sábado, 30 de março de 2024

Cuidei que era uma rosa...e era um cavalo.

 É por estas e por outras que idolatro Pedro Homem de Mello.

Leio e releio! 

E descubro sempre coisas novas.

Coisas inimagináveis

Invasões do nosso (pelo menos do meu) rudimentar atrevimento.

Improbabilidades n'um "conservador"! Imagens de um temerário perigoso para a mediocridade da paisagem.


In BODAS VERMELHAS 1947






sexta-feira, 29 de março de 2024

Valença em frente a Tuy. Galegos do Sul Galegos do Norte

 VALENÇA

Valença. debruçando o longo olhar,                                                      Comtempla Tuy. ( Um cântico de Espanha                                            Chega na asa da brisa, a revelar                                                             Suspiros da montanha!)

Lá em baixo o Minho, a modos que entrelaça                                          Serra e céu, campo longo que esvoaça...

Ai! a várzea, ali a várzea ao sol acesa,                                                      Cortada eternamente pelo rio!

E a velha fortaleza                                                                                               De Valença                                                                                                 Envolta em véu granítico, sombrio,                                                                  Imóvel, pensa...

Pedro Homem de Mello em ESTRELA MORTA


Isto em tempos da Senhora da Cabeça e em tempos de Cristelo de Covo.  

Aproveitar o tempo de Páscoa para assistir ao lanço do senhor Prior.

E, já então, participar na irmandade dos Galegos e seu encontro no meio do Rio!



quinta-feira, 28 de março de 2024

JÁ LÁ VAI HÁ TANTOS ANOS.

 JÁ LÁ VAI HÁ TANTOS ANOS.


o que celebro este dia mesmo sitio mesma hora sem a sua companhia

Sem o brilho e o encanto que no seu olhar havia

quando decifrava o morse                                                                                                      que o meu coração batia

E agora sentado à mesa

 (tampo de pedra tão fria)

a garrafa e duas taças

uma cheia outra vazia maldigo o sabor do vinho

que certa dor alivia
Tantos anos tantos anos

meu Deus do Céu quem diria


A rosa para ser rosa

tem de ser de Alexandria                                                                                                                                               a mulher pra ser mulher

tem de chamar-se Maria


E não era uma qualquer                                                                                                                                               que como ela seria

Já lá vai há tantos anos

e ainda celebro o dia

mas aquilo com que sonhamos

acordados e de dia

não tendo barro nem cal                                                                                                                                                não passa de fantasia

ou então

é inútil poesia


ou

é mera filosofia


ou ainda

desperdício de energia


(O Tone do Moleiro Novo à espera da Páscoa e da mão de vaca na casa do Artilheiro!)

domingo, 17 de março de 2024

O SENHOR DOS PASSOS

 ESTOU A PENSAR NO SENHOR DOS PASSOS!

Com direito a capela na igreja de Santa Maria de Vinha de Areosa.

A impressionante figura dobrada ao peso da Cruz.

Pelos vistos Cristo não sofreu o suficiente para nos salvar.

Talvez pretendamos que, para tal, tenha que aparecer por cá mais vezes!

Já me referi à sua impressionante e roxa Paixão em:

Mas as ruas por onde a amargura do Salvador hoje é representada vai ser engalanada com um desfile de mordomas acompanhado de banda de música e tudo!

Sugiro que o repertório seja à base da Lacrimosa de Mozart.

O "dó" da sinfonia será dado pelo respectivo traje das "lavradeiras" que vestirão violeta para o acontecimento.

GOD SAVE THE KING - Dizem os britânicos!
DEUS NO SALVE A TODOS NÓS - Diz o do Moleiro Novo!

sexta-feira, 15 de março de 2024

MONTEDOR

 O meu amigo Ernesto Paço enviou-me este lembrete.












Lembrete de Raul Brandão e também da paisagem.

Antes era assim desde Montedor. (Cortesia de Ernesto Paço)



"...verde para sul até Viana"

Mas os tempos já num são os de Raul Brandão.        
E hoje em dia já não é só verde!

Vai ficando mais branco (ou cinzento)





Numa área de alto valor paisagístico.

A história está aqui!


Ou aqui!


É só fazer as contas como dizia o outro!

lopesdareosa




O mar enrola na areia

 Posso colocá-la numa das canções da minha vida!

Era do Rancho Poveiro.

https://www.youtube.com/watch?v=IzkBi4Rr9k0



Está aqui a prova da palermice estalinista da tendência de reescrever a história.

