspot.com/2021/09/o-couto-de-vinea-e-seus-vinhedos.html

Isto porque encontrei  em Rui Mesquita, para além de invocar a sua acção desde os tempos do Couto de Vinea (!), o seguinte desígnio

 Citação

“Vamos debater o futuro de Areosa, com ideias e 

projetos viáveis e realistas, tendo como ponto de 

partida não o trabalho desenvolvido pela minha 

equipa há oito anos mas desde o Couto de Vinea. 

Cada um de nós é uma pequeníssima parte deste 

grande vinhedo que remonta a esse Couto e a 

grande  riqueza do nosso património (histórico, 

etnográfico, hídrico, natural, edificado…) é a soma 

dessas  pequeníssimas heranças que se construíram 

ao  longo dos séculos, e que herdámos: a Areosa. 

Porque a herdámos e ou adotamos, temos o dever de 

melhor a entregar às gerações vindouras.”    


Fim de citação

Rejubilei e voltei a publicar mais outro texto 

O “COUTO” DE VINEA E SEUS VINHEDOS

https://lopesdareosa.blogspot.com/2021/09/o-couto-de-vinea-e-seus-vinhedos.html

,,,que muito vai enriquecer as tais gerações vindouras.

Mas eis senão quando hoje dia 29 de Setembro de 2022 dou de caras com esta notícia!

Demissão














Estou arrasado! 

Tantas esperanças!  

Tantas expectativas!

Agora quando tudo estava tão bem encarreiradinho, quando tudo estava a correr tão bem, valores mais altos se levantaram!

E me quedo a pensar no Burro do Cigano. Quando já estava quase, quase habituado a não comer...Morreu!                                    (Assim as minhas esperanças)


AABL

Noticia na A AURORA DE LIMA de 28 de Julho de 2022

Colaborador de A AURORA DE LIMA desde 1978, serei talvez o mais antigo deles pois nem me lembro daqueles que nessa altura aí viam os seus textos publicados.

No entanto, sem me aperceber porquê e desde o fim de 2019, a A AURORA DO LIMA deixou de publicar os meus textos o primeiro dos quais versava sobre  São Mamede.

Enviei recentemente um outro sobre uma noticia saída na própria A AURORA DO LIMA sem que tenha havido  qualquer retorno sobre o seu destino.

Tendo realçado esta minha posição enviei então, para publicação o texto que segue sem que me tenha sido dada qualquer satisfação sobre o destino que teria. Acabou por ser publicado hoje. Salvaguardado o respeito que a instituição A AURORA DO LIMA me merece passo a publicar.



Comentários à notícia na A AURORA DO LIMA de 28 de Julho de 2022

Limites de Areosa e Monserrate devem manter-se.

Dado que a noticia esta na AURORA se refere ter a Autarquia de Areosa "documentos da própria freguesia  de Monserrate"   que "atribuem à Areosa os territórios reclamados", sem especificar  que documentos são esses, nem onde se encontram.

 Isso é o suficiente para continuar, invocando a minha condição de testemunha no processo, a comentar a situação nem que seja apenas para ficar  (a situação) na história e esclarecer os leitores que possam ter ficado intrigados com essa informação.

Antes de mais há que esclarecer que Areosa tem um contencioso, no seu limite,  não com a freguesia de Monserrate mas sim com a “Villa de Vianna”. Por questões meramente processuais é que foi obrigada a questionar Monserrate.

Efectivamente e surpreendentemente foi Monserrate que na sua Defesa por Impugnação vez chegar ao processo – Quesito 129º  - o Documento nº 42.  Que consta da Acta da reunião da Câmara de Vianna de 19 de Maio de 1832 em que a Câmara de Vianna confirma que o “extremo da Villa” é coincidente com “ o sítio que fica entre a Fonte do Castelo, o muro da Tapada dos herdeiros de Gonçalo de Barros Lima e o caes do Rapelho.”. Indicando até as distâncias ao referido muro. (ver anexo a este texto)

