quinta-feira, 30 de junho de 2016

De Vichy e os referendos

De Vichy e os referendos


"A 24 de Maio de 1940, no início da segunda guerra mundial, a França sofre uma devastadora derrota no norte do país. A 15 de Junho, o governo francês, liderado pelo Marechal Pétain, herói da primeira guerra mundial e distinguido comandante em Verdun, ordena às forças armadas, contra a sua vontade e o choque de uma nação até aí orgulhosa, que se rendam. Em troca, negoceia a mudança do governo para a cidade de Vichy. Desde então muitos franceses recusam-se a repetir o nome do marechal, designando-o como “le traître”. O ostracismo não podia ser mais completo, visto de certeza caberem num país daquele tamanho mais do que um. Mas não, o fulano ficou mesmo “o traidor”.
 
Muitos dos nossos articulistas, comentadores, políticos e até candidatos presidenciais em campanha notam que não ter havido uma consulta directa para a transferência de soberania foi um “erro”. É de facto da mais patente evidência que é um tema suprapartidário, que diz respeito, directamente e especificamente, a cada um dos 10 milhões de avos que cada um de nós recebeu à nascença. No meu caso, em Alvalade, Lisboa. Os anos vão passando, o mau hábito entranha-se, e as transferências de soberania continuam insufragadas, e insuportáveis. Para muitos de nós, e quantos não o saberemos até haver um referendo, o Portugal dos nossos egrégios avós vai ficando de Vichy.
 
Muitos leitores, a grande maioria talvez, e mais ainda os jovens que herdarão a quinta, se ainda uma houver, preferem passar ao lado destas mágoas, e seguir em frente. Pois deixem-me que vos ilumine um pouco, e que vos faça saber, que alguns com quem se cruzam todos os dias passam calados, não mais capazes de vos chamar pelo nome."
Jonas Almeida, PhD, Nova Iorque
 
 
Li este texto no PÚBLICO de ontem. Está "assinado" por um tal Jonas Almeida algures em N.Y.
 
Muitos encontrarão amargura neste texto! A mim, comoveu-me! Chegaram lágrimas aos meus olhos!
 
Tone do Moleiro Novo

sábado, 11 de junho de 2016

JOEL CLETO

Gosto de o ouver no Porto Canal. Traz-me à memória o nosso Hermano Saraiva e as suas explicações televisivas.

No entanto a coisa repete-se. Depois de ter tele-espectado o erro mais que grosseiro da identificação do local da morte do Santo Aginha como tendo sido no Adro de S. João, fiquei com todo o direito de duvidar do iminente professor sempre que ele se referia a factos, monumentos, documentos, e locais, longe do meu conhecimento.

E, repito, gosto de Joel Cleto.

Mas...

Acontece que não há muito tempo,  no JN, aparece Viana do Castelo identificada como sendo ou tendo sido VIANA DA FOZ DO MINHO. Ora eu nunca em tal ouvira falar. Nem o rio Minho passa em Viana para ter lá a foz. O que sei e li em muitos documentos é que essa Viana era identificada como VIANA DA FOZ DO LIMA. E com toda a lógica.

E aqui vai o print screen desse lapso que em principio não passaria de um lapso se não fosse repetido.







www.pressreader.com/portugal/jornal-de-notícias/20160227/282230894769259

27/02/2016 - Por Joel Cleto, Historiador. Muitos antes de Viana, até aí designada como “do Minho” ou “da Foz do Minho”, se ver denominada como “do ...
 
Ora bem! Acontece que agora me chegou ás mãos, edição do Jornal de Notícias, um folheto GUIAS DO CAMINHO DE SANTIAGO - O CAMINHO POR BRAGA, introduzido por Joel Cleto, que na página 29, no trajecto de Rubiães a Valença, contém o itinerário na seguinte descrição:

 
"Até Valença tem mais de 19,3 km para andar. Da ponte romana sobre o rio Coura o trajecto segue para Cossourado por um caminho onde há importantes vestígios do que foi a Via Romana XIX, nomeadamente marcos miliários de Caracala e de Augusto.
A subida até ao São Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro, voltará a exigir força nas pernas. O santuário, fundado no século XVII fica no caminho para Gondomil uma pequena aldeia do concelho de Valença...."
 
Efectivamente será preciso muita força nas pernas ir de Cossourado a Terras de Bouro e regressar ao tal santuário que fica no caminho para Gondomil no concelho de Valença!!!!
 
ÓH Senhor Joel Cleto. Espero que pouco ou nada tenha a ver com estes detalhes. A não ser assim começo  a desconfiar!!!
 
 Tone do Moleiro Novo

sexta-feira, 3 de junho de 2016

CID O CAMPINADOR

 
A melhor que ouvi, nestes dias, é que depois de ter dito que os transmontanos eram feios, medonhos e desdentados, Cid o Campinador terá tirado a peruca, a dentadura, o olho de vidro e a perna de pau e foi dormir descansado...
 
Depois há uns engraçadinhos que tentam mandar a coisa para a lavandaria  argumentando que já foi dita há seis anos!
 
 - Mas passados seis anos em cima da bacorada que necessidade houve de a reeditar?
 
- Este pormenor não dirá nada sobre  os que se julgam que detêm o monopólio da piada?
 
E não se admirem da coisa só agora ter chegado ao destino.
 
Isso deve ter a ver com a recente abertura do túnel do Marão!
 
Tone do Moleiro Novo