quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Henrique Monteiro

Em primeiro lugar vou invocar a Carta das Nações Unidas conforme já o fiz

Na Carta das Nações Unidas

 Artº. 1

 Os objectivos das Nações Unidas são:
………..
2. Desenvolver  relações  de  amizade entre as nações baseadas  no respeito  do princípio da    igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal.
Não deixa de ser notável que tão importante documento não fale do direito à independência dos povos mas sim no seu direito à autodeterminação. (escrevi na altura)
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Dei agora com o seguinte texto da autoria de Henrique Monteiro que tendo opinião contrária à independência da Catalunha, vai mais longe; nega aos Catalãs o direito a promoverem um referendo sobre essa questão, referendo esse que até poderia dar um não à independência como aconteceu na Escócia!


A independência da Catalunha é uma má ideia
Henrique Monteiro 13.09.2013 às 8h00
·       Apesar de impressionante o cordão humano, apesar de impressionante o número de catalães que são a favor da independência (52%, segundo as últimas sondagens), apesar de todas as razões de queixa que a Catalunha possa ter do centralismo de Madrid (que é um facto), a independência daquela região é uma má notícia para Portugal e para a Europa.
                                                                                                                                                                          Não vale a pena invocar razões históricas, muito em voga nos séx. XIX e XX, porque as razões históricas, no geral, ocultam razões históricas anteriores a essas.                                                                                                                                                                                                                  Por exemplo, o reino de Aragão, que incluiu a Catalunha, era transfronteiriço e tinha partes que são hoje francesas - Narbonne , Carcassone e até Toulouse, por exemplo. A cruzada contra os albigenses (ou cátaros) deu cabo do grande reino aragonês e remeteu-o para cá dos Pirenéus.
As razões históricas são, normalmente invocadas como causa, mas não passam de argumentos. E a verdadeira causa da popularidade da independência da Catalunha, parece-me, infelizmente, ser esta: é uma das zonas mais ricas de Espanha que não quer contribuir para outras bem mais carenciadas, como a Extremadura ou a Andaluzia.  Aliás, não será por acaso que outra região independentista - o País Basco - também faz fronteira com a França estando, portanto, mais perto do centro da Europa. Além disso, estas duas regiões foram as que mais beneficiaram com a industrialização dos anos 50 e das que melhor souberam aproveitar as autonomias.
Na Checoslováquia, a separação da República Checa da Eslováquia também seguiu a ideia de mais ricos (checos) a deixarem mais pobres para trás (Eslováquia) e na Eslovénia o caso não foi muito diferente, quando se separou como país independente da Sérvia, a que historicamente estava ligada. Podem seguir-se a Escócia e a Flandres e assim se pode consagrar a decomposição de uma Europa que era para ser solidária, mas que aos poucos mostra a natureza de que sempre foi feita.
É por isso que para Portugal e para a Europa a independência da Catalunha é má ideia. É por isso que não percebo a quase euforia com que tantos portugueses a apoiam. Será por pensarem que enfraquece Madrid? Mas a verdade é que nos enfraquece a nós e a toda a Europa, num momento em que só o movimento contrário, o reforço do Continente e a solidariedade dos mais ricos com os mais carenciados, é uma esperança para a crise em que vivemos.                                             
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Como já expressei no meu texto anteriormente citado, para exercer o direito à auto determinação as razões históricas serão relevantes mas não ao ponto de se exigir uma qualquer independência anterior.

A Carta das Nações Unidas reconhece o direito à auto determinação de uma forma abstracta e universal e não condicionado aos povos que algures na História tivessem sido já independentes!

Ou seja com mais ou menos história o certo é que a Catalunha, a que todos reconhecem como nacionalidade, já manifestou e de uma forma suficientemente significativa o desejo de ver a sua auto determinação referendada!

No entanto vou deter-me em dois períodos deveras curiosos do texto de Henrique Monteiro.

 "Não vale a pena invocar razões históricas, muito em voga nos séx. XIX e XX, porque as razões históricas, no geral, ocultam razões históricas anteriores a essas.                                                                                                                                                    Por exemplo, o reino de Aragão, que incluiu a Catalunha, era transfronteiriço e tinha partes que são hoje francesas - Narbonne , Carcassone e até Toulouse, por exemplo. A cruzada contra os albigenses (ou cátaros) deu cabo do grande reino aragonês e remeteu-o para cá dos Pirenéus."