Aliás esta mesma indicação sobre o local do extremo da Villa é confirmado na Acta da reunião da Câmara de 14 de Abril de 1846 em que textual e expressamente se assume que os limites da Villa vão… em seguida ao Campo d’Agonia junto á praia do mar!  (este documento foi feito chegar ao processo, pela Autora. (Ver anexo a este texto)

Assim bastaria marcar na topografia as tais distâncias ao muro da Tapada de Gonçalo de Barros. Olhar para a Planta da Barra e Castelo de Vianna de 1790 e verificar aqui onde está a Fonte do Castelo. Ver a Carta Cadastral da Cidade de Vianna do Castello de 1868 onde é o Cais do Rapellho. Confira-se se nestes dois documentos consta algum muro de alguma propriedade da Família Gonçalo de Barros. Meçam-se os palmos e marque-se o sítio do tal matadouro que se pretendia construir no “extremo da Villa”   E confrontem-se todos esses dados com o tal sítio onde o Campo d’Agonia se junta à praia do mar.                              

E depois meça-se, na planta de 1790 a distância à tal Porta Gonçalo de Barros na localização demonstrada pela Autora no p.i. e que a Autora defende como ponto de referência para definir os limites históricos de Areosa. (Ver aforamento do Monte em 1825)                                                                                                                                                  

O caricato da situação é que esse documento 42 da D.I. faz parte afinal do acervo documental carreado para os autos pela Rè e tão elogiado na decisão final do TAFB.

 Ou seja é um documento que contraria o tal CAOP – CAOP esse que para além de ser um documento não vinculativo não encontra no tal acervo documental qualquer base justificativa – mas que acabaria por ser (esse tal CAOP) “sancionado” pela decisão do TAFB

Desprezando toda a documentação em contrário até mesmo a carreada pela Ré.

 Dito de outra forma, sendo o CAOP um elemento relativamente recente, não apresentou a Ré qualquer documento mais recente que 1846 que justificasse o CAOP invocado.

 Mas o que para os leigos pode parecer um disparate, para o Direito…não!

 Areosa, 13 de Setembro de 2022

António Alves Barros Lopes

Seguem

Acta da reunião de 19 de Maio de 1832 a Câmara de Vianna


Acta da Reunião da Câmara de Viana de 14 de Abril de 1846.




AABL - 


quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Olhos verdes


Os meus olhos não são verdes

são castanhos


verdes são porque os pintei

Não me perguntes...num sei

tenho pensamentos estranhos


Os meus olhos não são verdes

pensa naquilo que dizes

tens ideias infelizes

é proibido pensar

Mas quando vejo passar

pernas ancas movimento

fica no ar o momento

do verde do teu olhar


Num olhes pra mim num olhes

bota os olhos para o chão

num quero que o mundo saiba

desta secreta união

o ar que ambos respiramos

é a única partilha 

no tempo que frequentamos

nos limites desta ilha


óh mundo que me escutais

quando vós me oferecerdes

Olhos mais lindos que os verdes

olhos que vejo agora

talvez que eu nunca mais

namore quem me namora


Mas s'esses olhos num são verdes

nem fui eu que os pintei

E se afinal são castanhos

porque são verdes

Num sei!


Afife, em todos os Setembros com Pedro Homem de Mello sempre presente!

AABL


terça-feira, 27 de setembro de 2022

O meu amigo Rufo

 A coisa começou no Semanário NASCER DO SOL em 18 de Junho de 2022 e depois foi um festival!

jornalonline

ominho  

cmjornal  

sol.sapo 

jn 

sábado 

semanário

e por aí fóra!






Acontece que a história contada por Felicia Cabrita, já eu a sabia de ginjeira com a excepção de um detalhe na narrativa.

