segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Fogos Florestais Fátima Fado futebol

Com uns meses de atraso dei com

https://www.youtube.com/watch?v=NC-YXN-THJg&app=desktop


Estes comentários de MST aconteceram em Junho no rescaldo dos incêndios de Pedrogão. Morreram então 40 (quarenta???), 45 (quarenta e cinco???). Por essa altura andaram muito preocupados não com os mortos, mas com a lista dos mortos!

Hoje 16 de Outubro pelas 15.00 horas o desbaste já vai nos 30 (trinta!!!). Mais trágico de que  estarmos  perante (mais) uma tragédia é estarmos perante mais uma vergonha! 

Pelo meio dia e meio, estava eu a almoçar com minha nai, disse-lhe que no fim do almoço nos iríamos sentar para ver o Telejornal.

- Já morreram vinte nos incêndios! Disse eu!
- Em Monção??? - perguntou

- Não! - Para os lados de Coimbra! Precisei

O comentário de minha mãe deixou-me estarrecido! Sem fala!

- Tudo pr'a Lisboa. Tudo pr'a Lisboa!
- Não têm uma ideia completa!

Assim! Sem mais!!

E olhei espantado para aquela mulher de 95 ( noventa e cinco) anos, que não mais manuseou livros desde os dez. 
Manuseou sim; agulhas, panelas, roupa, sabão, vísceras de porco, galinhas de pescoço cortado, coelhos mortos à paulada, rabiças de arado, grades, sachadores,  mato, enxadas, foucinhas, gramanhas, erva, vacas, leite ao posto, couves pra Biana, pranchas, cestos e feixes à cabeça, a bicicleta para levar o almoço ao Tone que estudava na escola no Jardim de D. Fernando, uvas na vinha, mosto no lagar, binho nos barris, Etc, etc, etc, etc, etc  Etc, etc, etc, etc, etc, etc, etc, etc...
 (Não coloco mais eteceteras para não chatear os leitores).

Isto quase ao mesmo tempo que me apercebi de alguns comentários de Nádia Piazza que podem ser consultados em:

https://ionline.sapo.pt/artigo/584156/nadia-piazza-no-interior-aprendemos-a-nao-contar-muito-com-o-estado-

ou

https://sol.sapo.pt/artigo/584157/nadia-piazza-no-interior-aprendemos-a-nao-contar-muito-com-o-
estado-

Fala da auto protecção e resiliência das populações. Da necessidade da sua existência no território e no descalabro da agricultura. Do abandono do interior!

E pergunto a mim mesmo se era absolutamente necessário chegar alguém com sotaque para falar na resiliência e auto protecção das populações. E falo assim sem qualquer constrangimento das xenofovias de que posso ser acusado. ( Quem disso me acusar -  que se Phôda com ph para não melindrar ninguém!)

Refiro-me a alguém que na hierarquia das responsabilidades,  está muito atrás daqueles portugueses que, não tendo sotaque, nunca conheceram, nem conhecem Portugal!

tone do moleiro novo que não os pode ver nem a tiro!

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