quarta-feira, 6 de julho de 2011

JULIA VAQUERO SOUSA


Mandatory Credit: Gray Mortimore/Allsport. Esta foto Correu mundo. Ainda está no mundo,
encontrei-a em http://www.life.com/image/1917073
5 Jul 1996: Julia Vaquero (á esquerda), Gabriela Szabo (centro) da  Roménia e Fernanda Ribeiro
 (á direita) durante a prova de 5000 metros no  IAAF Oslo Bislett Games Grand Prix, Oslo,
Noruega . Fernanda Ribeiro venceu a prova com o tempo de 14:41.07 minutos. Nessa altura
Fernanda Ribeiro era recordista mundial com 14:36.45 e Júlia Vaquero ficou em terceiro com o
tempo de 14:44.95 que ainda hoje é record de Espanha!

Mas não é isso que me traz aqui!
No FARO DE VIGO de ontem deparei com esta soberba fotografia de Ricardo Grobas.
Julia Vaquero, ayer en el monte Santa Tegra. // Ricardo Grobas
Júlia Vaquero é Gardesa e, aqui, no monte de Santa Trega olha na direcção do fotógrafo.
É como que olhasse o sul onde o seu olhar, ao prolongar-se, encontraria o Alto Minho.


Nas suas costas, ao fundo, A Guarda ribeirinha.

No Baixo Miño, evocar Júlia Vaquero é como, para nós, evocar Manuela Machado. Tão perto que estão uma da outra. No entanto tem a raça, dela, de uma Aurora Cunha, de Fernanda Ribeiro, de uma Rosa Mota ou de uma Marta Dominguez que, na Espanha, não conseguiu bater o seu recorde.

Mas a procura de mais, a superação, o esforço supremo, tem limites e no afã de ultrapassar os próprios ( vivem felizes os que não sentem necessidade de tal) atinge-se aquele ponto em que a vontade de continuar se confunde com a vontade de desistir. Ninguém é obrigado a nada. Essa necessidade vem de dentro. Que o diga a nossa Vanessa Fernandes. Como com Vanessa, uma depressão afastou Júlia Vaquero das pistas e entrou numa outra  corrida na qual não tem adversárias.

Olho agora esta fotografia tirada num local de onde se avista a nossa Serra d'Arga e comovo-me com a ideia deste sublime enquadramento.

Lá estarei no segundo domingo de Agosto, na Subida ao Monte das Festas do Vinho.
E se a Júlia Vaquero também lá for, encontrar-me-á na varanda do restaurante virado a Caminha.
Estarei lá, como em todos os anos, com a minha concertina. Cantarei, como em todos os anos, o abaixa-te ó serra darga e a gôta de Gondarém. Tocarei o alalá das Marinhas se os galegos permitirem.
E, então, manifestar-lhe-ei de viva voz as minhas homenagens.

Lopesdareosa

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