O Rufo o conheço eu há mais de 50 anos! 
Filho da Zira do Pinotes da geração de minha Nai. 
Servia à mesa empregado do Sr. Amandio da pastelaria Paris. 
Tinha tirado um curso de hotelaria. Gerente do Hotel Parque.  Da estalagem da Caniçada por conta da EDP. 
Do exame Ad Oc à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Ao curso de Direito tirado á custa de noitadas a estudar para os exames.  
A subida a pulso como advogado recusando uma oferta do seu empregador anterior a EDP. 
O estabelecimento de uma sociedade de sucesso de Advogados em Braga. 
Das duas casas uma na favela dos ricos em Braga e outra na Povoença em Areosa.
Esse era o meu conhecimento como Areosense e também da narrativa que me era contada pelo Próprio Rufo, à mesa do café... D'um self made man 

Como é evidente e pelos vistos, o Rufo num me contou tudo e nessa parte, como amigo, deve-me uma explicação e eu lha pedirei.

Mas acontece que a minhas exigências quanto ao Rufo param aí mesmo. 
E não admito que a minha capacidade de raciocínio seja truncada por causa disso. 

Eu explico:

- E se eu fosse de Trancoso e não conhecesse o Rufo de lado Nenhum??

- E se eu fosse sulista elitista e liberal e não conhecesse o Rufo de lado nenhum??

- E seu pertencesse àquele leque de nove milhões e quinhentos mil portugueses que  não conhecem o Rufo de lado nenhum??

- Por onde andaram durante trinta anos as instituições que nos deveriam defender dos aldrabões que por aí sempre campearam???

- Então a Ordem dos Advogados nunca viu o Rufo?
- Então o Ministério Público nunca viu o Rufo?
- Então os Tribunais nunca viram o Rufo?

É que, pelos vistos, sem o canudo, o Rufo foi um advogado de sucesso na barra dos tribunais senão ele e a sua sociedade de advogados não teriam conseguido o prestígio que lhes era reconhecido.

Este pormenor leva-me a outra reflexão. 

- Se para tal nem é necessário ser advogado para que é que necessitamos de um advogado para ter acesso à justiça??

- O nosso conterrâneo Correia de Matos há anos que se debate com a mesma conjectura!

Acontece assim que se não tivesse êxito como causídico o Rufo não teria ganhado a fortuna que dizem ter ganho.

E aqui entro eu de novo. 

Até agora foi um ver se te avias. 
De repente acontece aquilo que me mete nojo. 
Melhor digo: que me mete muito nojo!
Quem comeu e bebeu à custa do Rufo, quem se utilizou da sua imagem, esses estão calados como pêtos.
Outros, pior ainda, quais Judas com Cristo, agem como se não o conhecessem de lado nenhum!

Mas da parte que me toca meus senhores uma coisa é aquilo que o Rufo tem p'ra me contar e que nunca me contou, outra coisa é a amizade em nome da qual ele me vai contar.

Demais

Eu próprio usufruí da saúde económica conseguida pelo Rufo no seu sucesso como advogado.( Se os conseguiu e em abundância é porque tinha algum mérito)

Pagou-me um bruto almoço, a mim e a um amigo nosso, no Maia, do Sameiro.

E não sou eu que vou julgar se os proventos do Rufo foram ou não legítimos foram ou não legais. 

- A única coisa que lhes posso garantir é que o bacalhau esteve divino!

Quanto ao resto e se a justiça me obrigar a regurgitar o bacalhau, já vem tarde!

- Já o caguei há muito tempo!

Tone do Moleiro Novo ( que é muito de ironias e pouco de hipocrisias)

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

17 de Setembro de 2019

 17 de Setembro de 2019

Esta data nada tem de especial. Apenas porque nesse dia em Bilbao, mais precisamente na "discoteca" Kafe Antzokia  se encontraram um grupo de bascos e cantaram 564.

Um tema com quase já mais de 30 anos, um autêntico hino gravado pelo agrupamento Hertzainak em 1989/1991 

Ouvir em https://www.youtube.com/watch?v=N5ox8sEYLgI

Em 2019, o acordeão ficou por conta de Josu Zabala e a guitarra nas mãos de Iñaki Garitaonaindia (Gari). Ambos fundadores do Hertzainak 

Quem me chamou a atenção para este tema foi TAPIA um dos maiores na Triquitixa nos dias de hoje.

