O FANTASMA QUE VEM DA GALIZA
Peça à pressa, em um só acto, no palco da amizade.
Cenário de mesa posto, com bolo de anos e cava.
Adereços – lençol e bordão - artesanato do improviso.
Plateia recheada do tipo poucos mas bons!
“Eu sou! Eu sou!
Eu sou o fantasma que vem das terras de Espanha
Eu sou o fantasma que vem da Galiza
Eu sou o fantasma que vem de terras de Orense
Chamo-me Rio Minho!
Um dia, há cinquenta anos
Por alturas das sementeiras do milho
Passei pelas leiras de Campos.
E ao passar pelas leiras de Campos
Ouvi os gemidos de um parto
- Que entrem os mensageiros!
- Que entrem os mensageiros!
Nasceu a Maria Adelaide! “
Assim falou o fantasma, chegado na Galiza Sul
no dia 6 de Abril do ano cinquenta da Maria Adelaide
E entraram os mensageiros. Transportavam, em duas bandejas, cinquenta anos de luzinhas. A casa das unidades desenhava um coração!
O trivial parabéns a você (que nunca é trivial) não foi trivial.
Autor (actor) anónimo.
No mínimo enigmático!
Ao certo não se trata de uma alegoria. Não se trata de uma ficção ou metáfora. É mesmo assim e tudo tem a ver. Na minha modéstia (ou atrevimento?) coloco a Adelaide Graça no vazio que Pedro Homem de Mello e Maria Manuela Couto Viana deixaram no nosso lirismo.
Lopesdareosa
Meu caro amigo que responsabilidade me passas nesse teu exagerado atrevimento!! Obrigada por me lembrares a história do meu nascimento. Aquele abraço intemporal.
ResponderEliminar- Exagerado???
ResponderEliminar- O meu atrevimento??? Mas é tão curto o meu mundo! Vai de Maria Manuela Couto Viana a Pedro Homem de Mello e pouco espaço há para mais gente!
( A não ser que seja uma referência ao "forever young" da heroína)