terça-feira, 12 de julho de 2011

NELSON DE VILARINHO

OLHA O VILARINHO!!!


O Nelson de Covas nos tempos aúreos da Jóquina. A burra tinha direito a pantalones e outros adereços.
Da feira para casa e da casa para a romaria, Nelson e burra paravam em todos os tascos.
- É uma passagem, dizia o Nelson.
Mas a passagem levava horas, senão dias e a burra, habituada ás andanças do Nelson também o acompanhava na parranda. Se o Nelson tocava e dançava, a Jóquina dançava em frente a ele. Se o Nelson estava a cerveja a burra cerveja bebia! Se fosse vinho também servia.
A Jóquina sabia de cor todos os caminhos. O Nelson sabia de cor todas as Chulas. Nunca ouve notícia que a burra se preocupava com o Nelson nem este chateava a burra. Companheiros ideais, ambos davam, livremente, asas ao seu destino. Um avançava o outro tocava, com vantagem para o Nelson que nao tinha que dar ao pedal.
Se tal fosse necessário também acontecia. O Nelson descia de bicicleta, desde Sopo a Cerveira ou a Covas a tocar concertina. Disso não encontrei fotografia, mas acredito apesar de nunca ter visto. Tanto mo contou ele como o confirmaram os seus conterrâneos.
Este ano encontrei um neto do Nelson com um tasco no S. João das Cerejas. Ofereci-lhe uma fotografia do avô - a tal do fotógrafo do Porto, Teófilo Rego e disse-lhe:
- Olha bem para essa fotografia do teu avô! Muito hádes ouvir falar nele mesmo que, um dia, tenha morrido.

LOPESDAREOSA 

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