Emocionou-me ouvir aquela gente! E logo tentei saber o que cantavam. Mas não é necessário entender Euskera para ter uma puntada de não estar no meio daquela comunhão!

Tratava-se de 564 camas vazias que os Bascos guardavam para receber outros tantos condenados pela sua luta por um Pais Basco independente. Segundo uns meros criminosos, segundo outros, presos políticos.

Não vale a pena transcrever as palavras em Basco. No entanto tentei uma tradução livre do que cantavam.

Mais duras que um frio eterno           

e mais que os dias que um ano tem

 há 564 camas vazias  

onde a dor se estende

- Uns dizem que  é o castigo que merecem

- Para os que amam serão ventos de liberdade

Quem pode entender  564 batidas  na solidão?

muitas mais do que as do nosso coração.

https://www.youtube.com/watch?v=DWEV8K6efdw



em alternativa ouçam a versão que segue:


AABL


quarta-feira, 14 de setembro de 2022

PORRUSALDA - PORTUSALDA

 PORTUSALDA

A palavra original é Porrusalda o que quer dizer em basco - SALADA DE ALHO PÔRRO.
No entanto também serve para denominar uma música e consequentemente uma dança.
Existe um grupo chamado KORRONTZI que já veio a Portugal a diversos festivais.
E o tocador de Trikitixa, Agus Barandiaran, decerto se apercebeu das modas dos nossos tocadores.

E vai daí engendrou um tema a que lhe chamou PORTUSALDA.
Afinal um "corridinho" com laivos de CANA VERDE bem à nossa moda, Decalcada mesmo!
ver aqui!




terça-feira, 13 de setembro de 2022

TRISTE SINA DO PENSADOR NUM POEMA CURTO


TRISTE SINA DO PENSADOR NUM POEMA CURTO

Vendo-me ninguém me compra

ofereço-me
ninguém me quer

disfarço-me
todos me matam

Mato-me ninguém me salva

Fujo-me ninguém me segue

Venho-me ninguém me espera

Se alguém me phode ninguém me acode

aabl

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

SENHORA DA PENEDA 1972

 1972, seis para sete de Setembro.                                         Noite grande da Senhora da Peneda.

 No seguinte dia nove sai esta noticia no jornal " República" 

«PIRILAU», vida cortada…

Afife foi sobressalto na manhã de quinta-feira.

 Lúcio Amorim, mais vulgarmente «Pirilau», resolvera finalizar-se.

A sua existência talvez se lhe parecesse já comprida.

Ou a própria vida não lhe desse aquela satisfação espiritual, ideológica, intelectual ou idealista que desejaria… Porque mais nada motivara a sua última atitude, a não ser, precisamente a corajosa e comovedora conclusão de tudo feito na vida.

E nada mais da vida… O seu requinte – ou elegância? – da última cena da existência deu-lhe uma certa preocupação.

Um vigoroso e repousante banho, um vestir de roupa domingueira, compra de corda nova, colocação estudada no local seu preferido: o quintal.

Depois cartas, muitas cartas para os amigos.

O destino de utensílios pessoais. – “Quando morreres, Pirilau, não te esqueças de me deixar isto… “ E «Pirilau» não se esqueceu.

Homem de Teatro amava - o profundamente. Vivia o Teatro intensamente.

Ele era o homem de tudo.

Ensaiava, representava, escrevia, encenava… ELE ERA O TEATRO EM AFIFE.

Era o amador que sabia dignificar o Teatro. Nunca usou fantasia na linguagem… Nunca teve prosápia – tão própria dos medíocres. Era modesto. Naturalmente.

O que fazia por Afife ou pelo Teatro era tão somente porque a chama íntima o impelia. Não queria fantochadas.

Queria a verdade. A singeleza. «Pirilau» era uma figura fora do mundo.

Tão simples e tão cheio de nacos que definem o homem – por si e pela sociedade de que fazia parte e queria enaltecida.

Afife terá um dia de dizer quem foi Lúcio Amorim, «Pirilau». Porque falar em Afife, é recordar «Pirilau».

