domingo, 17 de março de 2024

O SENHOR DOS PASSOS

 ESTOU A PENSAR NO SENHOR DOS PASSOS!

Com direito a capela na igreja de Santa Maria de Vinha de Areosa.

A impressionante figura dobrada ao peso da Cruz.

Pelos vistos Cristo não sofreu o suficiente para nos salvar.

Talvez pretendamos que, para tal, tenha que aparecer por cá mais vezes!

Já me referi à sua impressionante e roxa Paixão em:

Mas as ruas por onde a amargura do Salvador hoje é representada vai ser engalanada com um desfile de mordomas acompanhado de banda de música e tudo!

Sugiro que o repertório seja à base da Lacrimosa de Mozart.

O "dó" da sinfonia será dado pelo respectivo traje das "lavradeiras" que vestirão violeta para o acontecimento.

GOD SAVE THE KING - Dizem os britânicos!
DEUS NO SALVE A TODOS NÓS - Diz o do Moleiro Novo!

sexta-feira, 15 de março de 2024

MONTEDOR

 O meu amigo Ernesto Paço enviou-me este lembrete.












Lembrete de Raul Brandão e também da paisagem.

Antes era assim desde Montedor. (Cortesia de Ernesto Paço)



"...verde para sul até Viana"

Mas os tempos já num são os de Raul Brandão.        
E hoje em dia já não é só verde!

Vai ficando mais branco (ou cinzento)





Numa área de alto valor paisagístico.

A história está aqui!


Ou aqui!


É só fazer as contas como dizia o outro!

lopesdareosa




O mar enrola na areia

 Posso colocá-la numa das canções da minha vida!

Era do Rancho Poveiro.

https://www.youtube.com/watch?v=IzkBi4Rr9k0



Está aqui a prova da palermice estalinista da tendência de reescrever a história.

Reparem na quadra:

O mar também é casado
o mar também tem mulher
é casado com a areia
bate nela quando quer

E se procurarem na NET a coisa foi alterada pois pareceria mal andar a cantar a violência doméstica.

E a versão mais moderna da coisa è:

O mar também é casado 
 o mar também tem mulher 
é casado com a areia                                                                             pode vê-la quando quer

Com excepção da TONICHA que a canta no original!
Ver

lopesdareosa



domingo, 10 de março de 2024

Festival da Canção de 1974

Foi a 7 de Março!

Fico phodido com uma mania, muito antiga, que sempre houve, de tentar reescrever a história.

E então,  com as saudades estalinistas que um dia farão aparecer nos manuais que afinal Napoleão ganhou Waterloo!

Isto por causa do que encontro descrito sobre o que foi o Festival da Canção de 1974

Sem qualquer desprimor para a canção "E depois do Adeus" que muito a a propósito foi escolhida para senha do 25 de Abril, 

                este festival foi uma farsa!

E quem duvidar que fale com o nosso amigo JOSÉ ENES que foi o representante de Viana do Castelo no júri nacional presente nesse festival. E quem disto duvidar que vá ao sitio.

 https://arquivos.rtp.pt/conteudos/xi-grande-premio-da-cancao-1974/

e reveja as imagens.























E o que sucedeu nesse festival está parcialmente descrito em 

https://festivaiscancao.wordpress.com/2014/11/24/parabens-festival-da-cancao-hoje-revisitamos-o-ano-de-1974/


“Também as canções foram comparadas, de forma depreciativa, com as do ano anterior o que, de alguma forma, alegrou Ary dos Santos, que se encontrava na plateia e que, nesse ano, não tinha concorrido por ter sido apelidado de papa-concursos/prémios pela crítica. Até a canção E Depois do Adeus foi comparada negativamente às três participações anteriores de Paulo de Carvalho (70, 71 e 73), chegando a ser mencionado que o intérprete ganhou o festival com a melodia e o poema mais fracos de todos.

Também não foi muito prezada a votação realizada pelo júri de seleção que escolheu dez das canções submetidas à sua apreciação e, na noite final, ignorou praticamente todas as canções excepto a vencedora. Apenas um dos nove elementos, António Andrade, distribuiu os seus votos por três temas. Esta situação levou a que Paulo de Carvalho considerasse a votação deste júri muitíssimo exagerada (in Diário de Notícias, 8 de Abril de 1974).

Apesar de se utilizar um quadro electrónico para a votação, este deixou de funcionar após a atribuição da pontuação do júri de Vila Real, o que fez com que se voltasse ao tradicional quadro de ardósia, giz e apagador das primeiras edições do concurso. Coube a árdua tarefa a Glória de Matos que teve de subir a um tamborete, sempre que eram atribuídos votos às primeiras canções, uma vez que a respectiva casa do quadro não estava ao seu alcance.