"...o reino de Aragão era transfronteiriço..."

- Referido a que fronteira???
- Onde se localizava essa fronteira???

Ora a cruzada contra os albigenses (ou cátaros) que terá dado cabo do grande reino aragonês foi entre 1209 e 1244. E se o  remeteu para cá dos Pirenéus isso quer dizer que ficou independente do pedaço que ficou do lado de lá dos Pirinéus. O que passou a existir foi, então, uma fronteira nos Pirinéus; a do Reino de Aragão para cá dos pirinéus com as partes que hoje são francesas Narbonne , Carcassone e até Toulouse, por exemplo. 

Essa tal fronteira nos Pirinéus só passou a ser fronteira norte/leste de Castela - digamos Espanha - após 1479 no casamento de Isabel com o Fernando e pela "anexação" do Reino de Aragão!

Ou seja o tal grande Reino Aragonês, antes de 1244, não era transfronteiriço pois não lhe passava qualquer fronteira pelo meio. O único tropeço que existia eram os próprios Pirinéus que até aí não obstaram a que existisse um Grande Reino de Aragão com território de um lado e do outro da cordilheira! Conforme se pode deduzir do texto de Henrique Monteiro.
Assim sendo fico por entender a necessidade de H.M. de ter enfatizado que o Grande Reino de Aragão era transfronteiriço até à cruzada contra os cátaros! 

- Seria para mostrar que o que restou do lado de cá ficou na Espanha? 

- Pois é mas à data a Espanha não existia para aqueles lados. O que existia era o Reino de Aragão. 

Castela - Digamos Espanha - só chegou lá em 1479!
Tone do Moleiro Novo I  - O Chato!

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Arruada

A mais espantosa arruada do mundo!

Estes mandam à merda a globalização!


Ver em
https://www.youtube.com/watch?v=MOmo0fYPe2M


Olé São Lourenço!

Lopesdareosa

Rumba Portuguesa

É um clássico  em terras de nuestros hermanos!

É um clássico das fanfarras Andaluzes!

É uma visão do carallo! 

E digo isto em galego que é para não escandalizar ninguém!



Vejam isto em
https://www.youtube.com/watch?v=NhjbOwPNpRQ

Sem comentários pois para dizer alguma coisa é preciso respirar!
E se olhares demasiado vais para o inferno!

Tone do Moleiro Novo

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Ódio

O MEU CORAÇÃO É FEIO

O meu coração bombeia sangue
por isso é feio
guardo lá o ódio 
a todos aqueles que eu odeio
tenho-lhes um pó, um ódio 
a essa gente
que não se sabe não se apalpa não se vê 
e nem se sente
guardo no meu coração
o negro vermelho do sangue do meu ódio
que sinto por essa gente que eu odeio
Por isso é feio

Este texto é dedicado a todos aqueles que morreram assados nas grelhas da incúria!

Fogueiras medievais mais sofisticadas. Nenhuma inquisição, por mais infame que fosse, os condenou!

Para amenizar a revolta socorro-me do doce lirismo galego e chegam ao interior das minhas orelhas os sons dos Treixadura. - FISTERRA

https://youtu.be/bJAHO9ettFk

 

Se queres que brille a lúa Pecha os ollos, meu amore Que mentras os tes abertos A lúa pensa que hai sol(e) Eu tamén choro Cando non me alumean, meu ben Eses teus ollos Cando non me alumean, meu ben Eu tamén choro


lopesdareosa

domingo, 10 de setembro de 2017

Feiras Novas de Ponte

Segundo o que vinha de trás eram no terceiro domingo de Setembro!

Em 2010 anteciparam-nas para o segundo domingo de Setembro!

Atiraram-as para cima das Festas da Senhora da Bonança em Vila Praia de Âncora!

E ciclicamente, para cima da Peneda sempre que o primeiro domingo de Setembro calhe nos dias 1,2 ou 3!

Foi o que aconteceu este ano. O dia grande da Peneda, 6 para 7, foi de quarta para quinta!

Precisamente, Ponte de Lima, resolve bater o tal record das concertinas nesse mesmo dia!

Batê-lo-ia em qualquer dia, fosse na terça ou na quinta! Ou dali a uma semana!

Mas foi mesmo coincidir com a Peneda!

Vá lá que do tal record ainda sobraram concertinas. Estavam na Peneda!


lopesdareosa