Homem digno, integro, raridade como amigo do amigo, leal e puro. Homem do Teatro, do povo pelo povo, escolheu a sua última cena no palco da vida. Que descanse em Paz! "

JAC (José Cardoso???)

Naquele ano, apanhando-me eu de 128, fui a todas. Até à Senhora da Peneda. Lembro também que lá foi a Mariana e também o Zé Avelino que no regresso ao carro, já de madrugada, tiveram que aguardar o final de uns trabalhos para entrar no mesmo. Mas esta história não é para aqui ser contada.

Pela manhã descemos o Cubalhão, passando Melgaço, parámos em Monção.

- Encontraram esta manhã o PIRILAU na pereira de São João.

 Foi a notícia que nos deu o Senhor Branco que então trabalhava no tribunal lá do   sítio. 

A esse acontecimento se referiria essa tal noticia do dia 9.

Passaram anos até que há cerca de uma dúzia voltei lá de novo com a saudosa Edna Holt. Essa ida está relatada em:

https://lopesdareosa.blogspot.com/2019/09/louvai-o-senhor.html

Não quis acreditar no que tinha ouvido no Santuário. Passados anos e lembrando-me do episódio, já em Fevereiro de 2016, proclamei: LOUVAI O SENHOR NO SEU LUGAR SANTO

https://lopesdareosa.blogspot.com/2016/02/louvai-o-senhor-no-seu-lugar-santo.html

No ano seguinte, 2017, voltei à Peneda, acompanhado pelo meu amigo José Maria Barroso assistindo embasbacado aos acontecimentos que também relato nesse texto:

https://lopesdareosa.blogspot.com/2019/09/louvai-o-senhor.html

Mas em 2017 não entrei no Templo. 

Coisa que já em 2019 não aconteceu pelas circunstâncias que também relato em

 https://lopesdareosa.blogspot.com/2019/09/louvai-o-senhor.html

E já em pleno templo descarreguei, despropositadamente, a minha raiva e disso foi testemunha o nosso Saudoso António Viana que lá fora comigo e com o Ernesto Mina.

(Tive o cuidado de transmitir a minha surpresa aos responsáveis do Santuário.)

E quando cheguei cá abaixo lembrei-me da data da Peneda e do PIRILAU. 

E tudo ficou plasmado no texto que publiquei no Outubro seguinte em 

https://lopesdareosa.blogspot.com/2019/10/os-caminhos-da-misericordia.html

e que repito hoje uma semana depois da PENEDA.

Os Caminhos da misericórdia

Dedicatória a Lúcio Amorim de Afife. 

- O Pirilau -  

Um Extraterrestre no meio do triste quotidiano 

A Tua via sacra é o meu  exemplo
Mas perdoa-me  se entro  no  Teu  templo
E não me ajoelho
Doem-me as rótulas do meu entendimento
Para acreditar já me sinto velho
- E a idade? -  Senhor, a  idade
São toneladas em cima dos ossos
E aquele corvo negro não é fatalidade

Grandes, grandes  são os pecados. Os nossos!
E os Teus? – Porquê tanto sofrimento?
Tanta mentira Senhor – e em Teu nome!!!

Perdoa-me se entro no Teu templo
Onde  o peso das pedras é enorme
Mas  não acredito no que ouço
(E não há esmolas para oferecer dentro do meu bolso)

Os  sinos deveriam dobrar só por ti. Não por mim!
Que eu não mereço

No que acredito está nas  palavras que não esqueço
Só tenho medo de não morrer ( já dizia o Lúcio Amorim)
Ser condenado a vaguear como Caím
Contar até ao fim do tempo as contas do meu terço

Mas a Tua via sacra não tem preço
Percorres os caminhos da misericórdia
Mesmo assim
Sem direito a soldo ou piedade

Acompanhar-te-ão os homens de boa vontade
e outros tantos como o Lúcio Amorim.

- Afinal quem se salva nesta selva de enganos?
- Os humanos não! E é isso que somos; apenas humanos.

AABL