sábado, 31 de julho de 2021

LÁGRIMAS DE PRETOS!

 Estou a pensar que ser Português dá um trabalho do Carallo!

E estou também a pensar no António Gedeão

Lágrima de preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão, "Poemas escolhidos", Lisboa, Sá da Costa, 1997


Lorène Bazolo 



















Jorge Fonseca 





Rochele Nunes


Auriol Dongmo


















Liliana Cá
Nelson Évora
https://tvi24.iol.pt/toquio2020/toquio2020/nelson-evora-despede-se-em-lagrimas-estou-cheio-de-dores

Tiago Pereira
https://desporto.sapo.pt/jogo-olimpicos-2020/artigos/apuramento-triplo-salto-masculino#&gid=1&pid=11

Pedro Pablo Pichardo


https://desporto.sapo.pt/jogos-olimpicos-2020/artigos/pedro-pichardo-final-triplo-salto

Não sei se este chorou! 
Mas se não chorou ele, chorei eu!


Com as minhas homenagens a estes oito ( pelo menos)

Nos tugas eliminados, mais lágrimas haverá. 
Mas para além da emoção, são todas iguais...
...água quase tudo e cloreto de sódio.

Tone do Moleiro Novo

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Comentários

 

Os meus comentários ao COMUNICADO da Junta de Freguesia de Areosa em 15 de julho de 2021 às 16:26  que segue:

 

“(Ação administrativa comum - delimitação das circunscrições entre Areosa e Monserrate)

 

A Junta de Freguesia de Areosa informa que foi proferida sentença pelo TAF de Braga, a qual julgou totalmente improcedente a pretensão de Areosa.

 

A ação em causa foi intentada em Janeiro de 2013, durante o mandato presidido pelo saudoso Fernando Pimenta da Gama, contra a freguesia de Monserrate, tendo sido nela peticionado que fosse declarado que "a delimitação das circunscrições entre a freguesia de Areosa e a freguesia de Monserrate se desenvolve no sentido Nascente/Poente, partindo do Templo de Santa Luzia, numa linha recta, em direcção ao local onde se situava a porta do Campo de Gonçalo de Barros, inflectindo, antes de chegar a essa porta, no local onde se cruza com a linha recta traçada da foz do rio Vitorino, correspondente ao rio das Fontes da Ribeira, em direcção ao respectivo afloramento, e acompanhando esta última linha, até ao rio Lima".

 

Após a realização de audiência prévia e das demais audiências de discussão e julgamento, em que foi esmiuçada toda a prova apresentada (documental e testemunhal) por ambas as freguesias, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga decidiu hoje que os limites territoriais reais entre Areosa e Monserrate são os que foram acolhidos na Carta Administrativa de Portugal (CAOP), improcedendo, por isso, a delimitação peticionada pela nossa freguesia.

 

Atendendo a que a decisão é de hoje, 15 de julho de 2021, a mesma será agora analisada, apreciando os fundamentos, a fim de se tomarem as devidas providências no sentido de defender os direitos e interesses da freguesia.

 

O Executivo”

In https://www.facebook.com/jfareosa/posts/4144630132292467

 

 

Quanto a esta informação e muito embora não tenha tido  interferência institucional no processo, venho, invocando a qualidade de testemunha nesse mesmo processo, comentar o seguinte:

 

- Remetendo para os termos exactos deste comunicado:

“…o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga decidiu hoje que os limites territoriais reais entre Areosa e Monserrate são os que foram acolhidos na Carta Administrativa de Portugal (CAOP)…”

 

Muito me surpreende que assim tenha sido, porque:                                                                                                                                                                                                                                                   

a) O CAOP não é um documento fiável.

Isto mesmo publiquei eu em 2014 na A AURORA DO LIMA e demonstrando porquê.

 O Penedo da Era

( Ou de como o CAOP não é um documento fiável).

 Era o título dessa publicação    

(VER LINK)   

https://lopesdareosa.blogspot.com/2014/11/caop.html

 Mas desde aí ( verdadeiramente desde o ano 2000) já a nova versão identifica a localização do PENEDO DA ERA, correcção essa por acordo entre Areosa e Carreço e segundo a descrição dos limites segundo os Tombos e o Livro da Comenda de Carreço.

Mas na nova versão do CAOP continuavam a constar erros grosseiros tanto no limite com a Meadela como com o limite com Santa Maria Maior.                                 

Para além de que não tivera havido ainda qualquer acordo quanto ao limite com Monserrate.

A atenção para destes factos foi feita, pela Autarquia Areosense, numa reclamação dirigida tanto à Câmara de Viana do Castelo como ao INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS cuja resposta foi elucidativa. Em Ofício datado de 12/05/2004, Refª. 1094/CIC-DEC/04 e dirigida ao Presidente da Junta de Freguesia de Areosa, O INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS manifestava “… devendo esta versão da CAOP ser considerada como uma base de partida, sujeita a alterações sempre que sejam detectadas incorrecções e/ou imprecisões.”

Por essas alturas, 22 de Julho de 2002 a Câmara de Viana manifestou que os limites que foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística não tinham qualquer sentido vinculativo em termos administrativos ou legais. Que a correcção e/ou actualização dos limites das freguesias   não era da sua competência mas sim do Instituto Português de Cartografia e Cadastro.