Reparem na quadra:

O mar também é casado
o mar também tem mulher
é casado com a areia
bate nela quando quer

E se procurarem na NET a coisa foi alterada pois pareceria mal andar a cantar a violência doméstica.

E a versão mais moderna da coisa è:

O mar também é casado 
 o mar também tem mulher 
é casado com a areia                                                                             pode vê-la quando quer

Com excepção da TONICHA que a canta no original!
Ver

lopesdareosa



domingo, 10 de março de 2024

Festival da Canção de 1974

Foi a 7 de Março!

Fico phodido com uma mania, muito antiga, que sempre houve, de tentar reescrever a história.

E então,  com as saudades estalinistas que um dia farão aparecer nos manuais que afinal Napoleão ganhou Waterloo!

Isto por causa do que encontro descrito sobre o que foi o Festival da Canção de 1974

Sem qualquer desprimor para a canção "E depois do Adeus" que muito a a propósito foi escolhida para senha do 25 de Abril, 

                este festival foi uma farsa!

E quem duvidar que fale com o nosso amigo JOSÉ ENES que foi o representante de Viana do Castelo no júri nacional presente nesse festival. E quem disto duvidar que vá ao sitio.

 https://arquivos.rtp.pt/conteudos/xi-grande-premio-da-cancao-1974/

e reveja as imagens.























E o que sucedeu nesse festival está parcialmente descrito em 

https://festivaiscancao.wordpress.com/2014/11/24/parabens-festival-da-cancao-hoje-revisitamos-o-ano-de-1974/


“Também as canções foram comparadas, de forma depreciativa, com as do ano anterior o que, de alguma forma, alegrou Ary dos Santos, que se encontrava na plateia e que, nesse ano, não tinha concorrido por ter sido apelidado de papa-concursos/prémios pela crítica. Até a canção E Depois do Adeus foi comparada negativamente às três participações anteriores de Paulo de Carvalho (70, 71 e 73), chegando a ser mencionado que o intérprete ganhou o festival com a melodia e o poema mais fracos de todos.

Também não foi muito prezada a votação realizada pelo júri de seleção que escolheu dez das canções submetidas à sua apreciação e, na noite final, ignorou praticamente todas as canções excepto a vencedora. Apenas um dos nove elementos, António Andrade, distribuiu os seus votos por três temas. Esta situação levou a que Paulo de Carvalho considerasse a votação deste júri muitíssimo exagerada (in Diário de Notícias, 8 de Abril de 1974).

Apesar de se utilizar um quadro electrónico para a votação, este deixou de funcionar após a atribuição da pontuação do júri de Vila Real, o que fez com que se voltasse ao tradicional quadro de ardósia, giz e apagador das primeiras edições do concurso. Coube a árdua tarefa a Glória de Matos que teve de subir a um tamborete, sempre que eram atribuídos votos às primeiras canções, uma vez que a respectiva casa do quadro não estava ao seu alcance.

No fim da votação, era patente a grande decepção de José Cid, que terá comentado “Aconteceu o que eu previ: dei uma oportunidade ao júri para colocar na Eurovisão uma canção que, com uma boa promoção, sem dúvida, poderia conseguir a melhor classificação de sempre para Portugal. Assim, vai uma canção com menos força, com menos ritmo que as minhas, características que hoje considero fundamentais” (in Diário de Lisboa, 8 de Abril de 1974).

À saída do Teatro Maria Matos, houve alguns desacatos, tendo sido chamada a autoridade para acalmar os ânimos, entre a grande claque de José Cid e dos Green Windows, que levaram estes artistas em ombros, enquanto faziam sinal de vitória e apupavam o júri de seleção.

 Posteriormente, veio a confirmar-se o grande favoritismo dos temas No dia em que o rei fez anos, Imagens e A rosa que te dei, que se tornaram grandes sucessos comerciais, tendo vendido muito mais cópias que a canção vencedora, situação inédita até àquela edição do certame."

 Ou seja, num encontro em lado nenhum a vergonha dos elementos do Júri de Selecção que emerdando a posição do Júri Nacional que votou maciçamente "no dia em que o Rei fez anos" de José Cid,  deram todos eles a votação máxima na canção de Paulo de Carvalho com a excepção de António Andrade 

"Apenas um dos nove elementos, António Andrade, distribuiu os seus votos por três temas."

Também não vejo em lado nenhum as imagens do gesto, figurativo da roubalheira, que José Cid ia fazendo durante a votação do Júri de Selecção.

Valha a noticia citada que lá vai testemunhando as cenas de "pancadaria" que houve no exterior do "Maria de Matos"

Pois é meus amigos. 

A memória é PHODIDA!

lopesdareosa