No fim da votação, era patente a grande decepção de José Cid, que terá comentado “Aconteceu o que eu previ: dei uma oportunidade ao júri para colocar na Eurovisão uma canção que, com uma boa promoção, sem dúvida, poderia conseguir a melhor classificação de sempre para Portugal. Assim, vai uma canção com menos força, com menos ritmo que as minhas, características que hoje considero fundamentais” (in Diário de Lisboa, 8 de Abril de 1974).

À saída do Teatro Maria Matos, houve alguns desacatos, tendo sido chamada a autoridade para acalmar os ânimos, entre a grande claque de José Cid e dos Green Windows, que levaram estes artistas em ombros, enquanto faziam sinal de vitória e apupavam o júri de seleção.

 Posteriormente, veio a confirmar-se o grande favoritismo dos temas No dia em que o rei fez anos, Imagens e A rosa que te dei, que se tornaram grandes sucessos comerciais, tendo vendido muito mais cópias que a canção vencedora, situação inédita até àquela edição do certame."

 Ou seja, num encontro em lado nenhum a vergonha dos elementos do Júri de Selecção que emerdando a posição do Júri Nacional que votou maciçamente "no dia em que o Rei fez anos" de José Cid,  deram todos eles a votação máxima na canção de Paulo de Carvalho com a excepção de António Andrade 

"Apenas um dos nove elementos, António Andrade, distribuiu os seus votos por três temas."

Também não vejo em lado nenhum as imagens do gesto, figurativo da roubalheira, que José Cid ia fazendo durante a votação do Júri de Selecção.

Valha a noticia citada que lá vai testemunhando as cenas de "pancadaria" que houve no exterior do "Maria de Matos"

Pois é meus amigos. 

A memória é PHODIDA!

lopesdareosa

 


quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Monte Cerrado é em Carreço

 ( Este texto foi publicado na A AURORA DO LIMA em 29 de Fevereiro de 2024)

Monte Cerrado é em Carreço                                                  

Mais precisamente em Paçô.

Isto porque ao ler os CADERNOS VIANENSES, Tomo 57 de 2023,  encontrei uma informação de Maranhão Peixoto acerca da Parochia de Nossa Senhora de Monte Cerrado, a que o vulgo chama Monserrates, segundo documentos existentes no Arquivo Municipal de Viana do Castelo. Paróquia essa cuja criação se justificava já em 1541 “por ter crescido o Povo e não caber na Matriz”. (pags. 372 e 373).

Desde logo terei de me desfazer da ideia  que tinha de que  o culto de Monserrate teria vindo da Catalunha, mais precisamente de Barcelona

Acontece que sei onde fica o Monte Cerado se da tal Senhora se d’umas Alminhas. Sei da Portela do Monte Cerrado na passagem de  Paçô para Gateira onde existe um nicho encimado por uma cruz e com um pequeno altar virado a Sul. Local de culto decerto.


E o certo é que o da Percina me confirmou que no século dezanove por lá passava a Procissão do Cerco e que o penedo era conhecido pelo Penedo da Rasa, que se encontrava numa bouça da Casa do Cigano!

 

 

 

                                     

Há uns tempos passei por lá. Vindo de Afife a Carreço pelo monte. Esse caminho era exactamente aquele que eu, na minha adolescência percorrera, desde Carreço a Afife, chegando assim à conclusão que esse caminho podia ser percorrido nos dois sentidos!!! Neste caminho os de Afife  colocaram uma placa toponímica CAMINHO DOS BURROS.


Como na tal minha adolescência nunca vi lá placa nenhuma, cheguei à conclusão que os de Afife colocaram lá a placa depois de eu lá ter passado!!!

O certo é que, por aquela zona da transição entre Paçô e Gateira, existe um grande penedo onde se encontra o nicho do tal culto . Mas por essa tal altura de que falo, não dei pela existência de qualquer cruz.

Ora acontece que, mais recentemente, ao passar por lá verifiquei que existe agora uma cruz a encimar o cabeço! Cruz essa que me pareceu moderna. Enfim ainda resta qualquer coisa. Mais que não seja o nicho o altar e a quadra da Cruz. Das Alminhas do Cadinho, junto à EN13, é que nem sequer uma réplica existe.

 

Afife, 12 de Fevereiro de 2024

António Alves Barros Lopes







sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Agricultura do Norte ou no Norte

 AGRI - doces e amargos


Já me indaguei se sobrará gente para plantar batatas tantos são os objectivos!

tone do Moleiro Novo