Acontece que esses limites, que enformam o tal CAOP, foram questionados, junto ao Instituto Geográfico Português (Ex IPCC) que em 2004 informa consoante o já citado.

Ora o certo é que essas tais incorreções nunca foram corrigidas. E como a situação com Monserrate nem sequer era considerada como provisória pelo CAOP, não teve Areosa outro remédio que recorrer à via judicial.                                                                                                                                                             

b) Vem agora o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAB) decidir que os limites limites territoriais reais entre Areosa e Monserrate são os que foram acolhidos na Carta Administrativa de Portugal (CAOP)…”

Pergunto:

- Que entidade colheu esses tais limites territoriais???

- Em que documentos se basearam???

- Quem aprovou o CAOP??? ?                                                                                                                                                                                                                              

- Que relevância provatória deu o TAFB aos documentos e testemunhos   apresentados por Areosa e que demonstram estar o CAOP errado???

- Que valor histórico deu o TAFB aos documentos emanados pela própria Câmara de Viana, (que não consegue justificar o traçado do CAOP) e que testemunham que o CAOP está errado???

- Que relevância deu o TAFB aos documentos, invocados por Monserrate (!!!) e que demonstram que o CAOP está errado???

 

- Ao basear a improcedência do  peticionado pela nossa freguesia, num documento errado, será que o TAFB caucionará a corcunda da Meadela em território de Areosa, quando nunca foi Meadela, tendo nos dias de hoje o próprio Conselho Directivo do Baldio de Areosa (CDBA), num exercício de domínio manifesto, vendido o arvoredo nascido nesse território???

 

- Ao basear a improcedência do  peticionado pela nossa freguesia, num documento errado, será que o TAFB caucionará a tomada de posse pelo Conselho Directivo dos Baldios de Areosa do território baldio até aos muros de São Francisco??? – Vou avisar o CDBA

- No limite será que os tribunais alterarão, num acórdão, a própria história???

- Será que um dia constará de uma decisão judicial que Napoleão, afinal, ganhou Warterloo e perdeu Austerlitz?

 

Será então de escalpelizar a próprio decisão do TAFB e seus fundamentos, para compreender a situação.

 

- Remetendo para a posição da Autarquia Areosense.

“Atendendo a que a decisão é de hoje, 15 de julho de 2021, a mesma será agora analisada, apreciando os fundamentos, a fim de se tomarem as devidas providências no sentido de defender os direitos e interesses da freguesia”   

Também acho que esta decisão (do TAFB) deve ser agora analisada, apreciando os fundamentos, a fim de se tomarem as devidas providências no sentido de defender os direitos e interesses da freguesia.

E desse empenhamento, da Autarquia Areosense, não duvido, logo pelo teor da entrevista do Senhor Presidente da Junta de Freguesia, Rui Mesquita,  ao Jornal:

ALTO MINHO em 19 de Maio de 2021 que segue:                                                                                                                                                                                                                                                                                 

                                                                                                                               

                                                                                                 





















E como se aproximam as eleições pode ser que as forças políticas se empenhem um pouco mais, ainda, na defesa dos interesses de Areosa.

 

Honrando o passado mas não descurando um futuro mais digno da sua história e ao mesmo tempo com mais disponibilidade financeira.

 

Cumprimentos

Areosa 19 de Julho de 2021

António Alves Barros Lopes

 











                

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Eu ontem fui ao Algarve

 É verdade. 

Ontem fui ao Algarve!

Sem sair de Moledo!!!

Quente como no Algarve.

- Mas onde é que no Algarve há um lugar como este?

Com esta praia!

 Com o Forte da Ínsua.

Com aquele imenso areal que se estente por onde já não é Moledo e ainda não é Caminha! - CRISTELO!

Com o Minho a banhos maritimos!

E com Nossa  Senhora do Trega lá no alto!

De facto não é, nem poderia ser, o Algarve!




Mas como paguei  noventa cêntimos por um café, até parecia!

Senti-me feliz,

... a doze quilómetros de Santa Maria de Vinha, onde pago setenta cêntimos por um café e de melhor qualidade - ali na parceria Celeste/Américo/Fátima/Ala - foi como se tivesse ido ao Algarve!

Bem! 

Dispensando as ironias até nem acho caro um café, onde se pode usufruir aquela praia, aquele areal, aquele forte, aquela foz, aquele monte de Santa Trega!

Comparado com o Algarve...

- Só o preço do café!

tone do moleiro novo

Nota adicional. Quem subir ao Monte Galego vê a coisa de Norte para Sul. Esta roubei-a à Adelaide Graça:





sexta-feira, 2 de julho de 2021

Aos homens de pouca fé!

Encontrei este original que me foi oferecido por um camarada de curso, ou no de Oficiais Milicianos em Mafra, ou no de paraquedismo no RCP alí em Tancos. 

Isto em 1969 ou 1970.


Para a posteridade na esperança que este texto seja visto pelo autor. 

De quem já nem recordo a imagem.

A mensagem aos 

"homens de pouca fé para que comam borras de café" 

é de antologia!