terça-feira, 5 de abril de 2011

O FANTASMA QUE VEIO DA GALIZA

Foi n'um seis de Abril.

O FANTASMA QUE VEM DA GALIZA



Peça à pressa, em um só acto, no palco da amizade.

Cenário de mesa posto, com bolo de anos e cava.

Adereços – lençol e bordão - artesanato do improviso.
Plateia recheada do tipo poucos mas bons!


“Eu sou! Eu sou!
  Eu sou o fantasma que vem das terras de Espanha
  Eu sou o fantasma que vem da Galiza

  Eu sou o fantasma que vem de terras de Orense


  Chamo-me Rio Minho!

  Um dia, há cinquenta anos
  Por alturas das sementeiras do milho
  Passei pelas leiras de Campos.

  E ao passar pelas leiras de Campos
  Ouvi os gemidos de um parto

                          -  Que entrem os mensageiros!
     -  Que entrem os mensageiros!

      Nasceu a Maria Adelaide! “

Assim falou o fantasma, chegado na Galiza Sul
no dia 6 de Abril  do ano cinquenta da Maria Adelaide

E entraram os mensageiros. Transportavam, em duas bandejas, cinquenta anos de luzinhas. A casa das unidades desenhava um coração!
O trivial parabéns a você (que nunca é trivial) não foi trivial.


Autor (actor) anónimo.
No mínimo enigmático!

A Maria Adelaide na parada das Festas d'Agonia de 2004, no carro alegórico a Pedro Homem de Mello.

Ao certo não se trata de uma alegoria. Não se trata de uma ficção ou metáfora.  É mesmo assim e tudo tem a ver. Na minha modéstia (ou atrevimento?) coloco a Adelaide Graça no vazio que Pedro Homem de Mello e Maria Manuela Couto Viana deixaram no nosso lirismo.

Lopesdareosa

2 comentários:

  1. Meu caro amigo que responsabilidade me passas nesse teu exagerado atrevimento!! Obrigada por me lembrares a história do meu nascimento. Aquele abraço intemporal.

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  2. - Exagerado???
    - O meu atrevimento??? Mas é tão curto o meu mundo! Vai de Maria Manuela Couto Viana a Pedro Homem de Mello e pouco espaço há para mais gente!
    ( A não ser que seja uma referência ao "forever young" da heroína)

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