terça-feira, 5 de abril de 2011

GONDARÉM, LOBELHE E O DANIEL

No início dos anos sessenta, saía de casa, subia ao apeadeiro de Areosa, apanhava o combóio para Viana e lá ía com os outros para a Escola Industrial e Comercial alí no Jardim de D. Fernando.
Entre os outros e nos que já vinham do Norte conhecí o Daniel Barbosa que era da Breia ou mais precisamente de Lobelhe. Breia foi uma pilgrinice da CP igual à de Montedor ou de Barroselas.
A de Montedor e da Breia foi corrigida. A de Barroselas não! E lá se perdeu Capareiros. Couto de Capareiros!

E o tempo foi rodando. A última vez que me encontrei com o Daniel foi na parada das Festas d'Agonia em 2004. Seguíamos logo atrás do carro alegórico a Pedro Homem de Mello.
Comigo foram As da Chãozinha de Gondarém com o apoio dos cavaquinhos de Lobelhe. No meio daqueles desvairados de Cerveira (o Tino Vale Costa é o cavaquinho da nossa direita) encontrava-se o Daniel
Vai no centro, de boina, de bigode, de óculos escuros, a tocar bombo.
Nesse ano todos nos encontramos em S. João d'Arga, uma ou duas semanas depois.
Todos menos o Daniel. Teve a fraca ideia de morrer no entretanto.
Fez-nos falta no Adro de S. João. Não houve bombo mas cantamos um já lá vai o sol abaixo já lá vai a luz do dia, para ele.

Lopesdareosa

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